Mais a frio, vou debruçar-me sobre algumas declarações que desde quinta-feira os meus ouvidos (sem cera) foram ouvindo. A começar pelas declarações do Secretário Executivo da CPLP e meu bom amigo, Domingos Simões Pereira (DSP).
Não entendo, para vos ser sincero, as declarações preocupantes de DSP sobre o 'estado de saúde' do ex-CEMGFA Zamora Induta, nem a sua desconfiança sobre as informações oficiais que recebeu, em pessoa, durante a semana que esteve na Guiné-Bissau (que se saiba, DSP não pediu para visitar o Zamora, nem enviou um enviado para tal...). "Dizem que (Zamora) está em Mansoa, mas nós (ele, DSP) não sabemos".
Em março de 2009, o CEMGFA Tagmé Na Waie foi assassinado à bomba, e, horas depois o Presidente da República ´Nino' Vieira encontrou a morte na sua residência, da forma mais brutal possível. Bom, até aqui, a história é de todos conhecida. Mas até parece que não foi nada:
- Não foi reposta nenhuma ordem constitucional. Zamora apareceu do nada (ele lá saberá), criou a sua comissãozita dentro do Estado-Maior - à revelia do ministro da Defesa e do Governo - e num ai já controlava tudo e todos, incluindo aviões e o próprio 1º Ministro...
Nem a propósito. Leiam o que um diplomata me disse há dias: "Quando assassinaram o Tagmé e o 'Nino', do meu País e da minha embaixada (em Dakar), não recebi sequer um pedido de informações, o que é deveras estranho, e no dia 1 de abril recebi (de Dakar e do Gabinete de Crise do seu Governo) quase 100 e-mail´s e telefonemas" Escusado será dizer que o meu amigo não respondeu a nenhum!!!
O seu País ainda perguntou, aflita, à sua embaixada em Dakar: "Será que este é mesmo o número do nosso diplomata? E o e-mail, é este?". Que sim, responderam de Dakar. Isto ilustra bem, meus caros, a passividade da Comunidade Internacional.
Uma coisa porém é certa: isto está tão claro como água. Só não vê quem não quer ver. Até um rato cego sabe que há três coisas de que não nos podemos separar: os militares, os militares, os militares. AAS