sábado, 2 de fevereiro de 2013
As mentiras do porta-disparates
Fonte: AQUI
O Diário de Notícias publica hoje uma entrevista ao ministro da Presidência, dos Assuntos Parlamentares e da Comunicação Social do Governo de Transição da Guiné Bissau. Fernando Vaz estará em Portugal para tentar “romper o cerco diplomático e reatar laços países inflexíveis com o golpe de Abril de 2012”. É o mesmo homem que, em Outubro de 2010, acusou o governo de Passos Coelho de estar por detrás de uma suposta tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau. Do mesmo governo que impediu a rotação dos elementos do Grupo de Operações Especiais da PSP que fazem a segurança à embaixada de Portugal em Bissau. O mesmo que mantém autorização de residência em Portugal até 2018, onde tem a família a viver. Nesta entrevista diz coisas como:
“Angola saiu da Guiné humilhada, com a expulsão das suas forças militares. Portugal preferiu essa posição, ao ponto de demonstrar um certo belicismo, com o envio de fragatas militares a Cabo Verde, mais aviões de guerra e helicópteros, gastando 5,5 milhões de euros num período em tempo de crise."
"Todos nós condenamos o golpe. A alternância democrática faz-se com eleições, não com golpes de Estado. Mas o caso da Guiné é diferente e Portugal tem obrigação de conhecê-lo."
"Um general na Guiné ganha centos e poucos euros, não tem para comer nem para educar os filhos."
"Isso [narcotráfico] é uma questão de moda. A Guiné Bissau sempre esteve aberta a que os Estados que se opõem ao narcotráfico fiscalizem e ajudem a combatê-lo. (..) Na Guiné, por causa da situação de desprezo a que foram votadas as forças armadas, a certa altura alguns dos seus elementos foram implicados no processo da droga. Pegou-se nisso para se falar em Estado de narcotráfico. Não tem nada a ver com a realidade.” Ai não?