quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Honoris...ridiculous
Pensando com isso estar a promover, respeitar e dourar a sua imagem interna e externamente, o Presidente da CEDEAO para a Guiné-Bissau e o seu Primeiro Ministro cairam no ridículo indecoroso de se aprestar à encomenda de uma dita condecoração honoris causa. O suposto galardão honorifico denominado «Transição sem Sangue» (???), no dia 18 do corrente. Segundo os seus promotores, este galardão foi-lhes atribuido pelos seus «empenhos a favor da paz e da estabilidade no processo de transição de pôs-golpe de estado na Guiné-Bissau».
Esse galardão foi iniciativa conjunta, diz-se no «Nô Pintcha», de três «instituições» ditas internacionais, denominadas pomposamente "International Human Rights Commission" (nome maliciosamente escolhido para confundir os incautos com a respeitável e insuspeita Human Rights International), o "Parlamento Mundial para a Paz e Segurança" e a "International Diplomatic Cooperation", vulgo INTERDIPCO.
Mas a verdade é que, essas ditas «instituições internacionais», não passam de um agregado de falsas instituições gerida por intrujões internacionais com cátedra mundial em negócios ilícitos e no branqueamento de capitais...uma autêntica associação de intrujões e criminosos internacionais. As acções e golpes desse grupo de intrujões cadastrados tem feito crônica na sub-região, desde a Libéria até à Serra Leoa, sendo uma das últimas vítimas mais mediáticas o ex-presidente Abdoulaye Wade, que, na sua megalomania de honorabilidade, levou uma banhada que lhe valeu o riso jocoso da imprensa local.
Quiçá na falta de originalidade ou pressa de honorar os nossos dirigentes golpistas, os promotores esqueceram-se que, de pacífica nada tem essa transição de força, pois por conta dos golpistas, onde se incluem em primeira linha os tristes galardoados, temos o saldo macabro de 14 mortes, 3 espancamentos de conceituados políticos, inúmeros espancamentos e torturas de activistas dos direitos humanos e cidadãos anónimos, detenções arbitrárias e um número incerto de pessoas desaparecidas, etc...
Porém, não estranha nada esse olhar distante dos promotores sobre essa realidade, se tivermos em conta que um paquistanês, dado à realidade que se vive no seu país, forçosamente terá que perceber mesmo muito pouco dos direitos humanos.
Enfim, mais um kafunbam para animar a entrada do Carnaval.
PS: ja agora, aconselhava a distinta delegação dar um pulo até Mansoa e galardoar, também, o nosso generalissímo Indjai com um Honoris Causa de «General da Democracia».
Francisco Sambu
Professor