sábado, 27 de agosto de 2011
Negra, de origem Africana (Conakry-Guineense), Empregeda de hotel, acusa Branco, Europeu, Francês, Ex-Director do FMI...
Negra, de origem Africana (Conakry-Guineense), Empregeda de hotel, acusa Branco, Europeu, Francês, Ex-Director do FMI, Economista, Advogado, Putativo candidato às eleições presidênciais francesas.
Ao longo das nossas vidas, tivemos conhecimento de muitos casos semelhantes a história bíblica do gigante Golias e David. O caso de Dominique Strauss-khan (DSK) e Nafissatou Diallo tem alguma semelhança, mas também tem pelo menos algumas diferenças: No caso bíblico Golias era branco e David também. Aqui, Golias é branco mas “a” David é negra. No caso bíblico, David venceu Golias, neste David perdeu (provisoriamente...).
Recorda-se que tudo aconteceu, quando, no dia 14 de Maio (estava eu na Guiné-Bissau), DSK fio detido (já dentro do avião), nos EUA, quando se preparava para regressar à Paris, acusado de agressão e violação a Nafissatou Diallo de 32 anos. A violação teria acontecido no quarto nº 2806 do Hotel Sofitel em Manhattan, onde trabalhava Nafissatou. Um caso mediático que fez correr muita tinta, horas de interrogatórios e depoimentos, exames médicos requeridos etc etc.. No meio de tudo isso DSK foi liberto mas, obrigado a permanecer nos EUA (o final do filme já se advinhava...).
Eis que no dia 23 de Agosto, dias após a divugação do relatório médico emitido por um Hospital Novaiorquino concluir que, cito, “ A violação é causa dos ferimentos apresentados pela alegada vítima”, o Juiz Nichael Obus retirou todas as acusações ao DSK, porque a vítima não tinha credibilidade, tendo em conta o seu passado e inconsistências durante os inerrogatórios. Confesso que não percebo nada de Direito, aliás sou Médico Veterinário, mas, mesmo não tendo acesso ao processo e não percebendo nada de Direito ( embora concorde que o passado das pessoas devem ser tido em conta em processos judiciais) , há questões que merecem ser esclarecidas:
- Se a credibilidade da vítima é que conta, porque se fizeram exames médicos?
-Se os exames concluissem que não houve violção, teriam valor ou não?
-O que esteve em julgamento? Credibilidade da vítima ou a violacão comprovada por exames médicos?
- E se ela fosse Norteamericana branca?
Tudo isto aconteceu nos Estados Unidos, considerado por alguns (eu inclusive) como a maior/melhor democracia do mundo... O que acontecerá em matéria de justiça, em Países cuja democracia não se compara com os EUA? Pense nisso.
Epifânio Có