sábado, 25 de abril de 2009
Em resposta à tua pergunta
Perguntas como vivo a minha causa. É justo. Quantas vezes conversamos? E, como discordamos!Eu vivo a minha causa, como quem professa uma religião, o que me torna, de uma maneira ou de outra, num ser perigoso... Tenho, porém, a sorte de ter nascido neste país: onde mais poderia eu estar para 'alimentar' o meu blogue? Só na Guiné-Bissau.Verdade seja dita, dos 43 anos que levo de vida (uma vida desregrada, pacata e patética - de merda, mesmo) não conheci, neste país, quem tivesse realizado (excepto o meu bom amigo e realizador de cinema, Flora Gomes). Pensam, divagam com a maior das facilidades, mas, chegada a hora das realizações, da prova-dos-nove, poucos (ou nenhuns) são os que resistem à seriedade dos problemas. E pensam (o verbo pensar devia ser banido do nosso vocabulário): é sempre possível tapar um buraco abrindo outro. E fazem-se homens. Novamente.Um moralista, seja lá quem for, deixou escrito na pedra: «Deus nos dê o sábio para nos ilustrar, o santo para nos edificar, o homem prudente para nos governar». Deus não nos liga patavina, fulano está-se nas tintas para nós, e beltrano nem vê-lo. Vivemos, hoje, o cúmulo da tirania: o individualismo dos mais fortes sobre os mais fracos. Contudo, há três coisas que não se podem esconder: o amor, o fumo e um homem montado num porco.Para ti, e para todos: um bom fim-de-semana. AAS