segunda-feira, 11 de junho de 2012

O eixo Conakry-Niamey reforça-se



O Presidente nigerino Mahamadou Issoufou esteve na Guiné-Conakry, e foi acolhido no aeroporto de Conakry-Gbessia pelo Presidente Alpha Condé. As 10h os dois homens chegaram à Casa dos Hospedes de Belle vue, onde tiveram um encontro de mais de duas horas.

Os dois Presidentes partilham ligações solidas de longa data desde os tempos, em que, os dois eram antigos dirigentes da FEANF (Federação dos Estudantes da Africa Negra Francesa) e, hoje Chefes de Estado dos respectivos paises depois de um longo periodo de oposição. Entre outros assunto abordados, pelos dois Chefes de Estado, foi a situação na sub-região.

Nos seus discursos, os dois Presidentes não ocultaram as questões sub-regionais, nomeadamente as crises politicas no Mali e na Guiné-Bissau. O Presidente Issoufou preconisa a unidade : «A Africa deve reforçar a sua unidade. A hora chegou para que os nossos paises assumam a responsabilidade dos nossos problemas comuns de forma colectiva. Devemos reforçar o nosso quadro de integração a todos os niveis. A nossa região é confrontada com inumeras ameaças. Nos temos o maior interesse em assumirmos posições comuns fortes e orientadas no sentido da defesa da integridade do territorio maliano e a salvaguarda da democracia nesse pais».

Mesmo se o Presidente Condé acha que Conakry e Niamey defendam as mesmas posições, a suas abordagens face as questões sub-regionais e africanas, parecem diferentes : «Nos somos contra os golpes de estado no Mali e na Guiné-Bissau, nos recusamos de reconhecer o capitão Sanogo, nos também recusamos que lhe atribuam o titulo de antigo presidente.

Nós recusamos reconhecer o governo que estão em vias de impôr ao povo Guineense. E o Povo que deve designar o seu Presidente. Qualquer pessoa que obtenha 47% ou 49% na primeira volta não pode ser descartado para impôr outras pessoas que foram seus candidatos na primeira volta. Hoje o mundo inteiro nos da razão sobre a nossa posição. Nos dissemos em Dakar que, se devia intervir militarmente em Bamako como a Africa do Sul fizera no Burundi para assegurar a segurança dos homens politicos. Tal atitude é tanto mais justificavel, se tivermos em conta o que se passou depois. Como se pode entrar num Palacio presidencial e maltratar/agredir um Presidente ? Nos tinhamos dito que se devia intervir militarmente para expulsar as forças islamistas do norte e assegurar a segurança do Mali »

Diao Barry/Le Jourguinee/Le Jour

Direito em causa


A possível reavaliação pela Faculdade de Direito  de Lisboa, devido à situação política na Guiné-Bissau, do apoio que dá à  Faculdade de Direito de Bissau está a preocupar os alunos da instituição  guineense. A 16 de Maio, o Instituto de Cooperação Jurídica da Faculdade de Direito  de Lisboa, instituição que criou há mais de 20 anos e apoia a Faculdade  de Direito de Bissau, emitiu um comunicado em que ressalva que a Faculdade  de Direito da Universidade de Lisboa não tenciona abandonar o projecto da Faculdade  de Direito de Bissau, mas ainda assim "reserva-se ao direito de reavaliar  a sua disponibilidade para a participação no projecto de cooperação da Faculdade  de Direito de Bissau".  

O comunicado sublinha que a continuidade dos apoios dependerá da evolução  da situação política na Guiné-Bissau, onde se realizou a 12 de Abril um  golpe de Estado, e também das decisões que o Estado português venha a tomar  relativamente a sua cooperação com o país. Em Bissau, numa visita à Faculdade de Direito, a Agência Lusa constatou  a preocupação entre os alunos com a possibilidade do abandono do apoio proveniente  de Lisboa, que é tema recorrente nos corredores da instituição. "Esta Faculdade é a menina dos olhos da cooperação portuguesa. Mas se  um dia Portugal deixar de apoiar-nos não quero pensar no que vai ser de  nós", dizia o aluno Pedro Sambu, da Faculdade de Direito de Bissau.  

Os receios dos alunos devem-se à dependência da Faculdade de Direito  de Bissau desde a sua fundação - em 1989 -- em termos financeiros, científicos  e pedagógicos da Faculdade de Direito de Lisboa. O golpe de Estado na Guiné-Bissau foi condenado pela generalidade da  comunidade internacional. Portugal defende a reposição da normalidade constitucional  e o regresso ao poder dos dirigentes depostos e a concretização das eleições  presidenciais, interrompidas pelo golpe militar. Na Guiné-Bissau foram entretanto nomeadas autoridades de transição,  com apoio da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental, mas não  reconhecidas pela restante comunidade internacional. AngolaPress

Blind(agem)



"Caro Aly Silva,

O tal todo-o-terreno V8 foi doado à Guiné-Bissau no âmbito do combate ao narcotráfico, foi cobiçado pelo General Antonio Injai porque é blindado, para além de possuir algumas extras. No momento são dois no país, para além do antigo ministro de Justiça, também o Representante Especial das NU, Joseph Mutaboba, tem um igual.

Abel Djassi"

Panha-panha



"Caro Aly,

Não há quem seja mais fácil de apanhar quanto aos membros do comando militar. Têm filhos espalhados por todos os cantos do globo.

Basta começar a operação de rapto e muita coisa mudará. 

Aliás, ninguém mais morrerá ou sofrerá sem que o comando militar sofra na pele as mesmas desgraças que trouxe ao país. É chegada a hora da acção directa.  

Mantenhas para quem luta!

A verdade liberta!

Guiné Lanta"

Os maus filhos da terra



Continuo a ver guineenses a discutir Cadogo Jr. Vs António Indjai, CEDEAO vs Angola/Portugal, ordenados dos antigos combatentes vs ordenados dos ministros do governo legítimo! Fogem, uns de forma intencional, outros por ignorância, do que mais nos devia preocupar e ser motivo de debate sério e aberto, que é o direito, a liberdade e o poder do povo, que neste momento estão suprimidos na nossa pátria! Parece que essa discussão não interessa a ninguém neste momento! Quando esses itens não são assumidos como o cerne da questão guineense, qualquer discussão ou opinião estão condenadas, logo a partida, à infertilidade…

Como é que um guineense poderá defender um denominado “Comando Militar” que amputa outros guineenses dos seus direitos mais básicos, como o direito a escolher os seus líderes e de se manifestarem!? Como é que um guineense pode apoiar um Presidente da República que não foi escolhido nas urnas e que é mais que óbvio que participou na orquestração do golpe de estado de 12 de Abril e tornou-se apenas um sócio e marioneta de um louco e alcoólico que tem o sonho de balantizar o poder na Guiné-Bissau!?

Que patriotas são esses que dão eco à publicação de um “sítio” de um suposto partido politico (PRS), onde consta ofensas a outro estado (Portugal) e ao seu Ministro de Negócios Estrangeiros!? Devo lembrar que, com essa publicação, esse partido assume a sua coautoria no golpe de estado de 12 de Abril, devendo esse mesmo texto ser usado como prova para pedir sanções internacionais aos seus dirigentes… Esse partido insiste num discurso completamente caduco, procurando em Portugal o bode expiatório para os problemas guineenses, quando os principais problemas para a Guiné-Bissau e para os guineenses de bem, de há uns anos para cá, estão perfeitamente identificados e chamam-se PRS e a classe castrense. Têm a pouca vergonha de afirmar que, “desde que o mundo é mundo, quando a nossa casa arde são os vizinhos que se socorrem e se preocupam.

Não é por acaso que em África, os vizinhos são tidos como irmãos”, para justificarem o pacto que fizeram com a CEDEAO. Esqueceram-se que foram os vizinhos do Senegal que, em 1998, vieram incendiar a “nossa casa” e matar os nossos irmãos, apenas para que Nino Vieira se mantivesse no poder!? Hoje, são esses vizinhos que forjaram um presidente e um governo fantoches, desrespeitando a vontade popular e os apelos dos nossos parceiros internacionais e, continuamos a ver alguns guineenses a aplaudir isso, como se a luta para atingirem o principal objetivo que é o assassinato politico de Cadogo Jr., justifica tudo, até manter refém e humilhar o próprio povo!

Quando atacam Portugal, façam favor de olharem para o país nosso irmão, Cabo-Verde, que nasceu no mesmo dia que a Guiné-Bissau, mas que sacudiu o complexo do colonizado e tem em Portugal um dos principais parceiros de cooperação e está a caminhar pelos seus pés, passos largos, rumo ao desenvolvimento. Apesar da escassez de recursos naturais, o nosso "irmão gêmeo" (Cabo-Verde) ocupa a posição 133ª no Índice de Desenvolvimento Humano (Dados de 2011), estando entre os países classificados como "Médios", no que toca ao mesmo índice. Nós, estamos orgulhosamente na 176ª posição, junto com países considerados com índice de desenvolvimento humano "Baixo", tudo por causa de “santchundadi” de alguns maus filhos da terra. Não deixa de ser estranho que, entre as suas ex-colónias, Portugal tenha instintos neocolonialistas apenas para com a Guiné-Bissau! O problema estará em Portugal ou naqueles maus filhos da terra que querem continuar a manter o povo como refém?

Um dia, os guineenses perceberão quem são os verdadeiros maus filhos da terra, que usam falsos argumentos para darem golpes de estado, tentando ocultar o seus objetivos, que é manterem o poder e controlarem melhor os seus negócios ilícitos… Espero que, ao aperceber-se disso, o povo guineense saberá dar o devido tratamento a esses canalhas.

Jorge Herbert

domingo, 10 de junho de 2012

Ó Teresinha, dinhero d'Angola dja kaba....



Alguém pergunta: "O que é que a cooperação angolana (MISSANG) fez na Guiné-Bissau durante a sua estadia?". Bom, eu talvez não consiga enumerar, muito menos descrever as obras que estavam em curso. Mas falarei daquilo que sei, e que estava à vista. As obras (todas) já haviam começado - e isto é importante:

- Ministério do Interior e Comissariado da Polícia de Ordem Pública: obras de restauração, novas coberturas e ainda alguns edifícios de raíz;

- Brigada de trânsito: a pocilga que conhecíamos (cala-boca) foi deitada abaixo. Iam construir um edifício de raíz;

- Marinha de Guerra: Novo quartel, a começar pelas fundações, na antiga 'granja dos palestinianos', no caminho para Quinhamel;

- Cumeré, o quartel onde fiz a recruta, em 1987, foi completamente recuperado. Está como novo, e hoje estão lá os 'ocupas'...;

- Obras de grande intervenção em todos os quartéis do interior do País;

- Angola gastava, só em logística, cerca de 40 mil dólares/dia. No total, obras incluídas, gastaram mais de 10 milhões de dólares norte-americanos, mas a previsão era de 30 milhões USD;

- Só nas instalações da MISSANG, davam emprego a quase uma centena de guineenses, entre outros postos de trabalho indirectos;

- Todo o material bélico, dois helicópteros (onde pilotos guineenses recebiam treino), tanques e carros de combate, ficariam para as nossas forças armadas, para além da promessa de oferta de 6 aviões MIG-21, novos em folha, que um grupo de oficiais guineenses viu na sua deslocação a Angola (todos estes materiais eram do conhecimento das chefias militares, a quem foram apresentados, numa cerimónia no futuro quartel da marinha)

- Todos os quartéis, em Bissau, seriam alvo de intervenção profunda. As obras, desde que iniciaram, nunca sofreram qualquer paragem, estava tudo cronometrado.

Mas, tudo isso caiu por terra. Os empreiteiros estão pelos cabelos - perderão muito dinheiro; os operários da construção civil, idem aspas; os empresários do ramo dos inertes, idem idem.

E o resultado de tudo isto? Está à vista: Angola levou tudo, tudo! E agora? Fácil: a CEDEAO que pague o resto do que falta fazer. AAS

Apoios para legitimação dos golpistas saiu...furado


As autoridades de transição da Guiné-Bissau têm-se movimentado no sentido de obter apoios e legitimidade. O Presidente Interino Serifo Nhamadjo efectuou ontem e hoje vários encontros no país e o chefe da diplomacia guineense realizou um périplo regional. O 'Presidente da República' e o 'Ministro dos Negócios Estrangeiros' de transição procederam ambos a diligências diplomáticas, a nível nacional e internacional, respectivamente.nManuel Serifo Nhamadjo movimentou-se na cena interna avistando-se ontem e hoje com o corpo diplomático acreditado em Bissau bem como com o Procurador-Geral da República e com o 'Primeiro-Ministro' para lhes dar conta das principais linhas orientadoras das autoridades de transição que preside.

Já Faustino Imbali, 'chefe' da diplomacia guineense, movimentou-se na cena internacional efectuando um périplo regional que o levou à Guiné-Conacri, ao Burkina-Faso, à Costa do Marfim e ao Senegal. Faustino Imbali expressou à RFI a determinação das autoridades de transição em fazer do dia 12 de Abril a data do último golpe de estado da história do país. Em Dacar, reuniu-se com o corpo diplomático acreditado em Bissau mas com residência no Senegal. Tal foi o caso de Luis Mariano Montemayor, núncio apostólico para a Guiné-Bissau, Cabo-Verde e Senegal, que, em entrevista à RFI, realça o facto de não haver consenso internacional sobre a situação da Guiné-Bissau.

Corroborando a ideia de que ainda  não há consenso externo, Domingos Simões Pereira, secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), afirmou hoje que a reunião dos parceiros internacionais sobre a crise na Guiné-Bissau, realizada ontem em Abidjan, na Costa do Marfim, não produziu medidas concretas. Todavia, Domingos Pereira referiu que foi muito debatida a aplicação da resolução 2048 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que aplicou sanções à Guiné-Bissau e que se avançou no sentido de convocar uma reunião de alto nível por parte da ONU.

Domingos Pereira anunciou que essa reunião realizar-se-á, previsivelmente, na semana de 18 a 21 de Junho e que permitirá sentar à mesa negocial as instituições multilaterais que se têm envolvido na resolução da questão guineense, ou seja, a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO),  CPLP, a União Africana (UA) e a União Europeia (UE). Recorde-se que as autoridades de transição, lideradas pelo Presidente Serifo Nhamadjo e pelo Primeiro-Ministro Rui Duarte Barros, embora negociadas com a CEDEAO não são reconhecidas pela restante comunidade internacional, nomeadamente pela CPLP e pela União Europeia.

RFI, com a colaboração de Cândido Câmara, em Dakar

Olho por olho



CAROS IRMÃOS,

PARA COMBATER UM TERRORISTA, TEM QUE SE UTILIZAR OS MESMOS MEIOS E MÉTODOS QUE ELE PRÓPRIO UTILIZA. NESTE MOMENTO, NA GUINÉ-BISSAU, ESTAMOS A LIDAR COM TERRORISMO DE ESTADO. ESTE TIPO DE TERRORISMO CONSISTE NA UTILIZAÇÃO, POR PARTE DO GOVERNO, DE MÉTODOS ILEGÍTIMOS PARA INTRODUZIR O MEDO NA POPULAÇÃO CIVIL PARA ALCANÇAR OS SEUS OBJECTIVOS. TEMOS UM EXEMPLO CLARO DA ACTUAÇÃO DO GOVERNADOR DA PROVÍNCIA (SERIFO NHAMADJO) E DO COMISSÁRIO PRINCIPAL (RUI DUARTE DE BARROS).

IRMÃOS,TEMOS QUE IDENTIFICA-LOS PERSEGUI-LOS E CAÇA-LOS COMO SE CAÇAM POMBOS.

VAMOS À LUTA!!!

TCHARLES PANAQUE"

sábado, 9 de junho de 2012

"Filhos da Puta" ... Gostei


"Filhos da Puta"
Intróito:
A poesia, em princípio,
pode contribuir para que o animal Homem seja mais humano.
Cada poema pode ajudar à sua maneira.
Esta é a minha maneira.
Sei que pode causar espanto,
(nem sempre sou poeta do azul e das estrelinhas)
mas pode ajudar.

Ponham a hipocrisia de lado.
Aqui vai:

“Filhos da Puta”
podia eu chamar a quem a inocentes anda a roubar,
mas não,
a gente não deve ser cretina,
porque todos os “Filhos da Puta”
são também criação divina!..
e com Deus não se deve brincar!

“Filhos da Puta”
podia eu chamar a alguns filhos de Deus,
que permite a filhos seus outros irmãos explorar,
mas não,
ao fim e ao cabo,
talvez Deus me dissesse que tais “Filhos da Puta”
não são filhos seus, mas sim do Diabo!

“Filhos da Puta”
podia eu chamar aos filhos do Diabo,
por permitir que filhos seus matem,
escravizem,
e ainda por cima se ficam a rir,
mas não,
talvez o Diabo me dissesse
que tais “Filhos da Puta” são filhos da Tentação!

Afinal,
de quem são os "Filhos da Puta” que por aí há?

Podem não ter pai!
Podem não ter mãe!
Mas que os há,
lá isso há!:
Muitos “Filhos da Puta”
sem que esta tenha culpa!

Silvino Taveira Machado Figueiredo, em 'Líricos do Campus'

E, assim, lá foram os angolanos da MISSANG, considerada "uma saída triste" pelo vice-embaixador de Angola em Bissau


Os últimos 96 militares da missão de Angola na Guiné-Bissau (Missang) deixaram hoje Bissau, pondo termo à cooperação técnico-militar do governo de Luanda. Com o fim da missão ficam também cancelados os apoios que Angola estava a dar à Guiné-Bissau, nomeadamente na construção e remodelação de infraestruturas de defesa e segurança.

«Todos os financiamentos que tinham sido preparados para o projeto militar com a Guiné-Bissau estão interrompidos», disse hoje aos jornalistas, na sede da Missang, o encarregado de negócios de Angola em Bissau, Luís dos Santos. O governo angolano interrompeu a Missang (missão técnico-militar na Guiné-Bissau de apoio à reforma do setor de Defesa e Segurança) na sequência de atritos com as forças armadas guineenses. É, segundo Luís dos Santos, uma «saída triste», porque acontece «num momento de grandes problemas» na Guiné-Bissau. «A Missang esteve cá ao abrigo de um acordo entre os dois países e a sua interrupção acontece por acontecimentos políticos internos», disse o responsável, acrescentando que ainda assim a missão angolana «cumpriu o seu papel» e sai «com o sentimento do dever cumprido».

As últimas componentes da Missang, militares e material, partiram em três aviões angolanos, um Boeing e dois Ilyushin (de carga) e a saída foi supervisionada pela ECOMIB, Força da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) que está no país, na sequência do golpe de Estado de 12 de abril passado. Gninga Barro, o chefe da ECOMIB, esteve no aeroporto de Bissau a despedir-se dos últimos homens da Missang. A força angolana, constituída por cerca de 200 militares, estava num antigo hotel de Bissau, um edifício comprado pelo governo de Angola e que a partir de segunda-feira passa a ser a embaixada de Angola na Guiné-Bissau. LUSA

Denúncia I - Para os militares que recebem mal


"Caro Aly,

Sou militar de carreira, colocado no Estado Maior General das Forças Armadas desde 1997. Sou um oficial superior (não general) e vi-te na Amura no dia em te espancaram e te trouxeram ao comando. Lamento imenso, mas nada podia fazer se não contemplar.

Que a sociedade civil e a associação de músicos não se deixem enganar por aquela operação de charme do general António Injai que vi ontem na nossa TV, porque o responsável número 1 pelo estado em que se encontra os nossos quartéis, é o próprio Injai.

Perguntem-no quanto levanta dos cofres do Estado a cada 3 meses com o propósito de comprar géneros alimentícios e combustíveis? Mais de 540 milhões de FCFA (mais de um milhão dólares), sem contar com o dinheiro de representação, prevenção...falando de prevenção: sabe que só na altura da primeira volta das eleições o CEMFA apresentou ao Governo um orçamento para prevenção de mais de 700 milhões de FCFA (quase um milhão e meio de dólares) e o Governo como sempre pagou, mas menos do que foi solicitado...agora pergunto: todo esse dinheiro não seria suficiente para melhorar a dieta alimentar nos quartéis, reparar as casernas...se o general António Injai tivesse escolhido essas acções como prioritárias? Mas não, prefere encher o seu bolso e os do círculo das pessoas que lhe rodeiam, enquanto os soldados passam mal...

Triste, triste é o general, hoje, atirar todas as culpas ao Governo deposto, quando é ele o responsável número 1 dessa situação. Tudo isto é triste e acontece nas nossas barbas. Mas tudo chegará ao fim, creio, não tarda nada.

Muito obrigado pela atenção que possa dar a este meu desabafo.

A."

Denúncia II


Caro Aly Silva,

Venho por este meio e utilizando o seu valioso site denunciar mais um crime em progresso pelo dito defensores da legalidade - COMANDO MILITAR.

Há já dias, encontra-se numa oficina, na segunda rua que da a Pefine, depois da Segunda Esquadra, a viatura V8 branco do antigo ministro de Justiça Mamadu Djalo Pires a ser pintado de azul. É fácil reconhecer a referida viatura devido a armadura de proteção em frente dos faróis. Os moradores do referido bairro estão indignados, cada um comenta mas nada podem fazer, bem nada mesmo? Por isso decide fazer essa denuncia. Dizem o pessoal da oficina que é a mando de António Injai que estão a fazer trabalho e de que a viatura agora lhe pertence. De referir também que uma viatura Nissan Patrol novo pertencente ao antigo Primeiro-Ministro Carlos Gomes foi trocada a matricula agora com uma vermelha das FA e quem anda com a referida viatura é o Comandante de Pará-Comandos Julio Nhate.

Apoiado


"SE A CPLP ACOLHER OS NOVOS DIRIGENTES (FALSOS E ILEGAIS) DA GUINÉ-BISSAU NA CIMEIRA DE MAPUTO NO DIA 20 DE JULHO PRÓXIMO, É PORQUE ESTAMOS PERANTE UMA LEGALIZAÇÃO DO GOLPE. DEVE-SE FECHAR AS PORTAS A TODOS OS "VIGARISTAS."

SEUS VIGARISTAS!!!

Tcharles Panaqye"

Escreve o filho de um combatente da liberdade da Pátria


Caro amigo Aly,

Tomo a liberdade de te escrever solicitando a publicação deste meu artigo no teu/nosso blog, unica voz credível que nos resta de nos intercambiar na denúncia da brutalidade que se vai praticando na Guiné-Bissau.

Sou filho de um Combatente da Liberdade da Pátria imbuido dos principios do sacrifio e do amor à Patria que o meu falecido Pai me ensinou em vida, por isso (embora tenha estado presente na reunião que o General convocou), faco questão de te escrever, porque é a unica via que entendo poder dar respaldo a minha posição e creio de muitos Antigos Combatentes presentes nessa reunião. Assim, solicito a tua compreensão dar a minha voz no teu famoso blog. Não pretendo defender ninguém, porquanto, não devo nada a ninguém, mas tão so, querendo respondender rebatendo e desmascarando em termos civilizados e com factos o General Antonio sobre as suas falsas declarações sobre os Antigos Combatentes da Liberdade da Patria. Penso que, dando-me essa oportunidade poderei esclarecer aos Camaradas do meu Pai, quem na verdade anda a a engana-los com mentiras e falsidades.

Sem saber qual o destino daras ao meu pedido, antecipadamente te  agradeço, aproveitando encorajar-te na firmeza da nossa luta comum pela dignidade do Povo Guineense.
ABT

PS : se não fôr abusar demais da tua paciência e compreensão, caso este meu artigo seja publicado... gostaria de poder responder, também educadamente a um "Senhor" que nessa reunião teve o descaramento de intervir. Estou a falar do "Sr." Manuel Maria Santos, vulgo "Manecas". Se o olhar matasse...

Sem mais caro irmão, se me permitir, o obséquio, segue o meu artigo.

AS MENTIRAS DO GENERAL

No dia 6 de julho 2012, presenciei atónito o discurso do General António Injai na Plenária da ANP aquando da reunião com os Antigos Combatentes da Liberdade da Patria (ACLP), surpreendentemente convocada por ele, para segundo as suas palavras, prestar « esclarecimentos sobre os motivos do golpe de estado de 12 de abril 2012 » (deve ter sido a décima versão apresentada).

Confesso-vos que, a pessoa em si e a tal reunião em nada me interessavam, mas acabei por ir, quiçá «atirado» pelo instinto do meu sub-consciente, reactivando-me a memoria, de sempre querer contrariar (no bom sentido), o meu falecido Pai, também ele, Antigo Combatente da Liberdade da Patria, que estou certo, estando vivo, não punha os pés nessa reuniao, nem com a baioneta às costas.

Quis assim o destino e lá fui, nada motivado, mas também nada contrariado... fui porque...fui !.

Porém, gostaria de esclarecer de que, comento este assunto porque, primeiro, sou filho de Combatente da Liberdade da Patria e como tal senti-me atingido e humilhado com as patéticas afirmações do General Antonio Injai e, segundo, porque estou seguro que, caso o meu Pai estivesse vivo, não lhe faltaria essa reacção a que me proponho apresentar se me fôr permitido pelo Aly, que é : dizer a verdade, sem querer defender ninguém... apenas a verdade para combater a mentira oportunista. E, vamos aos factos,

Salão a compor-se aos poucos, as pessoas presentes entre-olhavam-se desconfiados uns para os outros, como se quisessem justifica : «porque razão estou eu aqui?». Mas, como disse, como por telepatia da nossa velha «contrariedade com o meu Pai», dei comigo no hemiciclo guineense (alias, espaço interessante e mal empregado, para albergar tantos deputados  de QI = 0 ao quadrado), talvez, com a missão divina de, entre os nossos reencontros ocasionais na «passarela das almas», poder contar-lhe as peripécias surrealistas dessa reunião, pois contado eu não acreditava, mas estava lá à frente do bicho..., desculpem "homem"ouvin-do a vociferar incongruências atras de asneiras..., foi de partir a tampa. Assiste e, convenci-me de que pessoas falsas na terra, pior que Judas.

Certo é que, no fim, esse sacrificio não foi em vão, pois valeu à pena no fim das contas. Por um lado, revi os camaradas de peito do meu falecido Pai, os quais pude abraçar por conta "dele" e trocar as civilidades de sempre e, mais que isso (mas, com muita magoa por não mais poder fazer), poder desejar-lhes boa saude e coragem, porquanto a maioria deles, pena-se com o peso da idade e saude debilitada e, por outro lado, permitiu-me ver de perto, melhor, «conhecer», lendo o caracter do General Antonio Injai. Ele falou de tudo e mais alguma coisa, mas acabou por não dizer NADA aos Antigos Combatentes que não sejam besteiras para tentar justificar o injustificavel. Uma falta de respeito sem adjectivos.

Repito que, essa partida que o destino errante pregou-me, deu-me a oportunidade de conhecer de perto, uma nulidade de pessoa enquanto ser humano, vi um coisa a minha frente..., uma coisa, no pedestal da ignorância a esvaiar-se de ideias vazias, com um discurso hipocrita, sem principios baseado na banal retorica da mentira (desculpem a falta de educação).

O General Antonio Injai, faltou o respeito aos Antigos Combatentes da Liberdade da Patria (ACLP) e esta a gozar com a dignidade e honra dos mesmos, sejam os vivos ou os mortos.

O General Antonio Injai, mente descaradamente, quando diz que, os ACLP recebem uns miseros 14.000 Fcfa (um pouco mais de 21 Euros). O General mente, porque na verdade, foi graças a Carlos Gomes Junior (soldado colonial segundo as suas palavras), é que os ACLP passaram a receber 30.000 Fcfas, quase 48 Euros como salario minimo de base, pois ha ACLP que recebem de longe muito mais, dependendo dos cargos e funções que tenham desempenhado no passado e, no seu caso, caso fosse neste contexto para a reforma não receberia menos de 450 Euros (muito dinheiro para um carniceiro). Mais ainda, esses miseros dobros de CFA's agora recebidos eram pagos regularmete todos os meses pelo Governo de Carlos Gomes Junior.

O General Antonio Injai mente, quando diz que, Carlos Gomes Junior (CGJ), não respeita os ACLP. Pode-se provar que, não houve, nenhum Chefe de Governo (e houve muitos ACLP Chefes de Governo), que mais respeitou, ou defendeu os interesses dos ACLP que CGJ. Não enunciarei nomes por uma questão de respeito pelos Camaradas do meu Pai, mas sei que, CGJ, tem tomado por sua conta propria e encargo centenas de ACLP que lhe tem solicitado apoio quase diariamente, seja em bens materias, medicamentos, evacuação médica e sanitaria, pagamentos de rendas, enfim, uma infinidade de carências de um pais necessitado em tudo.

Muitos orfãos e viuvas de ACLP, indescriminadamente da sua raça ou estracto social têm beneficiado de gestos de CGJ, pagando ele, com meios proprios bolsas de estudo internos (nas Universidades e Institutos guineenses) e, ajudar mais de uma centena de entre eles a conseguir aceder a bolsas de estudos dados por paises amigos, proporcionando-lhes ir estudar para o estrangeiro, casos de China, Cuba, Venezuela, Turquia, Marrocos etc..., possibilidades que, sem o seu « cunho » e empenho pessoal, nunca consegueriam.

O General Antonio Injai, engana e goza com os ACLP, escondendo-lhes as verdades que o comprometem. Essa atitude vergonhosa do AI, demostra que ele pessoalmente, não tem moral para falar mal de CGJ, para mais, usando a mentira e a calunia para tentar ludibriar os seus Camaradas sobre as suas verdadeiras motivaçãoes tribais do seu desastroso golpe de estado.

O General Antonio Injai, esconde muitas verdades que o comprometem seriamente, senão vejamos :

- Os filhos de AI beneficiaram até às vesperas do 12 de abril de substanciais apoios de CGJ, indo desde bolsas de estudos a apoios materiais e monetarios diversos;

- Pelo menos, um dos filhos de AI a seu pedido, foi proposto com colocação garantida por CGJ num posto importante, escolhido pelo General, mas para a qual, o General desistiu a ultima, segundo ele, para «não dar que falar»;

- Consoante os pedidos formulados pelo General, muito dos seus amigos e familiares, beneficiaram igualmente de apoios e, ou influências de CGJ para acederem a algo ou beneficiarem de alguns dividendos financeiros;

- O General AI recebe mensalmente um subsidio igual a dos Ministros da Republica, valor acima de 3 milhões de Francos Cfa's (aproximadamente 4.600 Euros) ???. Muitas vezes, alegando imperativos familiares, esses montantes eram-lhes pagos antecipadamente... e na hora pelo Ministro das Finanças, José Mario Vaz;

- O General AI, vezeiro, usava sempre a situação de "instabilidade" e "movimentações suspeitas" para criar situações virtuais de "prevenção" e, assim sutirar ao erario publico, quase trimestralmente (isto é, sempre que tinha necessidade de dinheiro), dezenas de milhões de Francos CFA's (valores, entre 25 a 30 milhões de FCFA's, ou seja entre pouco mais de 38 mil euros e quase 46 mil euros). Desse dinheiro, uma infima parte era utilizado para criar fachadas de "prevenção" com "rondas nocturnas" esporadicas e, o resto do dinheiro ia para o seu bolso directo, recebendo as outras chefias militares, naturalmente alguma parte para lhes "calar a boca";

- O General AI, esconde aos ACLP, de que, de cada vez que visita semanalmente (no minimo 2/3 vezes) o Primeiro Ministro CGJ, tem sempre uma historia penosa para lhe contar, para assim sair com alguns milhoões escondidos no bolso do seu dolmem militar. Em cada encontro, conhecendo o caracter sensivel do PM, sempre lhe contava uma historia, seja de enterro, « toca choro », fanado, mau-olhado ou outro qualquer para lhe sacar uns milhões.

Este acedia aos pedidos, não por medo dele como muitos pensam, e ele mesmo assim o pensa, mas, mais para não suscitar animosidades na sua mente complexada. Alias, fontes proximas do PM, chegaram a confidenciar de que, este em varias ocasiões desabafou, de que, o General estava a "exagerar" no mamanço, porquanto na maior das vezes, tirando os aspectos operacionais da "segurança do Estado" em que era dinheiro do Estado, o prejuizo saia do seu bolso. So no periodo de dois meses que antecederam as eleições presidênciais, por varios motivos invocados, o General AI, recebeu do erario publico e também das mãos do PM, Carlos Gomes Junior, mais de 350 milhões de FCFA's, isto é acima de 500 mil euros;

- CGJr pagou do seu proprio bolso, varios tratamentos e evacuações médicas de familiares ou prôximos de AI, entre eles, destinos como, Portugal, Cuba e Dakar..., não por obrigação ou medo, mas por uma questão de principio e respeito;

- O General AI, apesar de mentir aos ACLP de que não tem dinheiro nos bancos, comprou recentemente uma belissima casa no Senegal (Zona da VDN) onde passaram a residir os seus filhos e alguns familiares (para além dos filhos em n° de 4, essencialmente, sobrinhos, cunhados e afins da mesma tabanca) que estão por Dakar a estudar, outros ainda em França. Sabe-se que qualquer estudante, para estar relativamente à vontade em Dakar, mesmo possuindo uma casa, como é o caso, entre pagamento de estudos e alimentação AI não deve gastar menos de 100 mil Fcfa por cabeça, mais àgua e luz. O numero de pessoas que estão albergados na sua residência ultrapassam as onze pessoas, entre os vais-e-vens diarios de comer e repousar;

- O General AI, alegando a situação dos filhos no Senegal, para além do recurso ao CEMFA Senegalês, recorrentemente, solicita apoio financeiro ao CGJ para fazer a face a alegados encargos e subsistência com os seus familiares. E, este tem sempre deferido aos seus repetidos pedidos ;

Por fim, para além dessas verdades escondidas, os ACLP deviam perguntar ao General Antonio Injai, o seguinte :
Para além do conforto de lhe garantirem a sua segurança (alegava que iriam mata-lo caso aceitasse a vinda da missão Angolana a Bissau), quanto recebeu de «Ankola nunca» como «cola» (prémio) de assinatura do pedido de vinda do contigente da MISSANG para a Reforma do Sector da Defesa e Segurança;

Quanto é, e quem fica com o dinheiro dos ACLP fantasmas que constam da lista de pagamentos das FA, montante que representa quase 23% da massa global da pensão dos ACLP? Esse gap misteriosamente indetectavel, permitiria melhor no minimo o salario desses seus Camaradas, em mais de 5 mil Francos CFA's, prefazendo mais de 50 euros;
Porquê, so agora lembrar deles??

Sugeria aos ACLP, convocar agora o Generalissimo AI e pedir-lhe satisfações das suas mentiras e trafulhices. Posto estes factos e quesitos, para os quais disponho de provas irrefutaveis, gostaria eu também que, o GAI viesse a publico voluntariamente, explicar aos seus Camaradas, como ele é um 'Ancien' Combatante, versão VIP (pois a sua ponta nada produz, a não ser um autêntico Paiol).

O General tem a palavra.

ABT

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Ponto sem nó



O secretário-executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, disse hoje que a reunião dos parceiros internacionais em Abidjan sobre a crise na Guiné-Bissau não produziu medidas concretas, mas mostrou otimismo em relação a uma saída comum para a situação do país africano. "Infelizmente não houve muita coisa concreta. Ficou evidente que continuamos a ter muita coisa a dividir-nos na avaliação da situação da Guiné-Bissau", declarou à agência Lusa o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Domingos Simões Pereira.
 
Os parceiros internacionais que tentam solucionar a crise político-militar na Guiné-Bissau voltaram a reunir-se na quinta-feira, em Abidjan, na Costa do Marfim. Segundo Simões Pereira, durante a reunião discutiram "muito sobre a aplicação da resolução 2048 do Conselho de Segurança da ONU (que aplicou sanções à Guiné-Bissau)" e avançaram "no sentido da convocação de uma reunião de alto nível por parte das Nações Unidas".
 
O golpe de Estado na Guiné-Bissau ocorreu a 12 de abril, na véspera do início da campanha para a segunda volta das eleições presidenciais. Um governo de transição, negociado com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), foi nomeado e deverá promover a realização de eleições no prazo de um ano. No entanto, as autoridades de transição -- lideradas pelo Presidente Serifo Nhamadjo e pelo primeiro-ministro Rui Duarte de Barros - não são reconhecidas pela restante comunidade internacional, nomeadamente pela CPLP.
 
"Durante as discussões, a orientação foi no sentido de, na semana de 18 a 21 (de junho), haver uma reunião de técnicos para preparar uma reunião de alto nível. Essas reuniões devem ser coordenadas no sistema das Nações Unidas, que em contacto com as partes, deverá criar as condições para esse efeito", informou hoje Domingos Simões Pereira. Em relação a essas reuniões, o responsável da CPLP destacou ainda que não foi possível estabelecer "como um compromisso escrito e assinado por todas as partes, porque o conjunto de propostas que uma ou outra parte fizeram não permitiu chegar a um consenso".
 
"Na verdade, essa reunião (de alto nível) seria, preferencialmente, para sentar à mesa aquelas instituições de caráter multilateral que têm assumido uma posição bastante mais forte em relação ao processo, portanto, CEDEAO, CPLP, União Africana, União Europeia, sob a coordenação das Nações Unidas", destacou. O secretário-executivo da CPLP mostrou-se otimista sobre o encontro de uma saída concertada entre as organizações multilaterais para a crise na Guiné-Bissau. "Estamos a falar de um assunto que tem a ver com um país, membro da nossa organização (CPLP), também membro de todas as organizações que participaram na reunião, com a exceção da União Europeia", indicou.
 
"Nós temos a obrigação de continuar a acreditar que agora, cientes das dificuldades e das diferenças em relação ao processo, temos de mobilizar outros recursos, outros apoios para tentarmos lá chegar. Penso que estas dificuldades são espelho da própria complexidade do processo", acrescentou. Segundo Domingos Simões Pereira, participaram na reunião em Abidjan todos os membros do grupo internacional de contacto para a Guiné-Bissau, que é copresidido pela CPLP e pela CEDEAO, incluindo representantes da União Africana, da União Europeia, da ONU, e vários países, como Brasil, Portugal e Cabo Verde.