sábado, 17 de outubro de 2015

Ex-membros do Governo agradecem ao PM


Durante a reunião de hoje, dia 16 de outubro, no Salão Nobre do Conselho de Ministros, com a Sua Excelência, o Primeiro-ministro, Sr. Carlos Correia, todos os membros do governo foram unânimes em enaltecer o nobre gesto do Chefe do Executivo, em lhes convocar para uma conversa.

O ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades, Sr. Mário Lopes da Rosa, ao usar da palavra, segundo ele como um simples cidadão guineense, começou por dizer: “Este é um gesto de reconhecimento. Não obstante, tudo que pode ser dito, alguma coisa foi feita. O nosso grande defeito e dificuldade, como Homens da Guiné, é muitas das poucas vezes não reconhecemos os nossos valores. Só quando se reconhecer os valores de cada um de nós, o que facto fizemos de bom, poder-se-á ser tomado em consideração.”

Adiante, referindo-se a ausência do ex-Primeiro-ministro, frisou que “seria bom que... estivesse presente” para “conjuntamente com o camarada Carlos” a conversa se tornar mais interessante. Concluindo de que “este colectivo do governo, que pode apreciar pessoalmente, qual o engajamento de cada um deles...” que está “convencido de que estando no governo ou não estando no governo, cada um deles vai continuar zelar para o bem-estar desta terra.”

A seguir usaria da palavra, o ex-Secretário de Estado de Segurança Alimentar, Sr. Filipe Quessanquê. Este governante do PRS na sua intervenção, não escondeu a sua satisfação: “isto para mim é algo que ficou na minha história. Ficou-me na mente para sempre. Colaborei com companheiros e os companheiros colaboram uns com os outros, como membros do governo. Foi fantástico! Ao Sr. Primeiro-ministro quero dizer-lhe, no fundo do coração, enquanto cidadão, por onde estivermos vamos trabalhar como guineense para o bem-estar deste povo.”

Confiante continuou: “que este governo liderado pela Sua Excelência, o Primeiro-ministro, dê o seu melhor, porque os guineenses merecem um governo deste tipo.” Pois, “o governo de Domingos Simões Pereira foi um governo como o próprio Primeiro-ministro acabou de reconhecer e os guineenses também reconheceram bom. Para mim foi uma satisfação grande ter pertencido a esse governo, de que muito me orgulho.”

“Quero aproveitar a ocasião para agradecer a confiança do PAIGC, no que respeita ao Governo de Inclusão e o convite que foi dirigido a minha pessoa como presidente de PUSD para dar a minha contribuição como cidadã nacional na parte da justiça. Julgo que exerci essa função, no que respeita a minha competência, o meu sentimento de cidadã nacional, de todas as formas que era possível fi-lo com idoneidade e vontade de diferença na Guiné-Bissau”, sublinhou a ex-Ministra da Justiça, Sra. Carmelita Pires.

Que ao terminar, solicitou uma atenção especial para a justiça, no que concerne a pelo menos a um esforço para alicerçar ao longo dos três anos que faltam uma Reforma Estrutural, que segundo ela poderia garantir mais paz, mais estabilidade, mais tranquilidade, mais segurança, sobretudo o desenvolvimento que o filho da Guiné mais quer.

No fim, entregou em mãos, ao Chefe do Executivo, o Relatório de Exercício de junho 2014 a Setembro de 2015 do sector de justiça no quadro do IX Governo Constitucional.

Para o ex-Secretário de Estado da Cooperação, Sr. Idelfrides Fernandes, “A remodelação é uma coisa muito normal. É um processo a que assistimos muitas vezes...” Mas, “a forma como as coisas foram tratadas, não foi uma forma ideal... Nós somos deputados, vamos retomar o nosso lugar no Parlamento, na pancada de PAIGC, partido vencedor. Esperamos dar toda a contribuição possível...” Finda dizendo: “Nós vamos garantir ao camarada Carlos Correia de que estamos dispostos dar a nossa contribuição no PAIGC e aqueles que nos foram substituir para ajuda-los no desenvolvimento do sector em que se encontram.”

“Faço minhas, as palavras que foram proferidas pelo Idelfrides Fernandes” afirmou o ex-Secretário de Estado da Juventude e Desportos, Sr. Tomas Gomes Barbosa. Referindo que a missão que o Primeiro-ministro “vai cumprir, não vai ser tarefa fácil”, não obstante, muitas vezes ter assumido essa responsabilidade no país, fazendo o apelo a coesão governativa. Também, destacou que o Chefe do Executivo “conhece a Guiné-Bissau, no que se baseia e que é preciso mudar o próprio homem guineense para de facto se obter resultados”, advertindo-o para que: “seja um Primeiro-ministro que procura ouvir todo mundo, que dialogue com todo o mundo e que zele para o povo da Guiné-Bissau.”

O último a intervir foi ex-Ministro da Função Publica e Reforma Administrativa, Sr. Admir Nelson Belo. Depois de desejar ao Sr. Primeiro-ministro muitos sucessos, mais uma vez atesta do governo, comentou: “Quando ouvimos a vossa nomeação, foi para nós um motivo de orgulho. Até comentei isso, com uma pessoa de que o Engº Carlos Correia é a maior reserva moral que o PAIGC tem, em termos de sua integridade como pessoa e contribuição que realmente deu para este país, para hoje nós podemos considerar que é um país independente. Independentemente disso, é um homem integro que nós todos temos uma apreciação especial.”

Na opinião deste governante do PRS, ao longo do governo de inclusão, ficou demonstrado que afinal é possível as pessoas “nô n’dianta” (caminharem juntas). Com muito orgulho, tivemos privilegio de tomar parte nesse governo, afirmou. Mas, “infelizmente o nosso país vive sempre destes problemas de falta de tolerância. À falta de tolerância levou-nos hoje na situação em que estamos.”

Como político fez o apelo a “estabilidade que deve estar na mente de todos nós aqui presente. Que cada um de nós deve ser porta-voz e verdadeiros portadores da mensagem de paz, da mensagem que pode estabilizar e tranquilizar este povo. Só assim, efetivamente podemos alcançar os objectivos que estavam preconizados no Programa Maior, dito programa de desenvolvimento, sempre referido pelo camarada Cabral.”

Salientando, que os frequentes sobressaltos não ajudam em nada o país, termina fazendo apelo a uma maior atenção a reinserção dos ex-membros do governo, por forma a atenuar eventuais focos de tensão, porque o que nos atrapalha é não sabermos esperar pela nossa vez.

Bissau, 16 de Outubro de 2015

Carlos Vaz