domingo, 12 de junho de 2011

Excitacoes

A entrevista ao coronel Joao Monteiro tem posto muita gente a ganir, e ainda bem. O problema e que ainda so leram 1/4...! Bo sinta bo sukuta... Sei que a reconciliacao doi, como qualquer metamorfose.

Chegam-me novas de opinioes - escritas num portugues do seculo XVII - sobre a pessoa do entrevistado. As pessoas que NAO sabem escrever o portugues deviam abster-se de o fazer...porem, insitem em cair no ridiculo: fica-lhes bem, ate.
Porra, como maltratam o portugues!!!

Bom, mas e ai que se ve a diferenca: ditadura do consenso tem, diariamente, cerca de 4.000 visitas. Esta a chegar ao seguidor numero 200. E porque? Porque escreve o que interessa, tem mais fontes, escreve melhor o portugues (agora, e porque uso um BlackBerry, nao tenho acentos e outros items. Mas voces entenderao).

N'na konta bos: Em fevereiro de 1992, este vosso escriba foi detido e espancado - com mais quatro pessoas - no Ministerio do Interior. Nao fui espancado por roubar (ami I ka ladron) nem por matar (ami I ka assassinu). Fui simplesmente espancado por fazer politica, legalmente, por um partido legalizado no Supremo Tribunal de Justica.

E nesse dia, no Ministerio do Interior, estava la o Joao Monteiro, que ainda falou connosco. A mim, como conhecia o meu progenitor, dirigiu-se-me nestes modos: "O teu pai e boa pessoa, trabalha connosco no Ministerio da Defesa, e tu andas na politica a acusar o Governo do Presidente ('Nino' Vieira)". Foi a unica coisa que me disse. E eu nao responi.

Depois, fui brutalmente espancado por seis homens, protegidos com viseiras, escudos, e armados de bastoes made in Checoslovaquia (hoje Republica Checa). O Joao Monteiro assistiu ao nosso espancamento.

E acham que eu cheguei a falar com o coronel sobre essa noite? Nunca! Mesmo o facto doloroso de me terem deixado embarcar para Portugal... 6 meses depois do espancamento!? E nao guardo, nem ressentimentos nem rancor e muito menos odio ao coronel Joao Monteiro e nem as pessoas que me espancaram.

O proprio Joao Monteiro contou este episodio - disseram-me - a um grupo de pessoas, em Dakar. E ainda bem. A isso tambem se chama reconciliacao. Espantarmos os nossos medos. Faz parte.

Alias, em Dakar, quando sondei alguem para saber se seria possivel entrevista-lo, quando por fim nos encontramos, demos um grande abraco: a reconciliacao nao pode parar. Nem esperar.

Uma coisa garanto-vos: vao ler ainda muita coisa, revelacoes uteis, apenas e so com o fito de todos entendermos este pais: as aliancas (do tipo abraco da mafia) e as traicoes. As ambicoes e os desmandos de gentes com cargos importantes nesta capital poeirenta e desbotada. AAS