domingo, 5 de maio de 2013
Escrutínio & Cia.
Estimado blogger,
Umas das formas de manifestar o meu apoio - ao trabalho de informar em que se tem empenhado, tendo em conta todos os riscos a que se expõe quando se trata de um dos países que menos respeitam o direito de informar - e o de quando em vez contribuir para enriquecer o debate com pequenos excertos como este que se segue.
Após a publicação ontem de um texto num outro espaço, recebi vários emails de gente amiga que me quer bem alertando-me de que foi implementado pelo vigente governo guineense vários 'corredores de escuta' na diáspora tendentes a compilação de vozes discordantes da actual situação. Não tardou para que recebesse vários emails atentatórios a minha integridade bem como da minha família na Guiné-Bissau. Vou tentar não referir a nomes desses guardiaões do golpe do ano passado mas apenas cingir-me a um ataque a que fui sujeito num blogue guineense dedicado a devassa e a má-lingua. Isto por ter sido o único que se manifestou publicamente. Pessoalmente não li o artigo que me visou, e tudo o que sei foi-me contado por uma colega.
Importa, contudo, reiterar aqui as posições que defendi, de que, ao contrario do que veicula uma alta figura do ultimo golpe de Estado, o nosso pais e farto em literatura legal que possa punir militares que se deixam envolver em actos de violações que se tem verificado, a saber, sequestros, violações a propriedades alheias, violações a integridade física de simples cidadãos, assassinatos, perseguições, etc. Lembrei que há leis na esfera militar que balizam o comportamento dos homens de farda que só não são observados devido a natureza anárquica, típica de certas franjas da sociedade guineense, ou pura e simplesmente porque não há quem se preocupe em aplicar as leis. Ainda na mesma linha, entendi que muitos crimes perpetrados pela nossa tropa são levados acabo fora do âmbito da corporação, ou seja, muitas violações são feitas obedecendo unicamente, ou a ajustes de contas ou a 'encomendas' de políticos ressentidos.
Dai que julgue que muitos dos crimes deviam ser tratados no âmbito dos tribunais criminais, pelo menos no que toca a implicação de civis/políticos que os instigam.
Agora, não se tendo sido capaz de absorver uma exposição tão simples e elementar, e numa clara tentativa de assassinato de carácter, soube da parte de amigos e colegas, dos ataques que acima descrevi. Segundo consta, até se caiu no ridículo de dar lições de direito político através de explanação de princípios e competências constitucionais, ao alcance de qualquer principiante. A exposição exaustiva que se fez da constituição até tem o seu mérito mas carece de qualquer pertinência por não ser relevante para o tópico em discussão. Eu fiz uma referência a constituição apenas e só como um princípio fundamental que os chefes militares deviam obedecer de forma a dar exemplo aos subalternos, por entender que o exemplo deve vir de cima! Mas não acho que se deva recorrer a Constituição como exibição de vaidades intelectuais ou académicas. Uma vez cai numa trampa de exibição de conhecimento, impelido por um 'filósofo' da Católica mas não volto a cair no erro. Caso se queira lançar-me um desafio académico, eu aceito mas terá que ser na arena apropriada. Não neste espaço. Quem me atacou também sugere que eu teria algo de pessoal contra o objecto da minha crítica. Quanta insolência!
As figuras publicas são actores cujos comportamentos tem impacto na vida de todos nos, e, só enquanto figuras do Estado e que as suas acções nos merecem escrutínio. Dizer o contrario e falta de seriedade!
As pessoas que nos desaconselham a criticar certas figuras só porque, segundo afirmam, são professores de Direito, são as mesmas pessoas que atacam a sua Exa. Dr. Carlos de Almeida Fonseca - um académico infinitamente de muito maior gabarito, professor na Fac. de Direito de Lisboa e actual Presidente de Cabo Verde, cujos antigos alunos incluem muitos que actualmente fazem parte da elite política portuguesa - relativamente a sua conduta na actual crise guineense.
É verdade que "volta de mundo i rabo di pumba" ou como diz o nosso artista maior, Justino Delgado, "bu ta bai te/ bu ta torna riba mas tras".
É preciso evitar tiros nos próprios pés!
Obrigado,
Alai Sidibe
sábado, 4 de maio de 2013
REKADU KU N'TEM PA KONTA: Se a minha posição me coloca em circunstância de me tratarem por TU, caguei para mim que nada valho; Se o meu estatuto nessa cidade (Bissau) ainda não foi plenamente reconhecido e permite que párias como vocês me tratem acintosamente por TU, caguei para o estatuto; Porém, se nem uma nem outra coisa consentem semelhante linguagem, peço-vos que me informem com brevidade sobre estas particularidades, pois quero saber ao certo se devo ou não cagar para vocês! AAS
Dirigentes e Deputados apoiantes de Braima Camará analisam sessão extraordinária da ANP
Dirigentes e Deputados da Nação que apoiam o Projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" analisam sessão extraordinária da ANP. Numa reunião aberta onde cada dirigente ou deputado apoiantes da candidatura de Braima Camará manifestaram-se hoje de uma forma clara na defesa do sentido de voto que conduziu a recusa do projecto de ordem-do-dia onde, contrariamente a proposta aprovada pela Comissão Permanente da ANP, foi retirada da agenda a discussão e adopção do Pacto de Regime. Os participantes da reunião manifestaram-se preocupados pela tentativa de recuo de algumas forças políticas que pretendem retirar subrepticiamente o Pacto de Regime do Parlamento e transferi-lo de novo para o chamado Fórum dos Partidos Políticos. Para os dirigentes e deputados que apoiam o projecto "por uma liderança democrática e inclusiva" o Pacto de Regime é um instrumento de relevante importância para a Guiné-Bissau, sendo portanto importante que a sua discussão e aprovação seja no âmbito do próprio Parlamento.
A reunião que juntou dirigentes e deputados do PAIGC que apoiam a candidatura de Braima Camará manifestaram-se igualmente preocupados pela desatenção e falta de tacto político de que deram provas alguns dirigentes do PAIGC que de forma incompreensível assinaram uma proposta de agenda para a sessão extraordinária da Assembleia Nacional Popular sem medirem as consequências gravosas para o nosso Partido, sem tomaram em devida atenção algumas nuances da mesma proposta que poderiam fazer perigar ou resvalar os significativos avanços conseguidos com o processo de retorno gradual à constitucionalidade e que tem merecido o apoio inequívoco da comunidade internacional, que defende, recorde-se a adopção de um Pacto de Regime e consequentemente a formação de um Governo Inclusivo de Base Alargada. Recorde-se que na sua ultima sessao do Conselho de Paz e Segurança da Uniao Africana organização, que na semana passada (sexta-feira) se reuniu em Addis Abeba para discutir a situação na Guiné-Bissau, na qual participaram também representantes da União Europeia, da ONU, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), foi aí acentuado uma "total convergência de pontos de vista sobre as prioridades para a Guiné-Bissau", nomeadamente eleições este ano.
Foi decidido ainda, pelo Conselho de Paz e Seguranca da União Africana que está a preparar uma missão conjunta (ONU, UA, CEDEAO, CPLP e UE) para vir à Guiné-Bissau, à semelhança do que já aconteceu em Dezembro passado, que vai constatar a realidade do país e "estabelecer um mecanismo local de acompanhamento" e que os termos de referência da missão serão debatidos em breve. Recorde-se que a Guiné-Bissau foi suspensa da UA na sequência do golpe de Estado ocorrido em Abril do ano passado, havendo hoje vontade da nossa organização continental de na próxima cimeira, ou até antes, a suspensão e as sancoes decretadas contra o nosso país fossem levantadas. Para a União Africana, parafraseando o seunRepresentante em Bissau, citamos "tudo é possível desde que haja vontade política dos atores guineenses, não tem necessariamente de se esperar pela cimeira para que se levante a suspensão, porque é uma decisão do Conselho de Paz e Segurança e é automática".
Recorde-se que a União Africana e o conjunto da comunidade internacional saúdam os avanços já conseguidos pelos políticos guineenses, sociedade civil e militares para que se chegue a um pacto de regime, um roteiro de transição e um governo inclusivo e desejam que os guineenses cheguem a conclusões rapidamente, isto para que a comunidade internacional possa ajudar o país a sair da crise em que se encontra e neste contexto há uma preocupação fundamental dos parceiros da Guiné-Bissau que se prende com a realização de eleições, havendo vontade da comunidade internacional no,seu financiamento. A UA, referiu no seu ultimo comunicado que vê "de forma positiva" o evoluir da situação na Guiné-Bissau e considera que no país há alguma tranquilidade e segurança voltando a pedir aos políticos para que se entendam. Saliente-se que a União Africana, compreende que o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, o partido mais votado nas últimas eleições) possa ter problemas (nomeadamente para organizar o congresso marcado para este mês) mas adverte que sem a participação do PAIGC não se pode falar de inclusão e de envolvimento de todos os partidos para uma saída da crise.
É tem em devida atenção estas preocupações e na perspectiva de se encontrar as melhores soluções para a resolução pacifica desta transição, que os dirigentes e deputados que aderiram ao projecto"por uma liderança democrática e inclusiva" apelam ao bom senso e pensam que uma das saídas mais consentâneas para a busca de uma solução passam necessariamente pela realização do VIII Congresso Ordinário do Partido, que deverá legitimar uma nova Direcção, que terá consequentemente maior peso negocial e na legitimação das superiores e legitimas aspirações do PAIGC junto aos demais parceiros nacionais e internacionais.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
EM RISCO: Guinétel pode fechar
A empresa da Guiné Telecom/Guinétel, do Estado da Guiné-Bissau, tornou-se inviável e pode fechar em breve se o governo não tomar medidas, alertou hoje o sindicato da empresa. Em conferência de imprensa, o presidente do sindicato, David Mingo, afirmou que os funcionários estão preocupados com a "situação difícil da empresa" e sem entender por que razão "o governo lhes virou as costas". O responsável lembrou que o governo anterior ao golpe de Estado de 12 de abril tinha negociado um fundo (mais de 10 milhões de euros) com o Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) para fazer o saneamento e valorização da empresa para depois a privatizar. LUSA
Morreu...
...a cerimónia fúnebre será em japonês STOP lamentamos STOP. Acabou de clicar na página do jornal 'Nô Pintcha'. Ficou de olhos em bico? Pois, eu também. E estou fodido!!! AAS
Jornalistas guineenses dizem que ‘falar sem medo’ é utopia
É assinalado hoje o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa" sob o lema ‘Falar sem medo’ e na Guiné Bissau está marcada uma jornada de reflexão. Ouvido pela RDP África, o presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social lamenta que o exercício do jornalismo continue a ser um risco, na Guiné Bissau. Quanto ao lema proposto pela UNESCO para 2013: ‘Falar sem medo’, Mamadu Candé garante ser “uma utopia”, já que a situação na Guiné-Bissau agudizou-se, depois de golpe militar de 12 de abril do ano passado. RDP
quinta-feira, 2 de maio de 2013
DEA - Indjai, we have a problem
Tudo indica que o CEMGFA António Indjai pode deixar o cargo que ocupa desde abril de 2009, em virtude da deposição de Zamora Induta, e exilar-se num dos quatro países da CEDEAO que reconhecem o regime golpista de Bissau. Com um mandado internacional emitido pela DEA/EUA, por acusação de ser responsável numero um na conspiração para planificar a introdução de drogas nos EUA, conspiração para venda de armas à organização terrorista (FARC), conspiração para adquirir e tranferir mísseis terra-ar, conspirar para atentar contra cidadãos americanos e conspiração narcoterrorista...os problemas do general António Indjai estão apenas a começar.
Um analista, em Bissau, contactado pelo DC, não confirma nem desmente uma hipotética saída do general que manda na Guiné-Bissau, mas diz que a intervenção de António Indjai, esta semana, na Assembleia Nacional Popular foi como que uma espécie de despedida forçada. Recorde-se que Antonio Indjai fez uma declaração no parlamento, dizendo que "o PAIGC não quer ir a eleições" e tem bloqueado tudo "porque tem dado ouvidos ao ex-Primeiro Ministro Carlos Gomes Júnior", que é, ainda, o presidente do PAIGC.
A pressão norte-americana, a que se junta a frase "a força da CEDEAO é completamente ineficaz", fez com que a organização sub regional começasse a mexer. António Indjai tornou-se numa autêntica dor de cabeça para os quatro países que suportam o golpe de Estado, que concordaram agora em descartá-lo. O motor de propulsão, no entanto, é a instalação, em Espanha, da força da AFRICOM, composta por 500 homens e oito meios aéreos (drones incluidos) "para intervir nos países africanos da África Ocidental". É um sinal do que aí vem. Para além do CEMGFA, os EUA, através da DEA vão atrás de pelo menos cinco civis, todos guineenses, entre eles alguns políticos.
O caso Charles Taylor, ex-presidente da Libéria caído em desgraça, é o primeiro exemplo que me vem à cabeça quando me lembro do acossado António Indjai. Taylor, sentindo-se 'protegido' durante algum tempo, pensou que a Justiça o havia esquecido. Pura ilusão. Deixaram simplesmente que fosse abocanhado e acabou no Tribunal Penal Internacional, em Haia, onde foi acusado, julgado e condenado. Aliás, com a Interpol atrás e estando presente em quase todos os países do mundo, é apenas uma questão de tempo até caírem em cima do Indjai. AAS
GRAVE - «Governo paga salários com dinheiro da droga»
A Confederação-geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) alertou para que o Governo de transição possa estar a utilizar dinheiro proveniente de tráfico de droga para o pagamento de salários aos funcionários públicos. Numa mensagem alusiva ao 1º de Maio, dia do trabalhador, esta central sindical classificou a situação como grave e disse que não pode ser aceite.
«A CGSI-GB não pode e nem deve abster-se dos problemas que nos últimos dias assolam o país, sobretudo quando se ventila que os salários pagos são fruto do narcotráfico. É muito grave e não podemos aceitar que o dinheiro da droga seja utilizado para nos pagar salários ao final do mês», lê-se na mensagem. A CGSI-GB exigiu uma explicação clara e plausível por parte do Governo de transição, em relação aos «salários-drogas» da administração pública guineense.
Sobre o poder compra do trabalhador, a organização sublinhou que o Governo de transição nada fez para evitar a subida de preços dos produtos de primeira necessidade, o que fez com que o funcionário público ficasse em situação de «penúria». Sobre a lei de Orçamento Geral do Estado, recentemente aprovado pelo Governo de transição, a CGSI-GB disse que o assunto não é do conhecimento do Conselho Permanente de Concertação Social. A confederação felicitou a determinação das organizações sindicais na luta e reivindicação dos seus direitos junto dos patronatos. PNN
FMI está em Bissau para fazer...nada!
O Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciou hoje a segunda missão à Guiné-Bissau após o golpe de Estado de abril de 2012, no âmbito da qual vai fazer uma análise exaustiva da situação económica e financeira, anunciou a Lusa. A situação no país "não está muito saudável", tendo em conta a suspensão das ajudas dos doadores internacionais na sequência do golpe de Estado, reconheceu hoje o ministro das Finanças do Governo de transição, Abubacar Demba Dahaba. O ministro reuniu-se esta manhã com a delegação do FMI, altura em que disse esperar que com a abertura da comunidade financeira internacional o país possa vir de novo a beneficiar de apoios.
"Há muitos projectos bloqueados desde 12 de abril mas há um esforço, o processo já está no caminho e penso que vamos ultrapassar rapidamente as dificuldades", disse, lembrando que também o Banco Mundial retomou os projectos que tinha em curso na Guiné-Bissau. A missão do FMI é chefiada por Mauricio Villafuerte, que já tinha estado em Bissau em Fevereiro deste ano. Villafuerte remeteu para o final da visita mais declarações, afirmando apenas que a missão que hoje começa é "mais formal" do que a de Fevereiro e destina-se a preparar o relatório anual que será apresentado ao FMI em Washington.
Após a missão de Fevereiro o Fundo Monetário Internacional emitiu um comunicado no qual dizia esperar que a economia da Guiné-Bissau recupere este ano, depois de uma queda no ano passado, graças à "retoma da produção e exportação do caju" (principal produto do país). "A actividade económica foi afectada adversamente pela queda acentuada nos volumes de exportação e preço da castanha de caju, e pela diminuição da assistência dos doadores na sequência do golpe de Estado", dizia o comunicado. E acrescentava: "embora a situação continue difícil devido às incertezas políticas existentes", espera-se que "a economia recupere em 2013" pela retoma da produção e exportação do caju. LUSA
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Borgonha mas mortu
O 'encarregado de negócios' da embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa, 'Noni' Vieira, parece vidrado na embaixada... Foi-lhe dito, por carta, que devia regressar a Bissau. A missão que lhe fora confiada, era complexa, era muita areia para a sua camioneta. Assim, ele falhara. Por outras palavras e sem rodeios: o 'Noni' não serviu com competência. Estávamos no dia 28 de março quando o carteiro tocou. Tinha, por assim dizer, o destino de 'Noni' nas suas mãos. A correspondência foi registada e seguiu friamente rumo ao seu destinatário.
Mas a verdade é que o 'Noni' já não manda nada (nunca mandou) na embaixada. Contudo, todos os dias vai à rua de Alcolena, ali junto ao estádio do Belenenses. Mantém o carro com matrícula diplomática (ainda que esteja cá, em Lisboa, como um imigrante sem papel) e o motorista. E não descarta a menina dos seus olhos: o gabinete. "Tem pedido que lhe paguem três meses de salário", conta uma fonte ao DC. Ainda que tenha feito...nada. E então, senhor conselheiro - e os objectivos, pá?!. Também sonha com o justíssimo bilhete de avião. Por este andar, acho que o 'Nóni' envelhecerá por cá...a engordar o currículum, claro!
Outro que foi nomeado 'ex-conselheiro' de negócios, mas em Paris, foi o Dino...as três ou mais tentativas para tomar a embaixada de assalto, deram em nada. Os guineenses toparam-no. E montaram até guarda à embaixada. E um dia chamaram mesmo a polícia francesa. Estes, claro, não podiam entrar na embaixada mas foram convidados a fazê-lo. Então, lá mimaram o assustado do Dino e levaram-no para fora. E disseram-lhe: "Amigo, você agora está em território francês". A mensagem passou e Dino conformou-se. Ma n'fala, lebsimenti tem na mundo... Humilhado, Dino foi sensato: fez as malas e voltou para casa - e fez muito bem. Dino regressou a Bissau há cerca de um mês. E por lá anda, aos papéis... AAS
Unilab 'é' guineense
A Guiné-Bissau foi o país com mais alunos aprovados (78) nos exames de admissão à Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), que oferecia 192 vagas para naturais de outros países de língua portuguesa. Por ordem decrescente, seguem-se os alunos de Cabo Verde (17), Angola (oito), Timor-Leste (cinco), Moçambique (dois) e São Tomé e Príncipe (dois).
O curso com mais candidatos aprovados foi o de Bacharelato em Humanidades (24 alunos), seguindo-se Administração Pública (20), Enfermagem (18), Engenharia de Energias (18), Agronomia (16), Ciências da Natureza e Matemática (10), Letras (6). Ao todo, apenas 112 candidatos foram aprovados para usufruir das 192 vagas para estrangeiros. No último ano lectivo, esta universidade foi frequentada por 800 alunos brasileiros e outros 200 originários dos restantes países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
No que se refere a alunos brasileiros, a UNILAB pôs este ano em vigor a nova “lei de cotas”, que obriga a uma reserva de vagas para candidatos oriundos de escolas públicas, com renda familiar ‘per capita’ igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e autodeclarados pretos, partos ou indígenas A UNILAB é uma instituição de ensino superior pública, com sede em Redenção, a primeira cidade brasileira a abolir a escravatura. Tem como objectivo formar recursos humanos para desenvolver a integração entre o Brasil e os restantes membros da CPLP.
Guiné-Bissau: Taciana Lima conquista 1ª medalha de ouro
Taciana Lima Baldé, uma judoca nascida no Brasil mas que é cidadã da Guiné-Bissau, arrecadou, em Maputo, a primeira medalha de ouro do país e da África a Sul do Sara, no Campeonato Africano de Judo, na categoria de ligeiro (menos de 48 quilos). Agora, sonha continuar a competir pelo país africano e chegar até aos Jogos Olímpicos de 2016, que se irão realizar no Brasil. Taciana Lima, a judoca de 29 anos, criada pela mãe e pelo padrasto, nunca conheceu o pai até que em 2007, a mãe lhe deu o nome do progenitor, Oscar Suca Baldé. Depois de algumas pesquisas, ela descobriu que o pai era o ministro das Pescas da Guiné-Bissau e resolveu entrar em contacto com ele.
Conheceram-se pessoalmente cinco anos depois e ela optou pela nacionalidade guineense. Com o sonho de competir num Mundial ou nos Jogos Olímpicos, Taciana teria essa tarefa dificultada no Brasil, pela sua adversária directa, Sara Menezes, que a derrotou na qualificação para os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2007. Neste momento em 31.º lugar no ranking mundial, a judoca tinha consciência que o Campeonato Africano funcionaria como uma boa rampa de lançamento para chegar ao Mundial no Brasil e às Olimpíadas.
Foi em Maputo que disputou a sua primeira competição como guineense, conseguindo ficar no primeiro lugar do pódio, depois de ter derrotado a bicampeã do torneio, a tunisina Hela Ayari, e a angolana Sabrina Saidi, na final. Pela primeira vez, um país da África a Sul do Sara uma campeã na categoria de ligeiro. Taciana Lima está já qualificada para o Mundial, que se realiza em Setembro, no Rio de Janeiro. Quanto aos Jogos Olímpicos, ainda terá de continuar a competir e a somar pontos com o seu quimono da Guiné-Bissau e o seu novo nome, Taciana Lima Baldé. LusoMonitor
Reencontro com o pai ditou destino de judoca brasileira
Após reencontrar o pai, judoca troca o Brasil por Guiné-Bissau e conquista o título africano? Poderia ser o enredo de um filme, mas a história é real. Quase dois anos após ser flagrada no exame antidoping, a judoca Taciana Lima, uma antiga promessa do esporte nacional, voltou a subir no lugar mais alto do pódio. Não pela Seleção Brasileira, mas sim defendendo as cores de Guiné-Bissau, um país africano sem qualquer tradição no esporte, no Campeonato Africano em Moçambique.
Com esses fatos, muitos cineastas já poderiam criar um documentário ou um longa-metragem. Mas a história não acaba por aí. Aos 29 anos, Taciana, que luta na categoria até 48kg, decidiu se naturalizar pelo país africano após conhecer o pai, Óscar Suca Baldé. Sem saber quem ele era até 2007, o primeiro encontro só ocorreu no fim do ano passado quando a judoca passou o Ano Novo com ele no continente africano.
– Meu pai é de Guiné. Ele estudou no Brasil durante a universidade e conheceu minha mãe. Mas quando acabou o curso, teve de voltar e eles perderam contato. Na época, ele sabia que ela estava grávida. Nasci em Pernambuco e vim para o Rio Grande do Sul muito nova. Sempre soube que ele não era brasileiro, mas nunca tinha perguntado muito – afirmou Taciana.
Brasileira Taciana Lima sobe no pódio defendendo Guiné Bissau
– Em 2007, perdi uma seletiva para a Olimpíada e me deu o estalo de procurá-lo. Deu que ele era Secretário de Estado das Pescas e dos Recursos Haliêuticos. Liguei no consulado em Campinas e, no dia seguinte, ele me ligou. No fim de 2012, no Ano Novo, foi a primeira vez que a gente se encontrou – completou.
Treinando na Sogipa, no Rio Grande do Sul, formada em Educação Física e estudante de Design de Moda, Taciana decidiu trocar de país para ter mais oportunidades. E não se arrependeu da escolha.
A lutadora se naturalizou rapidamente e teve a liberação da Confederação Brasileira de Judô. Logo na primeira competição, no Africano em abril, levou o ouro. Mas a realidade em Guiné-Bissau é outra. A atleta chegou à competição sozinha, fez sua inscrição e ainda teve de ser sua própria técnica. E entrou para a história do país. Taciana segue morando no Brasil e agora a meta é disputar o Mundial no Rio de Janeiro, no fim de agosto, e a Olimpíada de 2016. Mas tudo representando Guiné-Bissau.
ENTREVISTA COM TACIANA LIMA:
LANCE!Net: Como foi disputar o Campeonato Africano de judô neste mês?
Taciana Lima: O campeonato foi muito bom. Fiz três lutas e ganhei todas por ippon. Foi minha primeira competição por Guiné. Decidi me naturalizar no fim de fevereiro, começo de março. Foi tudo muito rápido. No início, muita gente não entendeu. Quando cheguei, foi uma surpresa, todos me olhavam. Foi muito diferente, nem sei como descrever. Guiné-Bissau não tem judô. Na final, o ginásio inteiro aplaudiu de pé.
L!Net: Você só se encontrou com seu pai pela primeira vez no fim do ano passado. Como foi isso?
TL: Passei o Ano Novo no Senegal com meus irmãos e ele. Depois, fiquei sete dias em Guiné. Tive a oportunidade de conhecer o presidente, a estrutura do país.
L!Net: Qual o motivo de decidir defender Guiné e não mais o Brasil?
TL: Decidi defender Guiné por causa da cultura esportiva do país. Lá, isso não existe. Posso conseguir criar isso, mostrar o judô para eles. As pessoas nem sabem da existência do esporte. Além disso, no Brasil é muito concorrido para participar da Olimpíada. Como tenho conseguido bons resultados nas competições, vai ser melhor para mim.
L!Net: Como foi a reação do seu pai ao saber da sua conquista?
TL: Ele foi a primeira pessoa para quem eu liguei após a competição. Ele ficou muito feliz. Até hoje, essa conquista está repercutindo. Recebi telefonema de uma rádio, mandei o vídeo do pódio, passou na televisão... Ainda não tenho tanta noção de como foi a repercussão.
A ANÁLISE DE NEY WILSON, COORDENADOR DA SELEÇÃO BRASIELIRA DE JUDÔ:
"Foi algo que partiu da Taciana. Ela nos procurou por causa do pai, dizendo que havia a chance lutar por Guiné. Colocamos a situação. Ela não está entre as três primeiras atletas do Brasil na categoria, mas é uma grande judoca. Mas, desta forma, é uma chance de ela pontuar e conseguir ir à Olimpíada. Lá, ela terá uma concorrência menor do que no nosso continente. Nos correspondemos com o Comitê Olímpico do país e criamos todas as facilidades. Com a Camila Minakawa (outra judoca brasileira, que está competindo atualmente por Israel), aconteceu a mesma situação, um pouco antes da Taciana."
CERCO: AFRICOM implantou a "Força de Reacção Rápida" na Espanha, apontada aos países da África Ocidental. No início de abril, os Estados Unidos da América e o Governo espanhol concordaram que os EUA podem ter uma força de ataque de "reacção rápida" na base aérea de Moron. A força é composta por 500 fuzileiros navais e 8 aeronaves, que serão usadas para responder aos países localizados na costa ocidental africana. AAS
terça-feira, 30 de abril de 2013
Remodelação para inglês ver...
Vem aí a tão propalada remodelação governamental, apelidada de governo de inclusão. Informações recolhidas pelo ditadura do consenso, dão conta que o PAIGC, que se deixou arrastar para esse lamaçal inconstitucional, pode não ficar com nenhuma pasta sonante - Segurança, Finanças, Economia. A única pasta de relevo que poderão ocupar é a dos Negócios Estrangeiros.
De regresso está o ministério da Mulher, Solidariedade e Luta Contra a Pobreza (para, presumo eu!, fabricar ainda mais pobres. As pastas da Defesa, Justiça e Economia não serão sequer mexidas. Fernando Vaz pode estar de saída, devido a pressões dentro do próprio 'governo ilegítimo da CEDEAO', mas, por outro lado, a nossa fonte reconhece haver uma "grande pressão" por parte do CEMGFA, António Indjai, para que o seu menino de coro continue... AAS
Espanha prende guineense "senhor da droga"
Guineense LITO NÁNIA preso em Espanha com 43 kilos de heroína. Lito 'Nánia' foi preso no Inicio do ano, mas só a 15 de março a polícia espanhola divulgou os pormenores à imprensa. AAS
Daqui não saio, daqui ninguém me tira
No dia 28 de março do corrente ano, o 'encarregado de negócios' da embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa, 'Noni' Vieira, recebeu uma carta do ministério guineense dos Negócios Estrangeiros. Motivo: a missão que lhe tinha sido confiado, acabou. Mais. Deve regressar à base. Devia!!! Pois 'Noni' fitcha pó di kurpu na sol de Lisboa... e não há maneira de desamparar a loja.
Desde que chegou a Lisboa, há já uns bons mesinhos, que 'Noni' tem andado por aí... Portugal não o chamou para a entrega das cartas (o governo português não reconhece o poder instituído em Bissau desde o golpe de Estado de 2012), não goza de imunidade, não é convidado para nada que seja oficial, nem por outras embaixadas ou representações diplomáticas na agitada Lisboa.
Numa palavra: 'Noni' Vieira foi completamente marginalizado por não ter conseguido desatar o nó sufocante que se aperta cada vez mais sobre os golpistas (mas alguém conseguiria?!)... Para a história ficará certamente a tal reunião em que 45 minutos dos 60 que durou a reunião foram passados a ouvir o seu curriculum...ah, e deixa uma embaixada ainda mais escancarada. AAS
Cajú: Boicote ameaça taxa
A Associação dos importadores e exportadores da Guiné-Bissau ameaçou, domingo de boicotar a campanha de comercialização da castanha de caju de 2013, o principal produto de exportação da Guiné-Bissau, se uma taxa adoptada em 2011 não seja suprimida. O seu presidente, Mamadu Yéro Djamanca, que se dirigia à imprensa, exigiu que o governo de transição suspenda a colecta dessa taxa instituida pelo governo deposto de Carlos Gomes Junior, que é de 50 FCFA por kilograma de castanha de caju exportado. Essa taxa devia permitir a promoção e o favorecimento da indistrialização dos produtos agricolas nacionais, segundo a antiga equipa governamental. Para M. Y. Djamanca, a supressão desta taxa permiteria aos exportadores de disporem de capacidades financeiras para a compra e exportação da castanha de caju. Em 2012, a Guiné-Bissau exportou 120.000 toneladas de castanha de caju, isto é, menos que os 174.000 toneladas de 2011.
Por outro, ele preconiza que o Fundo de promoção da industrialização agricola, criada em 2012 e que tinha a gerado 30 milhões de dolares, seja concedida alocado aos intermediarios para salvar a campanha da castanha de caju. Estes fundos é gerido pelo Governo e a Camara de Comércio, da Industria e Serviços. O governo de transição decidiu este ano de manter todos as taxas ligadas a comercialização da castanha, mas sem fixar o preço de referência ao quilo. A India é o mais importante comprador de castanha de caju da Guiné- Bissau, com mais de 80% das importações. Xinhuanet
Cabo Verde deve evitar polémicas com a Guiné-Bissau - académico
O académico cabo-verdiano Corsino Tolentino defendeu hoje (terça-feira) que Cabo Verde "não deve envolver-se em polémicas evitáveis", ao comentar as críticas da Guiné-Bissau ao comportamento das autoridades da Cidade da Praia no conflito político-militar guineense. Entrevistado pela agência Inforpress, citadado pela LUSA, o também antigo director geral da Fundação Calouste Gulbenkian defendeu que Cabo Verde deve acompanhar "com cautela" a crise guineense, desencadeada com o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012. "Creio que devemos acompanhar este assunto com muita cautela e qualquer posição pública deve ser devidamente ponderada, porque, neste momento, pode ter desenvolvimentos imprevisíveis", opinou Corsino Tolentino, "histórico" do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder desde 2001).
Em causa está a operação levada a cabo a 04 deste mês pelo Departamento Anti-Droga (DEA) dos Estados Unidos para a detenção do antigo chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) da Guiné-Bissau Bubo Na Tchuto, acusado pelos norte-americanos de ligações ao narcotráfico e tráfico de armas. Para as autoridades da transição guineense, a detenção de Bubo Na Tchuto ocorreu, não em águas internacionais, mas nas guineenses, tendo contado com o apoio de elementos cabo-verdianos, que permitiram, depois, que o antigo CEMA fosse transportado para os Estados Unidos a partir da ilha cabo-verdiana do Sal. O Governo de transição guineense acusou ainda as autoridades cabo-verdianas de envolvimento no tráfico de armas para os rebeldes da guerrilha senegalesa - Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC) que luta pela secessão da província do sul do Senegal e fronteira à Guiné-Bissau.
Na resposta, a 23 deste mês, um dia depois das críticas, o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, afirmou que as acusações "não são credíveis". "Não estamos a brincar aos Governos e não comento declarações desta natureza. Desvalorizo-as completamente. Não têm nenhum significado ou credibilidade para o Governo de Cabo Verde. Não comento as declarações de governantes da Guiné-Bissau em relação a essas matérias", afirmou José Maria Neves. Hoje, Corsino Tolentino indicou que as acusações do Governo de transição guineense revelam "falta de sabedoria política", salientando que se está à procura de um "bode expiatório" para um caso "muito delicado e muito concreto", o da afirmação de um Estado de direito na Guiné-Bissau. Comentando a detenção de Bubo Na Tchuto, Corsino Tolentino disse que a situação "está longe de ser líquida", uma vez que o caso não esteve a coberto de um "mandado de um tribunal internacional devidamente legitimado".
Pessoalmente, disse que gostaria que os cabo-verdianos não entrassem no que considera ser "um jogo", que pode prejudicar tanto Cabo Verde como a Guiné-Bissau e a região em que os dois países estão integrados. Segundo o analista, Cabo Verde "foi envolvido ou deixou-se envolver" no caso da detenção de Bubo Na Tchuto. Instado sobre que papel pode o arquipélago desempenhar numa solução para a crise guineense, Corsino Tolentino sublinhou que, apesar do passado histórico que liga os dois países, não vale a pena basear-se nesses pressupostos para se justificar qualquer tomada de posição por parte de Cabo Verde sobre os assuntos da Guiné-Bissau. "O passado histórico entre os dois países é diverso", alegou, acrescentando que houve "muito de positivo", mas também "muito de negativo".
Parlamento acorda - Eleições em novembro
Políticos e outros responsáveis da Guiné-Bissau concordaram hoje no parlamento que as eleições gerais devem ser em novembro e que o período de transição deverá terminar a 31 de dezembro. As propostas foram aprovadas pelos presentes numa reunião no parlamento (políticos, chefias militares, chefes religiosos e lideres sindicais) e resultaram de um consenso sobre o novo modelo para o período de transição em curso na Guiné-Bissau desde o golpe de Estado militar. Além da realização de eleições gerais em novembro, em data a ser marcada pelo Presidente da República de transição, Serifo Nhamadjo, as partes concordaram também na formação de um novo Governo "mais inclusivo" e ainda na eleição de um novo presidente da Comissão Nacional de Eleições, cujo nome deve ser indicado pelo Conselho Superior de Magistratura Judicial. LUSA
Bim nô bai
Sondagem DC
PERGUNTA: Quem é que os EUA levam a seguir?
- António Indjai - 141 (84%)
- Serifo Nhamadjo - 33 (19%)
- Kumba Yalá - 70 (42%)
- Fernando Vaz - 44 (26%)
NOTA: Por esta andar, o 'porta-CEDEAO' só vai no fim...mas, irá?! AAS
"Coca em Stock" - Jeune Afrique
Logo que soube através dos medias, no inicio de abril, como os agentes americanos da Drug Enforcement Administration (DEA) tinham montado uma cilada a dois dos mais altos responsáveis militares da Guiné-Bissau, um deles se encontra atualmente em prisão e o segundo (António Indjai, actual CEMGFA da Guiné-Bissau) é procurado pela Interpol, o coração de Ali quase ia tendo um colapso. Ali, não é nem o seu apelido, nem o seu nome, mas este homem de negócios ivoiriense-libanês conhecido em Abidjan e em Ouagadougou, e que foi um próximo de Laurent Gbagbo, se reconhecerá sem duvidas nesse rocambolesco negócio de enredos múltiplos e sucessivos. Isto porque, se a vasta operação clandestina lançada em meados de 2012 pela administradora da DEA, Michele Leonhart, que visava decapitar algumas das principais redes da cocaína connection na África Ocidental tinham na mira os dois barões da droga guineenses desse gigantesco tráfico, outros alvos eram igualmente visados, entre eles Ali, decididamente alguém muito inconsciente desde que está em jogo o dinheiro.
UM EXCELENTE TRABALHO DA JEUNE AFRIQUE
Eis a história - e o contexto.
Depois de pouco mais de uma dezena de anos, a África Ocidental tornou-se numa plataforma de trânsito, armazenamento e de distribuição da cocaína proveniente da América latina. Um quarto do consumo europeu passa por essa região, ou seja um mercado de 33 bilhões de dólares para 4 milhões de consumidores. Comprada a 4.000 dólares o quilograma na Colômbia ou no Peru, o pó branco revende-se 12 vezes mais caro na Europa. A droga chega até aos portos africanos nos contentores dos cargueiros que seguem a rota da «Highway 10», uma espécie de autoestrada transatlântica que liga os dois continentes ao longo do paralelo 10°. Porém, igualmente, mas raramente seguem a bordo de aviões, dado que o famoso episódio do «boeings da coca» ocorrido em 2009, não longe de Gao, no Mali com 8 toneladas de cocaína no seu interior proveniente da Venezuela, é porventura uma excepção. A mercadoria é de seguida reexpedida em direcção ao norte por via marítima ou terreste através do severo deserto do Sahara. Os narco-jihadistas do Movimento para Unicidade e a Jihad na África Ocidental (MUJAO) e os rebeldes tuaregues, que asseguravam até há pouco tempo a protecção e o encaminhamento da mercadoria, foram obrigados a deslocalizar as suas actividades desde o inicio da operação Serval - daí que, o trânsito da mercadoria segue a partir desse momento a partir do Níger e da Líbia. Somas em jogo e os ganhos realizados são de tal forma enormes que nada aparentemente conseguira erradicar esse negócio.
A ROTA - O EIXO DO MAL, COM LISBOA PELO MEIO
MAFIOSO
Não é evidentemente por acaso que o golpe da DEA teve como alvo, e em primeiro lugar, a Guiné-Bissau. Esta antiga colónia portuguesa é a principal feitoria da cocaína e o único prestador de serviço do tráfico. Até ao fim de 2011, o contra-almirante Bubo Na Tchuto, Chefe do Estado-maior da Armada, reinou no negócio até ter sido posto de lado pelo Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, o general António Indjai. Entre junho 2012 e abril 2013, os dois passam a ser alvos de uma bem montada operação de intoxicação e de manipulação por parte dos agentes da DEA, que se apresentaram como dirigentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), movimento narco-terrorista que luta contra o poder instalado em Bogotá, vai para meio século, e que os EUA classificam de organização terrorista. No decurso de reuniões secretas sistematicamente filmadas e gravadas em audio e vídeo pelos norte-americanos, Bubo Na Tchuto e António Indjai aceitam armazenar a cocaína transportada até Bissau e de servir idepois de ntermediários para a compra de armas para as FARC. A 3 de abril, o primeiro foi detido a bordo de um navio nas águas internacionais ao largo de Cabo-Verde e presentemente transferido para uma prisão do Estado de Nova-Iorque. O segundo não caiu na cilada, mas ele é, depois de 18 de abril oficialmente acusado pela justiça norte-americana, cuja acção está consubstanciado num mandato de captura internacional. O que não se sabe é que, ao mesmo momento a DEA levava à cabo uma operação similar entre Abidjan e Accra, tendo como objetivo de montar cilada não aos notórios barões como os dois mafiosos de Bissau, mas sim homens de negócios pouco ciosos quanto à natureza dos contratos que se lhes propõem. "Eles lançaram uma linha de pesca à agua e sem duvidas, eles devem ter lançado uma dezena iguais a fim de ver quem ira morder o isco" sugere um especialista em funções afeto na região. Foi assim que Ali mordeu o isco.
737 VIP - Como e por quem foi contactado?
Tal continua um mistério. Em meados de novembro o nosso ivoiriense-libanês marcou um encontro num restaurante de Abidjan com o representante de uma empresa de aluguer de aviões francês. Eu tenho um grande cliente para ti, melhor que um simples locador, terás um comprador, disse-lhe o seu interlocutor. Ele e os seus amigos esperam-nos no Ghana, eles estão com pressa. Em finais de novembro, Ali e o alugador, chamamos-lhe "Michael" voltaram a encontrar-se, desta vez num salão discreto do Hotel Golden Tulip de Accra, na presença de dois outros homens. O primeiro, cinquentão, disse chamar-se Diego e ser de nacionalidade colombiana. O segundo, Joseph, 35 anos aproximadamente, de origem libanesa, afirma ser o seu associado. É ele que, talvez tenha estabelecido o contacto com Ali porquanto apercebe-se um pouco mais à frente de que os dois têm amigos em comum no círculo de relações dos libaneses do famoso "trìângulo de ouro" da noite parisiense.
Com grande surpresa, "Michel" e Ali, que supostamente pensavam estar a contactar com homens de negócios aventureiros como tantos que existem um pouco por Africa, os seus interlocutores põem as cartas na mesa. Ambos afirmam trabalhar por conta das FARC e que o objectivo deles é de abrir uma nova linha aérea de exportação da cocaína a partir de Accra com destino à Península Ibérica. Paralelamente, o avião que eles procuram adquirir para efetuar essas entregas servirá para o encaminhamento das armas compradas na Africa do Sul para os guerrilheiros colombianos, via Venezuela. Para assim ser, eles estão dispostos a pagar em "cash" o aparelho e os membros da equipa, pouco importando o preço a dispender. No fim da entrevista, Diego e Joseph entregam aos seus novos parceiros dois telemóveis BlackBerry de um género muito particular: eles servem para corresponder de maneira segura unicamente por email. Ali e "Michel" estão espantados: que fazer? O negócio é extremamente atractivo, mas totalmente ilícito. O risco é também tão grande quanto o benefício. De volta a Abidjan, o primeiro hesita: negociar com narcotraficantes pode valer dez anos de prisão e não será essa a questão, mas porque não jogar sorrateiramente com eles, isto é vender-lhes o avião pura e simplesmente e sumir com o dinheiro sem entrar directamente no negócio? Claramente mais exposto pois será ele o comprador oficial do aparelho, "Michel" hesita, reflecte e depois confia as suas desconfianças a um amigo, antena local de um serviço de informações europeu. O honorável correspondente escuta-o com um ar aparentemente distraído antes de desabafar: "Esta operação é uma cilada da DEA. No vosso lugar, eu deixaria cair esse negócio".
Perturbado, dado que não devidamente convencido pelo interlocutor que lhe pareceu não ter tomado muito a sério a sua história, mas sobretudo curioso e teimoso por natureza, "Michel" decide de continuar por mais algum tempo com a aventura, à espera para ver o que acontecerá com o tempo. Ali, ele é completamente mais entusiasta: ele não acredita minimamente na hipótese de uma cilada e quer ir até ao fim com o negócio. Rapidamente, via BlackBerry, o negócio vai tomando forma. "Michel" detecta um Boeing 737 VIP de ocasião na Roménia que custa 3 milhões de dólares e que aparentemente parece agradar aos seus parceiros. Estes fazem-lhe chegar o plano de voo inicial. O aparelho saíria de Bucareste para Lisboa, depois seguiria directamente para a Africa do Sul, onde o armamento encomendado seria embarcado de forma legal graças a um certificado de utilização final fornecido pelo exêrcito venezuelano. Escalara a seguir num pequeno aeroporto junto à fronteira venezuelano-colombiana, onde a carga seria desembarcada sob a protecção dos militares chavistas e as armas seriam posteriormente entregues às FARC. O regresso para Accra far-se-ia com o avião vazio. Segue-se o carregamento da cocaína com carimbo das FARC, que chegou ao Ghana por barco e está já armazenado em contentores no porto de Tema. Depois a direção seria Portugal ou Espanha ou um local de acolhimento "seguro" onde o Boeing e da sua mercadoria seria organizada. "Michel" recebe, a 29 de novembro de 2012, um pedido de importação de armas por parte dos seus novos amigos colombianos: 4.000 espingardas de assalto russas e americanas, 2.000 pistolas, 1000 granadas, 1.000 minas antipessoais, 1.000 espingardas com miras telescópicas, 100 lança misseis Stinger e SAM...Tudo isso parece verdadeiro e concreto. Se for uma montagem, uma mentira, seria desagradável.
ARMAS DE TODOS OS TIPOS, PARA FORNECER AS FARC, NA COLÓMBIA...
ESCOBAR
Durante todo o mês de dezembro, "Michel" reflecte. Ele que nunca tinha infringido a linha vermelha da legalidade, acabou por se convencer de que, nessa história, nada haverá de bom, senão acabar mal. Porém, os seus interlocutores pressionam mais e mais, e Ali está por seu lado cada vez mais determinado a conclui-lo. Ele ("Michel") inventa um pretexto familiar para não estar presente num encontro fixado para Accra a 17 de janeiro. Ali vai sozinho e do encontro voltará ainda mais convencido e excitado pelo negócio: para além de Diego e Joseph, explica ele a "Michel, de que tinha encontrado um outro dirigente das FARC, assim como a própria filha de Pablo Escobar, mítico narcotraficante colombiano morto faz vinte anos na sequência de uma operação da DEA. Contudo, tudo isso de momento, pouco interessava a "Michel", pois estava já convencido de que quem lhe tinha posto de sobreaviso sobre a possibilidade de ser uma cilada de agentes americanos, tinha razão. Ele virou a página, desligou o pequeno aparelho BlakBerry fechou as ligações e retomou os seus negócios na maior discrição. Quanto a Ali, que ainda continua em Abidjan, fez o mesmo, apesar de tê-lo feito mais tarde, quando ouviu, a 6 de abril, a forma como os agentes da DEA tinham feito cair na cilada as suas presas guineenses. Uma surpreendente indiscrição da agência antidroga que, sem dúvidas, deve estar em curso noutras operações na Africa Ocidental. Nesta saga da Coca onde os policias e bandidos rivalizam na engenhosidade e onde os segundos estão sempre um passo à frente relativamente aos primeiros, tudo acaba, mas recomeça de novo.
(Artigo de François SOUDAN em Jeune Afrique – numéro double 2729/2730 du 28 avril au 11 mai 2013)
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Guerra na FFGB - 'Manelinho' debaixo de fogo
NOTA DE IMPRENSA
“Aparecimento de um pistoleiro a solta no seio da Federaçao de Futebol da Guiné-Bissau”
No nosso entender o futebol sempre é e continuará a ser veículo de Paz e amizade entre os povos. Pois nela não deve haver lugar para a descriminação racial, tribal e nem agressão física e verbal entre os seus actores.
Porque ele é centro de actração universal dos povos. Por essa razão há mais de uma decada, dediquei todo o meu tempo e a minha vida a bem desta modalidade " Desporto rey".
Na qualidade do membro da Comissão Executiva da Direcção da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), venho com toda minha verticalidade por intermedio deste instrumento tornar público o comportamento infantil, iresponsável e inadequado do dito Presidente da prestegiada instituição futebolistíca, que através das suas actividades congrega centenas se não milhares de jovens e amantes do futebol:
1. Na presença de altas personalidades públicas a saber: Dr. Armando Purcel - Director do Gabinete do Presidente da Republica de Transição, Dr. Arnaldo - Director Geral da Identificação Civil, Dr. Alfredo Gomes - Ex-ministro da Educação, Majores Quicala Baldé- Adjunto Comandante da Guarda Fiscal e Hamed Oulg Hamed - Chefe de Gabinete do Comissário Geral Policia de Ordem Pública, Bubacar Conte - Presidente da Liga Guineense de Clubes de Futebol (LGCF) e Sr. Mutaro Barri - Responsável financeira da Federação de futebol da Guiné-Bissau Mamadu Saliu Balde Empresario;
O Deputado da Nação Senhor MANUEL IRENIO NASCIMENTO LOPES, actual Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau fez uma acusação a minha pessoa na tentativa de derrubar a direcção sob o seu auspício;
2. Consequentemente declarou a plenária do comité executica (reuniao do dia 24 de Abril) que sempre transporta na sua mochila duas armas de fogo (revolver-pistola) e que a qualquer momento pode ceifar a vida de qualquer pessoa;
3. O mais caricato e inacreditável, foi que o Deputado da Nação expressou em alto e bom som de que o país carece das leis (nao tem pena de morte) mesmo que ele cometisse um crime de assassinato vai pagar a caução porque tem dinheiro suficiente para tal e que sairia impune da tal acusaçao;
4. Como pessoa de bem, empresário de profissão, dirigente desportivo,chefe de familia e membro da Comissão Executiva da Federação de futebol da Guiné-Bissau (FFGB), acredito veemente nas nossas autoridades e espero que este assunto vai ser tratado com maior responsabilidade e brevidade.
Feito em Bissau em 29 dias do mes de Abril de dois mil e treze.
C.C:
Ministério Público, Ministério do Interior/Defesa e a Comunidade Internacional.
Sr. Inum Embalo
Membro do Comite Executivo da FFGB
Embaixada da França desmente
Para a Vossa Informação, Prezados receptores do Press Review,
A Embaixada de França na Guiné-Bissau, desmentiu esta manhã, as notícias veiculadas sobre eventuais declarações do seu Embaixador, relativamente ao processo de transição política no nosso país, retiradas de um artigo publicado pelo jornalista Nelson Herbert e difundida nesta estação emissora, no passado sábado.
Ademais a Embaixada lembra que o Embaixador Michel Flesh citado no referido artigo, nunca poderia ter proferido as referidas declarações, na medida em que já não se encontra no país, tendo cessado as suas funções diplomáticas na Guiné-Bissau desde o ano transacto.
A França é representada actualmente por um Encarregado de Negócios, o senhor Pierre Voillery, que afirma nunca ter proferido qualquer declaração ou apreciação em relação à figura do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, General António Indjai.
Embaixada da França em Bissau
Obrigado
"Bom dia, Aly
Só umas linhas para te dizer que de cada vez que abrimos o teu blog é como se recebessemos uma lufada de ar fresco. Consegues, com um humor que te é próprio, escrever sobre temas sérios e manter informados os que sabem ler nas linhas e nas entrelinhas...
Mantém o teu estilo pois a informçao é assim mesmo - escreve-se no presente, deixando à Historia (que relata o passado) o papel de investigar com o recuo temporal necessário para corrigir certos relatos cujas vertentes não sao sempre fáceis de por a nu no presente. Mantém sempre o blog actualizado.
I.H."
SEGURANÇA, TERRORISMO, CRIME ORGANIZADO, TRÁFICO DE DROGA: Os desafios a vencer para obter a paz na África Ocidental
A evolução do contexto politico e de segurança na sub-região ao curso dos ultimos meses preocupa Saïd Jinnit, o Representante Especial do Secretario geral das Nações Unidas para a Africa Ocidental. Na sua visita quarta feira, 24 de abril 2013 à Costa do Marfim, o actual facilitador internacional do dialogo politico da Guiné Conakry visando a preparação das eleições legislativas trocou impressões com presidente Alassane Ouattara, Chefe de Estado Costa Marfinense e presidente em exercicio da Comunidade Economica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) que, para além da situação politica na Africa Ocidental ligada a paz e segurança, falaram sobre os «desafios impostos pelo crime organizado, o trafico de droga, a pirataria maritima e o terrorismo». Segundo um comunicado do Centro de Informação das Nações Unidas (NU) baseada em Dakar, o encontro entre Saïd Jinnit e Alassane Ouattara «centraram-se sobre a evolução do contexto politico e de segurança na sub-região no decurso destes ultimos meses».
O Representante Especial de Ban Ki Moon na sub-região informou o presidente Ouattara sobre os seus esforços enquanto facilitador internacional do dialogo politico conakry-guineense tendente a preparação das eleições legislativas. Ao mesmo tempo deu-lhe conta das deliberações da reunião do Grupo de apoio de seguimento do Mali que teve lugar em Bamako, a 19 de abril de 2013, sob a co-presidência da CEDEAO, das NU e da União Africana, informa a fonte.
Justamenta a proposito do Mali, os dois homens abordaram as questões relativas à transição proxima da Missão Internacional da Apoio ao Mali (MISMA) para uma Missão de Estabilização das NU, uma vez a resolução em discusão no Conselho de Segurança seja adoptada. Eles trocaram igualmente impressões sobre as iniciativas que poderão ser tomadas em apoio das autoridades malianas para promover o dialogo e ciar as condições propicias para a realização das eleições presidenciais em julho de 2013, informa o mesmo documento.
O presidente Ouattara e Saïd Djinnit não esconderam os «desafios que se impõem a sub-região pelo crime organizado, o trafico de droga, a pirataria maritima e o terrorismo» assim como os «esforços dispendidos pela CEDEAO e as medidas a tomar para fazer face a esses flagelos». A esse nivel eles acordaram sobre a necessidade de reforçar a cooperação sub-regional, continental e internacional para lutar eficazmente contra as novas ameaças para a segurança e a estabilidade na Africa Ocidental, revela a fonte.
Para melhor se atacar a esses flagelos, uma conferência de doadores tendo em vista apoiar o plano de acção sub-regional da CEDEAO de luta contra o trafico de drogas, o crime organizado e o abuso de drogas assim como o Programa WACI (West Arica Coast Initiative) esta previsto para junho de 2013. Este ultimo programa foi estabelecido pelas NU e a Interpol em apoio aos esforços dos paises concernantes para a fase inicial do programa no quadro da implementação do plano de acção da CEDEAO.
Trata-se da Libéria, Serra Leoa, Guiné-Bissau, Guiné-Conakry e a Costa do Marfim. Igualmente, o Comité Politico da WACI presidido pelo Representante especial do Secretario Geral para a Africa Ocidental tera lugar à margem da conferência de Abidjan, precisa a fonte que da conta do engajamento reiterado das NU em continuar a apoiar os esforços da CEDEAO para a paz e a segurança na Africa Ocidental. Sud Quotidien
Presidente da FFGB ameaça
Um membro do comité executivo da Federação de Futebol da Guiné-Bissau acusa o presidente do organismo, Manuel Nascimento Lopes (Manelinho), de lhe ter feito ameaças de morte, caso persista em questionar a sua liderança. Em nota de imprensa, a que a agência Lusa teve hoje acesso, Inum Embalo, suspenso por ordens de Manuel Nascimento Lopes, diz que o presidente da Federação tem tido "comportamentos infantis e irresponsáveis". Na carta, Embalo, até agora o membro do comité executivo da Federação encarregue do futebol feminino, afirma que Manuel Lopes o terá ameaçado de morte numa reunião e que este afirmou que se isso acontecesse sairia impune, porque "o país não tem pena de morte". LUSA
França pede entrega de António Indjai à Justiça Americana
Em recente encontro entre os embaixadores de países da União Europeia acreditados em Bissau e dirigentes dos principiais partidos da Guiné-Bissau, o embaixador francês, Michel Flesh, defendeu a entrega do chefe de estado-maior das Forças Armadas guineenses, António Indjai, à Justiça norte-americana que acusa o general guineense de conspiração narco-terrorista.
Recorde-se que os Estados Unidos acusaram recentemente esta alta patente militar guineense, de envolvimento numa conspiração narco-terrorista, que previa a intermediação das Forças Armadas guineenses no tráfico de armas, nomeadamente mísseis terra-ar, para a guerrilha colombiana das FARC. Para Washington, o chefe de estado-maior das Forças Armadas guineenses, valeu-se do seu poder e funções, para envolver o estado e as instituições guineenses no negócio que envolvia cocaína e armamentos.
Na sequência do esquema, cinco cidadãos guineenses, incluindo o antigo chefe de estado-maior da armada, o contra almirante Bubo Na Tchuto, capturados pela agência americana de combate a narcóticos, encontram-se desde início de Abril, presos em Nova Iorque. As autoridades de transição bissau-guineenses, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Faustino Mbali, e do porta-voz governamental, Fernando Vaz manifestaram-se entretanto, no início da semana, desejosos de ver os guineenses sob acusação de narcotráfico dos Estados Unidos, serem julgados pelos tribunais guineenses e só posteriormente transferidos, caso de se provar as acusações, para a eventual custódia de tribunais internacionais.
Eleições
Apoiante das soluções encontradas pela CEDEAO para a crise guineense, gerada pelo golpe militar de 12 de Abril do ano passado, a Franca ameaçou com endurecer de posição face ao impasse no processo de transição na Guiné-Bissau.
Agastado com a relutante posição da classe política daquele país lusófono ante a urgência de consensos para a saída da crise a todos os níveis que assola Guiné-Bissau, o embaixador francês exortou os políticos guineenses a um urgente entendimento que resulte na formação de um governo de transição de base alargada, com mandato para preparar as eleições gerais no país. À luz do roteiro de transição estabelecido pela CEDEAO, na sequência do golpe militar se seguiu a controvérsia gerada pelas eleições presidenciais de Fevereiro de 2012, os eleitores guineenses deveriam em princípio ir, ainda este ano, às urnas para novas eleições legislativas e presidenciais.
Uma hipótese encarada cada vez mais remota devido aos condicionalismos resultantes do “braço de ferro” que opõe os contendores políticos guineenses com reflexos a nível do cumprimento de prazos, da capacidade de mobilização logística e dos fundos financeiros necessários à organização do pleito eleitoral que deverá, à partida, devolver a ordem constitucional ao país. Foi com este cenário de incerteza que Michel Flesh teria dado aos políticos guineenses um ultimato no sentido de, até 9 de Maio próximo, ser encontrado uma solução para o impasse, sob pena da União Europeia ser forçada a levar a questão bissau-guineense à consideração do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Diga-se um expediente da qual poderia resultar um agravamento de sanções contra a Guiné-Bissau com todo o seu cortejo de consequências para o actual estado de (in) governabilidade do país. VisãoNews
AVISO
A embaixada de Cuba, foi informada que um dos golpistas quer pedir asilo político na sua representação diplomática, em Bissau. O embaixador informou já ao golpista em causa que recebeu ordens superiors de Cuba para não receber nenhum militar ou político nas instalações da embaixada... AAS
domingo, 28 de abril de 2013
Guiné-Bissau é o país com piores indicadores em termos de segurança aérea
Guiné-Bissau é o país da África Ocidental que apresenta os piores indicadores em termos de segurança aérea. As conclusões surgiram durante o encontro de peritos de aviação da União Económica da África Ocidental.
A Guiné-Bissau não conseguiu atingir a meta estabelecida pelos países da África Ocidental no que toca à segurança aérea. Quem o diz é Gregório Gomes, director de segurança do Instituto Nacional de Aviação civil na Guiné-Bissau. O responsável afirma que a falta de quadros especializados poderá ter contribuído para a má prestação do país no que refere aos indicadores de segurança aérea.
No oitavo encontro de peritos de aviação da União Económica da África Ocidental-UEMOA- a Guiné-Bissau aproveitou para pedir apoio aos parceiros para que no futuro o país possa atingir os níveis desejáveis, ou seja os sessenta e cinco por cento. Todavia, no que diz respeito à segurança aeroportuária a Guiné-Bissau apresentou melhorias, avanços que foram saudados pelos países que participaram no encontro. RFI
sábado, 27 de abril de 2013
Diga não à limpeza étnica nas Forças Armadas, antes que seja tarde!
"Caro Aly, peço-lhe que publique este texto. Abraço
Com a sentença (de fantochada) de “capitãozinho de Mafra” Pansau Intchama, veio ao de cima a verdadeira intenção da “inventona” do contragolpe de 21 de Outubro. A verdade é que repetiram a mesma maquiavelice do “caso 17 de Outubro” que culminou com as mortes de Viriato Rodrigues Pam, Paulo Correia e outras individualidades, nos anos 80. Criam-se “Inventonas”, executam-se quadros duma dada etnia e condenam os restantes para os poderem excluir das fileiras das nossas forças armadas. É isso o que está a acontecer à etnia Felupe, que doravante podem dizer e com toda razão que existe um “caso 21 Outubro” que visou uma limpeza da etnia Felupe das fileiras das nossas forças armadas.
A verdade seja dita, os militares da etnia Felupe são os mais temidos atualmente pelos da etnia militares da etnia balanta. Consequência não só da bravura, coragem, disciplina, mais principalmente pelas suas dedicações a causa da formação, já que mesmo em serviço militar obrigatório nunca abdicam de irem tirando os cursos como podem, ao contrário dos “militares balantas” que só o fazem quando são atribuídos bolsas como recompensas de assassinatos e de preferência para irem estudar num país estrangeiro (Pansau Intchama, Júlio Man N’bali etc, etc…são exemplos disso).
Se não foi este o objetivo da “inventona” de 21 de Outubro de 2012, então que alguém me responda as seguintes perguntas:
1. Alguém no seu perfeito juízo acredita que João Mendes e Ananias Djedju (militares e quadros superiores da etnia felupe com experiência de guerra, uma vez que combateram nos mais temíveis frentes de combate durante a guerra de 7 de Junho de 1998) iam-se juntar à meia dúzia de civis para atacarem um quartel com cerca de 1000 tropas de elite, "os Boinas Vermelhas"?
2. Afirmaram que um militar que se encontrava de serviço naquela noite reconheceu e identificou o Pansau Intchama como o comandante da operação. Se assim fosse, porque é que não lhe matou? Porque optou antes por matar os comandados por este, deixando-o fugir?
3. Se foi o Pansau quem os comandou, como é conseguiu fugir sozinho para Bolama sem que os outros militares o acompanhassem? Onde é que estavam os que agora acusam (o Jonco Manga, Degol Manga, Jorge Sambu, Braima Djedjo, Etchem Sambu, Paulino Djata etc)? Estes não queriam fugir pois não?
4. Que tipo de bala é que as nossas forças armadas possuem, que antes de te matar, queima-te primeiro a pele na coxa, do tórax etc? Vejam as fotos dos executados, não sejamos ingénuos, estes foram presos maltratados, queimados com maçarico, mortos e os corpos levados posteriormente para um local para darem espetáculo. Alguém viu os invólucros de bala junto dos corpos ou eles foram atacar o quartel das tropas de elite a pedrada? Vejam e revejam as fotos dos executados...
5. Se prenderam, maltrataram e executaram os que acusaram em Bolama de terem tentado ajudar o Pansau à fugir para Guiné-Conacry, porque é que ele (Pansau) não foi se quer beliscado quando o prenderam? Alguém viu a aflição na cara de Pansau na sua chegada a Bissau ou algum sinal de maltrato? Não estava ele a sorrir nas nossas caras e a enfiar-nos barretes à todos?
6. E os jovens assassinados em Bolama (Ensa Dabo, Carlos Alves, Amadu Baldé, Ussumane Sane da Costa «vulgo Baba» e Edgar) também eram assaltantes do quartel? Meus irmãos, estes foram executados porque viram e sabiam mais do que "deviam", por estado no sítio errado e na hora errada e presenciaram "in loco" a chegada de Pansau, que para lá fora levado pelas mesmas pessoas que o foram buscar, os militares.
7. E mais, a quem interessa uma limpeza da etnia Felupe das forças armadas Guineense? O “porta disparates de transição” o Fernando Vaz, até já nos tinha levantado o véu quando disse que os executados não eram Guineenses (lê-se não eram Felupes), mas sim, “Djolas de Casamansa”… (Ai, ai, ser temido pelos Balantas e pelos Senegaleses tem o que se lhe diga).
8. Se fosse verdadeiro contragolpe, como disse o Pansau, e se o Zamora Induta fosse o autor moral, porque é que não houve mais balantas envolvidos (mais balantas acusados), ou balantas mortos? Se isso fosse verdade, o Zamora não teria pelo menos mais um “macho” balanta dispostos a colaborar a não ser Pansau Intchama, que até nem era o seu braço direito quando era CEMGFA, mas sim, o braço direito de António Indjai que era seu comandante direto a quem afirmou ter obedecido ao executar o Nino Vieira?
Digo mais, esta limpeza não é de agora, pois já fez vítimas doutras etnias no passado recente. Se não, vejamos;
· O Ansumane Mané (Comandante Supremo da Junta Militar) foi morto, no entanto, não mataram o Buota Nambatcha (da etnia balanta) que era o seu adjunto na altura.
· Veríssimo Correia Seabra foi morto junto com Domingos de Barros, mas Watna Na Laie (o então Chefe de Estado Maior do Exercito, da etnia balanta) e Emílio Costa (o então vice-Chefe de Estado Maior General da Forças Armadas, da etnia balanta) não foram mortos…
· Se não fosse por ser da etnia balanta, porque é que não mataram também o José Zamora Induta quando o António Indjai lhe deu "golpe" (como fizeram com Ansumane e Veríssimo) … “Kuma lubu ka ta kumé lubu?”
A semente já se encontra em terra fértil, não nos surpreendamos depois com os frutos (de vingança), ou porque não, já que se repetem “os Outubros” não seria ingénuo da nossa parte não esperarmos um outro “7 Junho” com consequências deveras imprevisíveis?
Kuma baga-baga ka tene tarsadu, ma i ta korta paja!
Mídana Silva"
ANGOLA: "O desgaste (da Guiné-Bissau) na acção internacional, é como que um golpe"
A secretária de Estado da Cooperação angolana afirmou hoje, na Cidade da Praia, que a realidade dos factos na Guiné-Bissau demonstra "quem de facto tem razão" e desdramatizou críticas das autoridades de transição guineenses a Angola e Cabo Verde. Ângela Bragança falava aos jornalistas após um encontro de trabalho com o chefe da diplomacia cabo-verdiana, Jorge Borges, reunião que marcou o primeiro de quatro dias de uma visita de trabalho a Cabo Verde. "Isto é natural (as críticas). Mas a realidade dos factos, no terreno, vai demonstrando de que lado está a razão. Há uma deterioração da situação social, que é ditada sobretudo pela dificuldade de (o país se) autofinanciar os projetos e as ações.
É preciso que haja estabilidade para que se capte o investimento estrangeiro e a ajuda externa", sublinhou, mas "na situação em que se encontra é muito difícil". "Angola e Cabo Verde estão a fazer o seu papel, sem intromissões, estão a agir no quadro das resoluções dos órgãos internacionais e da União Africana e acho que, neste quadro, continuaremos a dar a nossa ajuda ao povo da Guiné-Bissau", acrescentou Ângela Bragança.
A governante angolana advertiu também para os perigos do desgaste da comunidade internacional em relação às sucessivas crises político-militares e à falta de respostas face aos pedidos de paz e estabilidade no país. "Começa a haver um desgaste e o desgaste, na ação internacional, é como que um golpe. Quando já começa a não haver resposta pronta às solicitações, deixa-se cair no marasmo e eu receio que aconteça isso com a Guiné-Bissau", avisou, aludindo às autoridades de transição saídas do golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
Lembrando as palavras ditas recentemente, também na capital cabo-verdiana, pelo enviado especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, o ex-Presidente timorense José Ramos-Horta, a secretária de Estado angolana realçou que as autoridades da transição guineense estão perante "uma última oportunidade". "Mas devemos trabalhar no quadro que está estabelecido para que o país irmão se estabilize e possa dar dias melhores à população que sofre. Hoje, mais do que nunca, a população sofrerá mais, pois não há condições financeiras nem suporte económico para desenvolver o país", sublinhou.
Ângela Bragança, considerando que a atual situação na Guiné-Bissau é "desoladora", garantiu que Angola vai, porém, continuar a apoiar os esforços de estabilização no país, dentro do quadro que está definido. "Estamos comprometidos politicamente (com a Guiné-Bissau) e com o povo guineense e a nossa contribuição vai continuar a ser dada nos quadros que estão definidos", concluiu. Angola manteve até ao golpe de Estado uma missão militar na Guiné-Bissau, fruto de um acordo nesse sentido com o Governo então deposto pelos militares, liderado por Carlos Gomes Júnior.
Embaixadas ao deus dará
As nossas representações diplomáticas, sem excepção, estão a viver um autêntico calvário. A maior parte delas estão com mais de dez meses de salários em atraso, e é frequente ver os nossos representantes diplomáticos a pedinchar ou em cenas de pugilato com os senhorios ou, na falta de cabedal para resistirem à expulsão musculada, sair com o "rabo entre as pernas", mas deixando sempre algumas pertenças como garantia ao senhorio, não venha os nossos representantes escapulirem-se sem pagar as rendas que normalmente são mais acumuladas que os atrasados.
Esta situação começou a inquinar-se ainda mais com o último consulado presidencial e agravou-se com os novos abutres do regime de transição que, por uma palha, nomeam embaixadores como se fosse um exercício de prazer se tratasse. Qualquer pé descalço ou marginal quer ser embaixador, encarregado de negócios ou cônsul, e o resultado é o que se vê neste momento: a um sem número de representantes diplomáticos em exercício, mais os ex-representantes que nunca retornaram ao local de afectação, junta-se-lhes uma lista infindável de novos embaixadores, encarregados de negócios e cônsules nomeados por conveniência -ou dólares - pelo regime golpista de Bissau... sem qualquer orçamento para assegurarem a sua instalação e representatividade condigna.
Da minha passagem por Dakar, soube de fontes fidedignas de que a embaixada está a pão e água há mais de 8 meses e os nossos representantes andam num autêntico "sukundi-sukundi" com os respectivos senhorios, não ousando sequer andar nos seus veículos, portanto "car-rapide obligé" para mostrar ao wollof ndiaye de que estão falidos que nem o Bubo Na Tchuto, que nem um par de sapatos pode comprar (eu particularmente estou de acordo com a táctica, pois segundo ouvi dizer, o wollof até cobra dívida de morto... AAS
Braima Camará apresenta Moção de Estratégia
Acabamos de lançar no nosso Site de Campanha do candidato à liderança do PAIGC, BRAIMA CAMARÁ a Moção de Estratégia que o projecto para uma “Liderança Democrática e Inclusiva”, pretende apresentar ao VIII Congresso do nosso glorioso PAIGC, em cumprimento das disposições estatutárias que regulam a apresentação de candidaturas à liderança do Partido.
É um documento aberto, em preparação desde há vários meses, mas ainda completamente aberto para a contribuição de todos quantos nela se queiram rever. Por isso, todos quantos o queiram fazer poderão não só trazer as suas críticas e sugestões, como assiná-la, contribuindo assim para a definição das linhas de orientação que conduzirão a vida do nosso Partido nos próximos anos, caso o projecto por mim liderado saia vencedor, como o esperam todos quantos têm partilhado a sua construção.
Contamos com a vossa contribuição e podem crer que ela se reveste da maior importância para nós. Já acolhemos o conjunto das recomendações que nos foram apresentadas por militantes e simpatizantes do partido no périplo que realizámos por todo o país, para auscultar e sentir, na primeira pessoa, os problemas e as aspirações do partido e dos seus militantes, como continuaremos a acolher as contribuições que voluntariamente nos quiserem oferecer para melhorarmos a nossa visão sobre o futuro do nosso Partido e da nossa terra. O nosso firme propósito é que a Moção de Estratégia seja um documento participado, por cuja concretização todos e cada um de nós se sentirá responsável.
Os nossos antecipados agradecimentos
Iª Convenção Nacional do PND
PND REALIZA A SUA 1ª CONVENÇÃO NACIONAL
Sob o lema “Um Partido – Um Sonho – Um País”, o Partido da Nova Democracia liderada até à convenção pelo Sr. Iaia Djaló, realiza em Bissau de 10 à 12 de Maio a sua 1ª Convenção Nacional.
Esta Convenção surge num momento em que o país atravessa uma das suas maiores crises da última década. Trata-se de um momento crucial na vida dos guineenses que almejam por uma liderança diferente, mais empreendedor, mais dinâmico, mais democrático, mais eficaz e mais justo.
O PND pretende contribuir para a renovação da democracia guineense, dando-lhe mais vigor, mais estímulo, mais abertura, mais solidariedade e sobretudo mais responsabilidade. A Convenção irá juntar académicos, jovens quadros, trabalhadores exemplares do país, brilhantes funcionários anónimos, mulheres batalhadoras, homens de negócios, artistas e camponeses oriundos de todo o país, num total de 579 delegados, para juntos preparem um outro futuro que começará à partir do dia 10 de Maio.
O Partido da Nova Democracia será um partido aberto ao diálogo, à alianças estratégicas, mas na base de princípios e valores que norteiam um Estado de Direito Democrático e tendo os interesses da Guiné-Bissau como o ponto de partida para qualquer negociação. O respeito pelas diferenças, a tolerância étnica e religiosa, o respeito pelas regras de jogo democrático, o respeito pela igualdade e equidade entre os sexos, a transparência e a responsabilidade governativa são, entre outros, os valores e princípios que o PND defende.
É nossa convicção, que este país é possível, desde que haja mais patriotismo, mais capacidade, mais responsabilidade e melhor organização. Não podemos continuar a carregar nos nossos ombros o nome de um Estado falhado, um Narco-estado, apenas porque um grupo de pessoas querem acaparar-se da Guiné. Este país possui recursos humanos, naturais, florestais e haliêuticos em abundância, o que é preciso é capitalizar este achado, organizar-se melhor, dar oportunidades a novos talentos para transformar a nossa Guiné. O Partido da Nova Democracia será sem sombra para dúvidas, uma alternativa sustentável à bipolarização política que tem conduzido o país apenas para a violência e para a miséria. Juntem-se todos a este projecto.
Viva PND, Viva a democracia, Viva a República da Guiné-Bissau.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Todos os nomes
Nomes dos novos directores das escolas públicas...:
Adulai Bobó Sissé – Liceu Regional Luís Fona Tchuda (Gabú)
Adulai Ualú – Liceu Sectorial de São Domingos
Agostinho G. Correia – Dr. Rui Barcelos da Cunha (Bissau)
Almeida Quadé – Godfredo Vermão de Sousa (Bissau)
António Ansú Sani – Ensino Básico Unificado Revolução de Outubro (Bissau)
Bacar Dam – Amizade China Guiné-Bissau (Bafatá)
Caba Sambú - Liceu Regional Hejy-ya-Henda (Bafatá)
Carlos Mida N`haslambé - Liceu Regional Areolino Cruz (Catió)
Clode Nota – Liceu Nacional Kwame N`Krumah (Bissau)
Domingos cabral – Liceu João Paulo II (Cacheu)
Ernesto F. Intalá - Ensino Básico Unificado Nº1 Contuboel (Bafatá)
Faustino da Silva – Salvador Allende (Bissau)
Faustino Gomes – Liceu Regional Domingos Brito dos Santos (Quinhamel)
Fausto Cassamá - Ensino Básico Unificado Alto Bandim
Francisco I. da Costa – Liceu de Hafia
Ildo da Silva - Ensino Básico Justado Vieira
Infali Camará – Dr. Agostinho Neto
José Elias Vasconcelos – Liceu de Cacheu
Leonardo Luis Cheim – Liceu Regional Hó-Chi-Minh (Canchungo)
Machado Té - Ensino Básico Unificado de Bôr
Malamine Bari – Liceu Regional Galdé Baldé (Ingoré)
Mamudo Jaló – Samora Moises Maichel (Bissau)
Matche Boassa – Quemó Mané (Mansoa)
Sabino Sanca - Ensino Básico Unificado Amizade Guiné-Bissau e Suecia
Sanha Intambú - Ensino Básico IIIº Congresso
Serifo Braima Seidi - Ensino Básico Unificado Bandim-Bilá
Tefna Tambá – Plack 2
Timbo Vieira - Ensino Básico Unificado de Quelelé
Gâmbia e Cabo Verde, com recados para Bissau
Discurso do Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, na Cerimónia de Entrega de Cartas Credenciais pelo Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Gâmbia, AbdouJarjou
Excelências,
Senhor Embaixador, AbdouJarjou,
Senhor Ministro das Relações Exteriores,
Senhoras e Senhores colaboradores da Presidência da República,
Senhores Diplomatas,
Senhores colaboradores da Embaixada da Gâmbia,
Senhoras e Senhores jornalistas
Senhor Embaixador,
PORMENOR - AS MEIAS BRANCAS DESTOAM E DE QUE MANEIRA...ISSO NÃO É UM JOGO DE TÉNIS, PÁ...
É com imenso prazer que recebo as Cartas que acreditam Vossa Excelência na qualidade de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República da Gâmbia junto do meu país.
Verifico com satisfação, Sr. Embaixador, que hoje, mais que nunca, os nossos dois países estão comprometidos a trabalhar para que as tradicionais relações de amizade e cooperação que, felizmente, sempre existiram entre nós, se reforcem e se diversifiquem, seja a nível bilateral, seja a nível internacional.
Inseridos no mesmo contexto geoestratégico, Cabo Verde e Gâmbia, ambos membros activos da CEDEAO, organização sub-regional tido como instrumento útil na efectivação da estratégia de desenvolvimento económico integrado que se quer para os seus Estados membros, partilham ainda a circunstância de serem pequenos Estados o que os deve incentivar a colaborarem, de forma cada vez mais intensa e coordenada, na defesa dos interesses dos nossos países e da nossa Organização.
Independentemente da nossa pertença comum à CEDEAO, diria ainda que as nossas reduzidas dimensões territorial e populacional, aliados a uma relevante sintonia em relação a alguns dos dossiers políticos mais críticos tanto no âmbito da CEDEAO, quanto no da União Africana, nos devem estimular para uma cada vez maior concertação política e diplomática.
Estou certo que na sua missão que hoje se inicia em Cabo Verde, Vossa Excelência saberá inaugurar um novo ciclo nas nossas relações políticas, diplomáticas e de cooperação efectiva, nas mais diversas áreas, como por exemplo, o comércio, o desporto, as novas tecnologias e, muito particularmente, a cooperação entre serviços especializados na luta contra o narcotráfico, o terrorismo, o crime organizado e a pirataria marítima nas nossas águas, fenómenos que devemos combater, com convicção e determinação, se queremos que as nossas Nações se desenvolvam de forma harmoniosa e sustentável.
Senhor Embaixador,
Almejamos que os nossos países irmãos - Mali e Guiné-Bissau - possam encontrar, o quanto antes, o caminho da paz e da concórdia, para o bem-estar dos seus respectivos povos. Para tanto, gostaria de assegurar a Vossa Excelência da disponibilidade pessoal e institucional do Presidente da República na prossecução desses objectivos.
As autoridades cabo-verdianas seguiram, com apreensão, as recentes ocorrências, na República Centro Africana, que condenaram, desde o primeiro momento pelo facto de Cabo Verde se posicionar firmemente contra o recurso a qualquer tipo de violência como forma de se chegar ao poder, defendendo, os princípios da legalidade, do respeito pela Constituição e pelo direito internacional.
De igual forma, condenamos o atentado bombista que se registou no passado dia 15de Abril em Boston, manifestando total repúdio contra tal acto, e solidarizando-nos com as autoridades norte-americanas e as famílias das vítimas inocentes.
Gostaria de destacar o importante contributo que vem sendo dado pela CEDEAO na busca de soluções para a Guiné Bissau e o Mali. No último caso, registamos com grande satisfação os consideráveis avanços no sentido da reposição da integridade territorial daquele país, assim como, o restabelecimento do direito do seu povo a viver em paz, numa sociedade livre, democrática e plural a todos os níveis.
Senhor Embaixador,
Permita-me referir, com imensa satisfação e orgulho, as comemorações do 50º aniversário da criação da OUA que, em Maio próximo, serão devidamente assinaladas em Addis Abeba. Trata-se de uma efeméride que, em atenção à sua dimensão histórica, mobilizará, certamente, todas as Nações e forças vivas do nosso Continente para que todos possamos prestar a devida e justa homenagem àqueles visionários que, a seu tempo, souberam forjar o instrumento, através do qual e à volta do qual gravitaram todos os movimentos independentistas da África.
Finalmente, gostaria de terminar desejando que a missão de Vossa Excelência que hoje começa em Cabo Verde seja coroada de sucessos e que ela possa contribuir para o efectivo fortalecimento das relações de amizade e cooperação entre os nossos dois países e povos. Reitero ao Senhor Embaixador AbdouJarjou toda a disponibilidade pessoal e Institucional do Presidente da Republica para apoiar Vossa Excelência nessa missão.
Muito obrigado.
BUBO-DEA: O que diz Vasco Nacia
Vasco Nacia, membro das Forças Armadas da Guiné-Bissau, disse ter acompanhado Bubo Na Tchuto quando este foi preso pelas forças dos Estados Unidos, e garantiu que a detenção se deu no arquipélago dos Bijagós, em águas guineenses. Os Estados Unidos anunciaram no início do mês a detenção de Bubo Na Tchuto em águas internacionais, perto de Cabo Verde. O antigo chefe da Marinha da Guiné-Bissau era procurado pelos Estados Unidos por alegado envolvimento no tráfico internacional de droga, sobretudo cocaína oriunda da América do Sul. O segundo tenente Vasco Nacia terá acompanhado a situação que levou à prisão de Bubo, com quem trabalhou quando o oficial agora detido era o chefe da Marinha, conforme contou à televisão da Guiné-Bissau, TGB.
Na entrevista, disse que o seu envolvimento no caso começou no dia 01 de abril, quando Bubo lhe terá dito que estava a montar uma empresa, chamada Boston Lda, e lhe falou de que os sócios iam chegar à Guiné-Bissau e que já estavam em alto mar, pelo que lhe pediu apoio para, como piloto, ir ajudar a colocar o navio em Bissau. Bubo, acrescentou, contactou-o de novo na madrugada de dia 02 de abril para ir para Cacheu, norte de Bissau, com um empresário chamado Pedro. No mesmo carro para Cacheu seguiam também Tchami Yala e Papis Djemé, ambos posteriormente detidos.
Em Cacheu, todos seguiram num bote para o navio onde supostamente viajava o empresário, tendo Vasco Nacia sido apresentado como a pessoa para dar assistência para levar a embarcação até Bissau. "Ao chegar ao navio, o Pedro apresentou-nos a um outro senhor, chamado Alex, que teria feito todos os contactos com Bubo Na Tchuto, como sendo seu sócio",contou Vasco Nacia à TGB, acrescentando que o suposto sócio de Bubo achou estranha a sua presença e disse que apenas queria falar com Bubo, até porque trouxera alguns empresários que queriam falar pessoalmente com o antigo chefe militar.
Contactado Bubo, este dispôs-se a ir ter com eles e foi Vasco quem conduziu o bote até à praia de Suru (perto de Bissau) para nele embarcar Bubo Na Tchuto, que só apareceu mais de duas horas depois, precisou o entrevistado. Alex terá falado então a Bubo dos empresários que com ele queriam falar, a bordo do navio, tendo seguido todos até ao referido navio, atracado ao largo da ilha de Caravela. "O Bubo foi detido nas águas interiores da Guiné-Bissau, nem sequer estamos a falar das 12 milhas marítimas. Ele foi detido na zona de Caravela", garantiu.
Na entrevista, Vasco Nacia contou que a bordo do navio, num "salão VIP", lhes foram servidos sumos e que Alex disse que ia arranjar champanhe no camarote, onde na verdade estavam cerca de 50 polícias "bem armados e fardados". "De cada lado das portas do camarote estavam 25 homens armados. Na operação, o primeiro homem que se dirigiu a nós, gritou logo: Polícia. Vinham logo em nossa direção com armas em punho. Raptaram-nos logo. Meteram-nos as algemas, deitaram-nos no chão e meteram-nos panos na cabeça. Na altura nem sequer sabíamos para onde é que nos estavam a conduzir", disse.
Vasco Nacia disse também que viu duas polícias de Cabo Verde e que durante o percurso até à ilha do Sal foram identificados e questionados se tinham dinheiro para pagar a advogados. No Sal, Vasco e outro elemento, civil, foram levados pela Polícia Judiciária de Cabo Verde e Bubo, Tchami e Papis ficaram no navio. A polícia cabo-verdiana ter-lhes-á dito que eram inocentes e que ninguém podia ser capturado se o seu nome não constasse "da lista". Regressaram à Guiné-Bissau via Senegal. A Lusa tentou sem sucesso falar com Vasco Nacia. De acordo com o jornal "Última Hora", de Bissau, Vasco está detido porque as chefias militares querem esclarecer os pormenores da sua participação no caso. LUSA
Leba kabás
Diz-se que o 'presidente da CEDEAO' para a Guiné-Bissau regressa ao país no próximo domingo, e bem guardado: nem mais nem menos do que três guarda-costas, os chefes de estado-maior de três países cujos governo, com graves problemas internos nos seus territórios, impuseram e suportam a ilegalidade constitucional prevalecente na Guiné-Bissau. Os CEM do Senegal, da Nigéria e da Costa do Marfim (os queridos inimigos do Povo da Guiné-Bissau) vão trazer a sua 'noiva' e tentar uma paz podre entre Serifo e Indjai. Quando virarem as costas, logo se verá... AAS
Porque corres, Vaz?
Definitivamente os guineenses não têm tido mesmo sorte com este famigerado governo de transição que a CEDEAO impôs na Guiné-Bissau. Também, outra coisa não se podia esperar até pela incompetência que é timbre deste governo de má memória para o país e o seu Povo. Entre eles, à larga distância, destacam-se de todos os outros, o ministro dos Negócios Estrangeiros, digo esquisitos e o da Presidência e Porta-Voz, digo porta-disparates desse governo de fantoches e usurpadores.
Este governo, a cada dia que passa, mais parece um bantaba di djumbai, tal são os faits divers em que se tem envolvido, umas atrás das outras, os escândalos e poucas vergonhas vão-se sucedendo, sendo os dois supracitados os que mais dão cartas...
O ministro dos Negócios Estranhos (MNE), Faustino Fudut Imbali, tem por sua conta os imensos escândalos de vendas de postos de embaixadores (caso mais flagrante, o do Malam Sambu, embaixador na China e denunciado não há muito e de froma magistral pelo DC), as vendas dos postos de cônsules honorários, as vendas de passaportes a cidadãos estrangeiros, com particular destaque para a máfia dos países asiáticos, assim como as suas frequentes saídas patéticas e descontextualizadas da actualidade que põem a nu toda a sua incompetência e limitações como "homem de estado".
Ultimamente porém, é o porta-disparate que tem estado mais na ribalta, pois de cada vez que abre a boca ou entra mosca ou sai disparates (outro iguala-se-lhe: de vendedor de publicidade numa revista, em Lisboa, arvora-se agora em 'jornalista' dando má imagem de um governo já de si caído em desgraça, ainda que nem note que os seus escritos são de puro ódio e de uma vingança cega...). Este senhor, de tanto querer mostrar o seu apego à 'causa' golpista e cair nas graças dos seus patrões militares, apresta-se a papéis tão ignóbeis e degradantes que, sem dar conta, lhe marcarão para toda a vida na sociedade guineense e por ai fora. Posturas do género do porta-disparates, verdade seja dita, nem nos piores tempos dos governos do PRS se via tanta asneira junta. Fernando Vaz é o protótipo do agente maligno que, para sobreviver apresta-se a tudo, até vender a alma (...duvido muito se a tem neste momento) para ter as graças da sua mordomia e vida de mafioso novo-rico. Tornou-se banal vê-lo aparecer na televisão pública a verborear informações gratuitas, caluniosas e irresponsáveis contra pessoas de bem e Estados dignos, acima de quaisquer suspeitas no caso - falo em concreto da detenção de Bubo Na Tchuto.
Tal postura desvairada, pelos contornos que está a assumir, deixa de ser um simples caso de desnorte ou de impreparação na gestão da causa pública, para passar a ser considerado como um caso muito sério de psicopatia de complexos recalcados, enfim, um caso de insanidade mental profundo e perigoso. Um caso de polícia, até. Primeiro, foram Portugal e Angola os seus alvos e, ultimamente é Cabo-Verde. Todos eles países amigos do Povo da Guiné-Bissau desde tempos imemoriais, os quais velipendia com as mais graves e vis acusações, fruto de uma mente doentia eivado de um primarismo social de conduta nunca antes visto nos anais da governação guineense. Uma vergonha, portanto. Contudo, é bom que se compreenda o porquê de o porta-disparates do governo golpista, estar desnorteado e a atirar em todos os sentidos. Ao que parece, Fernando Vaz ainda não tem a percepção correcta da situação de incômodo em que se encontra, pois apesar de o barco golpista estar a meter água por tudo quanto é sítio, parece que o porta-disparate está no país das maravilhas. Senhor Fernando Vaz: não se brinca com o Estado...
O porta-voz, se fosse intiligente, devia era preocupar-se em seguir o conselho - e os recados - do Nobel da paz e representante do Secretário Geral da ONU. Ele que se lembre que está ligado aos mais obscuros negócios desse famigerado regime, incluindo ligações criminosas com os clãs colombiano e venezuelano da cocaína que operam em Bissau a coberto do seu estatuto de ministro. Fernando Vaz devia naturalmente estar preocupado e vigiar a sua reataguarda, pois parece-me ainda perdido, sem norte e sem ter, ainda, dado conta do que lhe espera... Depois não digam que eu não avisei... António Aly Silva
Tratamento de choque
O debate sobre as possiveis saidas para a crise na Guiné-Bissau apos o golpe politico-militar de 12 de abril, esta em curso ha muito tempo, porém até agora nada de palpavel e concrecto se viu como resulltados concrecto. A vinda do experiente, Nobel da Paz, Dr José Ramos Horta veio animar de que amneira o espirito dos guineenses, pois mercê da sua experiência, frontalidade e pragmatismo muito apreciavel, fizeram o guineense ver uma ténue luz no fundo do tunel ja tenebroso e interminavel que é a crise guineense. Mais ainda, a captura e a saida da cena politico-militar de Bubo Na Tchuto e a imenente, esperemos que sim, «acantonamento» do General Indjai, reanimaram ainda mais esses sinais de esperança ja em desespero de tanto esperar.
Porém, no meu modesto ponto de vista, se por acaso a Comunidade Internacional (CI), em particular as Nações Unidas (NU), União Africana (UA) e a União Europeia (EU), quiseram efectivamente ajudar a Guiné-Bissau a sair desse atoleiro, é bom que ponderem muito bem, qual o remédio, o mais adequado, a dar ao seu paciente comatico. A CI deve ver ponderadamente, qual a terapia mais adequada para «exorcizar o mal» que sucessivamente «possui» esse pais de mil contrastes e conflitos sem fim.
Creio eu no entanto que, a partir desta nefasta crise despoletada pelo golpe de 12 de abril, que se pode pode atacar o mal pela raiz, pois ao que me parece, é o momento ideal para eliminar os germens que gangrenam esse corpo, ja insensivel de tanto sofrer.
Do meu ponto de vista existem bons indicadores que me permitem assim pensar. Desde ja, o primeiro passo, foi a ajuda norte-americana de nos levar um inquilino perturbador e de maus vicios para ser guardado com um belo uniforme alaranjado bem longe do pais, assim também, a ordem de «batida de caça» decretada contra Antonio Indjai, o General dos Golpes, dos Assassinatos, das Drogas e das Armas, isto devido a sua implicação, denunciada pelos EUA no narco-terrorrismo e colaboração com forças terroristas hostis aos EUA.
Esta dadiva da intervenção americana para nos livrar desses dois grandes germens da instabilidade na Guiné-Bissau, embora tardia, é de rezar e agradecer a todos os Santos, pois ele constitui um sinal claro para freiar o ilimitado sentimento de impunidade e intocabilidade de que estão imbuidos os nossos dirigentes politicos e, principalmente os militares.
O segundo passado constitui em, aproveitar esta situação soberana para, sob a tutela das NU, reenquadrar e sanear o sistema democratico vigente na Guiné-Bissau, permitindo ao pais sair desse processo de caotica e criminosa transição e passar a dotar-se de instituições democraticas solidas e perenes que, a médio prazo possam permitir a Guiné-Bissau, desenvolver-se autonomamente rumo à paz e a estabilidade, quer do ponto de vista institucional, social e economica.
A primeira acção rumo a esse almejado reenquadramento, passaria previamente, pelo imperativo da assumpção plena do proximo processo eleitoral pelas NU, tal se fez no caso de Timor Leste e, diga-se de passagem, com muito sucesso e resultados encorajadores na perspectiva da actualidade desse pais irmão. Isto é, deve ser instituida pelas NU um orgão eleitoral independente possuindo instâncias hierarquicamente diferentes, cujas funções seriam por um lado, a pré-organização (incluindo o recenseamento biométrico e actualização ou confecção ex-novo dos cadernos, e por outro lado, a supervisão e a validação in fine do processo eleitoral. Estas duas etapas finais da intervenção das NU (supervisão do processo e validação dos resultados permiteria não so sanear as querelas e disputas internas de interesses politicos entre o PAIGC e o PRS.
Essas disputas minaram e descredibilizam inabalavelmente o organismo nacional das eleições ora em funções, onde é patente a intenção do PRS, de a todo o custo, mesmo contra as leis e os regulamentos que regem esse orgão, querer apoderar-se, para além do Secretariado Executivo, também a Presidência da CNE. Tal pretensão deixa antever uma premeditação deliberada para a instrumentalização desse orgão e consequentemente uma pretensa manipulação dos resultados a favor dos seus interesses. Alias, essas cautelas, são por demais recomendaveis, se se tivermos em conta, a actuação inopinada, ilegal, movidos por interesses exclusivamente partidarios do actual Secretario Executivo da CNR aquando das ultimas eleições recentemente interrompidas, em que, sob pressão do seu partido e a revelia da lei eleitoral e das suas competências na CNE aparece nos orgãos de comunicação nacionais e estrangeiros a «divulgar» resultados eleitorais falsos e deturpados com mero intuito de criar a confusão e instalar o caos sobre o processo eleitoral em curso, tal como infelizmente acabou por acontecer. Creio que, basta-nos este exemplo de irresponsabilidade, para que as NU à semelhança de Timor Leste assuma na integralidade a organização supervisão e validação do proximo processo eleitoral guineense.
Optando a NU por este método e sendo um caucionador idoneo e insuspeito dos resultados do processo eleitoral, tal facto atenuaria ou mesmo, evitaria as sucessivas suspeições e rejeições sistematica dos resultados eleitorais, cujos recursos anti-democraticos tem feito escola no mau sentido, na democracia guineense. Tais situações recorrentes, tem sido sempre acompanhados de tensões, instabilidade, pânico, ameaças de guerra,... «armas» que, useira e vezeiramente tem sido sistematicamente utilizado por um certo e determinado candidato... acabando sempre por conseguir ganhos financeiros e, também colateralmente politicos de pressão.
Igualmente, afim de reforçar a idoneidade desse dispositivo independente das NU e permitir um engajamento responsavel de todos os intervenientes no processo eleitoral, todos os candidatos seriam obrigados a assinar um Pacto de Compromisso Democratico (PCD), onde cada um solenemente se engajaria em quaisquer das circunstâncias a aceitar os resultados eleitorais caucionados pelo orgão das NU encarregue do processo eleitoral, assim como, comprometer-se à sujeição sem reservas a qualquer tribunal ou juridição indicada pelas NU, em caso de perturbação do processo eleitoral, a contestação dos seus resultados ou a promoção de disturbios pos-eleitorais.
Para completar o tratamento de choque ao paciente guineense e, como medida de dissuação, as NU deviam instalar uma força militar de interposição sob contrôlo e comando das NU. Essas forças podiam ser constituidas de preferência, sem os elementos que integram as duas esferas de influência e pertença que «disputam» o protagonismo da solução para a crise na Guiné-Bissau (CEDEAO e a CPLP) e, caso não seja possivel a primeira opção (por economia de custos), integrar-se equitativamente os elementos dos dois polos de interesses complementarmente, mas sempre sob comando integrado das NU. Essas forças, manter-se-iam na Guiné-Bissau pelo menos durante 3 a 4 anos ou se necessario, até se apurar o estado de solidificação e securização do sistema democratico no pais.
Simultaneamente à instalação das forças das NU para securizar e dar estabilidade ao processo eleitoral, proceder-se-ia ao acantonamento das pletoricas unidades militares guineenses, ao seu recenseamento, ao seu desarmamento e acondicionamento das armas, a restruturação de efectivos, a qual começaria por um processo de saneamento progressivo em dois sentidos, isto é, por um lado, a desmobilização dos veteranos e, por outro lado, a desmobilização dos novos «ingressos» trazidos directamente das tabancas ou barracas de fanado (recrutamentos ad hoc feitos na base da familia ou da tribo), cujos elementos foram integrados de forma arbitraria nos «efectivos» do exercito e que praticamente funcionam como milicias privadas dos chefões militares.
Caros compatriotas,
Esta é a minha modesta reflexão sobre o que pode ser a solução imediata e pragmatica para a saida da crise guineense.
Estou certo de que, ela podera ser sujeita a criticas dai a completaridade das vossas ideias seriam benvindas para enriquecer o debate. Porém estou certo que, a cumprirem-se essas permissas de realização de eleições por um orgão independente das NU, a Guiné-Bissau dara um passo importante e eventualmente seguro, rumo à estabilidade, à paz e a consolidação do Estado de Direito. Para alcançar esses objectivos , tão almejados, cabera seguramente a ultima palavra ao nosso irmão, o Nobel da Paz, José Ramos Horta equacionar com a sua reconhecida experiência e saber de ponderação estas questões junto a quem de direito apreciar e decidir, isto é, ao Secretarrio Geral das Nações Unidas, BanKi-Moon.
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau
Pinto C.
Sociólogo/Finlandia
quinta-feira, 25 de abril de 2013
ESCRAVATURA
Os agricultores da Guiné-Bissau consideram baixos os preços de venda da castanha do caju, o principal produto do país, e querem a intervenção do governo para que haja mais compradores e por isso mais concorrência e melhores preços. Os agricultores e a Câmara de Comércio reuniram-se esta quinta-feira em Bissau com o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, e o presidente da Assembleia Nacional." A situação no terreno é precária, os preços não são os melhores. Estão a 100 francos (15 cêntimos) o quilo, no máximo 150 francos. E há troca de caju por arroz, um quilo de arroz por três de caju. Isto é inaceitável", disse aos jornalistas o presidente da Associação Nacional de Agricultores, Mamasamba Embaló. LUSA
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