sábado, 26 de março de 2016

Instabilidade política trava acordos com oito dos 16 financiadores internacionais


A instabilidade política na Guiné-Bissau «está a travar acordos com oito dos 16 financiadores/doadores que, há um ano, prometeram apoios no valor de 1.400 milhões de euros ao país», afirmou o ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins, citado pela RTP Notícias.

«A principal razão para não haver acordos com metade dos parceiros está relacionada com a instabilidade política», sublinhou Geraldo Martins durante uma conferência de Imprensa para fazer o balanço do encontro de doadores, realizado há um ano, em Bruxelas (Bélgica). Os 1.400 milhões de euros estão previstos para projetos a realizar até 2020.

«As verbas que até agora chegaram à Guiné-Bissau são, sobretudo, apoios de ajuda orçamental, em concreto 10,5 milhões de euros do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), 1,7 milhões de euros de Timor-Leste e verbas relativas a programas de apoio portugueses», juntou ainda o ministro da Economia e Finanças guineense.

Quanto aos principais projetos, os parceiros «estão à espera de ver mais claramente o que vai acontecer no país: se haverá ou não programa de Governo», acrescentou.

«Teremos que ser nós, guineenses, a resolver este problema: temos instituições que funcionam, por isso temos que resolver isto na base do diálogo», finalizou Geraldo Martins.