quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Novembro do meu descontentamento

O meu filho Guilherme telefonou-me há pouco. A primeira pergunta que lhe fiz foi "estás na escola, filho?", ao que ele respondeu "não, Pai, estou em casa...tive um incidente". E a Mãe? - perguntei. "Está aqui ao lado", respondeu o Guilherme.

E eu pedi que desse o telefone à Mãe. O que foi que aconteceu com o miudo? Ouvi-lhe o suspiro. Mas como já tinha falado com o Guilherme, veio à memória a maneira cansada, ofegante como ele falava.

E então a Gabriela explicou: que tinham ido, ontem, a casa do seu irmão, por estarem de folga. Então o Guilherme pês-se na correria com o primo, entrando e saindo das divisões da casa que nem foguetes telecomandados. Até que...

De tanto correr, já nem se lembrava da enorme portada em aluminio e vidro que, da sala de estar, dá para a piscina. Então, o Guilherme pura e simplesmente atravessou...o enorme vidro caindo desamparado e sem sentidos.

Chamaram a ambulância do INEM, que, prestados os primeiros socorros o encaminhou para o hospital de Sta. Maria, em Lisboa. Resultado: o Guilherme foi suturado com mais de 20 pontos - no queixo, no torax, nas duas mãos e na testa. Como eu sofro!

A Gabriela foi inteligente no que toca a pôr o Guilherme a fazer a chamada e a falar primeiro, poupando-me, assim, a mais sofrimento. Obrigado. AAS