Angola está a instalar em Conacri, República da Guiné, uma embaixada com dimensão aparentemente “avantajada”, ligada à proximidade geográfica da Guiné-Bissau, como factor que lhe permite servir de “retaguarda” na protecção de interesses angolanos instalados neste país, entre os quais uma missão militar, Missang. A Guiné Conacri tem ainda una conjugação de grandes interesses económicos já implantados ou a implantar no sector mineiro, mas extensivos à Guiné-Bissau.
A embaixada em Conacri, de criação recente, tem à sua frente um quadro do MPLA, Manuel Ruas, até então colocado na Direcção de Relações Internacionais. Recentemente foi nomeado um adido militar, General José Pedro Sebastião Mujimbo, nominalmente um oficial do Exército, mas, de facto, um operacional de segurança.
Esteve, antes, colocado como adido militar em Harare. É considerado um especialista em “operações especiais” (no passado fez parte do corpo de segurança de José Eduardo dos Santos por indicação de Fernando Miala, do qual é próximo).
O embaixador dos EUA em Bissau, Alan Lukens (residente em Dacar), provocou um clima de agitação nas FA ao afirmar, à saída de uma audiência com o ministro do Interior, Fernando Gomes, que forças navais norte-americanas estavam em prontidão na área do Golfo da Guiné para combater o narcotráfico, terrorismo e crime organizado. África Monitor Intelligence Nr. 648