sábado, 28 de junho de 2014

AFRONTA: Ramos Horta pediu à ONU o levantamento de sanções a elementos das forças armadas e outros


O Presidente da Guiné-Bissau disse que qualquer decisão estratégica sobre o futuro do seu país passa por um diálogo interno que preserve a estabilidade, assegurado pelos guineenses e não por países estrangeiros. "O que nos interessa é a estabilidade, que passa pelo entendimento entre os guineenses, e assumi-la como um factor importante", disse Mário Vaz, em Malabo.O Chefe de Estado também pediu a criação de um Fundo de Assistência imediata para ajudar a atenuar o impacto negativo que a ausência de recursos tem na vida das populações.

Sobre o alargamento da força internacional de estabilização da Guiné-Bissau da CPLP, afirmou que vai ouvir todas as forças políticas do país antes de se pronunciar sobre o assunto. Saudado pelo pelo regresso da Guiné-Bissau à União Africana, José Mário Vaz mostrou-se sensibilizado. “Voltámos à grande família africana neste momento e fico satisfeito com a forma como fomos saudados, o que demonstra que sentiram a falta da Guiné-Bissau", disse.

O enviado das Nações Unidas para a Guiné-Bissau pediu a suspensão de sanções contra os militares guineenses, anunciou o próprio. Ramos-Horta disse que o levantamento da proibição de viagens imposta há dois anos contra chefias militares da Guiné-Bissau é uma das suas apostas nos últimos dias no cargo. “Disse ao Conselho de Segurança que gostaria de ver levantada a proibição de viagens de membros das Forças Armadas e de outros. Eles contribuíram para a estabilização do país e para o retorno à ordem democrática. Tem que ser o mais rápido possível", defendeu.

O embargo foi declarado por unanimidadeapós o golpe de Estado de Abril de 2012. Os alvos foram o general António Indjai, o major-general Mamadu Ture, o general Estêvão Na Mena, o brigadeiro-general Ibraima Camara e o tenente-coronel Daba Naualna. A resolução exigia medidas imediatas para restaurar e respeitar a ordem constitucional, um processo eleitoral democrático, a garantia de retorno dos soldados aos quartéis e o abandono das suas posições de autoridade.