terça-feira, 1 de outubro de 2013

"Os camaradas estão a perguntar se é assim que se toma a independência"


Senhor Benvindo,

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Sr. Rui Barros: Demita-se e leve o seu 'governo' de marionetes junto. Saiam, desamparem a loja! Por uma vez façam uma coisa boa, um gesto nobre, um grande favor aos guineenses: entreguem o País ao António Indjai!!! Deixem-no governar! Já vi que tal como o desesperado CEMGFA, vocês também não pescam nada daquilo. GOVERNAR é para quem sabe, e tem regras. O povo é quem manda! São tão estúpidos que nem deram conta que todas essas greves são uma forma de PROTESTO contra o golpe de Estado de 12 de abril de 2012.

«Os camaradas estão a perguntar se é assim que se toma a independência.»

O País, a Guiné-Bissau independente há 40 anos, não é como a vossa casa, onde, em algumas - talvez não raras circunstâncias - comem com as mãos, dão um arroto sibilino. E até peidam. NÃO. Trata-se de um Estado.

Respondam aos camaradas!

Mas antes um conselho: saiam. Saia já daí. Saiam rápido. O António que forme um governo militar, que ande com os tanques na rua, que sobrevoe os céus 24 sobre 24 horas; O indjai que imponha uma ditadura do tipo Idi Amin no Uganda, que atire guineenses ao Pindjiguiti; que faça o diabo ao quatro, foda-se! Tenham vergonha e saiam, saiam já!. É o sol dele que está a arder - deixem-no aquecer. O Indjai, tal como eu e vocês, vamos passar mais tempo mortos, pá! Deixem-no divertir!

Este país, cuja terra e povo venero, dilacera-me o coração. Convém no entanto esclarecer que amo a Guiné-Bissau! E, talvez por isso, sinto-me repelido por ele. Odeio-o mas volto a amá-lo. Esta relação de amor ódio ainda hoje persegue-me. E levanta no meu cérebro suspeitas imemoriais, dúvidas estranguladoras, incertezas dolorosas...

Vivemos hoje, na Guiné-Bissau, o cúmulo da tirania: o individualismo dos mais fortes sobre os mais fracos - dura há anos e permanece. Ainda assim o Povo da Guiné-Bissau continua com medo. Terá a sua razão, mas cabe ao Povo a vontade e a acção da mudança. Há, porém, três coisas que não se podem esconder: o amor, o fumo e um homem montado num porco. Para bom entendedor...
Um atoleiro este, onde nos vimos enfiados. Que não nos falte nada já que a nós nos calhou tudo! Boa semana a todos.
AAS