situação está socialmente explosiva em Bissau.
Nos bairros de Bissau iniciou-se uma revolta contra a falta de água e luz que prevalece há várias semanas. As pessoas são obrigadas a irem buscar água a poços sem nenhumas condições, provocando diarreias prolongadas e já surgiram os primeiros casos de cólera.
A bancarrota em que se encontra o Estado, completa o cenário de exasperação dos funcionários públicos que deixaram de receber os seus salários mensais, os quais apenas trazem para casa ….a fome.
Neste estado de coisas o general Indjai decidiu atirar as culpas para cima do governo e criar uma série de factos fictícios que lhe permitam justificar o golpe em preparação. Inventou o assalto ao quartel dos para-comandos, com o roubo de armas já recuperadas (sem que se saiba quem foi), e diz agora sentir-se ameaçado; culpa os políticos que integram o governo de serem uns corruptos, que apenas estão lá para “comer” o dinheiro que entra.
Orientados pelo eterno mentor teórico e espiritual dos militares, Delfim da Silva, Indjai prepara-se para constituir um governo só de militares, tendo como primeiro-ministro Daba Na Walna, enquanto Delfim será o único civil que manterá a pasta dos Negócios Estrangeiros ou irá para as Finanças.
A Guiné-Bissau será então uma ditadura pura e dura, em que passará a valer tudo, tão ao gosto do procurador-geral Abudú Mané, mais conhecido como o “procurador batatinha”, especializado em comédias de queima de “droga” (4 quilos), quando todos sabem que são toneladas as que passam mensalmente pela Guiné-Bissau. Consta que a especialidade do procurador é a de ralar batata para ficar em pó e ser confundida com cocaína.
E no meio disto tudo onde andam os militares da CEDEAO? Onde sempre estiveram. Em parte alguma! Apenas preocupados em proteger os empresários do Senegal, Costa do Marfim, Burkina e Nigéria, que neo-colonizaram o País desde o golpe de estado organizado e apoiado por eles.
E Ramos Horta? Esse anda a comer uns camarões gigantes que tanto aprecia, quando entre duas viagens ao estrangeiro passa por cá. Pasmalu