sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

SEF despista eventuais radicais entre sírios que entraram em Portugal com passaportes falsos


O Serviço de Estrangeiros e Fronteiros (SEF) está a despistar a eventual mistura de radicais entre o grupo de 74 cidadãos sírios que vieram num voo da TAP proveniente de Bissau que chegou (VER A LISTA COM OS NOMES) anteontem de madrugada a Lisboa apenas porque as autoridades guineenses forçaram a tripulação e o chefe de escala da TAP, sob a ameaça de armas, a embarcar aqueles passageiros. A companhia aérea nacional anunciou ontem a suspensão dos voos para a Guiné-Bissau, deixando este país africano sem nenhuma ligação directa para a Europa.

A guerra civil na Síria está a levar à saída clandestina de milhares de sírios do seu país, mas, por vezes, este tipo de rotas tem sido aproveitada por elementos com antecedentes de radicalismo. Consciente deste risco, o SEF está analisar com cuidado os pedidos de asilo feitos pelos 74 cidadãos sírios, que serão ouvidos individualmente. O montante pago para chegar a Lisboa, como o mesmo foi obtido e a quem foi entregue são algumas das questões que o SEF irá tentar esclarecer, já que este tipo de operações implica o pagamento de quantias avultadas.

Os cidadãos sírios terão chegado a Portugal através de uma rede de imigração ilegal, que lhes conseguiu passaportes turcos falsos e os guiou através da Turquia e Marrocos até à Guiné-Bissau, onde tomaram o voo TP202 da TAP para Lisboa. O destino final dos sírios não era Portugal, mas um país do Norte da Europa. O método já tinha sido utilizado há alguns meses por outro grupo de emigrantes árabes que saíram de Bissau, passaram por Lisboa e rumaram a vários países europeus. PÚBLICO