terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O mal necessário


Após um longo período de instabilidade na Guiné-Bissau, o povo continua a sofrer e o país encontra-se economicamente paralisado com fortes tendências de desenraizar e sem condições constitucionais para a realização das eleições livres transparentes e justas agendadas para o mês de Abril de 2013, já que segundo a ONU, direitos humanos continuam a ser pisoteados e a raiz do golpe patchali pa tudo matu.
 
É de louvar a iniciativa dos partidos políticos de assinar o pacto de transição. Pois, o tempo não esta ao nosso favor!…
Tendo em conta a conjuntura política actual, seria injusto considerar este acto heróico, uma tentativa de legitimar (sentido jurídico) o golpe de estado de 12 de Abril suportado pela CEDEAO e condenado até então pelo mundo inteiro.
 
Ao meu ver, este entendimento entre irmãos, apoiantes do golpe e os detractores do mesmo incluindo a comunidade internacional, visa o restabelecimento da ordem constitucional para normalizar a situação nefasta que o país se encontra.
Foi sem dúvidas um resultado feliz e satisfatório de ambos os lados, proveniente dum diálogo sincero, aberto e com boa vontade, deixando de lado preconceitos e temores. Foi um momento de reflexão, consciencialização e de reconhecimento dos guineenses da imperiosa necessidade de mudar o essencial para erguer vitoriosamente a bandeira nacional; Caminhar para o rumo certo (ainda bem) e deixar atrás a ganância, o ódio, e os rancores; Abortar o sofrimento do povo e partir para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
 
Haja paz!
 
Londres, 22.01.2013
Vasco Barros