quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Guiné-Bissau: comunidade internacional saturada com instabilidade
O antigo presidente nigeriano Olusegun Obasanjo deixou Bissau inconformado com o impasse político. A CPLP, por seu lado, prossegue os contactos com os actores nacionais que apelam a uma decisão política.
Perante o impasse e sem forças para alterar o estado das coisas, o mediador da CEDEAO, o antigo Presidente da Nigéria, Olesegun Obasanjo, deixou Bissau na última madrugada visivelmente irritado com a classe politica guineense.
Quem ainda vai tentando aproximar as partes é a delegação da CPLP, a comunidade lusófona, integrada pelo chefe da diplomacia de Timor-Leste, Hernani Coelho e pelo secretário-executivo da organização, o moçambicano, Murade Murargy.
Os dois responsáveis lusófonos desdobraram-se esta quinta-feira em contactos. Estiveram no Supremo Tribunal de Justiça e no Parlamento. Serão recebidos ainda esta quinta-feira pelo primeiro-ministro, Carlos Correia. Na quarta-feira estiveram na presidência da República.
A CPLP entende que a solução para a crise deve ser encontrada pelos próprios guineenses, no campo político, sem descurar, contudo, o aspeto jurídico da questão.
Isaac Murade Murargy, secretário executivo da CPLP, continua em Bissau para tentar mediar a crise política. Na saída ontem de uma reunião inconclusiva na presidência com actores políticos e mediadores ele alegava que o importante era trabalhar em prol da estabilidade do país. RFI