Zimbabué marcou o início do fim do sossego para as democracias africanas. Numa tentativa de reconciliar, borraram tudo e deram-lhe o pomposo nome de 'Governo de Partilha do Poder'. E, até hoje, o Zimbabué não tem conseguido acompanhar os países seus vizinhos. Um país extremamente endividado até ao pescoço.
O Quénia, na outra África, veio a seguir e, hoje, a Costa do Marfim segue pelo mesmo caminho. A Costa do Marfim já era de resto governado em regime de partilha do Poder - por Gbagbo e por Ouatarra hoje de costas voltadas. Um diz que dali não sai; o outro, que dali ninguém o tira...
Morreram já dezenas de pessoas. E as ruas de Abidjan continuas tensas e patrulhadas por forças da ordes. Gbagbo, ignorando tudo e todos, decidiu nomear o seu Governo. Ouatarra, espera-se, fará o mesmo. É o chamado esticar da corda...
É triste ver o segundo maior continente à deriva; dói ver uma potência em recursos naturais, atirar a toalha; África é um continente cobiçado por muitos e odiado por todos.
Que diria Jomo Kenyatta, um queniano negro, instruído e bastante viajado, um kikuyo que tinha casado com uma inglesa quando viveu na Grã-Bretanha?
Para já contam-se espingardas, e a ONU, sabiamente decidiu evacuar para a Gâmbia o "pessoal não necessário". AAS