quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ode a um combatente sem armas (divido-o com o Povo da Guiné-Bissau)

Caro irmão,
Vai daqui um grande e fraterno abraço.

Repousa e ganha forças porque mereces,
Foste um gigante da coragem,
Sem armas,
Senão a leveza da tua pluma,
... que do Tio Beto herdaste

... denunciastes a barbarie,
Foste brutalizado, espancado,
A mando de alguém que nós sabemos
Qual fénix, vieste à luta,
Com mais força, mais convicção,
Sempre denunciando

Hoje,
Abraça os teus filhos,
...Guilherme e Lucas,
Diz-lhes,
que são filhos de um grande patriota
Aconchega-os como há muito não fazias
... pois optaste pela voz da revolta
Ao teu povo a quem a tiraram

Leva-lhes ao Estadio da Luz,
Nessa grandeza passear,
Mostra-lhes a Luz da verdade,
Conta-lhes sem modéstias
a tua coragem em outros defender

Diz-lhes
Que, o Povo da Guiné-Bissau
Consideram o Papá um heroi
Não um herói qualquer...
... não de banda desenhada,
nem dos cromos de colecção,
Um herói de verdade

Diz-lhes também,
Que a Guiné-Bissau é a terra deles
Dela se deverão orgulhar um dia
Nela, também existem homens bons
Esses, que nos tolhem hoje a liberdade,
São os homens maus

Diz-lhes que nós lhes amamos e,
muito

F.L.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

DEFENDER O PAÍS, PASSA POR DEFENDER O POVO, APOIAR ATO CONTRA A VONTADE DE POVO EM NOME DO O PAÍS É HIPOCRISIA.



Como é obvio todos e cada um de nos, goza de direito de manifestar e apoiar o governo legitimamente eleito, bem como comando militar (golpistas) e os seus apoiantes políticos.
Foi assinado o pacto de transição, o referido pacto foi assinado por 16 (45%) dos 35 partidos políticos da Guiné Bissau, entre os desaseis partidos só o PRS tem assentos parlamentar.
Pela terceira vez, compareceu alguns deputados no parlamento, mas que nunca se ouvi a secção por falta de quórum, ainda forçosamente com aconteceu para a nomeação do presidente, contínua em marcha a formação de governo.
O Primeiro-ministro, vem do PRS, como é óbvio, maior dos partidos 16, o nome do Paulo Gomes, foi esquecido devido a contestação do PRS.
É notável o controle do PRS, tanto no Parlamento e no Governo, agora pergunto:
O presidente vai presidir a quem? Um povo que rejeitou a sua confiança?
O presidente terá moral de exigir respeito a autoridade de estado, se ele não o respeitou?
O presidente terá condições para exigir os militares face a barbaridade, pilhagens e tráficos de droga, se são os militares a verdadeira fonte de decisão?
O presidente que desrespeitou as instâncias jurídicas do pai, assim como esta a marginalizar o povo da guine em defesa das suas ambições pessoais, que presidente?
O governo vai funcionar com a sustentabilidade de estado-maior?
Será que o Pais goza da sua soberania? Na constituição de República deve ser o Ministro de um País a nomear o PR da Guiné Bissau?
O povo é que faz o país, apoiar o país a revelia da vontade do povo é ironia.
 
Defender o país, passa por defender o povo, defender golpe em nome do país democrático, tem o nome ``hipocrisia´´.
J.S.M.

Nomeação ilegal: Rui Duarte de Barros nomeado primeiro-ministro da Guiné-Bissau. AAS

LGDH - Carta aberta ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon


MEMBRO DE:
 FIDH – Federação Internacional dos Direitos Humanos
 UIDH – União Internacional dos Direitos Humanos
 FODHC-PALOP – Fórum das ONGs dos Direitos Humanos e da Criança dos PALOP
 Fundador do Movimento da Sociedade Civil
 PLACON – Plataforma de Concertação das ONGs
MEMBRO OBSERVADOR JUNTO DE:
 CADHP – Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos
   
Bissau 16 de Maio 2012

Assunto: Carta aberta sobre a situação dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau após ao golpe de estado de 12 de Abril de 2012

Os meus melhores e respeitosos cumprimentos
 
Em virtude do golpe de estado do passado dia 12 de abril de 2012, perpetrado por um grupo de militares, autodenominado Comando Militar, gostaria de pôr a consideração da sua Excelência o status quo instalado  em termos do gozo e exercicio dos direitos e liberdades fundamentais na Guiné-Bissau.
 
Esta acção anticonstitucional das forças armadas mergulhou o país numa crise política inédita e com consequências imprevisíveis para a vida pública nacional, em particular para a situação dos direitos humanos. Entre várias consequências deste golpe militar, destaca-se o disfuncionamento da administração pública, a restrição abusiva dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, a liberdade de manifestações, a liberdade de expressão e de imprensa.
 
Assistem-se igualmente, a confiscação ilegal dos materiais dos profissionais da comunicação social, o vandalismos e pilhagens sistemáticas nas residências dos membros do governo e outras figuras públicas, as agressões e espancamentos de cidadãos e jornalistas,  intimidação e perseguição de alguns responsáveis políticos, facto que obrigou a dezenas de politicos na sua maioria membros do governo, a procurarem refugios junto às instalações diplomaticas,  associados à degradação a ritmo cada vez mais preocupantes, das condições de vida dos cidadãos.
 
A par destas ilegalidades, o Comando militar publicou no dia 09 de Maio 2012, uma extensa lista de 58 pessoas interditas de viajar, entre as quais figuram, membros do governo deposto e do partido no poder, Deputados de Nação, lideres dos partidos políticos, responsáveis de administração eleitoral, sindicalistas, empresários e dirigentes das organizações humanitárias. Antes desta medida manifestamente ilegal, circulava em Bissau uma outra lista de 48 pessoas também acusadas de serem supostos responsáveis pelos assassinatos politicos ocorridos na Guiné-Bissau nos últimos anos.

Sua Excelência Sr. Secretario Geral,
 
Estas Acções, além de consubstanciarem em violações grosseiras dos direitos civis e políticos dos cidadãos e consequentemente, das normas e princípios constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos e demais  convenções aprovadas pela ONU e ratificadas pela Guiné-Bissau, revela também e de forma inequivoca, uma autêntica perseguição dos cidadãos. Ainda por outro lado, a Liga alerta para uma eventual manobra da justiça dos vencedores, factos que possam contribuir para os sentimentos de ódio e de vingança, assim como, agravar ainda mais, o ambiente da instabilidade politica e militar que se vive no nosso país.
 
A Liga Guineense dos Direitos Humanos, acredita que a impunidade constitui o principal desafio para os direitos humanos na Guiné-Bissau e tem funcionado como o principal factor de incentivo às cíclicas instabilidades políticas e militares com efeitos contraproducentes e adversos aos esforços para a consolidação da paz e reconciliação nacional.
 
Contudo, só haverá a paz, tranquilidade e bem-estar social na Guiné-Bissau com a realização de uma verdadeira justiça capaz de condenar os criminosos e ilibar os inocentes e não a transformação das instituições judiciais como ferramentas doceis para eliminar os adversários políticos e silenciar as vozes discordantes.
 
A Liga alerta igualmente que sem as verdadeiras reformas nos sectores da Justiça, defesa e segurança o país jamais logrará a construção de uma sociedade onde a reconciliação, o respeito pelos direitos humanos, a democracia e o estado de direito, a cultura da paz e tolerância sejam uma realidade.

Assim, a Direcção Nacional da Liga Guineense dos direitos Humanos vem através deste meio solicitar a intervenção urgente da vossa excelência junto do Estado-Maior General das Forças Armadas e do Comando Militar, no sentido de abstiverem-se de cometer actos ilegais e restritivos dos direitos e liberdades fundamentais nomeadamente a proibição das viagens, das manifestações pacificas, liberdades de imprensa plena e de expressão enquanto conquistas irreversíveis do povo guineense.
 
 
Sem mais assunto, Sua Excelência Sr. Secretario Geral, aceite os protestos da minha mais alta consideração e estima.
 
À Sua Excelência
 
Sr. Secretário-geral da ONU
 
Ban Ki-Moon
                                                     
A Direcção Nacional
_______________________
                                                             
Luís Vaz Martins
O Presidente

Serifo Nhamadjo "é traidor e irresponsável", diz o Comité Central do PAIGc



O Comité Central do PAIGC apelidou Serifo Nhamadjo de traidor, irresponsável e acusou este dissidente, agora 'indigitado' Presidente da República de Transição por outra irresponsável - e criminosa - CEDEAO. Serifo Nhamadjo foi o alvo na última reunião, tendo mesmo sido acusado de desobediência ao Supremo Tribunal de Justiça. "Ele [Serifo Nhamadjo] associou-se aos golpistas, violando assim dolosamente os estatutos do PAIGC, partido de que é dissidente, e tendo sido derrotado nas urnas e ficado num 3o lugar. O PAIGC responsabiliza ainda a CEDEAO pelas consequências da sua atitude de nomear, à revelia daquilo que o povo decidiu um Presidente da República de Tansição para a Guiné-Bissau». AAS

Contacto do Aly Silva em Portugal: 967210756

WOLOLO NA SAI Ó NAU



Com a tomada da decisão de CEDEÂO, o país está caminhar paços largos para caos, alguns a aplaudirem o desrespeito a soberania nacional, a vontade do povo, a violação da Constituição de República.
É bem notável a irresponsabilidade do sentido de estado da parte dos alguns políticos esfomeados, sem escrúpulo e dignidade, que de uma forma escandalosa estão a forjar tudo contra a vontade do povo; Presidente da Republica rejeitado por povo, e Presidente da Assembleia Nacional Popular sem quórum.

NUBIDADE DITA NA PRAÇA BISSAU, BONITO DITA NA SALA DI GUMBÉ, tudo na tentativa de eliminar o PAIGC (maior partido).
Eliminar o PAIGC, é fazer mais do que o impossível, porque continua a merecer a confiança do povo, O PAIGC uso arma para libertar o País, mas nunca vai usar armas para intimidar o seu povo, como o PRS e Comando Militar esta a fazer para intimidar o nosso povo, os nossos antigos combatentes que de uma forma livre querem manifestar os seus desagrados para com atual situação politico militar no país.

Para desafiar os que estão a apoiar o desrespeito a vontade do povo, ignorar a soberania nacional que tanto custou os nossos antigos combatentes, a violação sistemática da CR em troça de uma política prostituída, o casamento Nhamadjo-Koumba-Comando Militar, não durará por muito tempo, porque talves duas mulheres na mesma casa conseguem partilhar único marido, mas dois maridos dificilmente conseguem partilhar a única mulher, se não um dos maridos vai ter usar a saia, quem será?

A voz já se ouvi em alto, nas negociações para a escolha do PM, a decisão final esta marcada mas sem segurança, a espera do contingente do CEDEÃO, para reforçar a segurança de uma garganta, cuja corda esta preparada quase para se enforcar. PR de transição enforcar ou deitar para ser servido e violado, a escolha é tua! O nome de Paulo Gomes, suou e bem a coração dos muitos guineenses que confiaram na PEGA TESSU SUMA MESINHO VIDA, enquanto para a ala radical do PRS que nada sabem e nunca vão saber, querem inviabilizar a sua nomeação, porque o Paulo não vai deixar para que seja usado e violado por PRS como o PR de transição, e PR por sua vez, bem e sabe que não goza da popularidade do povo, nem tem a capacidade intelectual para os desafios que o futuro reservou, afincadamente quer um suporte do Paulo Gomes. Estamos a espera do resultado de NOIBA SARADO, SI WOLOLO NA SAI Ó NAU.

JOÃO S. MONTEIRO

Raimundo Pereira e Carlos Gomes estão já em Lisboa, e serão recebidos pelo PR portiguês, Cavaco Silva


O Presidente da República interino e o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, depostos no golpe de Estado de 12 de Abril, chegaram esta quarta-feira de manhã a Portugal, disse à agência Lusa o embaixador guineense, Fali Embaló. «Sim, já chegaram. Estamos no aeroporto», disse o embaixador, contactado telefonicamente pela Lusa. Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior estavam na capital da Costa do Marfim, Abijan, desde o dia 28 de abril, para onde se deslocarem após terem sido libertados pelos militares golpistas, após vários dias de cativeiro.

O chefe de Estado português, Cavaco Silva, vai receber esta quarta-feira à tarde o Presidente da República interino e o primeiro-ministro da Guiné-Bissau. Numa nota de agenda divulgada esta manhã, é apenas referido que o encontro decorrerá às 15:00, no Palácio de Belém. Entretanto, fonte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) disse também à Lusa que os dois governantes depostos vão ser recebidos às 17:00 por representantes dos países-membros na sede da organização lusófona, em Lisboa. LUSA

O PAIGC não pode e nem deve escolher o Primeiro-Ministro, porque a luta continuao


 

Caro Profeta Aly,


Acabo de ler uma triste notícia, que dá conta que, o dito Presidente da Transição (PT ) manteve, hoje à tarde, um encontro com a Direcção do PAIGC, onde instou-a a escolher o nome do futuro Primeiro-Ministro “fantoche” da Transição planeada por CEDEAO. Começo por dizer, que a proposta ora formulada, não passa de um mero maquiavelismo politico, e sem escrúpulo, que visa legitimar o CNT e o golpe de estado. O “JOAQUIM” ainda não percebeu que o povo, não o quer sentado no trono que deve pertencer só os que foram sufragados na urna, não usurpadores. Seria óbvio, se colocassem Paulo Mendes ou Malam Sambú, segundo as conveniências do PT e do Mohamed Iala. O PAIGC, mais do que nunca não deve dar guarida ao golpista Nhamadjo, afastando de lado, qualquer proposta que não seja o retorno do “status quo ante”, que passa pelo retorno da ordem constitucional que vigorava antes do maldito golpe. Caso, o PAIGC vier a cair no intento do PT e dos seus comparsas, vai desiludir sobremaneira os que, até agora, sobre ameaça de Antonio Injai, lutam diariamente sem pedir nada em troca, com um único propósito de ver o país, livre desse imbróglio sem precedente causado pelos oportunistas, que sem a força das armas nunca vão chegar ao poder. Por isso, o PAIGC, deve manter firme na sua posição inicial, sem olhar pelo “curo de cabra ou de lagartixa”, deixando assim “ o dito cujo, cacará” levar adiante a sua ambição desmedida, que está matando lentamente esse povo tão martirizado. O Comando Militar e os Comandos não Militar, devem perceber, de uma vez por todas, que o “vil” golpe de estado não pode constituir “panaceia” para a resolução dos problemas ora instalados na Guiné-Bissau. Para finalizar, volto a pedir com toda a veemência ao PAIGC, para não se deixar levar por bando dos javardos, e porque acabará por ferir com um golpe rude a esperança que o povo guineense deposite nele.

Bem-haja!

Viva à Democracia!

Viva os que legitimam poder na urna!

Lisboa, 15 de Maio 2012

Pansau Quadé

Guiné-Bissau - Situação de desespero

Caro Aly

Agradecia que publicasse no teu blog, caso seja possível, o e-mail abaixo reencaminhado, em meu nome, uma vez que os seus autores não querem ser identificados.

Abraço.


ESTE É UM PEDIDO DE DESESPERO, AJUDEM-NOS DESDE FORA, FAÇAM VER QUE A NOSSA SITUAÇAO AQUÍ PENDE DE UM FIO. ESTAMOS ASSUSTADOS.

NAO PODEMOS FALAR POR TELEFONE, HA ESCUTAS E TUDO O K DIZEMOS É COM O MEDO DE SERMOS OUVIDOS, NAO PERGUNTEM NADA SE FALARMOS. EM SEGUIDA VEM ALGUEM À TUA CASA BUSCAR-TE OU AMEAÇAR-TE.

TEMOS MEDO PORQUE NAO PODEMOS EXPRESSAR-NOS, NAO PODEMOS MANISFESTAR-NOS E NEM PODEMOS REUNIR-NOS EM GRUPOS.

SENTIMOS-NOS COMPLETAMENTE OPRIMDOS E SUFOCADOS. POR ISSO PEDIMOS A TODOS VOCÊS GUINEEENSES  QUE ESTAO FORA NO ESTRANGEIRO E PODEM GRITAR, GRITEM POR NÓS,QUE SEJAM A NOSSA VOZ LÁ FORA E DIVULGUEM O K SE ESTÁ A PASSAR. AJUDEM-NOS A FAZER CHEGAR A NOSSA VOZ AÍ FORA.

PEÇO-VOS USEM AS REDES SOCIAIS, O FACEBOOK E  DIVULGUEM ESTA MENSAGEM:

“BASTA DE VIOLÊNCIA NA GUINÉ-BISSAU. O POVO NAO AGUENTA MAIS”.

PEÇO A AJUDA DE TODOS QUE RECEBEREM ESTA MENSAGEM QUE SAO DA MINHA CONFIANÇA, QUE APAGUEM O REMITENTE E ENVIEM A MENSAGEM AO MAXIMO DE PESSOAS DA COMUNIDADE GUINEENSE NO EXTERIOR PARA QUE TOMEM UMA POSIÇAO, QUE GRITEM POR NÓS QUE NAO PODEMOS FAZE-LO.

ESTAMOS SUFOCADOS, ANGUSTIADOS E TEMOS MEDO DAS REPRESÁLIAS.

TODOS OS QUE PARTICIPAMOS NA CAMPANHA ESTAMOS AMEAÇADOS, ESTAMOS CONTROLADOS E SOMOS VIGIADOS.

SENTIMOS UM SUFOCO TAO GRANDE QUE REVOLTA.

NEM UMA MARCHA PELA PAZ NOS PERMITEM FAZER…

GRITEM POR NÓS… AJUDEM-NOS A FAZER O MUNDO SABER QUE ESTAMOS CANSADOS… QUE NAO PODEMOS CONTINUAR ASSIM.

CHEGA DE VIOLÊNCIA NESTE PAÍS.

OBRIGADO

Amará Jaurá
Eng. de Electrónica e Computadores"

O CONFLITO ENTRE O INDIVIDUALISMO E A CIDADANIA


 
Colocando conceitos jurídicos de lado, existe uma diferença enorme entre o indivíduo e o cidadão. A diferença é tão grande que não é raro estes dois entes entrarem em conflito no foro íntimo de uma pessoa. Ou seja, uma só pessoa pode carregar dentro de si um conflito entre o indivíduo e o cidadão.

Os dois conceitos são tão distintos que nascem em momentos diferentes. O Individuo nasce após uma gestão de nove meses, em determinado dia, hora, minuto, segundo, local, país de origem etc. Depois recebe um nome, com identificação completa, com todas as informações genealógicas consignadas numa certidão de nascimento, já o cidadão é tido como resultado de uma construção constante para o exercício contínuo de boas práticas, imbuído de princípios e valores humanos fortes, que transcendem aos seus interesses individuais. Enquanto a vida do indivíduo termina com a morte da pessoa, o legado do exercício da cidadania sobrevive e estende-se às gerações vindouras.

O indivíduo quando é bem educado e conscientizado torna-se um cidadão. Caso contrário, pode transformar-se num individualista. Aí tudo piora, pois este pensa somente no seu eu, sobrepõe seus interesses a quaisquer outros de caráter coletivo, passa por cima de tudo e de todos para conseguir o que quer, ou, o que acredita merecer. Aliás, o individualista acha sempre que merece ter tudo do bom e do melhor, mesmo sem grandes sacrifícios em termos de trabalho justo e honesto. Ao passo que o cidadão pensa e age de modo a não prejudicar ninguém, pauta a sua conduta dentro dos limites éticos, coloca-se no lugar das pessoas antes de emitir qualquer opinião ou tomada de quaisquer decisões, sabe separar o público do privado, norteia as suas ações de modo a trazer resultados positivos sem olhar a quem.
Enquanto o individualista é capaz de lançar mão a qualquer expediente espúrio para satisfazer o seu ego, aliás, o ego do individualista é geralmente grande, o cidadão pondera sobre as consequências dos seus atos antes de esboçar qualquer passo ou ação.

O individualista também é aquele que participa em qualquer pleito prevendo apenas um resultado. A vitória. O resultado adverso é sempre encarado como algo defraudado. Quando vence, costuma a supervalorizar a sua vitória e humilha o derrotado. Enquanto que o cidadão tem consciência de todas as variáveis que envolvem qualquer pleito, seja social, profissional ou político, encarando o resultado sempre com sobriedade. Quando perde, tem a altivez de reconhecer a derrota e não tenta desvalorizar a vitória do vencedor. Em caso de vitória, não humilha o derrotado e tenta dar um verdadeiro sentido à sua vitória, com a consecução dos propósitos que o levaram a pleitear o cargo. O individualista regozija-se com os infortúnios alheios, e, se puder tenta tirar proveito da situação. Enquanto, que o cidadão se compadece com problemas alheios, e, se puder tenta ajudar.

Na vida pública, o individualista visa o poder e tão somente o poder e não mede os esforços para alcançá-lo. Não importa os meios. Nunca diz não, a qualquer possibilidade de ascensão ao poder. Para ele o poder é um fim e não um meio para a realização do bem comum. Aceita de pronto qualquer que seja oferta de cargo ou benesses que satisfaçam o seu apetite insaciável, mesmo que para isso tenha que atentar contra a vontade popular.

Ao passo que o cidadão toma as dores do povo. Reconhece que não adianta ter o poder sem ter respeito do seu povo. O cidadão prefere ter legitimidade popular para sentir-se confortável no cargo. Pensa sempre nas soluções capazes de minimizarem as aflições do povo. O individualista quando chega ao poder geralmente torna-se no mínimo populista e hipócrita. Não tarda a se tornar um corrupto e prepotente. Já o cidadão faz do poder um instrumento para realização de políticas públicas responsáveis e duradouras. O cidadão torna-se um verdadeiro estadista. O individualista nos regimes democráticos faz tudo pensando nas próximas eleições enquanto que o cidadão faz tudo pensando nas gerações vindouras.

A construção da cidadania é complexa, por envolver vários fatores que vão desde a base familiar, aos ímpetos naturais das pessoas, complementados pela formação acadêmica e cultural. Porém, há muita gente com formação superior, mas com fraco senso de cidadania. Abraça causas pouco nobres visando exclusivamente o proveito próprio. Da mesma forma existem pessoas com pouco ou nenhum grau de escolaridade, mas que dão lição de cidadania a certos “doutores” da nossa praça politica.

O melhor retrato da realidade é que os países que hoje ostentam melhores índices de desenvolvimento são aqueles que construíram cidadanias fortes. As pessoas nessas sociedades agem com um grau elevado de consciência coletiva. A sua capacidade de indignação perante injustiças é tão grande que pouco importa a vítima, quiçá contra a vontade popular.
Assim, para o nosso país precisamos construir uma cidadania forte, baseada na nossa realidade. A tarefa é difícil, mas necessária para que no futuro não tenhamos pessoas pensando em golpes e contragolpes de estado e nem aceitando cargos públicos que o povo lhes negou nas urnas.

Alberto Indequi
Advogado e Empresário

Presidente da República e Primeiro-Ministro, depostos por um golpe de Estado, chegam hoje a Lisboa provenientes da Costa do Marfim. AAS

O Presidente da República interino e o primeiro-ministro da Guiné-Bissau depostos no golpe de Estado de 12 de Abril chegam hoje a Portugal, vindos de Abidjan, na Costa do Marfim, disseram à Lusa fontes da CPLP.
As mesmas fontes da Comunidade Países de Língua Portuguesa (CPLP) referiram que a deslocação a Lisboa destina-se a «estabelecer contactos». O Presidente da República interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, derrubados pelo golpe de Estado em 12 de abril, em Bissau, encontram-se na capital da Costa do Marfim desde o dia 28 de abril, para onde se deslocarem após terem sido libertados pelos militares golpistas, após vários dias de cativeiro. Lusa

Lis(boa) ideia! Abraços. AAS

ÚLTIMA HORA: O editor do blogue 'ditadura do consenso' é um dos passageiros do voo da TAP que descola daqui a pouco em direcção a Lisboa. Obrigado a todos. O blog, esse, continuará a ser o primeiro. Sem golpes baixos e sem truques. AAS

terça-feira, 15 de maio de 2012

Olá: Se alguém te disser que não vale a pena LUTAR, desconfia e foge desse alguém. A resistência de todo um Povo acabará por ser reconhecida. Merecemos, TODOS, viver em paz na nossa querida Pátria - a Guiné-Bissau. António Aly Silva

EUA emendam a mão?!...



Os Estados Unidos esclareceram a sua posição face à Guiné-Bissau a qual já não passa pela aceitação de Serifo Nhamadjo, como presidente interino. Continuam, no entanto, a recomendar o diálogo como solução preferencial para a crise suscitada pelo golpe militar do ano passado. Segunda-feira, o Departamento de Estado americano disse que Washington saudava “a nomeação negociada pela CEDEAO de Serifo Nhamadjo como líder de um governo de transição". E prosseguiu uma porta-voz: "Exortamos todas a partes a aceitarem-no e a cooperarem para que haja estabilidade, primado da lei, democracia, prosperidade e respeito pelos direitos humanos na Guiné-Bissau".

Na terça-feira, a diplomacia americana diz, e citamos um porta-voz oficial: “Os Estados Unidos tomam nota que a CEDEAO parece ter alcançado um acordo sobre formas de restaurar o primado do direito constitucional e da democracia na Guiné-Bissau”. Esperando mais pormenores, o Departamento de Estado diz que “muito trabalho precisa de ser feito para criar um plano de acção atempado que respeite o direito constitucional e inclua todas as partes”.

Sustentando que "antes de se considerarem outras opções devem ser esgotados todos os esforços para ser alcançada uma solução negociada", a porta-voz oficial afirma que a missão da ONU em Bissau e a CPLP podem ajudar a Guiné-Bissau a restaurar o primado da lei e a reconciliação nacional”. No mês passado, após o golpe, os Estados Unidos exigiram a reinstituição do governo deposto e a conclusão do processo eleitoral, e suspenderam quase três milhões de dólares em ajuda externa Essa ajuda só será reposta quando a secretária de Estado confirmar a tomada de posse de um governo democraticamente eleito, o que é exigido pela lei americana.

Porta-voz do MNE português: "Regime 'instalado' na Guiné-Bissau não respeita o Estado de Direito"

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros português disse hoje à Lusa que o regime "instalado" na Guiné-Bissau "não respeita o Estado de Direito" por impedir a saída do país a 58 pessoas, entre as quais membros do Governo deposto.

"Esta atitude de impedir o direito fundamental de circulação tomada pelos autores do golpe militar prova bem, interna e internacionalmente, que o regime instalado em Bissau não respeita elementos básicos do Estado de Direito e que não tem qualquer intenção de estabelecer uma sociedade democrática", disse à Lusa Miguel Guedes, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Sobre o apoio dos Estados Unidos à nomeação de Serifo Nhamadjo como presidente interino da Guiné-Bissau, defendida pela Comunidade Económica Estados da África Ocidental e criticada pela CPLP, o porta-voz não fez qualquer comentário.

O Comando Militar, que tomou o poder na Guiné-Bissau a 12 de abril, emitiu uma ordem que proíbe a saída do país a 58 pessoas, entre as quais os membros do Governo deposto e dirigentes do partido no poder, o PAIGC. A ordem, com o carimbo do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, é datada de 09 de maio e é despachada para ser cumprida em todos os postos de fronteira do país. "Por ordem do Comando Militar, as pessoas cujos nomes se encontram abaixo discriminados não podem sair do país até que seja emitida uma outra ordem que desmerece a presente, isto é, quando o país voltar plenamente à tranquilidade", de acordo com o documento de duas páginas, a que a agência Lusa teve acesso na segunda-feira.

Confrontada com a lista, fonte do Comando Militar disse desconhecer a origem da decisão, embora não a coloque em causa. A lista é encabeçada por Adiatu Djalo Nandigna, antiga ministra da Presidência do Conselho de Ministros e porta-voz do Governo, e integra, por exemplo, os nomes de Manuel Saturnino Costa, primeiro vice-presidente do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), Iancuba Indjai, secretário executivo da Frenagolpe (coligação de partidos e associações que contestam o golpe de Estado), ou Lucinda Barbosa Aukarié, antiga diretora geral da Polícia Judiciária.

Todos os membros do Governo deposto têm os nomes na lista, embora alguns já se encontrem fora do país. Ainda que não sejam membros do Governo, alguns conselheiros do primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, também constam na lista, que tem circulado em Bissau, nos últimos dias. O nome de Desejado Lima da Costa, presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) está igualmente na lista, bem como o do deputado e empresário Braima Camará, presidente da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS).

E com razão...

"Senhor Aly Silva:
 
Obrigado pelas notícias que vai enviando no DC, pois, de outra maneira, já não saberia de nada do que se vai passando na martirizada Guiné. Como esperava - por já ser habitual nestes casos em que a pessoa ou o país "não conta" - fala-se durante uns dias e depois tudo esquece. É o caso. Leio diáriamente vários jornais e ouço notícias em dois emissores e a Guiné não "existe".
 
Entretanto faz-me confusão o facto de, quase sempre, nos seus escritos, dizer que o golpe foi em 12 de Março. Será por achar que já foi há tempo de mais?
 
Paciência e coragem.
 
Obrigado!
 
Ramiro"

M/R: E tem toda a razão. É que já são tantos golpes, que um gajo se perde... Abraço

Sem perdão

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou hoje que a «Operação Manatim» permitiu «salvaguardar» a comunidade portuguesa na Guiné-Bissau «perante um golpe de Estado» e que «os portugueses nunca perdoariam» se o Governo não tivesse agido. Em declarações aos jornalistas no final de uma audição à porta fechada na comissão parlamentar de Defesa, Aguiar-Branco disse que após o fim da missão é o «momento de prestar contas» e defendeu que o envio da Força de Reação Imediata (FRI) para a costa ocidental africana foi uma decisão «competente e exigente» do Governo.

«Os portugueses nunca perdoariam se Portugal não tivesse a capacidade de, perante um golpe de Estado noutro país onde existe uma importante comunidade portuguesa, salvaguardar os interesses e as vidas dos cidadãos portugueses nesses países, isso é que ninguém compreenderia», advogou. A operação militar «Manatim» para o eventual resgate de cidadãos portugueses da Guiné-Bissau teve um custo total de 5,7 milhões de euros e envolveu quatro meios navais, dois aviões e mais de 1000 militares durante cerca de três semanas.

Questionado se os portugueses entendem a realização de uma operação militar sem que tenha sido resgatada qualquer pessoa, Aguiar-Branco respondeu que «o Governo, interpretando o sentimento do povo português, agiu como tinha de agir». «A operação de acautelar e salvaguardar a comunidade portuguesa na República da Guiné-Bissau ou em qualquer outra parte do mundo tem de merecer por parte do Governo e do Estado português uma resposta como esta, de forma absolutamente competente e exigente», acentuou.

José Pedro Aguiar-Branco considerou que «do ponto de vista da decisão política» a operação «foi adequada porque era o que tinha de acontecer para salvaguardar a comunidade portuguesa» e do lado militar «a configuração da força foi projetada com coerência» pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA). O governante adiantou que os 5,7 milhões de euros gastos nesta operação, principalmente «em combustível e pessoal», serão «acomodados» pelos três ramos eliminando «um conjunto de exercícios que poderão não ser necessários fazer».

«É feita uma operação real e por se fazer esta operação não haverá necessidade de fazer outras que têm em vista a qualificação e o treino dos ramos», explicou. Interrogado se caso haja um agravamento da situação na Guiné-Bissau é possível o reenvio da FRI, o ministro da Defesa respondeu que «não está nada mais previsto», assinalando no entanto que esta força militar «está sempre com capacidade para poder agir caso haja necessidade de salvaguardar as vidas e os interesses dos portugueses em qualquer parte do mundo».

Aperta-se o nó...

O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, instou hoje a direção do PAIGC a indicar um nome que possa ser analisado para ocupar o cargo de primeiro-ministro, disse aos jornalistas Augusto Olivais, secretário nacional do partido. Augusto Olivais falava aos jornalistas à saída de uma audiência que uma delegação do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) manteve hoje com Serifo Nhamadjo, para a busca de solução de saída da crise que o país vive desde o golpe de Estado militar a 12 de abril passado. "O Presidente da República, como tem estado a ouvir todos os partidos, fez-nos a proposta de o PAIGC indicar um nome ou nomes para a sua apreciação", para o cargo de primeiro-ministro, disse o secretário nacional do partido. LUSA

ONU exige exige o restabelecimento das autoridades legítimas e conclusão do processo eleitoral

Um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a Guiné-Bissau impõe sanções aos autores do golpe de Estado de 12 de abril e exige o restabelecimento das autoridades legítimas e conclusão do processo eleitoral interrompido. Enviado por Portugal e Togo aos restantes membros do Conselho de Segurança, o texto, a que a Lusa teve acesso, exige que o Comando Militar que realizou o golpe tome "medidas imediatas" para a "reposição da ordem constitucional", através da "libertação das autoridades ainda detidas" e "restabelecimento das autoridades legítimas" do país. Estas medidas incluem ainda "assegurar que todos os soldados regressem aos quartéis, abrindo caminho à conclusão do processo eleitoral", refere o texto, que será negociado agora pelos 15 países membros, e ainda deverá ser sujeito a alterações. LUSA

Lista - A verdade da mentira



Então, senhores golpistas da CEDEAO, onde estão os nomes do:

- Koumba Yalá
- Serifo Nhamadjo
- Henrique Rosa
- Afonso Té

Se lá está o nome do SERIFO BALDÉ, o comparsa dos outros quatro... AAS

EXCLUSIVO A Lista dos golpistas sancionados




lista  1

lista  2

lista 3

PROIBIDA QUALQUER REPRODUÇÃO EM SITES OU BLOG'S. AAS

Ich bin ein a berliner

A Alemanha continua a "exigir o regresso à ordem constitucional na Guiné-Bissau e a condenar veementemente o golpe militar" de 12 de abril, disse hoje à Lusa um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros em Berlim. "A nossa posição quanto à Guiné-Bissau mantém-se", adiantou a mesmo fonte, remetendo para as declarações da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros alemã, Cornélia Pieper, em comunicado de 13 de abril. No documento, a responsável do executivo germânico condenou "veementemente" o golpe e lamentou que "os desenvolvimentos positivos para estabilizar a democracia na Guiné-Bissau tenham sido interrompidos por este ato inconstitucional e violento". LUSA

Em que ficamos?

Caro Aly

Na sequência da Notícia divulgada pela VOZ DA AMÉRICA fui ao "site":http://www.state.gov/r/pa/prs/ps/2012/index.htm  do Departamento do Estado dos EUA confirmar se realmente os EUA tinham reconhecido Nhamadjo como presidente, sem sucessos. O Departamento de Estado não publicou nenhuma notícia relacionada com a Guiné-Bissau nos últimos dias. Há uma campanha de desinformação dos apoiantes dos golpistas no sentido de enfraquecer a luta das pessoas que estão contra golpe. Continua a sua missão de divulgar o que se passa na Guiné-Bissau sem dar ouvido aos fracassados. Os golpistas e políticos de meia-tigelas só terão sucessos nos seus intentos se os sindicatos levantarem a greve decretada por um tempo indeterminado. Gostaria de saber qual é o político que aceitaria governar o país sem apoio dos funcionários públicos? Os dirigentes do PAIGC  devem ser persistentes e constantes nas suas reivindicações, caso contrário vão legitimar o golpe de estado. CORAGEM ALY NO SEU TRABALHO. VIVA FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS.

Abraço.

AMARÁ JAURÁ (SIAJA)
Eng. de Electrónica e Computadores

Sentimento

Sentimento!



Não há mais nada que se possa fazer. A decisão está tomada, os atores posicionados, os militares da CEDEAO a entrarem, portanto o pragmatismo deve prevalecer. Não vale a pena lamentações, é preciso olhar para a frente e ter esperanças que daqui a um ano tudo volta ao normal. Eu, durante esse período, típico de “Vacatio Legis”, suspenderei a minha qualidade de cidadão guineense, porque não tolerarei um Presidente e um Governo imposto por via das armas. A minha consciência é livre e a minha dignidade e honra deverá ser coerente, como aqueles que em consciência votaram numa maioria, independentemente da personalidade ou ideologia. Não exercerei os meus direitos que a Lei da República me confiou, mas cumprirei com os deveres e obrigações para com o País que me viu nascer e de que me orgulho pela simplicidade e humildade das suas gentes. A vontade do povo é soberana mesmo num regime ditatorial. Neste momento sou um clandestino face as Leis da República!

 
Com os melhores cumprimentos,
 
Luís B. V.
Expert Consult Investment Project

A resposta da Embaixada dos EUA, em Dakar, a propósito do suposto apoio aos golpistas...


Please find our official position here.  You can attribute this to the spokesperson at the U.S. Embassy in Dakar.

The United States welcomes reports that the Economic Community of West African States (ECOWAS) appears to have reached agreement on a way forward towards restoring constitutional rule of law and democratic principles to Guinea-Bissau.


We welcome ECOWAS’ negotiated appointment of Manuel Serifo Nhamadjo as leader of a transitional government.  We call on all stakeholders to accept him and work together towards bringing stability, rule of law, democracy, prosperity, and respect for human rights to Guinea-Bissau.

We look forward to learning further details.  Much work must be done in the transition to create a timely action plan that respects constitutional law and includes all national stakeholders.  Efforts to reach a negotiated solution should be exhausted before considering other options.

Thank you for calling to verify.  We are always happy to assist.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

NOVA SONDAGEM DC: Manifeste-se aqui já que não pode fazê-lo na rua... Vote. AAS

Os cinco da vida airada



"Caro Aly Silva,

Permita-me congratular com a sua posição de negação de qualquer entidade (Presidente da República e Governo), “filhas” da recente relação amorosa entre a CEDEAO e o Comando Militar. Ainda não se consegue descortinar o macho e a fêmea nessa mais recente relação amorosa, mas não deixa de importar ao povo guineense saber quem domina e quem é a dominada nessa relação algo promiscua, para podermos precaver essencialmente os direitos da nossa pátria e do nosso povo. Essa sua atitude pública só lhe dignifica como um cidadão que ama a sua pátria e que não se importa de enfrentar quaisquer consequências relacionadas com a sua convicção pessoal e patriótica.

É com base nessa sua posição que queria questionar á maioria do povo guineense que, quando foram chamados a cumprir um dever democrático, escolheram o candidato do PAIGC (provavelmente nem foi o seu caso!) como Primeiro-Ministro e, posteriormente, como potencial Presidente da República da Guiné-Bissau. Será que pretendem ficar quietos, subservientes e aceitarem essa verdadeira afronta á democracia e total desrespeito a vontade popular? Ou assumirão em conjunto uma posição de desobediência civil e demonstrar ao recente casal (CEDEAO/ Comando Militar) que, NA GUINÉ-BISSAU AINDA MANDA O POVO GUINEENSE E A VONTADE POPULAR DEVE SER RESPEITADA, ANTES DE QUALQUER INTERESSE DE OUTROS PAÍSES...?

Queria deixar aqui algumas questões ao 'Presidente' de Transição (Serifo Nhamadjo) e aos pseudo-constitucionalistas do espaço virtual que tanto reclamaram pela suposta inconstitucionalidade da candidatura do Cadogo Jr. à Presidencia da República e agora desdobram-se em palavreados para tentar justificar e oficializar actos que mais não foram que um rasgar da constituição em plena luz do dia, na praça pública:

1. Um suposto democrata que não aceita a escolha do candidato do seu partido às eleições presidenciais, através da votação com as mãos no ar, aceita encabeçar uma farsa na Assembleia Nacional Popular, sem a participação do partido com a maior representação parlamentar, aliás o mesmo partido que lhe confiou esse cargo e que depois retirou-lhe a confiança politica!? O mesmo indíviduo que apelava por métodos verdadeiramente democráticos no seio do seu partido, de seguida pactua-se com os golpistas que subtrairam e continuam a subtrair diariamente direitos mais básicos aos cidadãos?

2. O Sr. Serifo Nhamadjo, os outros 4 candidatos derrotados na primeira volta e, ainda, os pseudo-constitucionalistas do espaço virtual, que tanto reclamaram da inconstitucionalidade da candidatura de Cadogo Jr. às eleições presidenciais, queria perguntar-lhes como classificam hoje, a privação de toda a liberdade a que foram submetidos as mais altas figuras do país e outros membros do governo? Como classificam esta vergonhosa solução que a CEDEAO e os golpistas estão a cozinhar para a Guiné-Bissau? Chamam a isso constitucionalidade ou ditadura encobrida? Como classificam a inibição da manifestação pública pelos cidadãos, imposta pelo denominado Comando Militar? Constitucionalidade ou Ditadura encobrida?

3. O Sr. Serifo Nhamadjo acha que está a prestar um grande serviço à sua pátria, quando manipula a situação para que seja nomeado Presidente de Transição de um país e de um povo que manifestou de forma clara nas urnas que não era o candidato desejado para dirigir os destinos do país no próximo mandato? Eu, pessoalmente, teria vergonha de aceitar esse cargo. Mas, como ao Sr. Serifo Nhamadjo não é uma pessoa de bem e interessa-lhe apenas chegar ao poder, seja por que via for, não hesitou em fazer tudo para lá chegar, mesmo que a votação tenha sido feita de "bunda pa riba", ou de braço entre as pernas! O que importa a este oportunista é ser Presidente da Guiné-Bissau, nem que seja por um dia, quanto mais por um ano...

4. Como é que o Sr. Serifo Nhamadjo acha que um Presidente da República e um governo saído dessa “Ditadura encobrida” vai conseguir gerir o país e garantir o mais básico das necessidades da população, com a maioria dos países do mundo a não pactuar com essa solução e a imporem sanções a qualquer solução que não contemple a reposição da ordem constitucional? Coitado do povo!!!

5. Relativamente à recente lista publicada de indíviduos que não podem sair do país, o Comando Militar importa-se de explicar ao povo quais foram os critérios utilizados para essa selecção de nomes? Ou estamos apenas a assistir a mais uma "caça as bruxas"? Será que existem excepções para que esses indíviduos possam ausentar-se do país? Ou o país passou de repente a ter condições de saúde para dar resposta a todo e qualquer problema de saúde que algumas dessas pessoas padecem e que lhes obriga a controlo regular no estrangeiro? Ou o Comando Militar e o Presidente da República por eles indigitados assumem as devidas responsabilidades pelo eventual agravamento do estado de saúde e pela própria vida de todos os indivíduos constantes dessa lista? Não sei se têm consciência, mas também, quer o Comando Militar, quer o governo da Costa de Marfim, estão a aceitar as devidas responsabilidades sobre o estado de saúde e a vida de Cadogo Jr e Raimundo Pereira. Não lhes importa o risco de se transformarem em assassinos por omissão ou impedimento de acesso a cuidados? Mas, se não se importam que todo um povo passe restrições de bens essênciais, para que consigam chegar ao poleiro, não admira nada a completa ausência de sensibilidade para as questões de saúde desses indíviduos... São gentinhas com esse moral que querem a todo o custo dirigir um país!!!

6. Relativamente à investigação dos assassinatos de Nino Vieira, Tagmé Na Waie, Helder Proença e Baciro Dabó, querem indiciar Cadogo Jr. como principal suspeito da autoria moral desses assassinatos? E os autores materiais onde andam!? A comandar golpes de estado e outros assassinatos? Não são chamados à responsabilidade? Quanto ao assassinato de Nino Vieira,  se sabe-se que foi o denominado batalhão de Mansoa que o assassinou, porque ainda não foi ouvido e até detido o então comandante do mesmo batalhão!? Estão ansiosos a procura da autoria moral desses assassinatos, mas tentando encobrir os autores materiais? Mais vergonhoso é ver os intelectualóides do espaço virtual a entrar nesse jogo sem mínimo de razoabilidade! Se Cadogo Jr. foi o autor moral, que seja castigado, mas que os autores materiais não fiquem impunes, nem continuarem a assumir altos cargos no aparelho do estado. O povo guineense não pode permitir que isso aconteça. A essa gentinha, só lhes interessa neste momento “assassinar” politicamente Cadogo Jr, protegendo a aqueles que torturaram Nino Vieira até a morte e aqueles que premiram o gatilho noutros casos... O povo deve estar alerta para exigir também o devido castigo aos autores materiais desses crimes. POVO KA DIBI DURMI. Sem os autores materiais, não pode haver autores morais!
 

Bem haja.   


Jorge Herbert"

Das duas, três!



'GOLPICIDAS' - A ser verdade a notícia veiculada esta tarde pela VOA (Voz da América) de que os EUA (através de alguém sem competência para tal) apoiam o 'presidente' da Guiné-Bissau imposto pela CEDEAO, então os golpes de Estado na Guiné-Bissau nunca acabarão. E quando ocorrer o próximo, a esmagadora maioria dos guineenses não vos darão sequer ouvidos. O guineense democrata, cansado, defender-se-á. Excusado será virem depois para cá com condenações ou 'tolerâncias zero'. O guineense deixou de contar com alguma comunidade internacional mesquinha e parcial. Selar-se-á o país, e trataremos uns dos outros. Para quê mesmo confiar nessa comunidade internacional, se deles só recebemos facadas nas costas? O crime, numa palavra: compensa.

VOU, NÃO VOU. AFINAL SEMPRE FOI. VÃO TODOS - Henrique Rosa, é o candidato empurrado por uma igreja católica cada vez mais na miséria e com o mesmo 'rebanho' desde há um século. Fora 'presidente da República de Transição' depois do golpe de Estado que depôs Koumba Yalá. É o hábito... Henrique Rosa, que sofreu uma derrota pesada nas urnas e caiu do pedestal...pode vir a ser nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros do 'novo Governo' fantasma. PARA MEMÓRIA FUTURA: Foi o próprio Henrique Rosa que disse, na presença dos outros quatro contestatários, durante uma conferência de imprensa: "Por uma questão de ética(!) nós [os cinco contestários] não aceitamos nenhum cargo". Ouvimos todos e engolimos em seco. Das duas, três: ou o candidato do bronze não terá ouvido, ou não fez caso, ou andam, os cinco, a gozar connosco - o que me deixa zangado.

AGUENTAS - Assim são chamados, agora, os apoiantes civis do golpe de Estado de 12 de março. O nome, recorde-se, remonta à fatídica guerra civil de 1998/99, e foi dado às milícias treinadas na Guiné-Conacry, para defender Bissau - o último reduto de 'Nino' Vieira. No assalto final a Bissau, muitos morreram durante a tomada da capital pela Junta Militar comandada pelo brigadeiro Ansumane Mané, que foi depois assassinado durante o 'reinado' de Koumba Yalá. Os que sobreviveram foram feitos prisioneiros, detidos, e, posteriormente libertados, numa cerimónia bastante mediatizada.

E O 'PRIMEIRO'? - Parece que o 'primeiro-ministro' será de recurso, e não de consenso. Já ouvi falar em quatro nomes, mas não divulgo nenhum. O que sei, e tem-me tirado o sono, é isto: como irá o 'primeiro-ministro' e o seu 'Governo' buscar dinheiro à Europa, se todos eles serão alvos de sanções? Bom, mas como existe a Western Union e a Money Gram...

Boa noite. AAS