quinta-feira, 14 de junho de 2012

Ainda a avestruz...


"Caro Irmão,

Realmente não entendo estes golpistas. Até nem sabem que nomes chamar o Aly, o bom filho desta terra...São nomes que os golpistas merecem.

Só para ajudar o Ministro de CEDEAO papagaio Fernando Vaz: A avestruz[1] (Struthio camelus) é uma ave não voadora, originária da África. É a única espécie viva da família Struthionidae, do género Struthio e da ordem das Struthioniformes. São considerados a maior espécie viva de ave.

Senhor Ministrinho, que merece este nome porque antes da formacão do governo de CEDEAO o senhor Ministro foi a casa de um homem marabu que vive atras da Tiniguena pedido este de ti ajudar para seres nomeado Ministro dos negócios estrangeiro do governo de CEDEAO. Como o senhor é incompitente(avestruz) porque não foste escolhido pelo povo nas eleicões legislativas e agora estas no governo de CEDEAO. Alem de mais há uma frustracão total com o vosso golpe. A união Europeia é o melhor parceiro da GB, bem o senhor sabe.

Veja só. Os verdadeiros VAZ não são como voce. Continua ser o porta voz deste governo de CEDEAO, e não tarda veras o pagamento desta sua atitude. Muitos golpes de estados aconteceram na Guiné mais este continua a merecer a condenacão da comunidade internacional exepto a a CEDEAO isso porque:

Os tempos são diferentes, as pessoas são diferente (Cadojo é diferente de Kumba Yala), o PRS é diferente do PAIGC, o Nando Vaz é diferente da Adiato Nandigna...

A avestruz tem uma aproximidade com os golpistas e não com a UE, a CPLP, as NU ou a UA.

Viva a Democracia e Democratas. Abaixo os GOLPISTAS

Obrigado
Serifo Djalo"

OPINIÃO: Complexo do colonizado ou sequelas da colonização?



Trinta e oito anos após a independência, ainda assistimos acusações entre guineenses de “complexo do colonizado” e ao país colonizador de “sentimentos neocolonialistas”, apelando dessa forma aos sentimentos nacionalistas e patrióticos mais rudimentares e típicas do romantismo revolucionário do período imediatamente após a independência!

Trinta e oito anos foi tempo que a Guiné-Bissau teve para criar uma outra geração de adultos que não chegaram sequer de contactar directamente com o colonialismo português, nem tão pouco viver o período imediatamente após a independência, em que a nota dominante na música quotidiana era “tugas bó bai pa bó terra”. São adultos que viveram sempre numa sociedade independente do colonialismo português, mas não independente dos próprios irmãos de pátria, que fizeram a questão de cobrar um preço alto ao país, pelo facto de terem empenhado parte da juventude na luta da libertação do jugo colonial.

A maioria desses jovens pertencentes a geração nascidos após 1974, tiveram a oportunidade de frequentar o ensino de forma livre, conhecer a emigração, fruto da degradação socioeconómica do país, de conhecer novas tecnologias, dentro e fora da Guiné-Bissau, por isso são os que mais anseiam o rápido desenvolvimento do país, para poderem usufruir das maravilhas do mundo novo, na sua pátria e junto dos seus entes queridos. O discurso patético e caduco de neocolonialismos não se tem feito notar entre os membros dessa geração pós-independência, porque foi uma geração que não conviveu com o colonizador ditador e opressivo. Essa geração, a única opressão que conheceram durante esses 38 anos, é daqueles que dizem terem ido a luta para libertar o país e o povo, mas cuja atitude tem sido uma constante privação da liberdade do povo, tolhendo persistentemente o desenvolvimento do país.

Após 25 de Abril, Portugal teve de lidar (mal, na minha opinião) com os denominados retornados das ex-colónias e com os militares que combateram na injusta guerra colonial e grande parte deles com traumas físicas e/ou psicológicas, que ainda hoje se faz sentir.

Guiné-Bissau, o país e o povo que teve de travar essa guerra dentro de portas, não fez qualquer trabalho de casa nesse sentido, nem com os que foram lutar, nem com aqueles que sofreram de uma forma ou outra a opressão social do colonizador, nem com os apaixonados de pós-independência pelo lema anticolonial, nem tão pouco com os assimilados de então.

A grande maioria dos assimilados, face aos desmandos que se verificava e ainda se verifica no país, optaram por aquilo que é mais lógico para um assimilado, que é emigrarem para a sociedade com que mais se identificavam, sendo até possível delimitar temporalmente os grandes fluxos emigratórios: pós-25 de Abril e pós-14 de Novembro. Apesar de não ser o principal foco de atenção deste texto, nunca é demais fazer uma leve referência à dificuldade de adaptação por parte da maioria dos assimilados nos países acolhedores, muito por complexos sempre existentes entre os colonizadores e os colonizados.

Dessa forma, o mosaico da sociedade guineense passou a ser formado essencialmente por aqueles que foram a luta e os seus familiares, dos que apoiaram a luta na clandestinidade e os seus familiares, da geração que, apesar de não terem participado directamente na luta de libertação nacional, “vestiram a camisola anti colonizadora”, de forma apaixonada, no período imediatamente após a luta, participando na JAAC e nos então denominados “Pioneiros”. Por último, a compor o nosso mosaico social, está aquela geração nascidos no pós independência que referi acima, em que os sentimentos negativos em relação ao país colonizador é insignificante e os sentimentos que alimentam é da revolta pelo facto da sua pátria ainda encontrar-se na última carruagem do comboio de desenvolvimento …

O trabalho psicossocial que devia ter sido feito e não foi feito a Guiné-Bissau, é sobre as sequelas da colonização, da guerra da libertação do país e dos ressentimentos que obrigatoriamente ainda existem nos “n’bai luta” e nos “revolucionários civis apaixonados pela causa, no período pós-independência”. Estes dois grupos nunca conseguiram olhar para a história do nosso país, do nosso povo, do país colonizador e do seu povo, com a isenção e maturidade necessária, para se poder situar os dois países no contexto das regras e normas que regulam a relação e a cooperação entre os países e os povos do mundo chamado civilizado.

Ao mínimo desacordo, o país ex-colonizador é automaticamente acusado, por essa franja da população, de sentimentos neocolonialistas e, todos aqueles guineenses que se insurgem contra o desmando que tem travado o desenvolvimento do país nesses 38 anos de independência, são automaticamente rotulados de sofrerem de “complexos de colonizado”, independentemente de pertencerem ou não a aquele grupo social que não sofreu a opressão ou condicionamentos do colonialismo.

Enquanto não se agir no sentido da resolução dessas sequelas psicossociais da colonização e da luta de libertação, dificilmente o país se libertará desses últimos opressores nacionais. Acho estranho e não encontro a explicação lógica para o facto dessa sequela seja mais sentida e notada no nosso país, em relação aos restantes PALOP’s!

Da mesma forma que o Ocidente, a travar hoje um combate contra os extremistas islâmicos, tenta evitar a todo o custo a generalização de sentimentos anti-islâmicos, foi nesse contexto, da luta de libertação nacional, de opressão e hostilidades de um estado ditador para com um povo, que Amilcar Cabral lançou o apelo para não se confundir o Estado Português ditador e opressor de então, com o povo português, também ele hostilizado e oprimido. É completamente absurdo transportar esse apelo de Amilcar Cabral ao contexto actual, da relação entre dois países livres, independentes, que se querem democráticos, membros de organismos internacionais, que não estão a travar qualquer luta e que têm apenas que enquadrar-se no respeito às regras e leis da cooperação internacional e do garante dos direitos internacionalmente acordados!

Os guineenses não podem, sempre que lhes interessar fazer a política de macaco na plantação do amendoim (comer e estragar aquilo que julga ser dele), enquanto acusa outro estado de políticas e sentimentos neocolonialistas. Portugal assim como França ou qualquer outro país ocidental e regional, podem e devem ter interesses na exploração de alguns dos nossos recursos naturais. Temos de abandonar as ilusões, os romantismos e a baixa politica praticada no reinado de Nino Vieira, de que se um país não me der aquilo que lhe interessava, virava a procura de um outro estado a quem estender a mão, para ver se lhe dava mais...

Já que não temos capacidades nem competências para sozinhos tirar partido dos nossos recursos naturais, resta apenas a qualquer governo guineense saber valorizá-los e negocia-los de forma justa, em prol do desenvolvimento da Guiné-Bissau, independentemente do país/empresa com quem negociar, que, sabemos todos que não dão 2 sem esperar levar 4. Os nossos governantes comprometem seriamente o desenvolvimento do país, quando assumem o papel do “menino dono da bola”, que suspende o jogo, mete a bola debaixo do braço e depois só joga e deixa jogar quando lhe apetecer e só com aqueles que for amigo dele. O país e os seus recursos naturais não podem ser tomados como “a bola dos meninos birrentos dos n’bai luta”, que só deixam jogar aqueles que lhes prestam vassalagem e colaboram com os seus desmandos…. É urgente que a nova geração que não sofre dessa sequela da colonização não se iniba de sair à rua e dar a cara para a verdadeira libertação da nossa pátria.  

A necessidade que o guineense tem em pessoalizar e personificar nossos problemas, também tem levado a outra patetice que tenho assistido, que é o ataque pessoal a todos os que não pactuam com o último golpe de estado e a actual situação do país, chegando ao cúmulo de centrar essa pessoalização no Ministro dos Negócios Estrangeiros português (Paulo Portas) e a deputada europeia (Ana Gomes), como se essas individualidades agissem individualmente, sem concertação com a política do governo que o primeiro representa, nem com a linha orientadora da União Europeia, da qual a segunda é deputada!

Para os nossos governantes de transição, ou aprendem as regras da política e da diplomacia internacional, ou vão para a casa e deixem o país desenvolver-se em paz.

Para os utilizadores dos espaços virtuais sobre a Guiné-Bissau, repensem a vossa linha de raciocínio e de escrita. Não pessoalizem os problemas da Guiné-Bissau, abandonem o romanticismo da luta de libertação e aprendam a enquadrar a Guiné-Bissau no contexto do direito internacional, já que não somos isentos de responsabilidades na formação do novo homem guineense que se está a formar entre os nossos jovens.

Jorge Herbert

UM PRESIDENTE NO SEU LABIRINTO


Caro Aly,

Agradeço a tua colaboração, caso achares util este meu ponto de vista. Sendo o teu blog o Porta Voz dos oprimidos e dos resistentes, so me resta pedir esse favor especial. Seria supletivo gabar o teu trabalho... mas o que é bom tem que ser elogiado e, mais que isso, tens o toda uma Nação do teu lado.

Mantenhas
JGT
 
Eis a minha colaboração:

De partida para Dakar, a verdadeira capital do seu «pais», hoje penhorado aos paises vizinhos estrangeiros, o Presidente Interino da CEDEAO para a Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, declarou aos jornalistas da RDP-Africa de que, a sua viajem para Senegal (um dos principais promotores do seu assalto ao poder na Guiné-Bissau), a primeira, desde o seu "empossamento"!! (podem dizer-me por quem e quando foi empossado?), «serviria para estabelecer contactos com os parceiros e paises amigos da Guiné-Bissau».

Sera que, à parte do Senegal, pais que visitou e, mais dois ou três de seus comparsas da sub-região, o Serifo Nhamadjo pensa que ele e seu Governo de usurpadores tem outros paises que acreditam neles? Ficamos a aguardar as suas visitas fora dos citados paises comparsas (Faustino Imbali foi a Conakry... uma foto oficial ou cobertura surgiu em qualquer orgão de informação do Estado?).

Questionado sobre, o que sente com a situação de isolamento que o pais e o seu governo de transição confinados e, qual as saidas para esse issolamento face a posição firme quase unanime dos principais organismos internacionais (UA, NU, UE, CPLP a Francofonia... etc) em condenarem com veemência e não reconhecerem a solução imposta pela CEDEAO para a Guiné-Bissau..., Serifo Nhamadjo (quiça desactualizado com a realidade ou de propósito descaramento, responde, que não. Que, não sentia que a Guiné-Bissau estivesse issolado..., e mais..., que o pais conta com apoios da CEDEAO, da União Africana (UA) e das Nações Unidas (NU)??.

Olhei para so lado, não vi ninguém para desabafar dessa estapafurdia de resposta..., contei as moscas que esvoaçavam à minha volta e, perguntei a mim mesmo: mas, de qual União Africana e Nações Unidas fala esse Presidente Fantoche da CEDEAO?!

O Presidente Fantoche da CEDEAO que, fique ciente que o seu mundo de poder usurpado, não passa das fronteiras dos paises seus amigos golpistas da CEDEAO, particularmente, o Burkina-Faso, o Senegal, a Nigéria e a Costa do Marfim, esses sim paises seus novos patrões, que naturalmente o reconhecem plenamente, pois foram eles que o permitiram, sem legitimidade assaltar vergonhosamente o poder na Guiné-Bissau.

Tudo o resto, não passará de mera ilusão pretender-se ao «reconhecimento» da qualidade de «Presidente» da Guiné-Bissau, seja ele Interino (versão CEDEAO), seja de Transição (versão Carta de Transição Politica) por mais outros Estados que se respeitem e se queiram respeitados no concerto das nações.

Um usurpador de poder por golpe de Estado por qualquer meio que seja, um marioneta politico nas mãos do Kumba Yala, do Antonio Injai e o quarteto de Presidentes meliantes seus amigos golpistas da CEDEAO, não merece e não merecera o respeito e a ajuda de nenhum pais que se respeite. Para além do Senegal e dos supracitados paises, outros paises da sub-região até poderão eventualmente recebé-lo, mas não passará de meras cordialidade e hospitalidade com palmadinhas nas costas, e, despachados para esperar em casa por melhores dias.

Por isso, dois conselhos dou ao Presidente Fantoche da CEDEAO:

1 - que poupe os nossos parcos recursos, dispensando as suas inúteis e fanforonices de viagens que, bem serviriam para poupar e pagar os nossos servidores do Estado que, por causa da sua ganância e dos seus comparsas, já levam meses de atraso nos seus salários;

2 – que se contente por ficar no seu labirinto de Bissausinho, no seu reinado com os dias contados, indo de vez em quando visitar a sua guarda pretoriana, e as 'pontas' dos arredores. Por lá, pode gozar e abusar... que o dia não tarda, em que vamos lhe fazer sacudir...

JGT"

Eu vou



debate

COMUNICADO DE IMPRENSA, Grupo de Organizações Não Governamentais



Reunidos no dia 11 do corrente mês, um grupo de Organizações Não-Governamentais (ONG) nacionais preocupadas com as implicações e consequências políticas, sociais e económicas resultantes do golpe de Estado de 12 de Abril, que tem afetado o normal funcionamento das instituições da república e prejudicado a segurança alimentar e sanitária das populações com consequência direta, entre outras, no aumento da pobreza, na deterioração da precária condição de acesso à educação e à saúde.

Tem-se constatado que apesar das promessas feitas e anúncio público de regresso definitivo dos militares às casernas e sua remissão ao silêncio, tem-se verificado o seguinte:

1. Uma intensificação de discursos segregacionistas e de humilhação pública, na tentativa de coagir e manipular a opinião pública;

2. A utilização indevida da Assembleia Nacional Popular, instituição que simboliza a democracia e o “Poder do Povo”, para chefias militares proferirem discursos inflamados, que apelam à divisão e ao exacerbar dos antagonismos;

3. A manutenção de uma situação de Estado de exceção, com a limitação dos direitos cívicos dos cidadãos, concretamente, os direitos à livre manifestação, reunião e expressão consagrados na Constituição da República da Guiné-Bissau. Aliás a ostentação da força abusiva dos agentes da guarda nacional e militares contra os manifestantes pacíficos em frente das instalações das Nações Unidas é um exemplo flagrante desta atuação intimidatória e repressiva;

4. A persistência de recurso a atos de violência e provocações verbais, tendo como propósito criar cisões e conflitos que visam justificar propósitos radicais contrários ao espirito de tolerância que caracteriza a nossa vivência num universo de grande diversidade cultural, assumido por todos os guineenses como um fator de riqueza, base da construção da Nação guineense e o maior legado de Amílcar Cabral e da Luta Armada pela Independência Nacional;

5. Ainda se assiste a ameaças aos dirigentes da LGDH e outras personalidades que condenaram o golpe de estado e se recusam a reconhecer as autoridades impostas pelos militares com a cumplicidade da CEDAO;

Pelo que o grupo de ONG signatárias delibera:

a) Manifestar a sua inequívoca solidariedade com a Liga Guineense dos Direitos Humanos e todos os que lutam por uma sociedade livre e democrática e reiterar o nosso compromisso com o país;

b) Alertar à opinião pública em geral para o perigo de agravamento e derrapagem da situação de conflito que se vive atualmente na Guiné-Bissau com uma escalada preocupante que se tem vindo a constatar de apelos à clivagem e divisão no seio da nossa sociedade;

c) Demarcar-se de quaisquer estratégias que impliquem fomentar a violência e dividir os guineenses;

d) Apelar à paz, à tolerância, à coesão social, à cultura de solidariedade e à luta intransigente por uma sociedade justa, civil e democrática, que caracteriza o povo guineense, mesmo em situações mais complexas e de crise.

As ONG signatárias:
AD
ALTERNAG
FEDERAÇÃO KAFO
LIGA GUINEENSE DOS DIREITOS HUMANOS
TINIGUENA

Desde quando?!


- "Guiné-Bissau: Governo acusa União Europeia de "política de avestruz" - Fernando Vaz, 'ministro e porta-voz do governo' diz por outro lado que governo guineense foi reconhecido pelas grandes potências mundiais"...

Respondo eu:

Esta afirmação, para além de ser uma fuga em frente, reflecte total desconhecimento. Ou, se preferirem, é uma gritante falta de cultura geral. A avestruz NÃO enfia a cabeça na areia, NUNCA!

Na verdade, elas encostam apenas o pescoço e a cabeça no chão, mas não chegam a metê-la nos buracos como disse o 'ministro'... Morriam sufocadas. Na verdade, senhor 'ministro' a avestruz encosta a cabeça no chão para perceber a vibração do solo e a aproximação de eventuais predadores. Nessa posição, o animal escuta melhor a aproximação de algum inimigo.

Vá dando notícias... AAS

Guiné-Bissau, diferentes olhares da CEDEAO para a situação pós golpe



1 . Estão a alterar-se as tendências de aparente contemporização com o recente golpe de Estado na Guiné-Bissau até há pouco notadas na CEDEAO e, por formas diferentes, entre países da organização. As referidas tendências chegaram a ser interpretadas como ditadas por cálculos visando uma “subtil legitimação” do golpe.

O declínio das referidas tendências é atribuído a “reapreciações” da situação determinadas e/ou influenciadas por factores como os seguintes:

- Dados novos sobre o golpe do Estado e sobre o status quo por ele criado – recolhidos e verificados por pessoal do contingente destacado da CEDEAO.

- Persiste, com mais evidentes sinais de aperto do que de abrandamento, o clima de isolamento político e de sanções a que está sujeito o “regime de transição” instalado no seguimento do golpe de Estado.

A atitude complacente com o golpe de Estado que a CEDEAO inicialmente deixou transparecer foi considerada reflexo de ínvios interesses de países da região, como Senegal e Nigéria, mas também de grupos obscuros com capacidade para interferir em seu próprio proveito em políticas da organização.

O Senegal, para além do desapreço a que votava Carlos Gomes Jr, avolumado por um arrastado contencioso fronteiriço (AM 479), terá visto no golpe de Estado uma oportunidade para passar a ter na Guiné-Bissau um interlocutor mais cooperante com os seus esforços de neutralização da guerrilha independentista no Casamansa.

A dinâmica anti-angolana imprimida ao golpe de Estado pelos seus mentores, serviu, por sua vez, de “engodo” destinado a garantir, no mínimo, a neutralidade da Nigéria. A intrusão que a presença militar angolana na Guiné-Bissau representava para as influências regionais que a Nigéria reclama, iria dissipar-se.

2 . A conduta relativamente benevolente da CEDEAO face ao golpe, vista como uma negação dos seus próprios princípios, deu lugar a um foco de disinteligências internas.
Registaram-se advertências como a de que uma quebra de autoridade política e moral da organização poderia potenciar uma vaga de putschs na região.

Aos dois únicos países que desde o primeiro momento condenaram o golpe, Gâmbia e Rep da Guiné, juntou-se agora o Níger. E há sinais de que o Senegal, agindo por influência de um incremento recente de acções da guerrilha no Casamansa, supostamente com origem na Guiné-Bissau, pode vir a rever a sua posição.

Os militares senegaleses que integram a força da CEDEAO estacionada na Guiné-Bissau, têm a dupla função de prestar atenção a “engajamentos” locais com o movimento separatista do Casamansa. Julga-se que têm origem na Guiné-Bissau (não na Gâmbia) acções recentes de infiltração de armas no território.

3 . Os novos dados recolhidos pelo pessoal da CEDEAO, em circunstâncias favorecidas por afinidades étnicas com grupos da população guineense (mancanhas e mandingas, em especial) incidem em geral na figura e na acção de António Indjai - mentor do golpe e, embora de forma dissimulada, comandante operacional do mesmo.

Descrito como “homem forte” da Guiné-Bissau, constata-se, porém, que exerce tal papel de forma considerada “perigosa” (consciência tribal; noção primária do poder; mente desconfiada), o que não só acentua as reservas internacionais em relação à actual situação, como representa uma ameaça permanente de instabilidade.

A “quarentena” a que no seguimento do golpe Kumba Yalá foi votado, por vontade de A Indjai, destinou-se a retirar-lhe notoriedade como chefe tribal. Idem em relação à reclusão em que mantém Bubo Na Tchuto, o qual acrescidamente vê como rival militar (sentimentos que antes o levaram a conspirar contra o Alm Zamora Induta).

A Indjai, exige pronunciar-se sobre todos os actos das novas autoridades – mesmo os mais elementares.As próprias nomeações devem merecer a sua aprovação prévia. Há relatos segundo os quais “destratou” Serifo Namadjo ao saber que o mesmo tinha dado posse a 21 conselheiros e assessores presidenciais nomeados sem a sua aprovação.

Na conduta de A Indjai também começam a ser notados sentimentos de desconfiança em relação à própria CEDEAO. Determinou acções de vigilância permanente sobre as forças da organização aquarteladas no Cumenré e vacila em mandar desocupar o quartel da Marinha, em Bissau, que deverá passar a ser usado pela CEDEAO.

4 . As razões que de facto o terão levado a afastar do poder C Gomes Jr, junto do qual manifestava amiúde lealdade pessoal e institucional agora considerada “fingida” (tal como aconteceu com os angolanos), também estão agora a ser objecto de análise – dada a falta de correspondência com a realidade das que invocou.

A ilação que está a ganhar forma é a de agiu por impulso de subliminares sentimentos de natureza tribal e de classe – eventualmente fundados em considerações como as seguintes:

- C Gomes Jr não é um nativo não genuíno, i e, não tem identidade ou conotação étnica (a sua progenitora é uma mestiça, filha de um antigo administrador português de Fulacunda, de nome Ramalho).

- Não só não participou na luta de libertação nacional, ele e toda a sua família, como permaneceu “do lado dos portugueses”; só tardiamente aderindo ao PAIGC.

A aversão a C Gomes Jr evidenciada por A Indjai também é remetida para a aplicação que o PM denotava no lançamento de um plano de reforma das FA, com base no qual os militares seriam na sua maior parte reformados. A sua conduta anti-droga também não era apreciada devido aos interesses que o negócio fomentou em meios militares.

AM 671

Para o sr. "ministro da Presidência"


Prezado "ministro da presidencia do Conselho de Ministros e da Comunicação Social",

Gstaria de saber até onde vai essa sustentabilidade desse governo, uma vez que estão bloqueados financeiramente e politicamente pelos parceiros mais importantes (UE,CPLP), realmente vocês(governo não reconhecido) acreditam que o apoio da CDEAO vai ser grátis? 

Guineenses não querem só salario, queremos paz, liberdade de expressão, desenvolvimento, escolas, cultura de homem novo e respeito internacional.  Sobre tudo respeitar também os princípios internacionais de direito,Boa governança e boa relação com os outros países ou povos irmãos!

Por tanto por favor já que estão se dando ao trabalho a força, acho bom se focarem nos desafios (fome, cólera, paludismo, saneamento, desenvolvimento, emprego, reforma no sector de segurança e outros). 

Ah muita carga pra um ano só!  Sim, pois, pelo menos o governo golpeado ou que estão tentando afastar sabia dos desafios que tinha e vinha respondendo aos poucos positivamente e isto é um facto consumado.

Por favor vê se faz um filme sobre a situação politica (os golpes de estados feitos no pais que é a melhor coisa que sabe fazer). EVITEM DE CRIAR Situações CONSTRANGEDORAS AO POVO DA Guiné JUNTO DOS SEUS PARCEIROS E PAÍSES AMIGOS DE LONGA DATA.  

Paz e bem aos que querem o bem da Guiné-Bissau e coragem aos que lutam para torna-la uma pátria melhor para todos que o amam de verdade!

ALY O GRANDE ASSIM TE CHAMAREI !
Obrigado por nos proporcionar um espaço livre, de bem e para bem da nossa terra.

OBS: tendo em conta a ética (princípios do seu e nosso blog) fique a vontade para editar a minha mensagem.

Atenciosamente

H. Vieira"

...Bô bai si trâs té na Manchester!!!


"Caro amigo,

É muito triste, ver alguém atacar-te no seu blog, sem fundamentos e com simples razao inveza. Nós cá no Reino Unido estamos todos triste pelo roubo que ele fez aos nossos irmãos musicos que vieram atuar e que nao viram nenhum tostao, ou seja a pessoa em
causa fugiu com o dinheiro, partiu de Londres para Manchester sem dar sinal de vida,
e, mais triste ainda, por ser os nossos irmãos musicos as vitimas. Como se sabe estes
musicos nao tem apoio do nosso Estado para difundir os seus trabalhos a nível internacional. Quando o fazem por conta propria, depois acontecem estes episodios tristes.

Só te peço coragem e um bom trabalho, e,... nao responda a mesquinhos.

U Balde"

quarta-feira, 13 de junho de 2012

ATENÇÃO


"(...) Aly,

Queria pedir-lhe um favor. Precisava de entrar em contacto com um grupo da Guiné-Bissau chamado "Os Fidalgos". Tem conhecimento da sua existência? Pode-me arranjar o contacto da responsável (dizem-me que é uma senhora). Sou director de um festival de teatro e gostava de a contactar. Mas se não conseguir, não me indica o email de alguém que tenha conhecimentos sobre a actividade teatral na Guiné-Bissau?

Obrigado

João A."

________
NOTA: Qualquer informação, entrem em contacto para: aaly.silva@gmail.com - eu faço a ponte. Obrigado. Aly
________

Sondagem DC: Goleada das antigas...


Ainda tem 5 dias para votar

SIM
  371 (85%)
 
NÃO
  52 (12%)
 
NÃO SEI/NÃO RESPONDO
  10 (2%)
 

Vote nesta sondagem
Votos apurados: 433
Dias que restam para votar: 5

Saco de gatos...



"Caro Aly,

venho aqui para lhe falar do imenso temporal que ontem caiu sobre a nossa capital,todavia, já deve ser do seu conhecimento pois todas as vezes que chove, este ano é a segunda vez, as ruas de Bissau ficam inundadas de lixo, uma vez que as sarjetas ou melhor as baletas, são utilizadas para as descargas de quantidades de lixos que muitas famílias vão acumulando. como muitos podem testemunhar os mosquitos têm aumento muito na capital guineense, devido as aguas paradas que vão proliferando nos nossos bairros.

A questão da saúde neste país é um assunto que parece esquecido, só entrando no famoso mercado de bandim,já vi nos nossos placards, badim, enfim, ao entrar neste mercado poderemos ver um autentico atentado a saúde pública, a minha grande questão é o seguinte: onde está a Câmara Municipal? onde está o MINSAP( ministério da saúde pública)? é lamentável ver o quão porco estamos a deixar ficar a nossa cidade, não obstante, o facto de ja termos as más estradas, as cidades desorganizadas, falta de ensino e recinto desportivo para a nossa juventude, ainda ficamos estupefactos com as barbaridades dos delinquentes tais como os da al qaeda, que nos têm aterrorizado a todos. 

Na minha infância juntávamos para ir passear na praça de império e alongávamos até ao cais do pindjiguiti e era com gosto que contemplávamos os cacris nos tarrafis, por estes dias passei pelo cais de manha cedo e verifiquei que aquilo tornou-se num autentico mercado de peixe, e a minha tristeza aumento mais quando vi um pescador na ponta da canoa a fazer as suas necessidades como se nada fosse, a primeira vista parecia sentado, mas pelo facto dos seus companheiros estarem a trabalhar e ele sentado fez-me observar melhor e vi o triste acontecimento, afastei-me e fui para a avenida 3 de Agosto e pude constatar o local onde onde os militares espancaram a policia de intervenção e um pouco mais adiante vi um monte de lixo que cheirava a podre, o que me fez afastar imediatamente.

Um abraço,

Pilum có

Diante ki kaminho (II)


Carissimo amigo e irmão,

Aqui vai o meu/nosso testemunho de solidariedade contra os ataques que têm feito contra a tua pessoa. O resto, vira depois.
Estamos juntos
 

" Caro Aly,

Vi no teu blog uma mensagem intitulada «dianti Ki Caminho» onde se deprende que alguém anda a insultar-te e insidiosamente a insinuar coisas contra a tua pessoa e a tua postura profissional. Como amigo e admirador confesso do teu trabalho, peço e aconselho-te para não ligares a essa escumalha ao quadrado que se crê importante devido a pocilga do seu blog. Esse alguém que tenta meter-se na tua vida, podes deixá-lo por nossa conta e despesa, para assim, poderes continuar o teu honroso e valioso trabalho em prol do Povo da Guiné-Bissau.

Eu disse, «por nossa conta», porque somos muitos a sentir-se revoltados com esses ataques e, para isso, já nos mobilizamos para lhe fazer-lhe frente por tua conta. Vamos desmascarar esse emplastro de pessoa e pô-lo no seu devido lugar de ignorante. Não mentiremos nem inventaremos nada contra ou sobre a sua pessoa, a sua vida ou da sua progenitura, so divulgaremos a verdade, apontando casos e provas concrectas que lhe colocarão no seu devido lugar de simples escumalha social sem beira nem eira.

Desse canalha, um desqualificado social sem nivel, que nem português sabe escrever e expressar, podes bem ignorar o seu ladrear..., porque não passa de um animal amestrado para dizer mal das pessoas, quando é fruto da maior podridão enquanto pessoa.
 
O teu nivel de engajamento com a causa do Povo e a qualidade do teu trabalho, ultrapassam de longe a baixeza e o nivel da linguagem desse rês ao quadrado. Podes deixar que dele tratamos nos. Cuida do que interessa para o Povo da Guiné-Bissau que muito te agradece a advogacia que tens feito da sua luta pela dignidade.

Embora omitindo por ora o seu nome, nos sabemos perfeitamente quem ele é, e também sabemos muito bem, quem esta a instrumentalizá-lo para tentar denegrir a tua imagem e a tua reputação e assim, desviar-te da tua luta pela dignidade do povo guineense. Essa nulidade de pessoa brevemente sabera e sentira quanto meter-se contigo..., pois esta a comprar uma guerra onde tera muitas frentes que não mais esquecerá.

Que se ponha a pau como seu nojento blog, que não passa de um meio cobarde que utiliza e permite que digam insultos, calunias e insanidades encomendadas por pessoas que o sustentam a si e a sua mãezinha contra pessoas de bem e que primam pela defesa do bem comum. O nivel desse blog não merece, nem a tua atenção, nem a tua resposta, tanto é a baixeza do seu nivel que, não mais faz que atestar a sua falta de qualidade enquanto ser social a todos os niveis. Enfim, um blog que mais serve para escapatorias esquizofrénicas de um frustado social, de um paranoico comportamental.

Que não tenha pressa o teu cobarde "agressor", pois os seus podres, assim como, da sua galdérissima querida mãezinha, ai virão, sem tardar... e, como "obulum di Bandim", tudo levara para o Povo contar e, ficar a saber. Não usaremos insultos, tão pouco calúnias da brega como ele esta acostumado a postar no seu nojento blog Nos enunciaremos factos concrectos e acontecimentos reais da sua vida pessoal e da sua querida mãezinha. São esses factos e verdades que iremos trazer ao bantada di bardadi e... estou certo, que o menino de Londres, ficara bem caladinho, quedo e murcho no seu aconchego de vida chulosa nas terras de sua majestade.

Não tardará a ser-lhe servido o banquete. Servi-lo-emos com o maior requinte..., como ele, bem merece, pois calmamente, estamos a compilar as provas para lhe talhar a mortalha do seu silêncio.

Um abração que estamos juntos.

OP"

Os neuro-amputados



"MEUS IRMÃOS,

NÓS, DA GUINÉ-BISSAU, CHEGAMOS A UM PONTO EM QUE SÓ DEVEMOS FALAR COM AQUELES QUE FELIZMENTE AINDA TÊM CÉREBRO. COM NEURO-AMPUTADOS, NÃO ADIANTA TER CONVERSAS.

FORÇA, ALY

TCHARLES PANAQUE"

Nhamadjo forontá, ninguin ka misti kunsil(*)


Nhamadjo forontá, ninguin ka misti kunsil

O presidente de transição, designado pela CEDEAO, foi humilhado pela UEMOA, União Económica e Monetária de África Ocidental. Alassane Ouattara convidou o seu “súbdito” Serifo Nhamadjo a estar presente no encontro que se realizou ontem em Abidjan, só que, diversos chefes de Estado manifestaram-se contra, por não considerarem “legítima” a subida do antigo candidato, derrotado nas urnas por Carlos Gomes Junior, à cadeira presidencial.

Face a essa oposição, o presidente costa-marfinense, mandou um emissário a Bissau, a apresentar desculpas a Nhamadjo, por ter sido obrigado a desfazer o convite. Mas Ouattara preocupado em estabelecer o protectorado na Guiné-Bissau, tratou de conseguir que da cimeira da UEMOA saísse a ajuda desta organização e da Nigéria para pagar os salários em atraso.

Não foram avançadas as contra-partidas que vão ser impostas à Guiné-Bissau , embora a exploração dos recursos naturais do nosso país, que ultimamente têm sido falados, possam ser a moeda de troca exigida pelos neo-colonialistas. Nessa lógica, compreende-se que o isolamento internacional da Guiné-Bissau não seja uma preocupação dos dirigentes golpistas, uma vez que o País, enquanto tal, deixa de existir.

Por isso, à partida, hoje, para o Senegal, Serifo Nhamadjo,  (que ao viajar num avião posto à disposição pelo governo de Dakar demonstrou o pau-mandado que é)  disse que  “não sei o isolamento que temos, mas não nos sentimos isolados, estamos no concerto das nações , há mal entendidos é evidente, mas sou da opinião de que quando há problemas só há uma única via: é resolvê-los, não continuar com os problemas”.

A UEMOA em Abidjan veio dizer ontem, por outras palavras: Nós ajudamos…  (a factura virá depois, mas não tardará), mas a Guiné-Bissau (como o demonstra a prática política, a maneira como os dirigentes golpistas são tratados pelos dirigentes regionais mais implicados na situação guineense) passa ao estatuto de COLÓNIA… Não nos iludamos.

(*)pasmalu"

Carlos Gomes Jr., em S. Tomé: "O governo legítimo da Guiné-Bissau estará presente não só para agradecer todos os países membros da CPLP, mas também para continuar a pedir apoio e solidariedade para que se respeite a legalidade constitucional"



"O governo legítimo da Guiné-Bissau estará presente não só para agradecer todos os países membros da CPLP, mas também para continuar a pedir apoio e solidariedade para que se respeite a legalidade constitucional", disse Carlos Gomes Júnior. O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, confirmou, em São Tomé, a sua presença, em julho próximo em Moçambique, na Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Carlos Gomes Júnior, deposto na sequência do golpe militar de 12 de abril, pretende garantir o apoio da CPLP. "Neste momento, a CPLP tem falado uma única voz, exigindo o retorno da ordem constitucional. Neste encontro (na cimeira, a realizar em Maputo), o governo legítimo da Guiné-Bissau estará presente não só para agradecer todos os países membros da CPLP, mas também para continuar a pedir apoio e solidariedade para que se respeite a legalidade constitucional", disse Carlos Gomes Júnior à sua chegada a São Tomé.

Carlos Gomes Júnior, falando à imprensa no aeroporto internacional, disse que veio agradecer ao primeiro-ministro santomense, Patrice Trovoada, e ao Presidente da República, Manuel Pinto da Costa, pelo apoio e pela solidariedade prestada durante a crise que se instalou no seu pais após o golpe de Estado militar de 12 de abril último. "Não se poder permitir, no século XXI, que um partido como o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) ganhe as eleições, com cerca de 67 mandatos, e a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) permita que um ministro venha dar posse a um Presidente da República. Isto é um insulto para África e um insulto para o povo da Guiné-Bissau", indignou-se. "A nossa independência não tomamos na secretaria, ela foi conquistada durante 11 anos de guerra e não vamos permitir que seja quem for venha defraudar o nosso povo", sublinhou o primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau.

Carlos Gomés Júnior, que vive atualmente exilado em Portugal, venceu a primeira volta das eleições presidenciais antecipadas de 18 de março deste ano e deveria disputar a segunda volta com o ex-Presidente Kumba Yalá a 22 de abril, mas o escrutínio foi inviabilizado pelo golpe de Estado militar dez dias antes.

As eleições presidenciais antecipadas foram organizadas na sequência da morte, por doença, do Presidente Malam Bacai Sanhá em Paris, França, no início deste ano. O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, durante a sua estada em São Tomé, foi recebido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Salvador dos Ramos. Ele deverá igualmente visitar Angola, Cabo Verde e a Gâmbia.

Djitu tem ku tem


Caro Aly, agradecia a publicacao do meu texto. Obrigado.


"Caros guineenses,

Me lembrei hoje do grande Slogan usado a alguns anos atras pelo INSTITUTO NACIONAL DE  ESTUDOS E PESQUISAS (INEP) num grande projeto que tinha a testa o atual Ministro dos Negocios da CEDEAO, Sr Faustino Imbali. O Slogan de que trato era justamente o de DJITU TEN KU TEN, que visava a mudança do pensamento ou de conformismo do guineense que mesmo sabendo que algo esta mal ou haja coisa que vai contra ele mesmo que essa coisa esteja o afetar gravemente, limita-se simplesmente a dizer DJITU KA TEN. Ao que me pareceu na altura, é que esse projeto era mostrar ao guineense de que nao devemos ficar todo tempo a dizer que DJITU KA TEN e que era a hora de começar a dizer DJITU TEN KU TEN para os nossos problemas sendo eles pessoal ou nao.

Recorri a esse Slogan do DJITU TEN KU TEN do Sr. Faustino Imbali para relembrar aos guineenses que hoje estao vendo subtraidos os seus direitos legal por militares, alguns politicos ja mortos e o atual governo  donde o proprio Faustino Imbali faz parte, para lhes dizer que é o proprio Faustino Imbali que esta a convidar os guineenses para uma luta sem tréguas sob esse Slogan DJITU TEN KU TEN para fazer face a essa situaçao de desrespeito ao Povo guineense. Quando afirmamos que I KA POSSIVEL é porque é POSSIVEL, entao se é  POSSIVEL, façamos logo algo contra eles.

E triste ver, ler e ouvir alguns dos nossos conterraneos guineenses a tentar desviar da situaçao critica em que foi posta o Pais, ao tentarem limitar esse problema simplesmente ao CARLOS GOMES JUNIOR vs MILITARES.

Mas a real situaçao ultrapassa Carlos Gomes Junior, pois nao é ele que esta em causa, quem esta em causa é o POVO guineense sobretudo aqueles que vivem na Guiné, que cada vez mais e de uma forma sistematica esta vendo seu futuro, seu sonho a ser adiado por gentes que nem teem noçao do que fazem.

Lamentavelmente ouço algumas pessoas dizer mal do Portugal e Angola dentro dessa situaçao, esquecendo claramente daquilo que esses dois Paises sao para o Povo guineense. E triste! Outros a afirmarem mesmo nos blogs que ninguém quer golpe e nem sao a favor de golpe mas ele ja esta consumado e tanto o Portugal como a Angola nao deviam continuar a ter a posiçao que continuam a assumir. Pois para eles  Portugal e Angola nao estao a defender o Povo guineense mas sim Carlos Gomes Junior e Raimundo Pereira.

Mas pergunto, o Carlos Gomes Junior foi escolhido por quem e como? Me parece que foi escolhido num processo democratico de eleiçoes consideradas livres, justas e transparentes e mais com uma maioria absoluta nas URNAS. E mais ele estava num processo de eleiçoes onde foi chamado para a segunda volta pelo mesmo POVO  num universo de 593.765 incritos, o votaram 154.797 correspondente a 49% contra 73.842 votos de Kumba yala correspondente aos vergonhosos 23%. Afinal, quem devia defender quem?  Mas infelizmente esses guineenses devem ter algo contra o homem, ma...LUBU TUDU MANERA KU BU NA NEGAL KA BU DAL PADJA DI BOBRA.

Mas por culpa das tecnologias como internet por exemplo, é barato criar um site de informaçao, muitos desses blogs sao blogs encomendados ou os seus serviços sao encomendados. Por isso, ao passear diferentes sites ou blogs de informaçao guineense, comecei a perceber que esta a faltar profissionalismo a alguns dos seus editores e do outro lado percebi que alguns deles levam odio ou sao passados os odios contra o Carlos Gomes Junior.  Cheguei conclusao que ha alguns bolgs que limitam simplesmente a defender o golpe e a difundir a defesa daqueles que defendem o golpe contra toda vontade do povo.

Para terminar, encorajo o editor deste nosso blog o grande Aly para continuar com seu servico duma forma isenta, movido sobretudo da sua convicçao. Nao creio que o nosso editor se deixara levar por alguém contra os ideais dele. Força Aly! O Povo guineense esta consigo sobretudo os da diaspora. Defenda sempre a legalidade.

DJITU TEN KU TEN

Aliu Baldé"

O cerco estendeu-se aos guineenses...em Angola?


"Amigo Aly,

Fui contratado para trabalhar em Angola (neste momento estou em CABINDA já lá vão três meses), mas devido a essa confusão dos politicos analfabetos, dos militares incompetentes que só sabem conjugar o verbo na primeira pessoa - `EU´ - o resto não lhes interesa! Não posso desempenhar a minha profissão para a qual fui contratado devido à não autorização do visto de trabalho por parte do governo Angolano por ser natural da GUINÉ-BISSAU ainda que com nacionalidade portuguesa. Agora pergunto: será que esse bandidos não vêm o mal que nos estão a fazer?

Um abraço até breve"

Militares da CEDEAO "compram todos os pães"



"Caro Aly
 
É uma vergonha o que se está a passar na Guiné-Bissau. Os militares invasores da CEDEAO agora estão a morrer de fome. Imagina que todos os dias, às 18:00, na chapa de Bissau um simples cidadão já não pode comprar um pão... Os ocupantes militares da CEDEAO chegam nos seus carros e compram todos os pães para o jantar ou pequeno almoço. Esta é a força de estabilização de uma organização como a CEDEAO? Que vergonha.
 
Serifo Djalo"

Guiné-Bissau: UE aprovou resolução que condena golpe de Estado



PARLAMENTO EUROPEU CONDENA O GOLPE NA GUINÉ-BISSAU

Diogo Feio, Ana Gomes e Rui Tavares apelam à UE para passar das palavras aos actos

 

O Parlamento Europeu (PE) aprovou hoje em Estrasburgo uma resolução que condena com veemência o golpe de Estado na Guiné-Bissau do dia 12 de Abril. Os deputados europeus exigem o retorno à ordem constitucional e a realização da segunda volta das eleições presidenciais.

Diogo Feio, Ana Gomes e Rui Tavares, deputados ao PE, congratularam-se com este resultado e com o trabalho que desenvolveram em conjunto no sentido de sensibilizar a euro-câmara para a questão guineense. Os três deputados pretendem que a União Europeia (UE) envie um sinal claro de que não tolera a tomada do poder pela força na Guiné-Bissau e que está disponível para promover e colaborar no regresso à ordem democrática do país, bem como para apoiar as populações carenciadas.

Diogo Feio (PPE), defende a devolução do poder aos seus legítimos titulares. "Receio que, sem o apoio da UE, a Guiné-Bissau corra o risco de se tornar num Estado falhado corroído pelo tráfico de droga. A reforma do sector de segurança e defesa deve ser um dos primeiros passos a dar no sentido da estabilização do país. É importante apoiar o povo da Guiné e os seus legítimos representantes nesta hora de extrema dificuldade".

Ana Gomes (S&D), "não é tolerável que a CEDEAO na Guiné‑Bissau, tal como no Mali, esteja a respaldar soluções que reabilitam os golpistas e lhes permitem ensaiar uma farsa de transição em violação da democracia. É imperativo que a UE se empenhe, no regresso à ordem constitucional na Guiné-Bissau e ao processo eleitoral. É disto que depende a reabilitação do país e a segurança do povo guineense".
 
Rui Tavares (Verdes), espera que a resolução desperte a atenção do Serviço de Acção Externa da UE, para a defesa da Guiné-Bissau. "Os guineenses já demonstraram que têm capacidade para desenvolver o seu Estado e a sua sociedade. Qualquer demissão do nosso dever de solidariedade para com a Guiné tem custos que se materializam no perpetuar de uma situação de sofrimento para a população, como a corrupção, a militarização e o enquistamento do narcotráfico."
 
A resolução comum contou com o apoio de seis grupos políticos que representam a grande maioria dos deputados ao Parlamento Europeu, prova da convergência de pontos de vista quanto à situação política e militar da Guiné-Bissau.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dianti ki kaminho...


Caros leitores:

Se eu me descontrolar em posts futuros, não se espantem e espero que me perdoem. Tenho o direito ao meu bom nome. Sou um cidadão guineense impoluto e incorruptível. E, não, não sou Jesus Cristo, que levou um estalo e deu a outra face. Escrevi isto a alguém, que ao que parece quer 'comprar' problemas. Eu vou abrir o livro, vou explodir de vez, e chamar os bois e as cabras pelos nomes... AAS

" D.,

Pensa nisto que te digo: recebo muita coisa sobre a tua pessoa, e, até dos teus familiares mais directos: NÃO publico nada, por respeito apenas. Apenas isso.

Peço-te que pares de uma vez por todas, sff...Não quero entrar em algo que depois pode descontrolar-se. De uma vez por todas: eu, como guineense, NÃO apoio nem o Cadogo, nem o Raimundo, nem qualquer outro político na Guiné-Bissau, e, não, NUNCA me vendi. Como jornalista, todas as acusações e/ou denúncias que fiz são baseadas em PROVAS.
Lá porque alguém te escreve no anonimato (coisa de cobardes) com mentiras e outras falsidades não quer dizer que seja verdade. Não volto a tomar o teu tempo, mas também não vou ficar parado, nem dar a outra face. Nô pintcha.

Aly"

Parlamento Europeu condena papel da CEDEAO na crise da Guiné-Bissau



O Parlamento Europeu vai aprovar uma resolução sobre a situação política na Guiné-Bissau. O Eurodeputado português Paulo Rangel, um dos autores do documento, mostrou-se crítico da CEDEAO. A resolução vai pedir a reposição imediata da ordem constitucional e a conclusão do processo eleitoral guineense, interrompido com o golpe de Estado de 12 de abril. Os eurodeputados apelam ao respeito pela integridade física de todos os funcionários públicos e cidadãos sob alçada dos militares autores do golpe. O eurodeputado Paulo Rangel, um dos autores do documento, reconhece que a resolução do Parlamento Europeu não chega para solucionar o problema, mas constitui um passo porque legitima um mandato para outras ações.

DW África: O que é que se pode esperar desta tomada de posição formal do Parlamento Europeu?

Paulo Rangel (PR): O que se pode esperar, no fundo, é uma coerência total entre as instituições internacionais quanto à atual situação de ilegitimidade política que se vive na Guiné-Bissau. Nós já sabíamos que a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), a Organização das Nações Unidas (ONU) e a própria União Europeia (UE), através da Comissão, tinham tido um papel muito importante na definição de uma situação de ilegalidade, uma espécie de golpe de Estado constitucional que interrompeu um processo eleitoral e interrompeu uma trajetória, que foi uma trajetória extraordinária de recuperação a que assistimos, no último ano e meio, na Guiné-Bissau. Quer o trabalho político quer o trabalho de desenvolvimento económico e social foram interrompidos. E portanto, há que denunciar isto. Por outro lado, há aqui um aspecto que também é muito importante, que é o de condenar, criticar o papel que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) tem tido aqui. Para além deste convite a que a CEDEAO possa, ela própria, ter um papel de restauração da legalidade democrática, porque tem sido, apesar de tudo, um pouco complacente com a situação), é  fundamental  restaurar do apoio humanitário e do apoio ao desenvolvimento à Guiné-Bissau. Devemos fazer uma grande pressão internacional para repor a legilimidade, para que este golpe de Estado seja, no fundo, afastado e para que os candidatos que estavam a concorrer à presidência e o primeiro-ministro e Presidente interinos voltem, de novo, ao território da Guiné e à governação. Mas isso não deve interferir com a capacidade de ajuda e de apoio à população porque a população está a sofrer imenso.

DW África: Referiu a uma coerência total, mas há uma disparidade de avaliações nomeadamente entre a CEDEAO e outros parceiros como a CPLP, a ONU ou a União Africana (UA). Será suficiente fazer-se o convite à CEDEAO para que não legitime um governo e as autoridades que sairam de um golpe de Estado ou será preciso fazer mais?

PR: A adoção pura e simples de resoluções internacionais é sempre essencial para dar um quadro legal de atuação às instituições. Ou seja, é importante que o Conselho de Segurança da ONU, que a UA, que a CPLP, que a UE tomem decisões e que as tomem por escrito sob a forma de resolução para terem, no fundo, um mandato para atuar. Mas depois não podem as consciências ficar descansadas com a aprovação da resolução. O que vamos fazer a 13 de junho, é apenas um primeiro passo. É fundamental que os países da CPLP, nomeadamente Portugal, Angola e o Brasil tenham um papel de pressão sobre os países da África Ocidental. Assim como a UE e o próprio Conselho de Segurança da ONU, designadamente através de alguns dos seus membros mais relevantes (como os Estados Unidos e a China que tem hoje um papel relativamente importante em alguns países africanos) possam usar os seus bons ofícios e a sua capacidade de pressão e de influência internacional para levar a CEDEAO a mudar o seu caminho. Isso é essencial. Não basta haver resoluções. Mas sem resolução também não há mandato para as instituições atuarem. E, portanto, a resolução é extremamente importante no sentido da definição de uma posição da comunidade internacional.

DW África: E ao nível bilateral, o que é que pode um país como Portugal fazer para ajudar a Guiné-Bissau a sair deste impasse?

PR: Eu creio que, particamente, aqui há dois países que têm uma posição ímpar: Portugal e Angola, porque Angola tinha a Missang, que estava com uma missão de assistência técnico-militar [na Guiné-Bissau], com um papel muito relevante. Aliás um papel que se refletia neste progresso, porque o que aqui é verdadeiramente extraordinário é que a Guiné-Bissaau, para além de estar a desenvolver um quadro democrático, pela primeira vez estava, de fato, com índices económicos e sociais em melhoria absolutamente visível. E este processo, com certeza com este golpe, vai ficar parado. E isso é que é trágico neste contexto. Penso que Portugal e Angola têm um papel muito importante. Mas é fundamental que estes dois países não apenas atuem sobre os atuais dirigentes da Guiné-Bissau mas os dirigentes que estão, neste momento, de fato, com o poder nas mãos, mas sobre os países da África Ocidental, países que têm um papel relevante, como o Senegal, Gâmbia, Nigéria e outros como a Guiné Conacri ou a Guiné-Equatorial. Nós podíamos, de fato, ter aqui um conjunto de parceiros sobre os quais devíamos atuar diretamente. Portanto, disso não há dúvida. Julgo que, apesar de tudo, o papel de Portugal, por um lado, pode ser muito facilitado se tiver esta cobertura da UE. E por isso nos empenhamos tanto em que não só a Comissão mas também o Parlamento Europeu tivesse uma posição claríssima sobre este assunto, porque é evidente que um país como Portugal terá uma capacidade de pressão maior sobre os países da África Ocidental, que têm uma palavra a dizer nesta questão, se vier com a cobertura, a legitimidade da União Europeia. Mas a situação é extremamente complexa, há que reconhecê-lo, por isso é que existe também este último considerando da resolução que é extremamente importante (e sobre o qual eu tenho insistido a propósito de outros casos de emergência humanitária). Mesmo quando há uma situação política extremamente adversa e que merece ser verdadeiramente censurada e até boicotada, nós não devemos suspender a ajuda humanitária nem a ajuda direta às populações, porque esses cortes não contribuem, de maneira nenhuma, para facilitar a situação, no próprio terreno político. E portanto, não deve ser a população que deve ser refém deste tipo de golpismo e de instabilidade política. E por isso, o trabalho humanitário e de desenvolvimento deve continuar, mesmo neste quadro político irregular.

Autora: Helena Ferro de Gouveia
Edição: Glória Sousa / António Rocha
http://www.dw.de/dw/article/0,,16017765,00.html

Eurodeputada Ana Gomes, ao Público: Portugal deve “sujar as mãos”



A eurodeputada Ana Sousa referiu nesta terça-feira que Portugal deve “sujar as mãos” e intervir na resolução do impasse político na Guiné-Bissau. Para a eurodeputada socialista, Portugal deve assumir a responsabilidade de comandar o processo, uma vez que “ninguém mais o vai fazer”. Portugal deverá intervir de foma a solucionar a crise política que se instalou no país, após um autodenominado comando militar ter usurpado o poder, a 21 de Abril, depondo as autoridades eleitas. Segundo a socialista, “Portugal por todas as razões tem obrigações especiais, não tem de ter complexos coloniais, tem de fazer o que for preciso para ajudar o povo a restabelecer o Governo e as entidades constitucionais. Sabemos até pelo processo de Timor-Leste que muitas vezes é preciso um advogado para além do próprio país. Neste caso o advogado tem de ser Portugal”.

O caso começa a ter cada vez mais eco nas instâncias europeias, com a União Europeia a aplicar sanções aos responsáveis pelo golpe de Estado e instabilidade que o país está a viver. Os 21 elementos do comando militar foram proibidos de viajar para o território europeu e os bens registados em solo comunitário foram congelados. Para Ana Gomes “é o momento da UE reiterar que não tolera golpes de Estado como aqueles que impuseram uma solução inconstitucional e contrária ao direito internacional”. As declarações da eurodeputada surgiram um dia após o Presidente Cavaco Silva reafirmar a oposição a qualquer situação que legitime golpes de Estado. “O que sabemos é que a instabilidade militar que há algum tempo se verifica na Guiné-Bissau é responsável pelo empobrecimento e pelo sofrimento do povo guineense e, neste momento, estamos seriamente preocupados com a degradação da situação económica, social e humanitária e pela falta de respeito pelos direitos humanos no território da Guiné-Bissau”, afirmou Cavaco Silva no encontro com o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, na segunda-feira.

O Parlamento Europeu vai adoptar esta quarta-feira uma resolução sobre a instabilidade na Guiné-Bissau, que transita do plenário de dia 23 de Maio, onde já foi discutida, ao mesmo tempo que irá votar resoluções sobre o conflito entre o Sudão e o Sudão do Sul e a instabilidade na República Democrática do Congo. PÚBLICO

Comida para todos... AAS



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Tadja Panha: 'Presidente de Transição' está de visita a Dakar... AAS

A estratégia kafuka de António Indjai



Observatório do Balão
Por: Arnaldo Santos| Jornal de Angola


Em descuidados devaneios sobre a estratégia do kafuka, eu contava na minha neta que o kafuka é um astuto aracnídeo que se oculta debaixo da terra para apanhar suas presas e lhes devorar em seguida. Sublinhei depois que ele manobra assim para não se mostrar e passar sempre despercebido. E quase sem dar por isso nesse meu andamento deambulatório sem norte dei encontro com o sentido trágico que representa a farsa que o general António Indjai leva a efeito, nesta ocasião, na Guiné-Bissau. Essas descobertas não acontecem por acaso e de certo que a questão já me vinha afligindo faz tempo bem como as manigâncias do líder golpista que por fim deu a cara num comício em que convocou antigos combatentes.

Nunca imaginei que fosse possível observar diariamente e quase ao vivo, os tristes episódios que estão a marcar a História actual desse país irmão que tal como o nosso conquistou a sua independência lutando para honrar os destinos do seu povo. Penso que o país de Amílcar Cabral, um dos intelectuais revolucionários mais respeitados de África, merecia melhor sorte. O que o Repórter África da RTPI me tem permitido ver e escutar sobre o que se vive na Guiné, em virtude da controversa intervenção da CEDEAO, após o golpe de estado que impediu o prosseguimento de um processo eleitoral aceite internacionalmente, é assombroso.

Talvez por isso tenha ficado com a impressão que malgré tout, ou por isso mesmo, a retirada da MISSANG só aparentemente pode ser tomada como um fracasso.
Na minha óptica que obviamente não tem o mesmo rigor daquela por que deve seguir os pareceres dos analistas políticos, a MISSANG cumpriu o que objectivamente dela se poderia esperar no actual contexto sócio-político da Guiné- Bissau, que era, quanto a mim, desmascarar a estratégia dos que na sombra detêm o poder real no país. Este, é que é o verdadeiro problema: a existência de generais que fomentavam assassinatos e favorecem o narcotráfico e controlam as forças de defesa e segurança. Não era crível que eles viessem a deixar-se neutralizar sem reagir. A sua tentativa de intervir no processo democrático apostando em alguns políticos não resultou e o golpe de Estado tornou-se inevitável a pretexto da presença da MISSANG.
Ainda que a acção golpista tenha sido condenada pela CPLP, a UA, a CEDEAO e a UE, tenho de reconhecer que não restava aos kafukas outro caminho.

As Assembleias Nacionais de Angola e da Guiné Bissau tinham aprovado um projecto que levaria à reforma das instituições de defesa e segurança, subordinando-as ao poder político e os generais sentiram que o seu futuro enquanto verdadeiros senhores do país estava em risco, mas também a impunidade de que muitos gozavam por estarem gravemente comprometidos em assassinatos hediondos e porventura em outras actividades denunciadas como criminosas.
A tentativa de António Indjai de assumir para si, como último recurso, o papel de legítimo herdeiro do legado de Amílcar Cabral para justificar a razão que lhe levou a impedir a vitória nas urnas do candidato do PAIGC não procede, isto é, não cuia, para ser mais explícito. Aliás, falta transparência nas razões que levaram a CEDEAO a comprometer os estados africanos na solução vigente.

Na Walna vs Indjai: A verdade é como o azeite...



O porta-voz do Comando Militar, Dahaba na Walna e o CEMGFA, António Indjai estão de candeias às avessas. Tudo porque Na Walna não gostou de ver o CEMGFA a tentar “camuflar” o mal-estar nos quartéis, que começou na reunião com os antigos combatentes, na semana passada no parlamento e terminou numa patética visita ao quartel da Amura. Depois, o post no ditadura do consenso, em que um oficial superior acusava Indjai de meter ao bolso centenas de milhões de Fcfa que eram destinadas para alimentar as casernas - EU AVISARA... - o caldo entornar-se-ia na passada quarta-feira.

António Indjai levou diversas individualidades ligadas aos meios artísticos para uma visita guiada ao quartel da Amura, e mostrou-lhes as parcas condições nas cozinhas: a alimentação era fraca, só havia arroz seco e a falta de condições de higiene era assustadora: tudo, para tentar justificar a o golpe de 12 de Abril, tentando atribuir as culpas ao governo deposto de Carlos Gomes Junior.

Só que os militares sabem muito bem que a história não é assim. Os angolanos, até à altura do golpe, garantiam toda a alimentação dos soldados guineenses, em todos os quartéis do País, tendo mesmo feito obras de melhoramento das cozinhas. Com a entrada dos militares da CEDEAO a situação agravou-se, pois os militares e polícias que para aqui vieram, pensavam que fosse a Guiné-Bissau a assegurar a sua alimentação...o que não tem sido o caso. Os militares da CEDEAO, com base em Cumeré, não têm luz eléctrica, nem água potável, e a situação piora de dia para dia...

Depois da visita, o porta-voz Na Walna não terá gostado, menos ainda o facto de, no dia seguinte, ter visto essa patética justificação ser apresentada na televisão da Guiné-Bissau. Afinal, quando Carlos Gomes Jr era primeiro-ministro, era António Indjai quem, em pessoa, recebia e geria todo o dinheiro que era destinado à alimentação nos quartéis, somas que o próprio geria a seu bel-prazer.

Recorde-se que na sessão com aos antigos combatentes na Assembleia Nacional Popular, Dahaba Na Walna disse que as declarações de António Indjai não tinham qualquer fundamento: "os antigos combatentes recebem 14.000 CFA". Recebem, de facto, 30.000 fcfa. Na Walna terá chamado “mentiroso” a António Indjai, e acusou-o de nem sequer saber falar... Casa onde não há pão... AAS

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Tadja Panha bali pena bô!?



"Caro Irmão Aly e Irmãos Guineenses,

Eu Libânio, sou um grande admirador do nosso grande Aly Silva, pela gradne coragem que sempre demonstrou ter. O Aly tem feito um trabalho exemplar na luta pela Liberdade e por uma verdadeira Democracia na Guiné-Bissau. Mas por favor meus Irmãos, o artigo publicado no blog Ditadura do Consenso do nosso Aly Silva, preocupa-me porque não concordo com o método.

Estou a favor de todas as formas de Luta para a reposição da Legalidade Constitucional na nossa querida Pátria, desde que seja por via pacifica principalmente na base do dialogo.
Quero com isso dizer que não estou de acordo com o (Tadja Panha), porque estou em querer que muitos dos filhos e familiares dos Golpistas e seus Medíocres apoiantes não são culpados pela situação actual da nossa Guiné.
Acho de que se queremos uma Paz  eterna na nossa Terra, não devemos usar o método  criminoso e retrogressivo.
Vamos continuar a lutar por via Pacifica, tudo com principio tem o seu fim, até porque (Pubis ka Burro).
Espero que não me levem a mal e que levem em conta a minha preocupação.
Viva a Paz na Guiné-Bissau e no Mundo.

Libânio Moreira"

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M/R: Eu, Aly...bom, não digo se estou a favor ou contra o 'método' proposto acerca de coisa e tal... Mas também isso agora não interessa para nada até porque o método que tem sido usado contra o Povo pacífico da Guiné-Bissau, desde a independência do nosso País, não se assemelha a Disneylândia nenhuma... Bom, podemos sempre compará-la (no sentido literal) com a 'Disneylândia do Hezbollah', um parque temâtico onde, se mostram às crianças o que se passa na guerra, e as suas consequências - neste caso materiais, aprendendo até a manejar armas e fazendo-se fotografar com as mesmas. Numa palavra: um viveiro de mártires portanto... > 5a emenda ditadura do consenso. AAS