sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
100 sombras
Estamos todos a aguardar a divulgação do tão propalado relatório sobre o embarque à força e sob coacção armada de 74 cidadãos sírios num voo da TAP Portugal. Aposto aqui que os demissionários Delfim da Silva e António Suka Ntchama VÃO permanecer nos seus postos - aquilo foi tudo teatro, uma encenação preocupante, à medida do aflito poder golpista de Bissau!!! Está tudo pronto para atirarem uma vez mais areia para os olhos dos guineenses e fazer da comunidade internacional uns autênticos parolos.
Está claro para todos - idiotas à parte - que o ministro do Interior está desde a primeira hora ligado aos sírios. Quem, no seu perfeito juízo, pode pensar que 74 cidadãos 'refugiados' estrangeiros chegam organizadamente a Bissau, instalam-se confortavelmente em dois hotéis (refugiados ricos, esses), pagando tudo do seu bolso, sem ninguém dar por nada?
É claro que para um regime vetado ao ostracismo, qualquer solução, por mais dramática que seja, é bem vinda para arrecadar somas avultadas. É a 'transição', há que mamar... 25 mil dólares por pessoa... Não importa o dano causado a terceiros (neste caso, a vinte e sete países), estão-se nas tintas para as consequências pois estão habituados a governar ignorados pelo resto do mundo.
Só num país anárquico é que podia acontecer o que se assiste na Guiné-Bissau. Prisões arbitrárias, raptos, espancamentos, assassinatos, tráfico de droga, de armas, e, para compor o ramalhete, de seres humanos! Guiné-Bissau parece um palco que em vez de pessoas tem sombras deambulando. Tristemente, a comunidade internacional, a mesma que impõe sanções, assiste, impávida e serena às violações das suas sanções. Um exemplo:
Major Idrissa DJALÓ
Nationality: Guinea-Bissau
Date of birth: 06 January 1962
Official function: Protocol Advisor to the Armed Forces Chief of Staff
Designation/Justification: Point of Contact for the "Military Command" which has assumed responsibility for the coup d'état of 12 April 2012 and one of its most active members. He was one of the first officers to publicly assume his affiliation to the “Military Command”, having signed one of its first communiqués (nº5, dated 13 April 2012). Major Djaló also belongs to the Military Intelligence.
E o que é feito mesmo do major Idrissa Djaló? Depois de sancionado, foi calmamente nomeado embaixador extraordinário e plenipotenciário da República da Guiné-Bissau na República da Gâmbia!!! Essa é que é a verdade!!! E convive lá, em Banjul, com a mesma comunidade internacional...
E a ONU, tugiu? Não me parece. Mugiu? Ora essa, doutor! AAS