sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Indjai cada vez mais perto do fim
O CEMGFA da Guiné-Bissau, António Indjai, fustigou recentemente o primeiro-ministro e os governantes em geral com acusações públicas de venalidade e incompetência. A população, na sua mais vasta maioria, vê “inteiro cabimento” nas acusações. O que não falta são governantes e altos funcionários da desorganizada administração pública guineense a construir vistosas moradias ou a montar negócios privados com o emprego de capitais de origem supostamente duvidosa.
Também correm em Bissau muitas histórias reveladoras da impreparação e falta de ilustração de quase todos os governantes. É duvidoso, porém, que o CEMGFA consiga, com as acusações que fez aos governantes, capitalizar junto de uma população descontente com o caótico estado da governação. A sua reputação é ainda pior. Também se considera que está rico (dono de vasto património), não tem preparação e os métodos que usou para se alçar na carreira (intrigas e conspirações) também não foram os mais ortodoxos.
E em desabono ainda mais acentuado da sua pessoa e das suas intenções, é visto como alguém que sentindo-se acossado e isolado, age cada vez mais em desespero de causa – sendo, por isso, também considerado perigoso. Acossado pelo pânico que o atormenta de, mais dia menos dia, os americanos virem a deitar-lhe a mão para o levar a responder judicialmente por acusações que o comprometem com o terrorismo internacional. Isolado, por que os seus “fiéis”, nas FA, são cada vez menos. Querem ter as mãos limpas e estar de cara levantada para ter lugar no chamado pós-Indjai...