quinta-feira, 30 de maio de 2013
EAGB? Estamos conversados
"Aly,
Escrevo estas linhas para colocar uma questão sobre uma empresa pública que tem dado o maior dos desgostos aos guineense - a famosa EAGB. Como é que é possível que uma empresa que detêm o monopólio do seu sector de actividade, isto é não tem concorrência, não consegue prestar um serviço minimamente satisfatório?
- Como é que é possível que funcionários da EAGB tenham tenham energia eléctrica nas suas casas enquanto o bairro todo está às escuras?
- Como é que é possível que o pessoal do serviço de piquete da EAGB, nunca esteja disponível para atender aos clientes que tenham sofrido avarias na rede eléctrica, no seu bairro ou em sua casa, sem que tenham que desembolsar uns trocados em CFA (que às vezes chegam aos quinze mil dos nossos já parcos francos)?
- Como é que possível, depois de tantos anos, ainda não conseguirmos garantir energia eléctrica à capital deste país nem que seja um mínimo de doze horas diários?
- Como é que é possível que um empresa que se diz em dificuldades e que até tem salários em atraso, tenha directores, administradores, todos a andar em carros de alta cilindrada e vivendo no bem bom?
- Como é que é possível, apesar de tudo isso, até hoje, nenhum governo deste país (digo bem, nenhum) conseguiu tomar a decisão de privatizar a EAGB já que não se consegue arrumar gente competente para o gerir?
Acabem com essa pouca vergonha e entreguem a EAGB a quem saiba fazer melhor. Não nos interessa que seja chinês, nigeriano, americano ou javanês...o que interessa é termos algo tão básico hoje em dia como a energia eléctrica na nossa, capital e em nossas casas. Sem energia nenhum país se desenvolve.
De um cidadão indignado e farto de toda esta pouca vergonha!
C.V. Monteiro"