sábado, 2 de janeiro de 2016
Entendimento entre políticos facilitará libertação de fundos
O embaixador da Guiné-Bissau na ONU, João Soares da Gama, defende que a superação das divergências entre as instituições guineenses vai fazer com que o país receba rapidamente os fundos prometidos pelos doadores em 2015.
O diplomata explicou que o adiamento da aprovação, pelos deputados, do programa do Governo do primeiro-ministro Carlos Correia, em Dezembro, pode ter um impacto negativo para o país.
“É importante que as diferenças sejam de facto ultrapassadas no sentido de ser aprovado o programa do Governo, que está na forja neste momento, para podermos obter os fundos prometidos aquando da Mesa Redonda de Bruxelas.
Temos de fazer esforços complementares nacionais para que a comunidade internacional entenda que há diálogo, estabilidade e que o Governo é capaz de absorver os fundos prometidos pela comunidade internacional”, enfatizou o diplomata.
João Soares da Gama sublinhou que os 1,5 mil milhões de dólares em doações prometidos pela comunidade internacional e aplicados no desenvolvimento do país, podem “transformar de uma vez por todas a Guiné-Bissau”.
O diplomata disse esperar que todos os guineenses contribuam para que haja um entendimento pelo reforço da paz e da estabilidade política, através de um diálogo permanente e profundo.
O Mundo, afirmou, continua a acompanhar a situação da Guiné-Bissau e, além dos políticos, os guineenses devem contribuir para a estabilidade do país.
Para João Soares da Gama, o atraso na formação do governo e na aprovação do seu programa pode ser recuperado se forem removidos obstáculos levantados pelos políticos, que devem ter consciência de que “a comunidade internacional não vai continuar a esperar que troquem mimos, ao invés de se entenderem."