segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Collectif des Ressortissants - Mensagem


Mensagem do fim do ano 2012 do Collectif des Ressortissants, Sympathisants et Amis de la Guiné-Bissau ao POVO e a DIASPORA

Caros Compratriotas,

O ano 2012 está quase no seu fim. O mundo conheceu muitas convulsões e agitações preocupantes nas áreas políticas, económicas, culturais e religiosas. Esperamos que 2013 seja o ano da paz, da estabilidade económica e da diplomatia mundial.

No que se refere à Guiné-Bissau, essas convulsões políticas e ingerências das forças armadas nos asuntos políticos de Estado nesses últimos anos na nossa terra, impediram o desenvolvimento gradual da nossa sociedade, colocando assim, a Guiné-bissau como um dos países mais pobre e instável do mundo segundo a ONU.

Compatriotas,

A situação da nossa terra e gravíssima e preocupante para o nosso futuro e da nova geração. A via que alguns das nossas clases politicas e militares pretendem nos conduzir, não e aquela da Comunidade Internacional, do nosso Povo e nem tanto poco do fundador da nossa nacionalidade, Amilcar Cabral, que numa carta aberta Memorandum ao Governo Colonial Português sobre as condições da auto-determinação do povo da Guiné-bissau e Cabo Verde, no seu ponto 4, preconizou:

Liberdade de pensamento, de reunião, de associaçao, de formação de partidos políticos e de sindicatos, liberdade da imprensa e garantias para o exercício efectivo dessas liberdades sem discriminação de raça, degrau de cultura, do sexo, de idade e das condições de fortuna. Havia na verdade uma esperança do regresso progressivo a nossa terra natal de alguns dos nossas compatriotas segundos as indicações económicos e sociais do crescimento do balanço comercial.

Hoje, esse balanço caiu a pico com o Golpe de Estado do 12 de Abril de 2012. A maioria da Diaspora que tinham projetos e vontade de regressar a Guiné-Bissau, foi desiludida. A Diaspora é o primeiro embaixador e mediador do nosso Povo no Exterior, um verdadeiro regulador e porta voz do todo funcionamento constitucional da nossa terra. A nossa patria precisa mais que nunca a participação de todos os Guineenses para encontrar soluções pacificas e garantias para a Nação.

Nesse momento de grande aflição, a Unidade Nacional é a garantia das nossas instituições republicanas para o equilíbrio do bem estar de nosso Povo. O Collectif des Ressortissants, Sympathisants et Amis de la Guinée-bissau, deseja que o Ano 2013, seja um ano de entendimento, de unidade nacional, de coesão social, de reformas para solucionar definitivamente os demais problemas da Nação. Só com o respeito da lei e das instituições republicanas que poderemos avançar juntos e desenvolver o nosso pais.

Viva a Unidade Nacional, Viva os Guineenses, Viva Diaspora, e Viva o Colectivo !

Boas entradas, Saude, Paz e e Felicidade para o Novo Ano 2013 !!!! Viva a Républica!!!!
Paris le 31 décembre 2012

A Direcção do Colectivo

ÚLTIMA HORA: O escritório da TCU (Unidade de Crime Transnacional) em Bissau, foi assaltado na madrugada de hoje tendo sido levado material informático. A Polícia Judiciária está a 'investigar'. AAS

Ode ao Aly


"Caro Aly,

Mais um ano que passa, mais uma vitória da tua perseverança e heroicidade em nome do Povo da Guiné-Bissau.

Estoica e corajosamente tens dado o exemplo do que deve ser o verdadeiro patriotismo despido de falsas guinendades fúteis e de falsa coerência.

Sozinho tens-te batido, com risco de vida e da tua estabilidade emocional e familiar a bem da tua/nossa Guiné-Bissau,... enquanto oportunistas e incompetentes à base de mentiras e falsidades são cobridos e bajulados com mordomias e bem estar. Sei que nada disso te preocupa, senão o desprezo que lhes dispensas na altivez do teu trabalho e do teu empenho em prol do bem comum e da justiça. Certo que não é isso que procuras em primeira linha, porém crente de que não desmerecerias melhor reconhecimento da parte dos guineenses, faço-me erigir na minha modesta figura para te cobrir com o manto sagrado dos agradecimentos da "commundadi" guineense.

Guardo ainda fresco na memória um dia em que, ao longe, te indiquei a uma pessoa amiga, um estudante cioso dos problemas da Guiné-Bissau. Hey..., olha bem! Esse tipo que aí vem, é o Aly do blog Ditadura do Consenso, apontando à tua figura meio desengonçada no andar, porém estranhamente ausente do cenário onde te encontravas. O meu interlocutor perguntou-me: é aquele da T-shirt às riscas (apontando a um abastado em músculos que se pavoneava como um gigolo perto do Aly)... Disse-lhe impacientemente que não.

O Aly, é aquele de calças jeans desbotada, cabelo grisalho..., é esse ai de camisa azul marinho. Incrédulo, respondeu o meu interlocutor... é esse o Aly!!! Divertidamente, disse-lhe que sim... é esse o Aly. Não acredito, quero conhecê-lo...tens que me apresentar o Aly, disse-me excitadíssimo o estudante-politico. Disse-lhe que sim. Num ápice, juntaste-te à nossa mesa e o resto foi só conversa e muitos palavrões à mistura... era esse o Aly. Um sujeito "complicado" para alguns, mas para mim, um tipo de simples trato, cheio de princípios, de força interior e de convicções fortes.

Na despedida, o miúdo ainda reclamou... mas não me apresentaste o Aly! Disse-lhe que, simplesmente não valia a pena... porque 'o gajo é um bocado tímido. E complicado.'

Enfim, caro irmão, Deus deu-te a coragem que não nos deu, teu Pai, o tio "Beto", deu-te o dom da escrita fácil e apaixonante, ele dotou-te da irreverência natural daqueles que perseguem a injustiça e combatem ferozmente a tirania e, nós, os teus amigos, não te podendo erigir uma estátua, nem te decorar com as mais altas insígnias do mais valoroso combatente, dar-te-emos singularmente aquilo que temos para te dar sem reservas: A AMIZADE DE SEMPRE que se junta neste dia especial de NOVO ANO que se vislumbra, para te desejar, do fundo do coração: UM FELIZ E PRÓSPERO NOVO ANO DE 2013 certos de que, juntos, estaremos na linha da frente para lutar contra a tirania e os desmandos daqueles que mandam hoje na nossa Guiné-Bissau.

UM PRÓSPERO E SINGELO ANO DE 2013 PARA TI, OS TEUS FILHOS E TODOS AQUELES QUE TE SÃO QUERIDOS.

Um grande e fraterno abraço,

Do amigo de sempre,

Nhâté Braiê"

PANSAU INTCHAMÁ: Investigação DC


- Quem enviou dinheiro ao Pansau Intchama, em França, para ir para a Gâmbia?
- Quem entregou do dinheiro?
- Como Pansau conseguiu o passaporte na embaixada da Guiné-Bissau em Banjul - e por cumplicidade de quem?
- Sabe quem é o noivo da filha do general, que vive em Banjul?
- Quem guarda os filhos do general António Indjai, em Banjul e o que fizeram em Bissau antes?

Toda a história, que prova que o assalto ao quartel dos paracomandos foi uma farsa, que custou a vida a mais de dez guineenses. AAS

Que futuro para o PAIGC?


No PAIGC, os Congressos servem essencialmente para radicalizar as os antagonismos, acentuar as contradições entre os grupos de interesses que vão surgindo por estas alturas, evidenciando manifesta incapacidade de dialogar e arrumar a casa. Numa altura em que está a ser montado um cenário fraudulento para relegar o PAIGC à oposição, seria lógico a tomada de consciência dos seus Dirigentes, quanto aos imperativos de se aglutinarem em torno de um único Projecto (reconciliador, inclusivo, realista e credível).
 
Entretanto, são nove (9) os candidatos que se perfilam à liderança do Partido, arrastando consigo os respectivos apoiantes, aflitos e desesperados, que encaram cada Congresso como uma oportunidade de vida ou morte para chegarem ao Comité Central, ou mesmo a Ministros.
 
A fatídica tradição de organizar os seus Congressos nas vésperas das eleições, sem se preocupar em posteriormente organizar, pelo menos uma Conferência, antes das eleições, para reconciliar os vencedores e os vencidos no Congresso e definir uma estratégia eleitoral inclusiva (partidária), faz com que o PAIGC se apresenta às eleições sempre fragmentado, com os excluídos e naturalmente descontentes, a constituírem uma forte oposição interna à direcção eleita no Congresso, acabando sempre por prejudicar os interesses do Partido, como aconteceu em 2005, com o regresso de Nino Vieira e mais recentemente com o Golpe de Estado perpetrado por Serifo Nhamadjo.
 
Apesar de existirem nove supostos candidatos à liderança do PAIGC, fala-se mais da candidatura de Braima Camará, que, em virtude de estar no terreno e da humildade com que se relaciona com os Militantes do Partido, leva uma vantagem confortável sobre as demais candidaturas. Quanto à Domingos Simões Pereira, parece ter dificuldades em compreender e dialogar com a complexa malha social que compõe o mundo do PAIGC. E o facto de ter afirmado que Braima Camará não tem condições para dirigir o PAIGC e posteriormente dirigir o País na qualidade de Primeiro-ministro, demonstra falta de humildade e constitui uma enorme desilusão para mim, enquanto seu admirador incondicional e que gostaria de ouvi-lo a falar das suas virtudes e não dos defeitos dos outros candidatos.

Acontece que Domingos Simões Pereira teve oportunidades que soube abraçar e se realizar na vida. E o seu percurso como secretário executivo da CPLP foi brilhante e constitui um orgulho para todos os guineenses de boa fé. Por sua vez, Braima Camará teve o mérito de chegar sozinho onde chegou, sem tios, nem padrinhos. E, tendo em conta a sua idade (muito novo), o seu património pessoal, o seu brilhante desempenho na Câmara do Comércio e no Grupo Malaika, o seu percurso político no PAIGC, do qual é membro do Bureau Político, seria injusto retirar-lhe o devido mérito, só por uma questão de concorrência, que neste caso, devia ser leal, por se tratar de uma eleição interna do Partido.
 
A desvantagem de Domingos Simões Pereira em relação à Braima Camará deve ser encarado com toda a naturalidade, porque tem uma explicação lógica: A DISTÂNCIA (que tanta angústia e tanto sofrimento já provocou, tanto sentimento destroçou, separando até mesmo o inseparável). Basta lembrarmos que, depois de dois mandatos á frente da Organização das Nações Unidas, Javier Perez de Cuellar não conseguiu ganhar eleições presidenciais no seu País; tanto El Baradei (director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica), como Amr Moussa (Ministro dos Negócios estrangeiros do Egipto, entre 1991 à 2001 e secretário-geral da Liga Árabe desde Junho de 2001 até Junho de 2011),  foram derrotados nas últimas eleições presidenciais no Egipto, por um desconhecido chamado Mohamed Morsi. A tendência mostra que, prestar serviço longe de casa não compensa.
 
Ainda na sequência disto, gostaria de deixar bem evidente que seria insensato da nossa parte, estabelecer qualquer comparação entre estes dois candidatos, porque apesar de ambos terem tido um percurso de vida profissional simplesmente invejável, cada um deles tem as suas especificidades, suas experiências de vida e suas valências e, nenhum deles chegou a dirigir um Partido ou um Governo, portanto seria uma experiência completamente nova, tanto para um, como para o outro. E neste caso, a formação académica não deve ser um factor relevante, na medida em que, são funções que pressupõem trabalho de equipa e em que a capacidade e a experiência de gestão de Recursos humanos e financeiros acabam por ser determinantes. Basta recordarmos que os melhores governantes do Século XX (Luís Inácio Lula da silva, Pedro Pires, etc. não têm formação superior).

Reitero as minhas preocupações pelo futuro do PAIGC e do nosso País, a julgar pela manifesta indisponibilidade e incapacidade de fazer cedências em nome da estabilidade e da coesão nacional, revelando falta de humildade e ausência de patriotismo e de sentido de Estado, num contexto que deixa bem evidente que, qualquer candidato que for eleito no Congresso, terá que lidar com um Partido fragmentado, fazendo ressuscitar o fantasma de um passado recente que resultou na actual situação que se vive no País.
 
O mais alarmante em toda esta dança de cadeiras, é o facto de o PAIGC ter estado a subestimar as eleições presidenciais, como se de nada servissem, quando todos sabem que delas depende a estabilidade governativa. O mais lógico nesta altura do campeonato, era a Direcção do Partido envidar esforços para convencer Braima Camará, Simões Pereira e Aristides Ocante silva á fundirem as respectivas candidaturas, criando o posto de Vice-Primeiro Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros para Domingos Simões Pereira e de Ministro da Economia e Desenvolvimento Regional para Aristides. E, se por ventura não forem criadas as necessárias condições para a participação de Carlos Gomes Júnior nas eleições presidenciais, o Partido comprometia-se a apoiar a candidatura de Domingos Simões Pereira para a Presidência da república e Aristides passava para a política externa. Seria maravilhosa ver um grupo de jovens realizados à reivindicar a gestão do País, num momento tão delicado como este.
 
Considerando as reais possibilidades desta fusão, antes ou depois do Congresso, com o vencedor a reconhecer a pertinência de incluir os vencidos no seu projecto, para garantir unidade e coesão no Partido e por reconhecer neles tributos imprescindíveis à uma boa implementação desse mesmo projecto, os candidatos devem pautar pela contenção, moderação, tolerância e respeito mútuo, como forma de erradicar o extremismo e manter aberta as portas do diálogo.
 
Nhu Preocupado.
 
Lisboa, 30 de Dezembro de 2012.

DISCURSO DESCONECTO DA REALIDADE DO PRESIDENTE ILEGÍTIMO


Queria centrar-me no discurso do Presidente ilegítimo da Guiné-Bissau, pela ocasião da passagem de ano. Não vou perder tempo em dissecar ponto por ponto, porque senão corro o risco do editor do Ditadura do Consenso não publicar o meu texto, por ser demasiado extenso.

Em termos da Cooperação Internacional, todos já sabemos a desgraça e a vergonha que é neste momento a Guiné-Bissau, mas para o Presidente ilegítimo da Guiné-Bissau, isso é apenas consequência de “uma intensa campanha negativa levada a cabo por forças obscuras” e não de uma conduta irresponsável de alguns políticos, entre os quais o próprio Serifo Nhamadjo, e militares, na preparação e execução de um golpe de estado, com base apenas na rejeição de uma escolha clara e inequívoca do povo guineense de um candidato Presidencial!

O Presidente ilegítimo em dez meses, esqueceu-se ou quer que o povo se esqueça que, o mesmo povo que quer agora convocar para um “diálogo aberto, franco, inclusivo de ponta a ponta do nosso País, do leste a oeste e do norte a sul, do Cabo Roxo a Ponta Cajé”, foi esse mesmo povo que ele Serifo Nhamadjo, Kumba Ialá, António Indjai e outros candidatos nas últimas eleições presidenciais interrompidas na Guiné-Bissau, desobedeceram e desrespeitaram, através de um levantamento militar, invalidando a vontade popular, manifestada de forma ordeira e cívica nas urnas!

O Presidente ilegítimo está demente ou já se esqueceu que foi esse mesmo povo que deu mais votos a Carlos Gomes Júnior e colocou-lhe a ele Serifo Nhamadjo, fora da corrida presidencial, logo na primeira volta!? Já se esqueceu que foi esse mesmo povo que lhe disse nas urnas que não o quer no posto que agora ocupa, pela via da força das armas? Esqueceu-se que foi esse mesmo povo que foi amordaçado e espancado pelos militares, para o impedir de manifestar a sua vontade de forma livre, perante o silêncio e conluio do Presidente ilegítimo!? Ou está completamente desconecto da realidade, ou o Presidente ilegítimo da Guiné-Bissau continua um transicionista em transe, conforme escrevi há tempos!

Caro Serifo Nhamadjo, o lobo, por mais que tente vestir a pele de cordeiro, continuará a ser lobo, porque está no seu gene predar e devorar os cordeiros e as ovelhas. E espero que o povo não se esqueça dessa importante lição da vida…

Percorrendo o discurso, andei a procura da referência do Presidente ilegítimo da GuinéBissau, aos actos de violência cometidos pelos supostos agentes de defesa do Estado contra civis e políticos, mas nem uma única linha encontrei! Será que no seu diálogo inclusivo pretende efectivamente incluir os espancadores e os espancados!?

Também já percebemos que o discurso foi algo centrado na Diáspora, como forma de tentar “furar” os bloqueios impostos à Guiné-Bissau, após o último golpe de estado, mas queria perguntar ao Presidente ilegítimo, se nessas acções com a diáspora, pretende também incluir aqueles políticos, jornalistas e cidadãos comuns que se encontram neste momento fora do país, com a vida pessoal e profissionais desestruturadas, vítimas do sistema que o próprio Serifo Nhamadjo e seus comparsas criaram?

Nas futuras eleições que pretende organizar, será efectivamente um acto livre, ao ponto de Raimundo Pereira, Carlos Gomes Júnior, Silvestre Alves, Iancuba Indjai e outros políticos do governo anterior possam participar de forma livre e sem pressão de qualquer “força oculta”?  

Conforme disse anteriormente, não vou perder meu tempo a dissecar todo o discurso, mas não queria deixar de me centrar em dois pontos essenciais e básicos para qualquer país, a Educação e a Saúde.

No campo da Educação, o Presidente ilegítimo realçou 5 pontos, como sendo os objectivos da agenda da transição.

Desses 5 pontos, deu para ver que os transicionistas têm intenção de investir e muito no Ensino Superior, uma vez que 3 dos 5 pontos é dedicado tão só ao ensino Superior e os outros muito generalistas, que também podem incluir investimento universitário!

Será que Serifo Nhamadjo sabe que vive (já que não preside nada) num país cuja taxa de literacia é só de 54,2%? Ou seja, quase metade dos guineenses não sabem ler nem escrever! Será que Serifo Nhamadjo sabe que a maioria das escolas de mais variados níveis do ensino no país não cumprem as mínimas condições de dignidade para estarem em funcionamento? Serifo Nhamadjo tem noção da existência de uma grave carência de livros formativos para os ensinos básico e secundário na Guiné-Bissau!? Serifo Nhamadjo terá noção do nível de formação pedagógica da maioria dos professores do ensino básico e secundário na Guiné-Bissau!?

Face a essas factos, não posso deixar de perguntar se Serifo Nhamadjo sabe mesmo o que está a fazer no cargo que hoje ocupa e que país pretende presidir!?

Na área da Saúde Pública, a retórica é a mesma! Objectivos altos, esquecendo-se completamente do básico!!!

Será que Serifo Nhamadjo tem noção do que significa a palavra Saúde Pública!? Quer modernizar o Hospital, alargar o Serviço de Urgência, construir um Centro de Hemodiálise e mais uma vez investir no ensino superior na área da saúde, esquecendo-se que cerca de dois terços do país não tem saneamento básico, tendo esgotos a céu aberto, não tem sistemas de recolha e tratamento de lixo que cubra a necessidade da maioria do país, não tem um programa de vacinação que satisfaça a grande maioria da população!

Serifo Nhamadjo tem noção do custo de funcionamento e manutenção de um centro de diálise? Tem noção de quantos doentes insuficientes renais crónicos e agudos precisam ser tratados na Guiné-Bissau? Tem ideia de quais são os dados da OMS em relação a HIV, Malária e Cólera na Guiné-Bissau?

Pelos vistos, Serifo Nhamadjo quer contribuir para a construção de um país iniciado pelo telhado, com base nos financiamentos que pensa conseguir extorquir ao Banco Mundial, mesmo que não tenha qualquer sustentabilidade no futuro do país!

São esses governantes que têm contribuído para o que tem sido o aprofundar do luto da Guiné-Bissau e dos Guineenses!

Boas entradas a todos, uma vez que 2013 aparenta-me penoso para os guineenses.

Jorge Herbert

TRAGÉDIA NO MAR - CPLP solidariza-se com o Povo guineense


A Presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) manifestou a sua solidariedade para com o povo da Guiné-Bissau, na sequência do trágico naufrágio ocorrido sexta-feira naquele país da costa ocidental de África. No episódio fatal, segundo dados da imprensa guineense, 23 pessoas morreram e 74 outras sobreviveram na embarcação que levava 120 passageiros a bordo, quando a mesma naufragou ao largo de Bissau.

Num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MNEC) de Moçambique, país que preside actualmente à organização lusófona, "a CPLP expressa a sua consternação pela perda de dezenas de vidas humanas, na sequência do naufrágio ocorrido na República da Guiné Bissau". Neste momento de pesar, segundo o comunicado, a CPLP associa-se à dor e sofrimento das famílias enlutadas e de todo povo guineense e reitera a sua solidariedade à Guiné Bissau.

domingo, 30 de dezembro de 2012

PAIGC: Braima Camará soma apoios


No passado dia 16 de Dezembro, reuniu-se em Lisboa um grupo de cidadãos, Jovens e Quadros Guineenses, preocupados com a situação do país. Na reunião, foi feita, uma análise exaustiva da vida e actividades do Cidadão e jovem empresário Braima Camará, vulgo "Bá Quecutó", tendo-se concluido pela adequação do seu perfil para a candidatura à liderança do PAIGC, no próximo congresso do partido.
 
No passado dia 22 do corrente mês, o empresário Braima Camará reuniu-se com a Direcção da célula do PAIGC em Portugal, no Hotel Tivoli, em Lisboa num encontro que teve como objectivo auscultar a opinião dos Militantes do Partido, dos Jovens Quadros e dos Guineenses em geral, na diáspora, sobre a sua pessoa, tendo em conta a sua decisão de se candidatar à liderança do PAIGC.

Na reunião, foi anunciado pelo próprio, um Projecto Inclusivo, realista (do ponto de vista da sua implementação), abrangente e transversal (do ponto de vista estratégico) e ambicioso e de esperança (tanto no que se refere às reformas no Partido, como no Estado).

Respondendo ao apelo de quase todos os intervenientes, Braima Camará, declarou-se aberto ao diálogo com todos os outros candidatos, para evitar futuras divisões no Partido. Não menos importante foi ouvir da parte dele a seguinte frase "Eu não quero ganhar só o congresso mas sim quero ganhar o partido".
 
Concientes da importância de instauração de um clima de diálogo permanente entre os diversos quadrantes da sociedade e todos que nela gravitam, na busca de soluções duradoiras para os problemas e conflitos ciclicos que preocupam o povo guineense. Sendo o PAIGC, um partido estruturante da nossa sociedade e de importância transcendental no passado, presente e no futuro da GB, há a necessidade haver um candidato como o Braima Camará, capaz de congregar todos sem exclusões, imprimir uma nova dinâmica, reformar e organizar internamente o partido para os próximos desafios e combates (eleições presidenciais e Legislativas). Um partido moderno e adaptado às novas realidades do presente século e aos desafios e sofrimentos do povo da GB.
 
Na sequência dessas reuniões e imbuidos de um grande espirito patriótico e dever cívico, reuniu-se no dia 29 de Dezembro de 2012, em Lisboa, o grupo de cidadãos, quadros e jovens Guineenses bem como alguns dirigentes da Célula do PAIGC em Portugal com o objectivo de fazer o balanço de todas as actividades desenvolvidas até ao presente. Nesse sentido, foi decidido por unanimidade e de livre e espontânea vontade criar o NÚCLEO DE APOIO À CANDIDATURA DE BRAIMA CAMARÁ (NACBC) à liderança do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) na diaspora – Europa.
 
É nossa convicção que, com as suas qualidades pessoais, a sua capacidade empreendedora, experiência, liderança e de resolução de problemas complexos como empresário (exemplo disso, é o trabalho que tem sido feito desde 1999 na direcção da Câmara do Comércio e Industria da GB, em que herdou uma situação de quase ruptura e de fragmentação do sector privado, fazendo com que hoje seja um dos grandes motores e impulsionadores da economia do país), bem como a sua experiência politica como Deputado da Nação e Conselheiro Presidencial, vai conseguir levar a bom porto esta nobre tarefa.
 
Mais se informa que o Núcleo está aberto à todos os cidadãos guineenses, (homens e mulheres), quadros e jovens interessados em contribuir para o projecto, para podermos inaugurar um novo paradigma de debate politico e social na Guiné Bissau e na diaspora.
 
Todos os programas e actividades do Núcleo vão ser anunciados oportunamente.
 
Os contactos do Núcleo são:
Telemóvel: 967174037 e 964278747
E-mail: nacbc.diasporaeuropa@gmail.com
 
 
Nota: Aproveitamos para lamentar a tragédia que se abateu sobre o nosso país no dia 28/12/2012 e manifestar a nossa solidariedade para com todos familiares das vítimas do naufrágio.
 
Lisboa, 29 de Dezembro de 2012
 
NÚCLEO DE APOIO À CANDIDATURA DE BRAIMA CAMARÁ (NACBC) à liderança do PAIGC na Diáspora - Europa

ÚLTIMA HORA: Afinal, duas botijas de gás butano é que rebentaram, numa residência, no bairro da Achada. Espero que tenha sido mesmo isso. Boa noite a todos e que a paz reine na Guiné-Bissau para sempre. AAS.

ÚLTIMA HORA: Desde há meia hora que se ouvem explosões nos arredores de Bissau, mas ninguém sabe ao certo... AAS

Guiné-Bissau está ou aprofundou o luto?


Com todo o respeito às vítimas e os familiares do último naufrágio ao largo da costa marítima de Bissau, a quem dirijo desde já as minhas sentidas condolências, não posso deixar de realçar a hipocrisia e o empolgamento que se deu à mais uma perda de vidas dezenas de vidas, fruto do luto efectivo em que a Guiné-Bissau mergulhou e teima em aprofundar, há cerca de 40 anos!

Esta última tragédia é apenas uma gota de água na miséria que assola o país, fruto da incompetência, do desleixo e da estupidez dos falsos líderes políticos e militares, que o povo teima em deixar continuar a dirigir os destinos do país, com base em negociatas com vista ao rápido enriquecimento ilícito, enquanto durarem no poder.

Olhar para os últimos índices do país publicados, não sei como é que o governo ilegítimo da Guiné-Bissau não decide desde já decretar luto nacional por tempo indeterminado, para que o povo continue a chorar as várias vítimas das mais variadas carências que têm afectado esse sofrido e paradoxalmente alegre povo! Se esses dados assustam a quem olhar para eles com olhos de ver e os comparar com os outros países, imagino o que serão os dados estatísticos do último semestre deste ano, quando existem indicações claras de que o nível socioeconómico e de bem-estar populacional da Guiné-Bissau decaíram e muito com o último golpe de estado… Prometo nem falar da dúzia de assassinados recentemente, na suposta tentativa de invasão de um quartel e no embuste que foi a captura do Capitão Pansau Intchama…

Vamos aos índices:

Sabemos que ocupamos um vergonhoso 6º lugar dos países com maior Taxa de mortalidade. A nossa Taxa de mortalidade bruta é de 15,01 mortes por cada 1000 habitantes por ano (dados de Julho de 2011). Se sabemos que a nossa população nessa altura era de 1.628.603 habitantes, podemos concluir que morrem cerca de 24.429 pessoas por ano na Guiné-Bissau, por mais variadas razões. Só para termos uma ideia, no que concerne à taxa da mortalidade, estamos piores colocados que todos os PALOP’s. Mas, para compararmos e termos ideias das posições dos nossos amigos e inimigos, não será demais dizer que a Nigéria, aquela que está interessada em devolver a paz a Guiné-Bissau, ocupa o 18º lugar, contra o 28º de Angola, o 41º de Portugal, o 151º do Brasil e o 155º de Cabo-Verde!

Quanto à Taxa de mortalidade infantil, a Guiné-Bissau também ocupa vergonhosamente o 6º lugar do Ranking, com 94,4 mortes por cada 1000 nascimentos.

Na Taxa de mortalidade materna também ocupamos o 6º lugar com 790 mães que morrem, por cada 100.000 nascimentos vivos.

A esperança de vida ao nascimento ocupa também a vergonhosa 219ª posição (penúltimo lugar) com 49,11 anos. Isso quer dizer que, cada criança que nasce, é esperado que se consiga manter-se vivo até os 40 anos de idade!

Quando falamos de Densidade de médicos, ou seja o número de médicos por população, estamos na posição 175º, num total de 188 países, com uma taxa de 0.05 médicos por cada 1000 habitantes!!!  Se formos espreitar o número de camas por habitantes, o país tem 0,96 camas por 1000 habitantes!!!

Só para ficarmos com uma ideia do país que temos, quando se fala em Orçamento Militar (isso são só os gastos oficiais, que constam nos Orçamentos de Estado), ocupamos um orgulhoso 39º lugar, contra um 57º lugar do Ranking com os gastos na Saúde!

Há muitos mais dados que nos envergonham como país, mas seria fastidioso continuar a reproduzi-los aqui... E vêm alguns guineenses dizer que devemos falar e escrever sempre o bem sobre a Guiné-Bissau! Com base em que dados!? Se não fosse muito triste e deprimente para um povo orgulhoso e digno, dava era para rir!

Se formos pela lei da proporcionalidade, morreram 23 pessoas num acidente numa canoa e decretou-se luto nacional de dois dias, então os 365 dias do ano não chegariam para o luto de todos aqueles que morrem por vários motivos, consequência da completa ausência do Estado, dos abusos do poder e de uma saúde altamente deficitária no país…

É caso para dizer: Senhores governantes, em vez de decretarem lutos nacionais, pegam nas vossas pertenças, metam-se num barco e vão naufragar-se nas águas internacionais mas, para bem longe do país, para não vos sentir sequer o cheiro à corrupção que o vosso corpo deve exalar depois de mortos!

Por favor, deixem de fazer demagogias e propagandas baratas, à custa das vidas dos guineenses…

Jorge Herbert

sábado, 29 de dezembro de 2012

APGB e a TRAGÉDIA


Uma pergunta pertinente:

"Como é possível a Secretaria de Estado dos Transportes permitir à APGB pagar milhões em mordomias aos membros do Conselho de Administração, director-geral e inclusive ao próprio Secretário de Estado... e não poder pagar 30.000.000 FCFA (50 mil euros) à mesma instituição para a reparação dos dois barcos que fazem ligação para as ilhas? É o CÚMULO! Só o dinheiro dos mobiliários de um deles dava para reparar cada barco e essa tragédia não teria acontecido....estou revoltado!

Armando Vaz
"

ÚLTIMA HORA - TRAGÉDIA NO MAR: Seis corpos do naufrágio de ontem, deram hoje à costa em Quinhamel. Ambulâncias e bombeiros vão a caminho. AAS

TRAGÉDIA NO MAR: Comunicado da LGDH


COMUNICADO À IMPRENSA

Num dos momentos mais difíceis da sua história recente, marcado por enormes dificuldades devido aos sobressaltos político-militares, o povo guineense conheceu mais uma tragédia de naufrágio da piroga Quinará II que ocorreu no dia 28 de Dezembro de 2012, no largo de Bissau, vinda de Bolama com mais de 110 pessoas a bordo, tendo resultado ate agora em 26 mortos segundo os dados provisórios.

Este triste acontecimento é o terceiro em menos de 4 anos, apos os naufrágios de Geta e Pexice que provocaram a morte de 72 pessoas, resultado de uma cultura de falta de rigor, seriedade e responsabilidade na administração pública, em particular nos serviços de inspecção, fiscalização e controlo das actividades de navegação marítima. A embarcação que naufragou além de não dispor de condições adequadas para efectuar uma ligação marítima em conformidade com as normas internacionais, estava superlotada e sem mecanismos de repostas rápidas.

Por outro lado, as informações indicam que os serviços de Instituto Marítimo Portuário entidade competente para a gestão portuária foram comunicados antes do acidente ocorrer, mas não reagiram a tempo de impedir ou evitar os danos maiores. Em face do exposto, a Direcção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos delibera os seguintes:
 
1- Lamentar a tragédia da embarcação Quinará II, num contexto extremamente, difícil para o povo guineense;
 
2- Responsabilizar as autoridades marítimas e portuárias pela inoperância e passividade na fiscalização e observância das condições mínimas de segurança para a navegação marítima;
 
3- Exigir a abertura de inquérito e consequente responsabilização dos agentes dos Serviços Marítimos e Portuários, da Delegacia Marítima de Bolama, bem como dos responsáveis da Embarcação Quinará II;
 
4- Exortar as autoridades para um maior rigor e controle nas ligações inter-ilhas em particular nas épocas da chuva e períodos de festas.
 
5- Apresentar as mais sentidas condolências às famílias enlutadas
 
Feito Bissau aos 29 dias do Mês de Dezembro 2012
 
A Direcção Nacional

TRAGÉDIA NO MAR - O balanço


Depois de tanto trabalho no hospital Simão Mendes, o balanço foi trágico: 74 pessoas foram atendidas pelos médicos cubanos e técnicos de saúde guineenses. Deram entrada no banco de socorros vinte e quatro mortos: 21 adultos e 3 crianças. Das 74 pessoas só uma continua internada no HNSM, dos 12 que desapareceram um jovem conseguiu nadar até ao porto e voltou sozinho para casa. Um senhor perdeu a mulher e dois filhos.

"Foram horas de muito trabalho e os funcionários nãpada poderiam fazer sem ajuda dos médicos cubanos e guineenses, dos jovens da Cruz Vermelha, dos policias do  Ministério do Interior, do Corpo de Bombeiros, dos membros da ONG Afectos com Letras, do responsavel da ONG Viver sem Fronteiras, e dos funcionarios da ONG AIDA." - disse ao ditadura do consenso um elemento do hospital Simão Mendes. Foi decretado dois dias dd luto nacional. AAS

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

ÚLTIMA HORA - TRAGÉDIA NO MAR: 'Governo' fala em 24 mortos, mas ditadura do consenso apurou que foram atendidas no hospital 74 pessoas. O que quer dizer que ainda há doze pessoas desaparecidas, num total de 110 que iam a bordo. AAS

TRAGÉDIA NO MAR: Dos 110 passageiros confirmados pelo 'capitão', foram encontrados com vida, até agora, 59 pessoas. AAS

Domingos Simões Pereira corre para o PAIGC em situação de “sufoco"


Domingos Simões Pereira mantém a intenção de se candidatar à liderança do PAIGC e manifesta, mesmo, confiança num resultado favorável – para o que poderá adicionalmente contribuir uma provável evolução da situação política na Guiné-Bissau, no quadro da qual a sua pessoa incuta mais confiança, em termos de credibilidade e estabilidade, como líder do partido. Com o fim de preparar a sua candidatura, cujo anúncio formal está previsto para depois do anúncio definitivo da data do congresso.

Domingos Simões Pereira, até há pouco Secretário Executivo da CPLP, regressou há cerca de dez dias a Bissau, procedente de Cabo Verde e Portugal. No seu entender, Braima Camará “Bá Quecuto”, geralmente apontado como concorrente favorito, não reúne aptidões suficientes para liderar o PAIGC e, por via disso, vir eventualmente a tornar-se chefe do governo. Vê igualmente na sua candidatura o impulso dos militares, movidos por um desígnio escuso de manterem uma posição de ascendência sobre o PAIGC. Em meios próximos dos militares há a ideia de que estes denotam, de facto, uma atitude de má vontade face a Domingos Simões Pereira, a que pejorativamente se referem como tendo ligações a Carlos Gomes Jr e a Portugal ou por viver no estrangeiro e por isso estar “desactualizado”.

Considera rumores de que teria desistido de se candidatar e/ou previsões que conferem diminutas possibilidades de vir a ser eleito, como reflexo de um clima de sufoco intencional da sua candidatura e de outras – f enómeno pelo qual responsabiliza Braima Camará e meios que lhe são afectos. Exige, por exemplo, que o congresso seja organizado de acordo com procedimentos estatutários que alega não estarem a ser observados como forma de limitar o debate interno e “filtrar” a eleição dos congressistas. Entre os apoiantes da sua candidatura Simões Pereira aponta especialmente jovens quadros e militantes, na sua maioria descendentes de veteranos do PAIGC. AM

TRAGÉDIA NO MAR: Pelo menos 23 pessoas morreram no naufrágio de uma canoa ao largo de Bissau, depois de sair de Bolama hoje de manhã. AAS

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

LAVAGEM DE IMAGEM: O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense procedeu a um exaustivo - e inédito - 'balanço' do desempenho do chefe do Estado-Maior, António Indjai. De aterragens de aviões carregados com droga, nem uma palavra... É balanço ta kumé djintis, pá!!! AAS

RECIPROCIDADE DIPLOMÁTICA OU MAIS DISPARATES


Ouvir Fernando Vaz, o vulgo “porta-disparates” do governo de transição da Guiné-Bissau referir-se à não atribuição de vistos aos elementos do GOE que garantem a segurança da Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau como reciprocidade diplomática, pode causar nos guineenses menos atentos um sentimento patriótico bacoco, como muitos que fui lendo na net, sempre na base de “olho por olho e dente por dente”. Conforme disse Gandhi, seguindo a política de “olho por olho”, corremos o risco de ficarmos todos cegos. A verdade é que, o “porta-disparates” já se encontra há muito tempo cego pelo poder que em circunstâncias normais jamais seria capaz de conquistar, que nem dá conta dos disparates que vai “vomitando” nos órgãos de comunicação!

Mas, voltemos à falsa reciprocidade do “porta-disparates”.

Para abordar o assunto de forma sucinta e com base na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, não podemos esquecer que a Guiné-Bissau tinha um representante diplomático acreditado em Portugal e nomeado pelo governo considerado legítimo e reconhecido internacionalmente. Portugal tem uma representação diplomática também acreditada por um governo legítimo e internacionalmente aceite. Houve um golpe de estado, do qual “nasceu” um governo dito de transição e não reconhecido pela maioria dos parceiros internacionais, entre os quais Portugal.

Como este governo e este Presidente da República são tão golpistas como os militares que desalojaram os mais altos representantes da nação dos respetivos cargos democraticamente alcançados, caiu-lhes a máscara de transicionistas e assumiram efetivamente o comportamento de golpistas. Envoltos no encantamento do poder adquirido, acharam-se no direito de tudo e mais alguma coisa, entre os quais, mexer no corpo diplomático do país, como se isso dependesse tão só da vontade do António Indjai, Kumba Ialá e os seus acólitos… Ora, como a nomeação de um novo representante diplomático depende também da sua aceitação pelo país que o recebe (denominado acreditado na linguagem diplomática), os transicionistas acabaram por se verem embrulhados na própria ignorância…!

Então, a saída airosa que alguns ignorantes guineenses residentes em Portugal ainda vão acatando, é a criação de uma figura chamada de “Encarregado de Negócios”. Ora, sabe-se que essa figura só é possível, diplomaticamente falando, de forma interina e em substituição de uma vacatura da figura do Embaixador, por um membro da missão diplomática ou outro nomeado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiro do país acreditante, com a devida comunicação ao Ministério dos Negócios estrangeiros do país acreditado, dando conhecimento dessa nomeação interina.

Se o atual governo de transição não é reconhecido pelo governo português, sinto-me na tentação de julgar que o atual Encarregado de Negócios da Guiné-Bissau, aos olhos do governo português, não passa de um impostor, com o qual o governo português não sente a mínima obrigação de acolher e dar o respetivo trato diplomático necessário. Aliás, segundo o Artigo 4º da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, o estado acreditante (neste caso a Guiné-Bissau) deve certificar-se antes que a pessoa que pretende nomear como Chefe da Missão Diplomática perante o Estado Acreditado (neste caso Portugal) obteve o agrément do referido Estado. É óbvio que isso não aconteceu nessa tentativa do Governo de Transição da nomeação do novo Embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, travestido em “Encarregado de Negócios”.

Bom, contrariamente ao até agora relatado, Portugal tem uma representação diplomática reconhecida e com prévio agrément dos governos e presidências anteriores, que não foi mexida após o golpe de 12 de Abril. Portanto, contrariamente a Portugal, que não tem qualquer obrigação do âmbito diplomático com o dito “Encarregado de Negócios”, nomeado pelo Governo ilegítimo da Guiné-Bissau, o nosso país ainda tem a obrigação de cumprir todos os direitos relativos à Missão diplomática portuguesa na Guiné-Bissau, sob o risco de clara violação dos tratados e convenções diplomáticas.

Se formos ver a dita reciprocidade de que o porta-disparates do governo de transição quis socorrer-se (Art. 47º da Convenção de Viena), vimos que em nada encaixa com a situação em causa, uma vez que a substituição do Chefe de uma Missão Diplomática nada tem a ver com a rotatividade dos membros do pessoal administrativo e técnico de uma Missão Diplomática já acreditada no país. Foi tão só uma tentativa de provocação, que não terá qualquer efeito na Missão Diplomática portuguesa na Guiné-Bissau, uma vez que já se sabe que esses elementos serão substituídos em Janeiro. Não passa de mais uma “fuga em frente”, típica da ignorância e incompetência que tem caracterizado o nosso já famoso “porta-disparates”.

Querendo retaliar a posição de Portugal, só resta mesmo ao governo de transição referenciar ao Embaixador de Portugal como persona non grata, exigindo a sua retirada do país e depois dificultar a nomeação de um novo chefe da missão diplomática... Será que têm-nos no sítio para o fazer!? Mais cedo veremos Portugal a considerar o porta-disparates de persona no grata ou arranjar mecanismos para lhe retirar alguns direitos até agora conseguidos em Portugal ou até indiciá-lo por um crime contra Portugal...

A ver vamos…
 
Jorge Herbert

GUINÉ-BISSAU: TEMPO DE REFLEXÃO


O ano de 2012, foi sem dúvidas um ano de lutas, sabedorias embora de poucas realizações e muitas turbulências: “Guiné-Bissau ganhou a alcunha de narcotraficante; A corrupção ficou ainda mais descarada; A liberdade de expressão, de imprensa e de reunião foram condicionadas; Direitos humanos foram desrespeitados e desprezados.” (Ban Ki-Moon)
Também, pudera, os interesses do país ficaram em segundo plano, em detrimento de interesses particulares.

2013 Está aí à porta e chegará com a incerteza de ser um novo ano de guerra ou de paz. A CEDEAO deve mudar as atitudes para recuperar um pouco o seu prestígio, que ficou bastante abalado. Os políticos devem começar agora a construir um final feliz para a novela “golpe de estado” uma vez que já não podem voltar atrás e moldar um novo começo. Alguns devem pedir desculpas (de joelhos) a esta pátria que ama da mesma forma todos os seus filhos. 2013 Deve ser um ano de análise e reflexão sobre nossos actos irresponsáveis, nossos erros, nossas barbaridades e as consequências que tiveram sobre o país, povo e sobre nossas crianças em particular.

O fim da zaragata, já está no horizonte (ainda bem). Temos que ser mais exigentes, mais capazes de reestruturar a nossa democracia! Torná-la mais participativa, inclusiva e transparente! Combater a corrupção, a injustiça, às desigualdades para que possamos construir um país mais justo e de verdade

O ano de 2013 será um ano de eleições na Guiné-Bissau. Assim dizem... Deus queira que sim. Se assim for, temos que criar condições sine quibus non para que elas sejam livres justas e transparentes e para que não haja mais golpes de estado na Guiné-Bissau.
Devido a conjuntura política que se vive no país tenho algumas dúvidas de que as eleições serão realizadas em Abril conforme a CEDEAO e o governo de transição prometeram. Mesmo assim, deixo desde já, uma colectânea de frases e pensamentos que extraí na internet para reflectir sobre política e políticos neste ano de eleições:

“Não venda seu voto! Se o vender não reclame dos políticos, pois você é tão corrupto quanto eles!” (Autor Desconhecido); “Não vote nos desonestos! A corrupção tem efeitos destrutivos. Abala as instituições, corrói a ética, desvirtua a justiça, impede o desenvolvimento socio-econômico sustentável e enfraquece a vigência da lei.” (Carlos Steger); “Quando for votar não seja egoísta e pense nos outros e na sua pátria. Vote consciente, sabendo das consequências disso.” (A.D); “Não eleja quem já governou, enganou, mentiu e enterrou o país no atraso!” (A.D); “Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova.” (Mahatma Gandhi); “Se você quer mudar tudo, basta mudar a sua atitude.” (H. Jackson Brown)
 
Faço votos para que 2013 seja um ano de união, conquistas e concretizações de todos os sonhos dos guineenses. Para que o país encontre um rumo certo para o desenvolvimento e os guineenses possam desfrutar da sua beleza e riqueza. Que o amor e a união prevaleçam sempre, e a esperança renascida, fortaleça. Desejo no fundo do coração, estabilidade para este lindo e rico país que me viu nascer! Saúde, alegria e paz para este povo maravilhoso que apesar de livre e independente ainda sofre bastante com a maldade dos próprios filhos!
 
HAPPY NEW YEAR, GUINÉ-BISSAU!
 
Londres, 28/12/12
Vasco Barros. (Vava)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Cerco à APGB


Um falso assalto, nesta madrugada, às instalações da APGB fez soar os alarmes, isto depois de ditadura do consenso ter denunciado a gestão danosa e os saques na Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB). Segundo uma fonte do ditadura do consenso e perante a incapacidade da comissão de inquérito de ter acesso aos dados informáticos da APGB, por recusa do administrador Armando Correia Dias, o próprio 'primeiro-ministro' ordenou, por despacho, e com o conhecimento da Procuradoria Geral da República, o acesso da comissão de inquérito às instalações e a entrega dos computadores. Então, nesta manhã, perante a estupefacção e a incredulidade de todos, a administração desvendou que a APGB... foi assaltada na madrugada de hoje... Curiosamente, os amigos do alheio não levaram dinheiro mas sim...computadores. Precisamente aqueles que continham todas as informações... AAS

Escândalo na exploração mineira


A descoberta nas zonas de Varela, Farim e outras localidades do pais, de importantes jazigos de Titânio e de Zircão, metais muito preciosos , utilizadas para a fabricação de peças de avião e componentes de telefones portáteis, podem trazer consequências nocivas graves para as populações e o meio ambiente que o rodeia, pois a sua exploração é extremamente perigosa.

A sua exploração é perigosa, pois ela é misturada com substancias toxicas e cancerígenas. Elas podem causar males consideraveis e representam uma verdadeira bomba ecológica para as zonas onde são exploradas, nomeadamente a zona de Varela, onde o lençol freático é extremamente baixa, sem contar com a consequente poluição do seu rico ecossistema destinada a produção orizícola, à piscicultura etc...

Com igual preocupação estão a ser confrontados as populações do Senegal, nomeadamente na localidade de Abene (Departamento de Bindjona), não longe de Ziguinchor, onde as populações ja estão em pé de guerra com os depredadores da companhia australo-chinesa da Canégi-Astron. Inclusivamente já houve confrontações na localidade de Niafourang entre habitantes locais e trabalhadores chineses deslocados no terreno que foram inclusivamente ameaçados de morte.  

As populações dessas localidades Senegalesas alegam de que não podem aceitar que razões puramente mercantis, possa vir a destruir e "a desfigurar a nossa bela região e comprometer assim o futuro os nossos filhos nesta frágil região costeira", advertiu uma fonte local.

Este paralelo tem a sua razão de ser, pondo em alerta os politicos e a sociedade civil guineense, pois sabe-se que recentemente o Governo de Transição da CEDEAO para a Guiné-Bissau, sob os auspícios de um conselheiro muito próximo do atual presidente indigitado da CEDEAO na Guiné-Bissau, celebrou acordos de exploração mineira com uma sociedade chinesa participante do referido consórcio. Como contrapartida, o Governo ilegítimo e a presidência fantoche de Bissau receberam dezenas de milhões de dólares americanos dos chineses, servindo uma parte desses fundos para o GI pagar o mês de dezembro... e o PF a adquirir um belíssimo apartamento em Lisboa.

Com a cumplicidade vergonhosa das atuais autoridades, esta em curso uma verdadeira ação de assalto aos nossos recursos minerais por parte das companhias chinesas, que não fazem contas aos milhões de dólares que dispendem para terem o exclusivo da exploração das nossos cobiçados jazidos minerais.

A.T. (Técnico do MRN)

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

GOE/BISSAU: A Polícia de Segurança Pública portuguesa disse hoje à Lusa que a rotação de parte dos elementos do Grupo de Operações Especiais (GOE) na Guiné-Bissau será feita em Janeiro, confirmando que não ocorreu em Dezembro, como é habitual. AAS


PAIGC: Candidato Braima Camará reuniu-se com a Direcção da Célula do PAIGC em Portugal


Braima Camará (Bá Quecutó)), evidencia-se na corrida à Liderança do PAIGC.
 
O empresário Braima Camará, vulgo Bá Quecutó, Membro do Bureau Político do PAIGC e Candidato declarado à presidência desta que é, de longe a maior formação política da Guiné-Bissau, acabou de dar mais um passo para a consolidação da sua posição de liderança na corrida à substituição de Carlos gomes Júnior na Presidência do Partido de Amílcar Cabral.
 
Pelo menos esta foi a convicção, quase unânime dos que estiveram reunidos com ele no dia 22 de Dezembro, no Hotel Tivoli, em Lisboa, num encontro que teve como objectivo auscultar a opinião dos Militantes do Partido, dos Jovens Quadros e dos Guineenses em geral, na diáspora, sobre a sua pessoa, tendo em conta a sua decisão de se candidatar à liderança do PAIGC, e que segundo o próprio Braima Camará, serviu para dar uma oportunidade àquela que é a verdadeira história da sua vida.
 
Nesse encontro que durou mais de 5 (cinco) horas com a Direcção da mais poderosa representação do PAIGC além fronteiras (a Célula de Portugal), que se notabilizou essencialmente pela sua coesão e por apresentar um elenco de luxo, composto por um leque de Quadros com inquestionável experiência política e que contou ainda com a presença de jovens Quadros Independentes (sem qualquer filiação partidária), Braima Camará fez-se acompanhar de quatro elementos integrantes do seu Projecto.
 
Dirigindo-se aos presentes, depois das devidas introduções feitas pelo Presidente da Célula do Partido, Sr. Iafai Sani, Braima Camará começou por fazer uma retrospectiva história do Partido, que passo a transcrever na íntegra:
 
Fundado a 19 de Setembro de 1956, em Bissau, na antiga Guiné Portuguesa, hoje Guiné-Bissau, por Amílcar Cabral, Aristides Pereira, Luís Cabral, Júlio de Almeida, Fernando Fortes e Elisée Turpin, O PAIGC - Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, um dos Partidos mais conhecidos de África, que a par do MPLA (Angola), da FRELIMO (Moçambique) e do MLSTP, (São Tomé e Príncipe), escreveu das mais belas páginas de resistência dos povos oprimidos pela Autodeterminação e Independência, encontra-se praticamente à deriva, em virtude do permanente reacender das clivagens internas de cunho racial, religioso e tribal, resultantes de divergências recalcadas e adiadas, do inconformismo e do descontentamento interno, reflectindo as consequências de questões mal resolvidas no passado e que se manifestam sobretudo por alturas da realização das suas reuniões magnas (Congressos), quando as divergências internas do Partido saltam para a ribalta da cena política guineense, arrastando na sua turbulência toda a sociedade, cuja maioria esmagadora se identifica com os ensinamentos de Amílcar Cabral e com o seu Partido.

Apesar de tudo, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde continua a ser a maior referência política do País. Apesar da ampla aceitação nacional de que continua a gozar na sociedade guineense, o PAIGC é hoje um Partido profundamente dividido e enfraquecido que continua a definir-se como um Movimento de Libertação e que necessita urgentemente de profundas reformas, a semelhança do que aconteceu no MPLA e na FRELIMO, reformas essas que visam fazer dele um Partido de novo tipo, capaz de corresponder às expectativas do mártir povo guineense, que nele deposita toda a esperança de uma vida melhor.

Hoje, o PAIGC, em virtude de tantos atritos e desentendimentos internos, vive o momento mais dramático da sua existência e, resta saber até que ponto conseguirá, de mais este jogo de inclusões e exclusões de Militantes e Responsáveis Partidários, tão antiga como a própria história da sua existência, refazer-se da conflitualidade interna, ressentimentos e desconfianças que normalmente decorrem dos seus Congressos e afirmar-se como um Partido Moderno, recuperando o seu prestígio de outrora e o seu lugar de honra na história que ajudou a escrever.

Sendo o PAIGC um património nacional, cuja preservação e engrandecimento constitui um dever patriótico de todos os guineenses, sem excepção, um desafio que devemos enfrentar, enquanto povo e Nação que se preza, decidi aceitar o desafio de liderá-lo neste momento particularmente difícil da sua história, porque estou convicto das minhas capacidades e disponibilidades para o fazer e porque, como filho de Combatente da Liberdade da Pátria, acho que chegou a hora de saldar a minha dívida para com todos os que lutaram para a nossa Independência Nacional e para a inserção do nosso País no contexto das Nações Livres do Mundo.

Na sequência disso, deixo aqui uma certeza: Se eu for o preferido dos Delegados ao Congresso, farei questão de convidar todos os guineenses, sem excepção, a participar no nosso Projecto, desde que tenham capacidade e vontade de ajudar no desenvolvimento do País e estejam dispostos a contribuir para engrandecer o Partido de Amílcar Cabral e do nosso povo
”.

Com esta exposição, Braima Camará deixou transparecer um profundo conhecimento das causas que estão na origem das contradições internas que dilaceram o PAIGC e sobretudo da imprescindibilidade de se proceder a reformas de fundo com vista a adequá-lo às expectativas do povo guineense, apelando a participação e contribuição de todos, independentemente de serem ou não Militantes do Partido.

O que maior impressão causou nos presentes, foi sem dúvida a disponibilidade revelada por Braima camará de falar da sua vida, como ele próprio o definiu, “sem reservas nem tabus” de forma a esclarecer todas as questões que possam ser relevantes para a avaliação da compatibilidade da sua pessoa para um cargo de tão alta responsabilidade nacional.

Com esta exposição “de tirar o chapéu” Braima Camará maravilhou a audiência com surpreendente humildade, frontalidade, determinação, coragem e sobretudo profunda tolerância e capacidade de ouvir e acatar as propostas, ao ponto de, no fim do encontro, os Quadros presentes o encorajarem a avançar e se disponibilizarem para ajudar na elaboração do seu projecto, caso venha a ser necessário, considerando que chegou a hora da juventude assumir as suas responsabilidades históricas, para que os mais velhos possam finalmente descansar.

Para a maioria esmagadora dos presentes, Braima Camará reúne requisitos muito importantes, como por exemplo a humildade, a tolerância, a facilidade de diálogo, a procura de consensos e de equilíbrio social, o respeito pelo próximo, que fazem dele o homem do momento. E esperam que essas qualidades o ajudem a encontrar uma linguagem comum com os diferentes grupos de interesses instalados, para possibilitar as profundas reformas de que o País necessita.

Para terminar, respondendo ao apelo de quase todos os intervenientes, declarou-se aberto ao diálogo com todos os outros Candidatos, para evitar futuras divisões no Partido, que neste momento precisa de congregar todos os seus Militantes a volta de um Projecto Inclusivo, Realista (do ponto de vista da sua implementação), Abrangente (do ponto de vista estratégico) e Ambicioso (tanto no que se refere as reformas no Partido, como no Estado).

Boa Sorte, Braima Camará e que Deus te Abençoe!

Tataflu


"Não consigo perceber até agora a razão da condescência do Governo português em relação ao porta-disparates do governo golpista de Bissau. Esse energúmeno faz e desfaz, faltando ao respeito as pessoas de bem, quando estes têm argumentos e dados sobre a sua vida de criminoso e caloteiro reincidente, que o deixariam mudo por todo o tempo. Não consigo compreender como um bandido de colarinho branco e conhecido "pédé" se da ao luxo de se fazer de figurão mandão, quando basta uma simples centelha para lhe pôr as calças a arder.

O Fisco e as autoridades judiciarias portuguesas já deviam pôr o Nando Vaz há muito no seu respetivo lugar reativando todo o seu arsenal de queixa sobre, fugas ao fisco, calotes, extorsões e branqueamento de dinheiro que tem pendente nos tribunais portugueses. E tempo de fazer calar esse rouxinol pervertido, pois cada vez que fala para dizer m..., vem-me ca uma náusea.

Por favor calem-me esse "cuequeiro" marginal.

Ângela Sequeira"

GOE não entra


Elementos do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP terão sido impedidos de entrar na Guiné-Bissau, por não terem vistos, de acordo com a rádio «Renascença». Perante este cenário, que resultou do facto de o Governo português não reconhecer o executivo de transição guineense, segundo a emissora, os elementos destacados naquele país africano não puderam regressar a Portugal para passar o Natal.

Esta «situação está a causar mal-estar diplomático entre as autoridades de Lisboa e Bissau», explica a rádio, que cita o porta-voz do Governo de transição da Guiné- Bissau, Fernando Vaz: «se o executivo português não concede visto ao encarregado de negócios guineense, então o Governo de transição também não passa vistos para os elementos do GOE, que fazem a segurança da embaixada portuguesa». «O Governo português deve deixar de fazer política virtual e fazer uma política real. É urgente que o Governo português comece a fazer uma política realista, que entenda que, na realidade, quem governa a Guiné é o Governo que está aqui instalado, o Governo de transição, e que estabeleça, com esse Governo, as relações que sempre teve», acrescentou Fernando Vaz.

Son manda boka



"Bom dia Irmão,

Ainda há pessoas que não sabem o verdadeiro significade de Natal, pessoas demoníacas que fezem da violencia a solucão dos seus problemas. Dia 24 de Dezembro em Cuntum Madina o infeliz de um dos António de Bissau (António Sedja Man), estava na casa da sua namorada onde costuma revelar alguns segredos dos golpitas e disse em tom muito alto que ele será o Presidente da CNE e não o Rui Nene que foi posto ali pela ANP "fora de prazo". Ainda foi mais longe e disse:
 
NÓS NÃO FIZEMOS O GOLPE PARA NAS PROXIMAS ELEIÇÕES PERDERMOS A FAVOR DO P.A.I.G.C, A TODO O CUSTO SEREI PRESIDENTE DA CNE. E disse mais Bissau, que era de uma etnia agora e que seria de uma outra até quando não sei, disse ele.
 
O disparate não terminou ali. Quando foi questionado pela namorada de que Rui Nene foi votado na assembleia, ele voltou a dizer: SORI DJALO SABE PORQUE FIZEMOS O GOLPE SE HOJE ESTA ALI? ELE SABE E ELE FOI UM DOS QUE PARTICIPOU A 100% NAS MANIFESTAÇÕES QUE CULMINOU COM O GOPLE DE 12 DE ABRIL.
 
Caros irmãos e bons filhos da Guiné. Para mim não me surpreende a atitude de Antonio Seja Man porque ele foi primeiro a ser contactado pelo Daba na Walna (Porta-patarata dos golpistas) para participar no golpe de 12 de Abril sob condicão de ser nomeado Ministro da Justiça mais não foi o caso porque Serinho Nhamadjo foi influente para a nomeacão de Mamadu Saido para tal cargo.
 
Os velhos ditados dizem: "TUDO O QUE INICIA ESTA MAIS PROXIMO DO FIM",
 
"NO DIA EM QUE O MACACO DISSER QUE QUER MILHO ASSADO SIGNIFICA ESTA PEDIR A SUA MORTE".
 
Viva a Democracia

Serifo Djalo"

Isto é um assalto


"Caro Aly,

E inconcebível o que esta a acontecer na APGB especialmente num momento de crise onde nos EUA o governo tomou medidas contra os bónus e chorudos salarios dos executivos nao só das empresas publicas, mas também privadas e dos bancos, na  Europa até as pensões dos idosos não escaparam as medidas de austeridade que inclui cortes nos salarios, pensões, etc...

Como é possível os mais ricos e desenvolvidos a fazerem contenção e nós estamos a dar o luxo de aumentar salarios numa empresa do Estado? 

Aquilo não é um simples aumento, é um roubo, um crime e um atentado contra as regras financeiras. 

Devem ser demitidos e chamados a justiça, porque mesmo que fosse empresa privada não podem estar a efectuar despesas com caracter pessoal que não tem nada a ver com a actividade da empresa, num pais de lei o fisco cai-lhes logo em cima, quanto mais uma empresa publica, dinheiro do contribuinte, receitas do estado, para pagar mordomias, etc a pessoas que em principio representam um órgão consultivo que devia se reunir só trimestralmente, o que significa pagar milhões mensalmente para alguns que só reúnem ou trabalham 4 vezes por ano, para que servem as senhas de presença?

Mas o culpado é quem os colocou lá porque todo o mundo sabe quem é ACD e todo o mundo sabe que o DG é sobrinho de António Indjai e não tem perfil (só o ... é que ficou impressionado com o currículo dele) nenhum de estarem lá, o DG assaltou o lugar durante o golpe sem nomeação, sem nada, mas que foi depois consumada depois do assalto ao poder e pelo despacho do Conselho de Ministros devido à pressão dos militares. 

Fico por aqui, um grande abraço.
"