O irmão do falecido candidato presidencial, Baciro Dabó, assassinado no dia 5 de junho de 2009 na sua residência, veio hoje, em conferência de imprensa, perguntar por que razão o processo dos assassinatos foi arquivado, e acusou directamente Samba Djaló e Zamora Induta: «Zamora Induta e Samba Djaló assassinaram o meu irmão», seguido de um desabafo «falei muito com o Samba Djaló na cela»...
De acordo com Iaia Dabó o guarda de serviço na residência do seu malogrado irmão «deu cobertura ao assassinato», isto porque, «Seco Seidi, um militar, destacado no ministério do Interior, nessa noite de guarda na residência de Baciro Dabó, fingiu estar a orar». E questiona, inquietante, algo que 'fugiu' ao Ministério Público: «qual é o muçulmano que ora às 3 ou às 3.30 da manhã?».
E revela pormenores: «Estava tudo combinado. Assim que o Pansau 'Ntchama chegasse, o guarda, que presumivelmente estaria a orar, levantar-se-ia». Um sinal de que era ele, e que a porta estava à disposição» do 'grupo desconhecido'. Iaia Dabó desafiou o Ministério Público a «chamar nomes», coisa que ele fez: «O Salvador (da Segurança do Estado) foi um dos que estiveram lá, nessa madrugada. Prometeu ainda, para breve, uma manifestação pacífica, para exigir o direito à Justiça.
Iaia Dabó disparou ainda contra Zamora: «ele disse, e toda a gente ouviu: 'nós já fizemos a nossa parte, agora cabe ao Governo». Iaia Dabó aponta discrepâncias nos vários discuros: «o Conselho de Ministros disse que foi um golpe de Estado, o Ministério Público diz agora que não. Eles que arranjem outros argumentos», desafiou o irmão de Baciro Dabó. AAS