A prisão preventiva do presidente da Bolsa de Cabo Verde, Veríssimo Pinto, aumentou a pressão sobre o primeiro-ministro José Maria Neves no caso ‘Lancha Voadora’, que envolve tráfico de droga e branqueamento de capitais. Em causa está a substituição de Veríssimo na Bolsa e o facto de ele acumular o cargo público com um negócio de venda de carros de luxo ao governo.
Após Veríssimo Pinto e mais quatro suspeitos a quem foi aplicada a prisão preventiva recolherem à cadeia de São Martinho, na Praia, foram reveladas as identificações dos restantes suspeitos. Trata-se dos empresários António Semedo (Totony) e Luís Ortet, mais Ivone Semedo e Ernestina Pereira (Nichinha), mãe e irmã do arguido Paulo Pereira, apontado como cabecilha da rede de tráfico de droga e preso logo a seguir à apreensão de 1,5 toneladas de cocaína, em 8 de Outubro. Estão ainda em prisão preventiva Quirino Manuel dos Santos e Carlos Gil Gomes Silva.
Dos sete detidos esta semana, ficaram sujeitos à medida de termo de identidade e residência os suspeitos José Júnior Gonçalves (Djoy) e Jacinto Mariano. Segundo o jornal ‘Liberal’, da Praia, as diferentes decisões do juiz têm a ver com "provas documentais".
Cada vez maior é a pressão sobre o primeiro-ministro José Maria Neves. O patrão da Bolsa, Veríssimo Pinto, suspeito de branqueamento de capitais, acumulava o cargo com funções de sócio-gerente da Auto Center SA, representante da BMW em Cabo Verde e vendedora de muitas viaturas oficiais. AAS