sexta-feira, 24 de maio de 2013

UA quer criação rápida de um governo inclusivo (este é o nome da moda, seja lá o que isso for...)


O comissário para a Paz e Segurança da União Africana (UA), Ramtane Lamamra, instou hoje, em Addis Abeba, na Etiópia, as autoridades de transição da Guiné-Bissau a criarem rapidamente um Governo inclusivo, afirmando que ele permitiria associar toda a classe política na gestão do país. "As coisas avançam na Guiné-Bissau. Há uma dinámica interna. Esperamos que haja em breve um consenso sobre o pacto da transição. Deve-se encarar a criação dum Governo inclusivo. A partir daí pode-se preconizar que a data limite para a conclusão da transição a 31 de dezembro próximo será respeitada", explicou Lamamra em entrevista à PANA na capital etiópe.

Segundo Lamamra, a reforma do setor da defesa e segurança deve ser uma prioridade, tal como a luta contra a impunidade e o combate ao tráfico de drogas. "Trabalhamos nisto e posso assegurar-vos de que o nosso representante especial, que reside em Bissau, envidou até esforços para restaurar a unidade do Partido Africano para a Independência da Guiné e de Cabo Verde (PAIGC) para que este partido, que detém um lugar central na vida política, resgate a serenidade", explicou o comissário para a Paz e Segurança da UA.

"A UA deseja a execução dum plano completo que inclua uma interação entre os diferentes setores", acrescentou. Um novo roteiro do fim da transição, submetido aos diferentes atores bissau-guineenses no início de maio, prevê, entre outros, eleições gerais o mais tardar antes do final de 2013 e a escolha do presidente da Comissão Nacional das Eleições. A Guiné-Bissau é dirigida desde o golpe de Estado militar de abril de 2012, que se seguiu à morte por doença em Paris do Presidente Malam Bacai Sanha, por uma autoridade de transição liderada por Manuel Serifo Nhamadjo.