sábado, 11 de maio de 2013
"Será justo?"
"Pergunto a quem de direito, se um combatente da liberdade da pátria - um comandante de bi-grupo que dirigia e conquistava grandes quartéis de relevo na nossa luta contra a dominação colonial, e que depois da independência continuou a servir o país e seu povo: No quadro da famosa reforma do governo chefiado pelo Sr. Carlos Gomes Junior, alguns meses antes do golpe de Estado, vinha recebendo o meu subsídio normal, como qualquer outro cidadão.
A minha pergunta é a seguinte: um golpe de Estado pode e deve anular tudo aquilo que este homem vinha fazendo até aí?... Já há mais de um ano que estou sem receber o meu subsídio de reforma. Isto É JUSTO? Ainda pergunto: um meu filho pode ser vítima de uma consequência minha?... Chamado por ordem superior da chefia militar no Estado-Maior General das Forças Armadas, fui insultado, humilhado e por fim obrigado a deixar o meu trabalho como técnico numa das instalações de um órgão de comunicação do Estado.
Tudo isso porque um homem já na reserva prestou um serviço ocasional a quem quer apoiar numas eleições livres e democráticas num país como o nosso - isso é crime? Estes e mais outros factos ocorrem na Guiné-Bissau, aos olhos dos guineenses e ninguém diz nada de nada? Bem, Deus é pai e vou lutar contra esta injustiça até à última gota do meu sangue e, lembrem-se todos, um peixe dá à luz um outro peixe, e esta é sem dúvidas uma chamada da atenção. Espero haver argumento suficiente de enfrentar quaisquer eventuais reacções.
J."