A CPLP, na sua reunião de chefes de Estado na próxima segunda-feira, deve adoptar uma postura de convergência com Portugal: a necessidade, urgente, do alargamento da força da ECOMIB aos países membros da CPLP. Se somos membros de pleno direito tanto na CEDEAO como na CPLP, então não haverá razões para que apenas quatro países, e todos do mesmo bloco e com interesses que ninguém ainda percebeu, se achem no direito de atazanar o Povo guineense.
Esse pedido dever ser feito junto do Conselho de Segurança das Nações Unidas, tentando reunir o máximo de apoios possíveis. Não queremos voltar a sangrar. Cansamos de ser reféns da canalha. O país precisa de tempo para entrar nos eixos, estabilizar e desenvolver. São precisos os seus melhores filhos para levar avante essa hercúlea tarefa. Todos seremos poucos. Sem inveja, sem boatos, sem complexos, com todo o remorso.
Ouvir o Ramos Horta pedir o levantamento de sanções contra militares e civis implicados no golpe de Estado de 12 de abril de 2012, é um murro no estômago que nenhum guineense deve tolerar! É, implicitamente, um incitamento desavergonhado à impunidade que impera na Guiné-Bissau. Essa ideia deve simplesmente ser repudiada pelos chefes de Estado dos PALOP.
Se querem mesmo ajudar o Povo da Guiné-Bissau, esta é a altura certa. Elegemos e empossamos um Presidente da República e estamos à beira de empossar o Primeiro-Ministro na pessoa do Domingos Simões Pereira, do PAIGC. Este encontro em Luanda é uma espécie de libertação para a Guiné-Bissau.
Que a lucidez guie os chefes de Estado dos Países Africanos de Língua Portuguesa, na sua reunião de Luanda. AAS