sexta-feira, 4 de outubro de 2013

OPINIÃO/Movimento N'Salma: Daba Na Walna, o tiro pela culatra - Indjai que se cuide


"O esquema está montado. O general pensa ter tudo sob o seu controle (os afectos e os desafectos) e Prepara-se para dar mais um golpe de estado, só que o ainda homem forte das FA não sabe que o golpe desta feita é contra ele próprio.

Eis o 'plano Marshall' do cabecilha desta trama, Daba Na Walna:

1.ª Etapa

Daba Na Walna convence o cemgfa António Indjai a nova intervenção militar. Mostra-lhe como tudo vai mal (e na verdade até vai) e que será melhor contralarem tudo agora do que se sujeitarem a ser controlados a breve trecho. Na Walna defende que, a continuar assim, não tarda nada o governo vai agilizar com os yankees a detenção do cemgfa e restantes colaboradores. “É preciso agir rápido”, diz Daba ao chefe e... continua “serás o presidente de transição, formaremos um governo militar e efectuaremos nós a reforma do estado, pagaremos o salário atempadamente e assim a comunidade internacional nos irá apoiar, caso contrário vão nos entregar a todos aos americanos sob pretexto de sermos traficantes de droga”. Esta ideia é corroborada pela maioria dos oficiais hoje falidos e privados do comércio da “farinha colombiana”.

O General que nunca escondeu a sua forma violenta de estar na vida (há bem pouco tempo afirmou preferir catana para esquartejar os opositores do que usar a sua pistola, poupando assim munições, quem sabe lhe valerão para dar um tiro na própria cabeça), assim como nunca escondeu a sua apetência pelo poder desmedido não tardou a concordar com aquele que é um dos seus principais conselheiros (não obstante mandar surrá-lo de quando em quando para que este não extravase na confiança).

2.ª Etapa

Convencido da viabilidade de um novo golpe, o cemgfa está disposto a arriscar o pescoço ao mais alto posto da nação, assim, dá-se inicio a um conjunto de acções coordenadas com vista a atenuar os efeitos colaterais e preparar psicológicamente as populações para um eventual golpe militar, a saber:

 Forjam-se informações que apontam para uma intentona comandada do exterior;
 Assassina-se premeditadamente militares da etnia felupe (por nunca se terem manifestado a favor das suas barbáries, constituindo assim uma eventual força de bloqueio) por alegada tentativa de golpe;
 Monta-se um falso e premeditado alarme por suposto furto de armamento no quartel dos para comandos, dando azo a mais algumas detenções necessárias antes da acção final (pura cautela);
 E por fim, a mais antiga, acusa-se o Governo (que os mesmos instituíram) de ser corrupto e de estar a preparar a detenção ou assassinato das chefias militares.

3.ª Etapa, mas não a última – Tentativa de golpe militar:

o General ordena a intervenção militar (com o acordo dos demais como ele, indisciplinados e criminosos), ou seja, ordena ingenuamente a própria queda, pois escapa-lhe a “etapa zero (0)”, que na verdade é a primeira etapa do plano que se pensa de “mestre”. E qual foi o passo zero do pseudo-intelectual e aspirante a cemgfa, Na Walna?

Simples:

Na Walna e alguns oficiais que se reveem na contrariedade de seus discursos teriam negociado a cabeça do António Indjai com a CEDEAO (à qual Indjai agora é desafecto, tendo-os já verbal e publicamente atacado, chegando mesmo a ser insultuoso) em troca do apoio incondicional destes e o fim de hostilidades por parte da DEA e, é claro a cadeira de cemgfa para Daba Na Walna. Com isto, a CEDEAO pensa poder descalçar as botas do encalço norte-americano de um lado e, por outro, estar em condições de fechar a transição com a realização de eleições, sem beliscar os sobejamente conhecidos propósitos que a levaram a apadrinhar o golpe de estado de 12 de abril de 2012, ou seja, Interrupção dos grandes projectos nacionais, como o porto de águas profundas de Buba, a exploração do petróleo, a exploração da Bauxite, o fosfato e outros projectos que conjuntamente constituiriam a verdadeira independência e, desta feita num plano transversal, situação que faria eclipsar e quiçá desmoronar o sistema económico-financeiro senegalês que se apoia essencialmente na desorganização estrutural crónica da Guiné-Bissau sem descurar a questão geoestratégica de alguns países da CEDEAO que teme a proliferação de bases militares angolanas na África Ocidental, assim como o equilíbrio da balança comercial que a intervenção angolana na economia de países como Conacry e Guiné-Bissau começa a provocar na subregião, prevendo o ofuscamento das potências africanas mais antigas.

Contudo, nada garante o sucesso da operação montada pelo recem graduado Brigadeiro- General e Mestre em ciências jurídicas, Daba Na Walna, pois pode vir a faltar-lhe a astúcia que só se adquire depois da passagem por vários teatros de operações em contexto de guerra, coisas de que o DOC Daba não percebe patavina... Cuidado! Não va o general eleger-te como carne pro canhão dele, ou melhor, para a catana...
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Acção Democrática Popular
Movimento de N´Salma