A reunião do Conselho de Estado - a 1ª desde que Malam Bacai Sanhá assumiu a chefia do Estado - podia nem sequer ter lugar.
Do PR, ouviu-se apenas aquilo que já se presumia: o Primeiro-Ministro continua até ao fim da legislatura (2012) e... Malam Bacai Sanhá ficou contente com o perdão da dívida externa - 1.2 mil milhões de dólares (cerca de 907 milhões de euros). E nada mais. O que é triste. Esperava-se um murro na mesa por parte do Presidente da República. O País está de tanga, Bacai sabe-o bem, mas...parece que gosta!
Defesa - que conselho?
- O Presidente da República presidiu ainda à reunião do Conselho de Defesa. Na mesa, apurou o DC, os casos 1 e 2 de março (assassinatos de Tagmé Na Waié e 'Nino' Vieira' estiveram em acalorada discussão, com os militares a fazerem finca-pé e a recusarem uma hipotética saída para o exterior do ex-CEMGFA Zamora Induta. "Se ele próprio disse à imprensa que está bem de saúde, porquê sair do País?", questionou a tropa, suspeitando que uma hipotética saída de Zamora, ainda para mais para Portugal, poderá deixar inquietos os familiares dos assassinados em 2009, assim como a própria classe castrense - alguns militares torceram mesmo o nariz aquando da negociação que conduziria à libertação do contra-almirante, imputando alguma responsabilidade ao PR, que, a reboque do Governo se deixou levar.
Para já, Zamora continua em casa, discretamente vigiado por militares fardados e alguns elementos (à paisana) da contra-inteligência militar. As visitas são revistadas ao de leve, e tem sido assim. AAS