domingo, 24 de janeiro de 2016

OPINIÃO AAS: Badjo di FUNPI...


O FUNPI - Fundo Nacional para a Promoção Industrial foi criado em 2010 pelo Governo do Carlos Gomes Jr. Na altura, JOSÉ MÁRIO VAZ (actual PR) era o ministro das Finanças. O FUNPI só faltou taxar o nosso mijo!

Dezenas de milhões dólares entraram nos cofres públicos!!! Desde a sua instituição, o fundo gerou muitas conversas - e suspeitas na mesma proporção - na pequena Bissau.

Então, em março de 2015, o Ministério da Economia e Finanças solicitou uma auditoria às contas do famoso FUNPI. Mas, o que é mesmo esse famigerado FUNPI? De quem é o dinheiro que está no FUNPI e onde é que está?

Para começar, dizer que o FUNPI é um imposto. E como nunca um imposto foi cobrado pelos privados, não pertence aos privados. O dinheiro é do Estado. Ponto final.

Então se é do Estado, o Estado tem toda a legitimidade de o utilizar como bem entender? Sim, tem, ainda que esse imposto seja pago por empresas privadas...Pois, mas é preciso saber que uma boa parte é dada aos privados (através da CCIAS) na sequência de um acordo destes com o Governo. E se por razões circunstanciais, o Estado necessitar desse dinheiro, pode muito bem utilizá-lo.

Mas então qual é o problema com o fundo FUNPI? Está tudo bem? IDRISSA DJALÓ, presidente do PUN, definiu-o assim, há duas semanas:

"Esse caso - FUNPI - é apenas a ponta do iceberg de todo um esquema de corrupção em que José Mario Vaz está envolvido com várias pessoas, entre as quais Braima Camara, na qualidade de presidente da CCIAS. Depositamos, enquanto colectivo de empresários, uma denúncia no Ministério Público, de todo o esquema de corrupção na CCIAS, envolvendo José Mario Vaz, enquanto ministro das Finanças, mas desde Abril até hoje ainda não ouvimos nada. As pessoas tem medo da auditoria internacional que o Governo mandou fazer sobre o Funpi. Mas é preciso esclarecer tudo. De cada vez que se fala nessa auditoria o Governo é demitido ou há um golpe de Estado. Não sei como é que o senhor Mário Vaz vai fazer se derrubar este Governo do PAIGC. Porque se demite o Governo e forma um outro numa junção do PRS com a ala dissidente do PAIGC, então seria um Governo em que o PRS será a cabeça, logo o Presidente estaria a patrocinar uma situação de golpe parlamentar em que um partido que não venceu as eleições forma Governo."

Em junho de 2013, depois de um auditoria, o FMI assegurava:

"Os Administradores saudaram a intenção das autoridades de aumentar a transparência da gestão do Fundo de Promoção à Industrialização dos Produtos Agrícolas (FUNPI)."

Um problema daqueles! O que se passa com o FUNPI é que, desde que esses fundos começaram a ser transferidos para a CCIAS, nunca mas nunca esta entidade prestou contas de como utilizou os milhões. De vez em quando, ouvia-se "governo tal tomou tantos" ou "o 'governo de transição' engoliu outros tantos". E é aqui que está o problema.

Daí o pedido para se fazer a auditoria. O principio fundamental da gestão da coisa pública é esta: dinheiro do Estado, quando é transferido para entidades não estatais, têm sempre que ser justificados, e a despeito de ser justificado, o Estado pode deixar de o transferir. Ponto final parágrafo!

Agora, convém que seja tudo devidamente esclarecido. Ainda não se sabe bem o que se passou, precisamente porque nunca a CCIAS prestou contas e agora, COM A AUDITORIA CONCLUÍDA...o ex-ministro das Finanças, hoje presidente da República, José Mário Vaz e o seu ex-conselheiro e presidente da CCIAS Braima Camara, não querem que se CONHEÇA A VERDADE.

O POVO QUER SABER! AAS