terça-feira, 22 de maio de 2012

Carta aberta à Organização das Nações Unidas



A Guiné-Bissau capitulará em breve. E entrará numa guerra civil não tarda nada. A responsabilidade será repartida entre a CEDEAO, a UNIÃO AFRICANA e, claro, as NAÇÕES UNIDAS. Não digo isto de ânimo leve, não. Digo-o porque sinto a convulsão chegar, vejo um povo sedento de resistência, ainda que dorido na alma. A comunidade internacional falhou rotundamente - alguma comnidade internacional, poucos, continuam a lutar, não tanto pelo Governo legítimo que foi deposto pela força das armas mas pelo Povo da Guiné-Bissau.

O País conheceu, hoje, mais um passo de confrontação que nos levará inevitavelmente à instabilidade: a composição de um 'governo' cheio de golpistas e cujos nomes deverão figurar nas listas de sanções, quer da União Africana, quer da ONU. Da CEDEAO, nada espero. Conto apenas com desgostos. O POVO da Guiné-Bissau deve resistir e tem de continuar a lutar. Deve resistir enquanto respirar, e tem que lutar com tudo o que tiver à mão: os cocktail's molotov são uma arma eficiente e assustadora. Os militares e polícias estrangeiros devem ser o primeiro alvo, depois tratamos da saúde aos nossos 'compatriotas-traidores'.

Eu vou regressar brevemente ao meu País. Sem medos, nem receios. Vou apontar o dedo, vou acusar. Vou resistir ao lado do POVO que aprendi e me ensinaram a amar. E se morrer na resistência, terei morrido feliz. Não APOIO um governo ilegítimo, estou-me nas tintas para o Presidente da República de Transição que é um golpista. Também não sei porque existe ainda um Parlamento a funcionar. Terá de ser dissolvido mais tarde ou mais cedo. Nada se pode fazer num Parlamento com menos 67 deputados em 100... A luta será a solução. Chega de graffitis! Há que passar à acção directa!!!

Será a ONU um gigante com pés de barro? Não e sim, ao mesmo tempo. Acordem, enviem uma força para proteger esse povo que sofre há 40 anos!!! Não nos abandonem e lembrem-se do genocídio no Ruanda, indirectamente patrocinado pela ONU. Não há que recuar, a ONU tem de ser firme. Se falharem e os golpistas (guineenses e da CEDEAO) vingarem, então arrumem a tralha, selem os vossos escritórios e adeus, passar bem. Não precisamos mais da ONU na Guiné-Bissau. Foi bom para o negócio, enquanto durou.

A Guiné-Bissau é de todos nós - destrói a parte que te cabe! António Aly Silva

Comando Militar: Ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, fez 'acusações levianas'



O porta-voz do Comando Militar responsável pelo golpe de Estado de abril na Guiné-Bissau acusou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, de fazer acusações levianas e de Portugal ter "uma interferência nociva" no país. "Que fique bem claro, ele (Paulo Portas) está a servir o café da manhã e o jantar à noite a quem é o maior responsável pelo tráfico de droga", disse Daba Na Walna, em conferência de imprensa, respondendo a Paulo Portas, que na passada quinta-feira disse em Lisboa que a questão do narcotráfico também era a chave do golpe de Estado de 12 de abril. É que, justificou Daba Na Walna, "a empresa responsável pela segurança das bagagens no aeroporto de Bissau não é do general António Indjai, não é do tenente-coronel Daba Na Walna, não é de ninguém que pertença ao Comando. O dono da empresa tem um nome e é quem está lá" (em Portugal). LUSA

M/R: No comments...tristeza. AAS

O governo ilegítimo




1) Fernando Vaz, Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, da Comunicação Social e dos Assuntos Parlamentares;

2) Dr. Faustino Fudut Imbali, Ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades;

3) Piloto-Aviador Celestino de Carvalho, Ministro da Defesa e dos Combatentes da Liberdade da Pátria;

4) Eng. António Suka Ntchama, Ministro do Interior;

5) Dr. Vicent Pungura, Ministro da Educação Nacional, Juventude, Cultura e Desportos;

6) Dr. Agostinho Cá, Ministro da Saúde Pública e Solidariedade Social;

7) Dr. Mamadú Saido Baldé, Ministro da Justiça;

8) Senhor Daniel Gomes, Ministro dos Recursos Naturais e da Energia;

9) Dr. Abubacar Demba Dahaba, Ministro das Finanças;

10) Dr. Degol Mendes, Ministro da Economia e Integração Regional;

11) Dr. Fernando Gomes, Ministro das lnfraestruturas;

12) Dr. Abubacar Baldé, Ministério do Comércio, da lndústria e Valorização de Produtos Locais;

13) Dr. Malam Mané, Ministro da Agricultura e das Pescas;

14) Dr. Baptista Té, Ministro da Administração do Território e Poder Local;

15) Dr. Carlos Joaquim Vamain, Ministro da Função Pública, do Trabalho e da Reforma do Estado;

Secretários de Estado

16) Eng. Carlos Nhaté, Secretário de Estado dos Transportes, das Comunicações e Novas Tecnologias de Informação;

17) Eng. Quintino Alves, Secretário de Estado da Reforma Administrativa;

18) Dr. Gino Mendes, Secretário de Estado do Tesouro, dos Assuntos Fiscais e das Contas Públicas;

19) Dra. Tomásia Lopes Moreira Manjuba, Secretária de Estado do Orçamento;

29) Senhor Mussa Djata, Secretário de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria;

21) Dr. Salvador Tchongo, Secretário de Estado do Ensino, da Formação Profissional e do Emprego;

22) Dr. Óscar Suca Baldé, Secretário de Estado das Pescas e dos Recursos Haliêuticos;

23) Senhor Rogério Dias, Secretário de Estado da Comunicação Social;

24) Dr. Agostinho da Costa, Secretário de Estado do Ambiente e Turismo;

25) Eng. Eurico Abduramane Djaló, Secretário de Estado da Energia;

26) Dr. Ibraima Djaló, Secretário de Estado do Comércio;

27) Dr. Basílio Mancuro Sanca, Secretário de Estado da Segurança e Ordem Pública;

28) Senhora Helena Paula Barbosa, Secretária de Estado da Juventude, Cultura e dos Desportos.

Artigo 2 – Este Decreto Presidencial entra imediatamente em vigor.

Bissau, 22 de Maio de 2012.

Publique-se.

O Presidente da República de Transição

Manuel Serifo Nhamadjo

OPINIÃO: A Guiné-Bissau e a (des)ordem internacional


Por: Jaime Nogueira Pinto

Há precisamente cinco semanas os militares da Guiné-Bissau, influenciados por Kumba Yalá e pelos candidatos derrotados na primeira volta da eleição presidencial, interromperam o processo eleitoral em curso, prenderam o Presidente interino e o primeiro-ministro Carlos Gomes Jr. e tomaram o poder.
O pretexto foi a presença da missão militar angolana (MISSANG), que estava no país, a pedido do Governo legítimo, para apoiar a reforma das Forças Armadas.

O golpe militar desencadeou a condenação unânime dos países da região e de organizações internacionais como a CPLP, a CEDEAO, a União Africana, as Nações Unidas. E também do Departamento de Estado norte-americano.

Internamente, a reacção popular foi também de absoluta condenação. E com razão: a seguir ao golpe os salários dos funcionários públicos deixaram de ser pagos, o abastecimento de combustível cessou e a vida da população, das pessoas normais, tem vindo a deteriorar-se.

A Guiné-Bissau é membro da CPLP e da CEDEAO. Desta por razões de ordem político-geográfica. Daquela por razões de ordem político-cultural.

Numa crise deste tipo, seria elementar que estas organizações coordenassem esforços para, de acordo com as decisões tomadas na sequência do golpe, contribuírem para o restabelecimento do status quo ante ao golpe. Ou seja, do governo do PAIGC de Carlos Gomes Jr. e da conclusão do processo eleitoral. Menos que isso é flagrante contradição com o espírito da ordem internacional, com os próprios estatutos, decisões e resoluções destas organizações.

Mas é o que está a acontecer. Valendo-se de ter conseguido a libertação dos governantes legítimos, a CEDEAO apoderou-se do processo. O pior é que, entretanto, alterou radicalmente as disposições iniciais. Na sua última resolução acaba por, continuando formalmente a condenar o golpe e os golpistas, legitimar a sua acção de forma tácita ao adoptar uma solução que coloca como presidente interino um dos apoiantes do golpe, cria uma transição de um ano para novas eleições e afasta do poder os governantes eleitos.

E prepara-se para pedir financiamento para a operação à comunidade internacional, nomeadamente à União Europeia.

Só que o reconhecimento desta situação abalará, de vez, a já pouca confiança nos mecanismos da ordem internacional. Se os militares da Guiné-Bissau prevalecem contra todas estas organizações e declarações solenes de condenação, estará legitimada a força como modo normal de os descontentes alterarem a vontade popular.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Vergonha: Assembleia amnistia golpistas...


Um grupo de partidos políticos com e sem representação parlamentar, comprometeram-se a adoptar uma lei de amnistia a favor dos autores de golpe de Estado de 12 de Abril. A decisão consta de um «Acordo Político» assinado no dia 18 de Maio, em Bissau, por 25 dos 30 partidos políticos apioantes do golpe de Estado do passado dia 12 de abril.

Entre as partes signatárias do documento, nomeadamente o Partido da Renovação Social (PRS) e o Partido República da Independência e Desenvolvimento (PRID), os presentes comprometeram-se a colaborar «empenhadamente» com as autoridades judiciais a serem criadas na clarificação das exacções e assassinatos ocorridos no país desde aprovação da última lei da amnistia. O efectivo retorno dos militares aos quartéis e a sua subordinação ao poder político, colaboração na «remoção» de obstáculos às reformas nos sectores de Defesa e Segurança são, entre outros, compromissos assumidos pelos partidos que saudaram o golpe de Estado.

A Razão de Tudo



A democracia além de mais é uma separação de poder executivo, legislativo e jurídico. A separação não é translúcida no afastamento de competências entre executivo e legislativo.

O governo formado democraticamente é uma instituição dotada de poderes específicos, delimitados por lei, composto por um grupo de agentes cuja legitimidade lhe advém do voto popular (vontade da maioria). Isso marca a diferença entre o que é vontade popular e vontade privada. Mas também é de realçar que quando o governo nomeia os seus colaboradores eles têm legitimidade indireta desde que a nomeação provém de alguém do direito. A Assembleia da República tem o dever e poder de fiscalizar as ações do governo.

Podemos agora analisar o caso concreto da Guiné Bissau. Quais os motivos do levantamento militar?... 1º Um acordo bilateral entre PM da GB e o governo Angolano para aniquilar as nossas forças armadas.(…)

R: Assassinato; não faz parte das competências do governo democrático, logo numa situação de normalidade, se for verdade é exigido a atuação da Assembleia da Republica e futuramente das autoridades jurídicas. Ai encontram o meu total apoio para protestar, lutar e manifestar (sem arma) apelando o cumprimento da lei constitucional. Agora; quando pegam na arma… demarco e apelo a democracia. Com isto quero demostrar que a estortura fundamental da democracia está lá, se não funciona temos que lutar (sem arma) para torna-la a mais eficiente possível. Mais de 90% dos países do mundo são democráticos. (quer dizer que não têm golpes militares todos os fins de semana) Mas também é sabido que não há democracia perfeita, todos os países lutam (sem arma) para melhorar a dita democracia.

Como travar essa luta (sem arma) individualmente como cidadãos, devemos promover debates de ideias entre parceiros, com troca de concepções de forma saudável. A nível de governo exigir os nossos governantes transparência nas suas ações; investimento na formação e qualificação dos jovens por último a justiça na sociedade. Estes são um dos pontos de paridade para alcançar o estado ótimo da democracia.
Cientificamente falando.

Todo discurso anterior podia ser rebatido com um simples argumento de que “se a democracia não é perfeita, não somos obrigado a cooperar”, esta posição é legítima. Mas tecnicamente ou cientificamente podemos mostrar que realmente a democracia é melhor que a ditadura. Dai lutarmos com todos os meios (sem arma) para implantar a democracia.
Para que haja uma afetação eficiente dos recursos escassos num pais, é necessário que o preço dos bens reflita os custos de produção dos mesmos “segundo Pareto”.

Podemos encontrar uma relação direta entre o rendimento (salário) das famílias e a possibilidade de consumo, (a reta da restrição orçamental é tangente a curva de indiferença). E quando existir disparidade o estado democrático intervém no sentido de restabelecer o equilíbrio para garantir a equidade, eficiência e a liberdade. Mas estas três componentes da atuação do estado não implicam automaticamente situação de justiça (democracia perfeita). O Estado pode ser obrigado a transferir recursos de uma agente para outro, sem que essa transferência seja a mais justa, mas que numa situação em que a ação livre e volutaria de um dos agentes leva a situação de desequilíbrio social no outro agente, logo o estado intervém. Grosseiramente a intervenção de um governo num país pode ser visto como muita ou pouca através dos impostos cobrados. Há estados mais intervencionistas que outros, mas todos o fazem em democracia.

Portanto o equilíbrio que um governo democrático tenta alcançar com afetação, redistribuição e estabilização, também é possível ser alcançado num regime ditatorial mas o problema se coloca nos mecanismos existentes para certificar estes equilíbrios que carecem de credibilidade internacional. No passado outras formas de governação já tinham sidos adotadas sem grandes êxitos as provas documentas existem e são constantemente citadas nos manoais de sociologia. Portanto de uma forma maioritária prefere-se democracia em detrimento da ditadura. Ditadura militar, regime militar ou governo militar é uma forma de governo onde o poder político é efetivamente controlado por militares. Como qualquer ditadura ou regime, ela pode ser oficial ou não. Também existem formas mistas, onde o militar exerce uma influência muito forte, sem ser totalmente dominante.

A situação de golpe de 12 de Abril em que se destitui o Parlamento e se depôs o Presidente da República eleitos democraticamente, ai está o que se chama de Ditadura Militar. Mas os problemas levantados pelos apoiantes do golpe têm que ver com a ineficiência da democracia, mas não tem que ver com a mudança de regime político. Se ela é ineficiente vamos torna-la mais eficiente. Dai o meu apelo aos golpistas “lutar para melhorar a democracia e não contra a democracia”.

O nosso estado dispõe de todos os mecanismos para que os militares ou ofendidos manifestem as suas indignações. A GB é nossa terra o que estiver mal é para mudar democraticamente ou no sentido da vontade maioritária. Assassinar a democracia é que não irmãos. Há um outro elemento que podemos ter em conta na análise desta situação que é o nível da corrupção que à dias foi invocado por um dos elementos do comando militar, dizia “o estado é corrupto em vários sectores e subsectores portanto as forças armadas é corrupta”.

É verdade no índice de perceção de corrupção elaborado pela transparência internacional, organismo não-governamental sediada em Berlim. Diz que GB é um dos países mais corruptos do mundo mas está à frente de cerca de 20 países. Mas a nossa terra GB volta e meia temos golpe de estado, o que não acontece em nenhum desses países. Estamos a caminhar a passos largo para conquistar a medalha do país com maior número de golpes militar. Isso não é motivo de orgulho, portanto temos que lutar (sem arma) para o travar. A Nigéria e a Costa de Marfim estão um pouco acima da GB no ranking, mas as diferenças são relativamente ínfimas. Isso para dizer que se o comando militar estivesse lá (Hahaha) ia ser bonito. Cada país justifica a sua posição no ranking com fatores intrinsecamente ligados a maturidade democrática. (…)

É da máxima importância salientar o seguinte: a corrupção tem custos que são quantificáveis, e está ligado a atuação do governo “abuso de poder para fins privado”. Mas esses custos não se comparam com custos da própria corrupção numa situação de ditadura militar. Portanto olhando para todas as vertentes económicas e socias a democracia prevalece e não a podemos matar, pelo contrário temos que lutar (sem arma) para o salvar. Apelo a todos os Guineenses que apostemos no confronto de ideias construtivas pautando pela lógica e não pelos insultos, evitando sentimentos de ódio e vingança. Havemos de vencer.
Pascoal Correia Alves Junior, Economista, Lisboa.

domingo, 20 de maio de 2012

Diáspora exige retorno



O Fórum da Diáspora para o Diálogo e Desenvolvimento (FDDD), que congrega imigrantes da Guiné-Bissau em Portugal, apoia o regresso ao poder do presidente interino e do primeiro-ministro guineenses depostos pelo golpe de Estado de 12 de abril. Numa reunião de apoio a Raimundo Pereira e a Carlos Gomes Júnior, que decorreu hoje à tarde num hotel de Lisboa, o coordenador do FDDD, José Alage Balde disse que mantém a esperança de ver reposta a situação vigente na Guiné-Bissau antes do golpe militar e prometeu “continuar a lutar” por esse objetivo.

Perante uma plateia com cerca de uma centena e meia de guineenses, o principal orador do encontro, o primeiro-ministro deposto Carlos Gomes Júnior, contou como foi detido na sua casa, em Bissau, pelos militares golpistas, episódio que considerou “indigno para uma democracia no século XXI”. Emocionado e falando por vezes em crioulo, Gomes Júnior referiu-se também aos 14 dias que permaneceu detido com o presidente interino deposto, Raimundo Pereira, em celas “sem condições”.

À Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), organização regional que chegou a acordo com o Comando Militar responsável pelo golpe de Estado sobre um plano de transição para a Guiné-Bissau, que incluiu a designação de Serifo Nhamadjo para presidente, Carlos Gomes Júnior deixou o aviso que se trata de “um ato ilegal”.
“O povo da Guiné-Bissau tem o direito de ter o seu presidente eleito e governo eleito. A democracia diz que é o povo que elege os seus governantes”, destacou Gomes Júnior na sua intervenção, suscitando fortes aplausos, acompanhados por palavras de ordem de apoio. No encontro, sem perguntas da plateia, falaram também Mamadu Djaló Pires, ministro dos Negócios Estrangeiros do governo deposto e os embaixadores Fali Embalo e Paulo Silva, insistindo todos na necessidade de "restaurar a legalidade constitucional" na Guiné-Bissau. LUSA

sábado, 19 de maio de 2012

Ouvi um grito


Aly,

Em primeiro lugar te endereço os meus cumprimentos e pela coragem e dedicaçao com o povo da GUİne é com grande honra que acompanho o seu blog porque tem o conceito de um jornalismo verdadeiro que respeita a etica e deontologia profissional, nao sou da esquerda nem da direita sou do povo como o senhor . Um verdadeiro heroi da nova revoluçao NO DİPİDİ KUBRİU PANO Dİ PİNDİ o seu contributo em informar publicar ajudou muito para que nao haja mortes no golpe passado. Foste preso como Luther King, Malcon X, Ze Carlos, Aliu Bari em nome do povo, e agradeço o povo da Guiné-Bissau pela coragem demostrado em nome da paz e democracia e dedico este poema para o povo democratico da guine.


MEU POVO
ouvi um grito
grito do povo e,
pensava que era a voz do corvo
da terra massacrada feito escravo

nada leva que a vossa inconsciência,
que a vossa divergência,
que a vossa discordância,
que a vossa influencia...

Oh,Jesus! que morre crussificado
pela negligencia dos homens
tenha piedade de nos
para que a paz seja o nosso
espelho

oh,Jesus!filho do criador
do céu e da terra
me sinto sufocado
pois,aqui minguem è culpado

Oh,jesus que morre crussificado
tenha piedade de nos
para que o momento de alegria
não se transforma em tristeza

Oh, Santa mãe! que povo cansado
não vive num sonho indesejado
que aniversários de palmas
não se transformem em lágrimas

e que os homens seja conscientes
e não matar os inocentes
na pátria dos heróis
Amilcar,Domingos,Titina
e outros.....

Eduin Armando Indequi
????????????????????????????????????????*

kredu ki nha pubis
na kosta di librcis

nhu combersa
i amigu di prasa

cabas i moransa di cuscus
djabacus i camrada di bus
cunhadu canua
cai na canbua
i pirquisa bua

anta pa canba estrada
pircis djunda djunda

kredu ki nsunha
un sunhu medunhu
n odja guistis ki cara runhu

djintos na nheme carus
e na nguli bagus
e murdi bis
e cunfundi prabis
ku cpa tris

manda i ca força
ki fadi toroça............

Eduin Armando İndequi

Lutar, lutar, lutar sempre!




Caro Aly,

Para mim, não foi nenhuma surpresa. Tenho a certeza que o povo da Guiné-Bissau não gosta das pessoas que trabalha seriamente para desenvolvimento do país. O que esta a passar é uma vergonha. O melhor é deixar os militares continuar as suas vendas de drogas. Os militares são uma vergonha e é melhor a Guiné-Bissau acabar com os militares, que não deixam o pai desenvolver. Já são crimes a mais na Guiné-Bissau… É uma vergonha, já chega, de o povo guineense passar vergonha por causa dos militares.

É vergonha a mais. Já chega.

Nelson Almeida

A LUTA CONTINUA



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FOTOS DR

TEMPORAL, ONTEM, EM BISSAU



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fotografias DR

Portugal quer regresso "imediato" do governo legítimo da Guiné-Bissau



Portugal continua a defender, contra o plano da CEDEAO, o regresso "imediato" do governo legítimo da Guiné-Bissau deposto pelo golpe militar, mas considera importante uma "coordenação eficiente" dos parceiros internacionais guineenses, disse o embaixador de Portugal na ONU. José Moraes Cabral falava após a aprovação unânime no Conselho de Segurança das Nações Unidas de uma resolução, submetida por Portugal, que exige ao Comando Militar golpista na Guiné-Bissau que abandone o poder e permita "um processo eleitoral democrático". O texto final da resolução deixou, no entanto, cair a exigência de regresso do governo guineense deposto pelo golpe de Estado de 12 de abril e a continuação das eleições presidenciais interrompidas.

"A nossa posição foi consistentemente, e é, que a solução para a crise é o regresso imediato das autoridades democraticamente eleitas, restaurar totalmente o processo constitucional", afirmou Moraes Cabral, confrontado com a divergência de opiniões entre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). "É a nossa posição e que defendemos desde o primeiro dia. Dito isto, acreditamos que, para além de quaisquer divergências, o que é importante é que comunidade internacional arrepie caminho e se coordene de uma maneira eficiente para ajudar o povo da Guiné-Bissau a resolver a crise atual", adiantou.

Um diplomata de um país membro do Conselho de Segurança que participou nas negociações disse à agência Lusa que foram essencialmente os países africanos, Togo e África do Sul, a lutar por uma posição mais consentânea com a da CEDEAO, que negociou a nomeação de um governo de transição, já empossado em Bissau. A resolução exige ao Comando Militar "passos imediatos" para "restaurar e respeitar a ordem constitucional, incluindo um processo eleitoral democrático, assegurando que todos os soldados voltem aos quartéis e que abandonem as suas posições de autoridade". O primeiro projeto de resolução, bem como a declaração presidencial do Conselho de Segurança, de há 10 dias, exigia o regresso das autoridades legítimas e conclusão do processo eleitoral interrompido pelo golpe.

Um diplomata de um dos "15" envolvidos nas negociações disse à Lusa que da negociação saiu "um compromisso que está firmemente focado na democracia". O Conselho afirma ainda que a situação na Guiné-Bissau vai ser "continuamente revista", podendo vir a ser reforçadas as medidas, em particular pela imposição de "um embargo de armas ou medidas financeiras". Após a aprovação, Moraes Cabral sublinhou na câmara do Conselho de Segurança que a resolução prevê sanções para os autores de golpe, e os seus apoiantes podem vir a ser visados, o que é uma "nova mensagem forte de condenação, reiterando a política de tolerância zero contra a tomada de poder inconstitucional". "Golpes de Estado contra autoridades legítimas democráticas são simplesmente inaceitáveis. Tal como a interrupção ilegal de um processo eleitoral internacionalmente considerado livre e justo", afirmou.

Numa referência ao primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, sublinhou ainda que "é igualmente inaceitável uma solução política que exclua e exile os que têm maior apoio democrático eleitoral, dando o poder a indivíduos derrotados eleitoralmente". Expressou ainda "grave preocupação" com os relatos de violações de Direitos Humanos recorrentes por parte do Comando Militar", cujos autores "terão de ser responsabilizados". A resolução, adiantou, sublinha a "importância de uma coordenação eficaz entre os parceiros internacionais", nomeadamente União Africana, CEDEAO, CPLP e União Europeia, com uma "abordagem ativa da ONU". "Qualquer solução bem-sucedida exige um esforço conjunto de todos. Esperamos que a resolução estabeleça maior coesão e união de propósitos entre os vários esforços em curso", adiantou. LUSA

Raça 'nététu'



Oi irmão,
No meio de uns gins-campari, deu para escrever e fazer passar o tempo.
Analisa e posta se assim achares interessante.
Um abração.
 
Caro amigo Aly,
Os meus melhores cumprimentos e votos de um bom repouso em terra segura.
Grato ficaria se me permite-se contribuir ao debate sobre o nosso Pais utilizando o seu incontornavel e patriotico blog.
 
RAÇA «NÉTÉTU»… i Fédi, mas i sabi
 
A Guiné-Bissau, é um pequeno pais, porém de grandes e insoluveis problemas. Um pais que não para de surpreender o mundo com as suas e turbulentas e ciclicas convulsões.
Um pais aparentemente desprezivel e desconsiderado; visto como pobre e instavel. Enfim, um pais sui géneris no contexto mundial com um cadastro invejavel em termos de instabilidade politica e social.
 
Porém, sempre a Guiné-Bissau, foi um pais disputado. Entenda-se, no bom e no mau sentido.
Esse mistério de atracção quase fatal que se enreda desde as crônicas de Eanes de Azurara… que da sua pluma de inegualavel mestria descrevera a Guiné numa das suas crônicas : «esse inospico canto do mundo das novas descobertas que tanto atrai..., ar tépido, cercado de mil braços de traiçoeiros rios onde vidas se perdem entre doenças misteriosas e azagais venenosas vindos do nada…, incognito a fatalidade da sua atracção apesar de mil traições que escondem os seus infimos segredos e gentes traiçoeira como as suas sombras negras como a noite».
Por essa Guiné, em tempos recuados, se bateram, Portugueses, Franceses, Ingleses, Holandeses, Americanos e, até Suecos… uma atração secular que perdura de forma incompreensivel até a data presente.
 
Ela, a Guiné Portuguesa paradoxalmente foi das todas as colonias, a unica efectivamente de nome «Portuguesa», diz-se por adopção Régia (não pela diferenciação com a outra Guiné, a Conakry),... alias, o unico que aporta no seu brazão « orgulhosamente » as cinco quinas da nação portuguesa… com o senão... de um canhão com a cabeça de um negro, para simbolizar terra conquistada. Porém a unica entre as colonias portuguesas com esse, também incognito simbolismo. De resto, apesar dos pesares, a Guiné, foi o unico «filho", legitimo ou adoptivo de Portugal colonial. Assim continuou, sem proveito, sem honra nem gloria…, senão a sangria animalesca dos seus filhos mais valiosos e valoros, pelos seus prorios irmão que, fazendo-se de falsas "vitimas" de uma mitica discriminação, são hoje os algozes dos seus irmãos.
 
Pergunta-se. Qual a razão que gera toda essa histérica disputa à sua volta até aos nossos dias ? Qual o mistério que guarda essa rejeitada mais cobiçada Guiné-Bissau ?
 
Hoje, a Guiné-Bissau é histéricamente cobiçada e disputado pelos nossos vizinhos da CEDEAO. O surgimento de Angola directamente e a Africa do Sul inderectamente no cenario de influências e de interesses na Guiné-Bissau com projectos concrectos e de desenvolvimento, fez soar o sinal de alarme nas hostes mais ambiciosas da nossa organização sub-regional.

A ambição e a cobiça secular do Senegal sobre as riquezas da Guiné-Bissau é bem conhecida e veio a tona, emergendo-se ainda com mais e descarada apetência e interesse no presente conflito (parece que nada aprenderam com a humilhação que lhes foi inflingida na guerra de 7 de Junho). O Burkina (maior instigador do Golpe e manipulador da solução de arranjo inconstitucional da CEDEAO para impôr Serifo Nhamadjo no poder) surge pela primeira vez de forma directa e engajada no cenario politico militar na Guiné-Bissau. Considerando porém, as limitações economicas e reduzido poderio militar desse novo actor da geopolitica guineense, associado à sua deslocalização estratégica em relação a Guiné-Bissau, é ainda obscuro e questionavel o alcance dos seus incofessaveis  interesses na questão Guineense. Contudo, é sempre uma questão a averiguar e tentar decifrar com mais atenção.

A Nigéria, o pretenso «gigante» da costa ocidental africana, como se deve compreender, teme a presença e influência crescente de Angola na Guiné-Bissau, onde vê, pela sua interposta presença, o « fantasma » de outro gigante africano, a Africa do Sul (pais amigo dos dirigentes destituidos), com quem sabe, não pode e nem tem condições de medir forças em caso de disputa de influências regionais. Africa do Sul incomoda e complexa a Nigéria por interposta presença de interesses e influência de Angola na Guiné-Bissau.

Outro facto subjacente a este braço de ferro, que parece escapar aos mais atentos observadores, estão também, e muito, os interesses e segredos petroliferos latentes na grande bacia do Golfo da Guiné, onde a Guiné-Bissau, parte integrante da bacia planaltica sidementaria pertencente a essa zona rica fonte petrolifera natural, devdo a sua estructura sidementaria sui generis nessa zona, tera a médio prazo, obrigatoriamente uma palavra a dizer. Dai…, ter interesse quem domina, influencia e tutela, esse alegadamente « pobre e desprezivel » pais. Um caso, parece paradoxalmente interessante.   
 
Porém, de uma coisa podem os guineenses estar certos :  a Guiné-Bissau esta longe de ser um pais pobre. Pelo Contrario a Guiné-Bissau, é um pais rico ( mais do que qualquer da sub-região com exclusão da Guiné-Conakry), tanto em potencialidades naturais (agricola, pesqueira etc…), assim como em minerios ligeiros e pesados e o petroleo… da célebre 85 = 15.

Esses factos, estão mais do que provados… razão de tanta e desenfreada cobiça principalmente para os nossos vizinhos da CEDEAO que, ... não nos ajudam em estabilizar o nosso pais e, também não querem, com a cumplicidade de militares e politicos corruptos e subservientes, que os outros paises nossos amigos e parceiros nos ajudem, porquanto a NOSSA DESGRACA É A GRACA DA VIZINHANCA DA CEDEAO.
 
Enfim, creio que os Guineenses ja deram conta de que, a unica pobreza da Guiné-Bissau, são os seus famigerados Militares Narco-tribalistas e seus cumplices de Politicos Golpistas, com a CEDEAO à cabeça do BANDO.
 
A terminar gostaria de incentivar os meus concidadãos a aderirem em massa à DESOBIDIENCIA CIVIL, não pactuando com os Golpista. Devemos RESISTIR COM A ARMA DA NOSSA DIGNIDADE RECUSANDO A SERVIR REGIMES USURPADORES E CRIMINOSOS A SOLDO DA CEDEAO.
 
Y Sabary Guiné-Bissau.

Solidariedade para com a FRENAGOLPE



Caro Aly,
 
Permita-me manifestar a minha solidariedade com o FRENAGOLPE, no apelo à desobediência civil. Chegou a hora do povo guineense dizer BASTA à falta de respeito dos militares e à soluções de transição que não respeitem a vontade popular manifestada nas urnas e que não servem para nada mais, senão continuar a adiar o sonho do guineense comum de ver a sua pátria e os seus irmãos a viverem num clima de paz e embarcados no comboio do desenvolvimento...
É de extrema importância que o povo guineense demonstre de uma vez por todas aos seus opressores e ao mundo, que ninguém oprime e controla um povo, sem que ele o permita.

Quanto aos opressores militares, espero que vão poder continuar a gabar-se de não ter havido mortes nesta revolta, como se as outras barbaridades que cometeram, fossem um mal menor! Acrescento a esse apelo da desobediência civil, uma passagem do "pai" da desobediência civil e da não-violência, Mahatma Gandhi:
 
"A desobediência civil é um direito intrínseco do cidadão. Não ouse renunciar, se não quer deixar de ser homem. A desobediência civil nunca é seguida pela anarquia. Só a desobediência criminal com a força. Reprimir a desobediência civil é tentar encarcerar a consciência."
 
Jorge Herbert

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Perguntar não ofende



Caro Aly,

Quero começar agradecendo o seu esforço e encorajar o seu trabalho.

Agradeço-lhe por me permitir tirar as minhas duvidas sobre a claustrofobia da verdade publucado quinta feira dia 17 de Maio. Sobre a pergunta de Sr. Q. Turé, Técnico de Rede: Se a constituição é e deve ser respeitada, então pergunto, porquê que o Sr. Raimundo Pereira e o Sr. Carlos Gomes Jr (Cadogo) não respeitaram o ponto 4 do Art,71º ?
O ponto 4 do art,71º da constituição diz que O Presidente da República interino não pode, em caso algum, exercer as atribuições previstas nas alíneas g), i), m), n), o), s), v) e x) do artigo 68° e ainda nas alíneas a), b) e c) do nº 1 do artigo 69° da Constituição.

Do art,68º:
g) Nomear e exonerar o Primeiro-Ministro, tendo em conta 6s resultados eleitorais e ouvidas as forças políticas representadas na Assembleia Nacional Popular;
i) Nomear e exonerar os restantes membros do Governo, sob proposta do Primeiro-Ministro, e dar-lhes posse;
m) Presidir o Conselho de Ministros, quando entender;
n) Empossar os juízes do Supremo Tribunal de Justiça;
o) Nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o Chefe do Estado Maior-General das Forças Armadas;
s) Promulgar as leis, os decretos-lei e os decretos;
v) Declarar o estado de sítio e de emergência, nos termos do artigo 85°,  nº 1, alínea i), da Constituição;
x) Conceder títulos honoríficos e condecorações do Estado;
 
E do art,69º:
a) Dissolver a Assembleia Nacional Popular, em caso de grave crise política, ouvidos o Presidente da Assembleia Nacional Popular e os partidos políticos nela representados e observados os limites impostos pela Constituição;

b) Demitir o Governo, nos termos do nº 2 do artigo 104° da Constituição;

c) Promulgar ou exercer o direito de veto no prazo de 30 dias contados da recepção de qualquer diploma da Assembleia Nacional Popular ou do Governo para promulgação.
 
Eu gostaria muito que ele esclaressesse não so a mim, mas tambem ao povo guineense que alinea do ponto 4 do art,71º que o Sr. Raimundo Perreira e Sr. Carlos Gomes Junior não respeitaram? E que provas poderia mostrar ao povo?
 
Alexandre Mário Gomes
Estudante, Dakar.

Voltas & reviravoltas



1 . Kumba Yalá “vetou” o nome de Paulo Gomes, aparentemente sugerido pela Nigéria como personalidade dotada de boas condições para exercer o cargo de PM de transição. A sugestão terá sido apoiada no critério de que a indicação de uma figura prestigia como Paulo Gomes, ajudaria a implantar o status-quo pós-golpe de Estado.

Paulo Gomes, antigo quadro do Banco Mundial, presentemente a exercer um alto cargo administrativo na banca, deslocou-se a Bissau no seguimento da sugestão da Nigéria, para contactos sobre o assunto – ditos exploratórios. Apesar de Paulo Gomes não se ter manifestado inclinado a aceitar o cargo, Kumba Yalá opôs-se prontamente ao seu nome.

Não foi registada nenhuma iniciativa destinada a demover Kumba Yalá da sua posição, o que, em parte, também decorreu do facto de Paulo Gomes, eventualmente ciente de que o ambiente internacional em relação ao golpe ainda não é propício, ter afirmado que preferia esperar por uma conjuntura mais nítida.

O episódio é considerado ilustrativo do papel que, de facto, Kumba Yalá terá tido na preparação do golpe de Estado e, a seguir, na gestão da situação criada. Análises habilitadas dão guarida a conjecturas segundo as quais o golpe foi calculado para o poupar do revés eleitoral a que se exporia na 2ª volta das eleições.

2 . Paulo Gomes (carreira internacional iniciada na Costa do Marfim; boas ligações em toda a sub-região), é próximo de Serifo Namadjo – o que, supostamente, terá sido “razão suficiente” para a rejeição do seu nome por Kumba Yalá. Ambos, como PR e PM, tenderiam a constituir uma aliança que Kumba Yalá terá visto como ameaça aos seus interesses.

Kumba Yalá não gosta de S Namadjo. Foi meramente circunstancial a junção entre ambos num movimento de contestação da 2ª volta das eleições presidenciais. Por acréscimo, é-lhe conhecida uma concepção tribal de poder, em razão da qual aparentemente não prescinde de ver no cargo de PM alguém originário da sua tribo balanta.

Serifo Namadjo é fula e Paulo Gomes manjaco. O desempenho por eles dos dois principais cargos do poder executivo, seria susceptível de ofuscar ainda mais a aura de Kumba Yalá como “líder” da sua tribo e o papel de presidente do já muito fraccionado PRS-Partido para a Renovação Social ,também de extracção balanta – de que pretende recompor-se.

3 . Paulo Gomes é usualmente identificado como fazendo parte de uma corrente de jovens quadros da Guiné-Bissau, que a si próprios se consideram mais qualificados que a geração precedente, originária da luta, para dirigir o país. A Paulo Gomes são mesmo conhecidas manifestações próprias de alguém com ambições de ascender politicamente.

Entre indivíduos que lhe são próximos corre uma versão segundo a qual viu na situação criada pelo golpe de Estado, nomeadamente após a relativa complacência estabelecida entre a CEDEAO e os militares revoltosos, uma oportunidade para singrar, embora denotando constantemente a preocupação de preservar a sua reputação.

A Joseph Mutaboba, representante da ONU em Bissau, disse recentemente estar a ser “pressionado” a aceitar o cargo de PM de transição. Joseph Mutaboba recomendou-lhe “prudência” invocando o argumento segundo o qual as sanções eventualmente a impor pela ONU, poderiam vir a abranger civis considerados “implicados”.

4 . Serifo Namadjo foi a principal fonte interna das pressões visando fazer de Paulo Gomes PM de transição. Considerado desde os primórdios do golpe como “eleito” dos militares para o cargo de PR de transição, Serafim Serifo Braima Embalo Namadjo só aceitou ser investido no seguimento de garantias, em parte provindas do Senegal, de que não se exporia a sanções.

As estreitas ligações de Serifo Namadjo ao Senegal e a outros países de região como o Burkina Faso, passam, em parte, por Cissoko Embaló, conselheiro do falecido Presidente Malam Bacai Sanhá e um dos mais notórios adversárioos de Carlos Gomes Jr; foi uma das principais fontes da campanha eleitoral de S Namadjo.

5 . As influências adquiridas pela Nigéria na Guiné-Bissau, após o golpe de Estado, são em larga escala exercidas através dos militares implicados na acção. Informações de fiabilidade considerada razoável indicam que a Nigéria, através das suas FA, vem discretamente prestando “assistência diversa” aos promotores do golpe.

Queixinhas



A aprovação da resolução do Conselho de Segurança da ONU impondo sanções aos autores do golpe militar na Guiné-Bissau foi hoje marcada por queixas do Togo, que Portugal, o outro país mais envolvido nas negociações, resumiu a "problemas técnicos".

Após a aprovação, por unanimidade, o embaixador do Togo, Kodjo Menan, congratulou-se pelos "esforços que todos os membros do Conselho, em particular Portugal, fizeram para preservar a unidade do Conselho sobre uma questão que diz respeito à África Ocidental".

Mas expressou de seguida "surpresa" por, "salvo erro na leitura", o parágrafo sobre a coordenação na resolução, aprovada a meio da tarde, ser diferente da última versão do texto, a que todos os 15 delegados tinham dado acordo horas antes nas Nações Unidas.

Esta alteração, adiantou, "não coloca problemas" ao Togo, "mas o espírito de transparência que pressupõem todas as negociações deve ser respeitado no futuro", adiantou.

O diplomata queixou-se ainda do uso da expressão "tráfico de droga ilícito" na África Ocidental, que disse não corresponder à realidade da região. Sublinhou, contudo, a "flexibilidade" da sua delegação para "aceitar que a resolução tenha sido aprovada com tal menção".

A aprovação da resolução esteve primeiro marcada para as 10:00 locais (17:00 em Lisboa), depois foi reagendada para as 12:00 (19:00) e finalmente para as 15:30 (20:30).

Segundo uma fonte envolvida nas negociações, a demora deveu-se ao facto de o Togo aguardar o assentimento do seu governo e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a que pertence, em relação ao texto negociado.

Questionado sobre as queixas levantadas pelo Togo no Conselho de Segurança, o embaixador de Portugal, que submeteu a resolução, afirmou que esta se deveu "essencialmente a problemas técnicos, não políticos".

"Não estive ciente, durante as nossas consultas esta manhã, que houvesse alguns problemas nessa área", disse José Moraes Cabral após a aprovação.

"Se [o embaixador do Togo] levantou a questão, é importante e respeito, mas acredito que [os problemas] foram essencialmente técnicos, o que deve encorajar-nos a melhorar a nossa coordenação", adiantou.

A resolução hoje aprovada, a qual também exige ao Comando Militar golpista que abandone o poder e permita "um processo eleitoral democrático" na Guiné-Bissau, resulta de uma semana de negociações em Nova Iorque.

Fica, no entanto, aquém do projeto inicial e da última declaração presidencial do órgão, que exigia o regresso das autoridades legítimas e a conclusão do processo eleitoral para a Presidência da República interrompido pelo golpe.

Todos os 192 Estados-membros da Organização das Nações Unidas ficam obrigados a bloquearem a entrada ao general António Indjai, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, e outros quatro oficiais da Guiné-Bissau, acusados de promover o golpe de Estado de 12 de abril.

O Conselho afirma ainda que a situação na Guiné-Bissau vai ser "continuamente revista", podendo vir a ser reforçadas as medidas, em particular pela imposição de "um embargo de armas ou medidas financeiras".

Conselho de Segurança da ONU deixa orfao o Povo da Guine Bissau...



O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas exigiu hoje ao Comando Militar golpista na Guiné-Bissau que abandone o poder e permita "um processo eleitoral democrático", mas deixou cair a exigência de regresso do governo guineense deposto. A resolução hoje aprovada pelo Conselho de Segurança, impondo também proibição de viagem a cinco autores do golpe de Estado, resulta de uma semana de negociações em Nova Iorque e fica aquém do projeto inicial submetido por Portugal e Togo, que exigia o regresso ao poder das autoridades legítimas e a conclusão do processo eleitoral interrompido pela revolta de 12 de abril.

Um diplomata de um país membro do Conselho que participou nas negociações disse à agência Lusa que foram essencialmente os países africanos, Togo e África do Sul, a lutar por uma posição mais consentânea com a da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que negociou a nomeação de um governo de transição, já empossado em Bissau. A resolução exige ao Comando Militar "passos imediatos" para "restaurar e respeitar a ordem constitucional, incluindo um processo eleitoral democrático, assegurando que todos os soldados voltem aos quartéis e que abandonem as suas posições de autoridade".

Esta exigência de abandono do poder pelos militares não constava da versão inicial do texto. O Conselho de Segurança sublinha ainda a necessidade de todos os atores guineenses e parceiros internacionais manterem o empenho no "regresso da ordem constitucional", encorajando a CEDEAO a continuar os seus esforços de mediação, em "coordenação próxima" com a ONU, a União Africana e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, é pedido que se mantenha "ativamente envolvido" no processo para "harmonizar" as posições dos parceiros guineenses, assegurando "a máxima coordenação e complementaridade dos esforços internacionais", tendo em vista "desenvolver uma estratégia integrada abrangente".

Esta estratégia, adianta, deve contemplar "medidas concretas para implementar a reforma do setor de segurança, reformas políticas e económicas, combate ao tráfico de droga e combate à impunidade". A versão inicial da resolução previa, como sanções para os autores do golpe, o congelamento de bens e a interdição de viagens, mas apenas esta segunda modalidade foi aprovada. Visa cinco oficiais - António Indjai, Mamadu Ture, Ibraima Camará e Daba Naualna - que todos os países membros da ONU ficam a partir de agora proibidos de deixar entrar ou transitar pelos seus países.

Cria ainda um comité do Conselho de Segurança que será responsável por monitorizar o cumprimento das sanções e acrescentar ou retirar indivíduos da lista. O Conselho afirma ainda que a situação na Guiné-Bissau vai ser "continuamente revista", podendo vir a ser reforçadas as medidas, em particular pela imposição de "um embargo de armas ou medidas financeiras". Um diplomata de um dos "15" disse à Lusa que da negociação saiu "um compromisso que está firmemente focado na democracia". Além das referências ao "governo legítimo" e a eleições, adiantou que as opiniões dividiram-se entre os que defendiam que a resolução deveria ser aprovada antes da visita que diplomatas do Conselho iniciam no sábado à África ocidental e os que defendiam que deveria acontecer depois.

"Vingou a aprovação antes, em parte devido à preocupação de que os factos no terreno pudessem mudar e que acabaríamos sem opção que não seguir a posição da CEDEAO. Adotar agora, por outro lado, ainda deu ao Conselho alguma influência sobre a situação", adiantou o mesmo diplomata. O representante especial do secretário-geral da ONU para a África Ocidental, Said Djinnit, vai participar na reunião do Conselho de Segurança e Mediação da CEDEAO sobre o Mali e a Guiné-Bissau, no sábado em Abidjan.

ULTIMA HORA Temporal em Bissau



Ha cerca de meia hora, em Bissau, começou de repente um temporal com rajadas fortes de vento. No hospital Simao Mendes, a porta da farmácia partiu-se, os vidros estilhaçaram...relampagos, trovoada e chuva forte... Amanhã contabilizarao os estragos. AAS

Que justificaçao para este disparate



Caro sr· Aly

Permita-me utilizar o teu blog para como guineense expressar os meus sinceros e profundos sentimentos para com o pais e os verdadeiros filhos daquele pais.

A Guine-Bissau, esta mergulhado numa crise politica ja a quase um mes e alguns dias, facto que quando acontecem coisas estranhas e anticonstituicionais como estas sempre aparecem varias leituras e interpretacoes, mas a meu ver desta vez e um exagero: porque o que aconteceu no passado dia 12/5/2012, foi uma accao barbara e cobarde perpetrado por um grupo de pessoas denominado comando militar sem fundamento nenhum para poder justificar o injustificado no sentido de poder bloquear o pais, como teem feito ate agora preocupando assim com os seus interesses pessoais em deterimento dos interesses do pais, uma coisa que mereceu o repudio e a condenacao pela parte de todos os quadrantes do planeta.

A minha preocupacao agora e saber ou melhor conhecer os verdadeiros vencedores ou vencidos nesta batalha surda e muda?
No fim de tudo isto vamos ( povo) ter que pedir o balanco, porque o pais nao pode ficar a merce deste grandes abutres, que quanto a eles o pais no estado em que esta no (mal ) seria melhor ainda.

O desenvolvimento da Guine-Bissau, passa por todos nos sem excepcao enquanto nao tenhamos na mente que temos que ser nos mesmo a construir e desenvolver aquele pais nada feito, por nada cai do ceu, o esforco de todos e determinante na construcao daquele pais.

ejamos uma coisa, ja foram tantos golpes de estado e depois a formacao de governos de transicao no fundo nao trazem nada de novo ao pais, porque acaba por fazer parte o esfomeados e corruptos que so vao la para defenderem os seus interesses e encherem os papos mais nada o pais que se "lixe".

Por ultimo gostaria que os guineense fossem e sejam atentos e vigilantes com a entrada destes invassores vindo dos paises que nem se quer sabem falar o Portugues, quanto mais o "crioulo"... e um desastre.

Obrigado minha gente! !!!!!!!!!!

Neo-colonialistas da CEDEAO não PODEM ditar o nosso destino. Guerra à vossa paz!!!




A Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reúne-se sábado em Abidjan, Côte d’Ivoire, para analisar os últimos desenvolvimentos das crises políticas no Mali e na Guiné-Bissau, anunciou hoje (sexta-feira) a organização, citada pela Lusa. Na reunião extraordinária do conselho de mediação e segurança da CEDEAO participarão os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, que serão informados sobre a situação política e de segurança no Mali e na Guiné-Bissau. Nos dois países, autoridades políticas foram depostas na sequência de golpes militares, adiantou a organização em comunicado.  
 
Será ainda analisado o relatório da reunião de responsáveis militares da CEDEAO, realizada a 14 de Maio, em Abuja, e o ministro dos Negócios Estrangeiros nigeriano fará um ponto de situação sobre as conversações em curso com os militares que tomaram o poder na Guiné-Bissau. A Nigéria lidera o grupo de contacto da CEDEAO que acompanha a crise na Guiné-Bissau, após o golpe de Estado que a 12 de Abril depôs e deteve o presidente interino Raimundo Pereira e o Primeiro-ministro e candidato à segunda volta das presidenciais Carlos Gomes Júnior. Na sequência do golpe de Estado, a CEDEAO anunciou o envio de uma força de 500 a 600 soldados de vários países para a Guiné-Bissau, condenando a tomada de poder pelos militares e exigindo o regresso a normalidade constitucional. 
 
Após intervenção da CEDEAO, os dois políticos depostos foram autorizados a deixar a Guiné-Bissau para Abidjan a 26 de Abril,tendo chegado na quarta-feira a Lisboa. A 10 de Maio, Serifo Nhamadjo, presidente interino do Parlamento, foi designado Presidente de transição da Guiné-Bissau depois de uma reunião de militares e políticos guineenses com responsáveis da CEDEAO. O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), partido no poder até ao golpe de Estado de 12 de Abril, acusou a CEDEAO de pretender desestabilizar a Guiné-Bissau com as suas medidas para a saída da crise e várias organizações internacionais.

O novo inimigo de estimação do CEMGFA Antonio Indjai: chama-se Joseph Mutaboba, e é o representante do Secretário Geral da ONU em Bissau. Já a seguir, no DC. AAS

Os militares guineenses acusam a MISSANG de ter coletes anti-balas... Mas, o que vestiam mesmo os polícias do Burkina Faso? Afeteré?... AAS

FRENAGOLPE - A Frente Nacional Anti-Golpe apela à desobediência civil. O editor do blog ditadura do consenso APOIA a luta pela democracia e contra os insurrectos. AAS

Obrigado!




O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, recebeu ontem uma mensagem do seu homólogo da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, na qual transmite ao Chefe de Estado angolano e Presidente em exercício da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o ponto de situação sobre os últimos acontecimentos na Guiné-Bissau após o golpe de estado de 12 de Abril.

Foi portador da mensagem o ministro das Relações Exteriores da Costa do Marfim, Duncan Kablan, que foi recebido no Palácio Presidencial da Cidade Alta numa audiência em que se fez acompanhar pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, do ministro das Relações Exteriores da Guiné Conacri e do chefe do Estado-Maior das forças da CEDEAO.

À saída do encontro, o ministro marfinense falou à imprensa sobre o principal propósito do encontro, que foi o acerto dos moldes da saída “ordeira e em segurança” da Missão de Segurança Angolana na Guiné-Bissau (Missang), e a sua substituição por uma força da CEDEAO, composta por apenas alguns Estados membros da organização.

I Sin Só Guiné I Terra Nundé ku Tudu Kusa Pudi Sedu

Mestre Antótio Aly Silva,

Mais uma vez como tinha prometido voltar mais veses com poemas assim que for necessário. Tenho a honra de lhe enviar este poema intitulado Guiné I Terra Nundé ku Tudu Cusas Pudi Sedu.
Espero que a publicação deste poema, poderá servir de uma chamada de atenção a juventude guineense.

 

Tema: I sin só Guiné  Guiné I Terra Nundé ku Tudu Cusas Pudi Sedu

I sin só.

I sin só Guiné.  

Guiné i um terra nundé ku tudu kusa pudi cedu,

i sin só

Terra nundé ku buta odja mecânico ta faci tarbadju de n`fermer,

i sin só Guiné

Terra nundé ku buta odja karpintero ta cedu pilutu di lantcha,

i sin só

Terra ku si buka sibi papia na radiu comberça melameladu buka guiru,

i sin só Guiné.

Terra nundé ku dutur mas ndjenher,

i sin só.

Terra nundé ku buta odja mufunadus ta carga djongagu de mufuneça,

ena madja bom fidjus di es terra ena bati na praça di Bissau,

i sin só.

Terra nundé ku djintes mas gosta di kilis ku muri di ki kilis ku bibu,

i sin só.

Terra nundé ku buta odjá cegus ta pega djintis ku iabri udjus uandan,

ena mostra eles kaminho.

i sin só Guiné.

Terra nundé ku sucuru rábida i mas claridadi ten rispitu.

i sin só

Terra nundé ku ninguin i ka ninguin dianti di ninguin

i sin só.

Terra  nundé ku ninguin ka rispita kumpanher nasitarbadju,

tudu djintis i igual..

i sin só Guiné.

Terra nundé ku buta odja kabalidus ku ka sibi faci,

eka na faci ekana diça utrus faci.

i sin só.

Até nundé ku nona parra ku es terra de purutchi paratche n`punta nha pubis?

i sin só.

Bissau, 17 de Maio de 2012.

Salvador Armando Banjaqui 

Economista

Junto Venceremos.

Claustrofobia da verdade



    Antes quero sublinhar a sua coragem e determinação de, um trabalho árduo em situações adversas para, poder fazer chegar aos seus conterrâneos espalhados por esse mundo fora.
     Agradeço-lhe por me permitir opinar sobre e questionar sobre a situação que a Guiné-Bissau se encontra mergulhado devido o golpe militar que ocorreu no dia 12/04/2012, golpe esse que eu condeno aqui na sua página de blogs.
    Hoje ouve-se muitas vozes a clamar o respeito pela constituição e legalidade democrática, isso sim, todos nós o queremos. E aí eu pergunto, a constituição da República da Guiné-Bissau é ser respeitada a partir do dia 12/04/2012 ou é para ser respeitada  desde o momento em que a Assembleia Nacional Popular aprova e adopta, como lei fundamental e para vigorar a partir de 16 de Maio de 1984, a presente Constituição da República da Guiné-Bissau.
    Se a constituição é e deve ser respeitada, então pergunto, porquê que o Sr. Raimundo Pereira e o Sr. Carlos Gomes Jr (Cadogo) não respeitaram o ponto 4 do Art,71º ?
    A onde estavam essa gente toda que estão clamar o respeito pela constituição?
    Vamos pôr a Guiné-Bissau numa guerra em que as consequências são imprevisíveis para o seu povo por causa de duas pessoas que são os primeiros violadores da constituição?
    Vamos pensar, pensar, pensar na Guiné-Bissau!!!!!!
 
Muito obrigado e um abraço, que deus te proteja  
Q.Turé
Técnico de Rede

Ao Povo da Guiné-Bissau: Resta-nos combater os invasores. A resistência não pode parar! AAS

Para já, são setenta



Cerca de 70 polícias do Burkina Faso chegaram hoje à capital da Guiné-Bissau, o primeiro grupo de um total de 600 militares e polícias da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) destinados ao país. O grupo chegou a Bissau num avião do Burkina Faso, a meio da tarde de hoje, e foi recebido pelo comissário-geral adjunto da Polícia da Guiné-Bissau, Armando Nhaga, e por Ansumane Sissé, representante da CEDEAO na capital do país. Dentro de "alguns dias" chegará um segundo grupo do Burkina Faso, incluindo o coronel Barro Gnibanga, que vai chefiar a missão militar da CEDEAO para a Guiné-Bissau, explicou Ansumane Sissé. LUSA

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A que Nação se refere o 'Presidente'?


Estimado amigo Aly,

Os meus respeitosos cumprimentos e agradecimentos por tudo o que tem feito pelo Povo da Guiné-Bissau. Podes crer que me sinto aliviado por estares hoje fora do «alcance» da alimaria instalada na Guiné-Bissau pois ainda precisamos dos melhores patriotas para prosseguir-mos a nossa segunda Luta de Libertação Nacional.
Assim, permita-me o obséquio de lhe solicitar o uso do seu famoso blog para « desabafar » o meu sentimento sobre o que se passa na nossa Guiné-Bissau.

PRESIDENTE VIRTUAL

Escutei de passagem na RTP-Africa, o discurso do novo «Presidente Interinamente indigitado pela CEDEAO» para a provincia da Casamance sud, desculpem, queria dizer, Guiné-Bissau..., melhor Guiné-Bissau ocupada na «tomada de posse» do seu PM de Traição.

Ouvi e percebi efectivamente que o Sr Representante Interino da CEDEAO na Guiné-Ocupada ainda não se apercebeu da alhada em que se meteu. Creio que não deve fazer a minima ideia das conequências que, a sua desmesurada ambição lhe podera provocar.

Ouvi-o, esforçadamente em português tentar endereçar-se «à Nação». Perguntei a mim mesmo, mas a qual «Nação» se estaria a dirigir ?? Decerto, estava a referir-se a sua virtual «nação» com o palacio instalado no Faso ou no Quartel de Mansôa !!??

Ouvi-o, pateticamente apelar as «forças vivas da nação». Voltei a perguntar para os meus botões. Mas quais força vivas se refereria o Serifo ?? Quiçá às de Mansôa… que são efectivamente, as unicas que têm a verdadeira força no pais. Enfim… retoricas sofistas.

O Serifo Nhamado (agora não quer lhe chamem Manuel) pensa que gerir um estado, é o mesmo que gerir o Mansaba Futebol Clube ou o «Nô Cumpu». Se assim pensar (pois a sua quadratura mental não da para mais), tera brevemente desgradaveis e amargas surpresas no seu presidencialismo usurpado.

Serifo Nhamadjo e o seu PM de pacotilha (especialista em bonnes de virement fraudulentos), terão brevemente contas a ajustar com a insaciavel fome financeira da cupula militar os quais nenhum dinheiro do mundo pode saciar (mesmo do narcotrafico) e também,… da corruptela politica que se perfilha na primeira linha ao assalto e dilapidação do parco erario publico guineense. Era so ver o rosto dos pés descalços e unhas de fome na ilegal «tomada de posse» do «novo governo» para se advinhar do rabata-rabata do festim dos abutres que se seguira.

O pobre do Serifo Nhamadjo, repare-se que falou para os seus novos patrões, principalmente para o seu mentor do Alto Volta e, também para o seu orgão de indigitação, agradecendo naturalmente o seu padrinho a corrupta CEDEAO. O Presidente Golpista omitiu deliberadamente a Comunidade internacional por estes não o considerarem nem reconhecerem pela ilegalidade da sua «nomeção». E fez bem. Ao menos nisso esteve bem, demostrando saber quão restrictivo e condicionado é o seu espaço de «poder». Porém, é bom que saiba que a CEDEAO, só por si so não resolvera os seus problemas, não por não querer, mas porque não tem meios e, tão pouco a Guiné-Bissau constar na sua agenda de prioridades.

Enfim, o coitado do Serifosinho, ficara pior que o General no seu Labirinto de Bissausinho.

Esta  traçado de que, Serifosinho, sera o Presidente no seu Mansoasinho, trocadilho que melhor rima com a sua parda e falsa figura de Presidente Usurpador.

A resistência essa continuara. A vontade do Povo, decerto prevalecera.

VGH

A 'nomeação'



Mestre AntóNio Aly Silva,

Mais uma vez venho por este meio emitir a minha opinião no seu blog relativo à nomeação do dito Presidente Serifo CEDEAO Nhamado.

Espero que a publicação desta minha opinião, poderá servir de uma chamada de atenção.

Como um cidadão atento nos assuntos do meu País, tenho um receio enorme sobre a indigitação do Serifo Nhamadjo, pela CEDEAO como presidente da República da Guiné Bissau para um período da transição de um ano por simples razões:

1)      Por falta do entendimento nas primárias do seu partido, motivou-o a se candidatar independente. Acto que em termos constitucionais é aceitável, mas ao nível do seu partido é considerado como a desobediência da disciplina partidária.  
2)      Durante a campanha eleitoral, Nhamadjo, passou tanto tempo a falar de Deus e Paz. Deus e Paz. Deus e Paz. “Pa Deus passanta diante tudu kandidatu kuna pensa ben pa es terra” ele é um homem de Paz alias no seu cartaz havia uma pomba branca que simboliza a Paz e nem tinha tempo suficiente para falar do seu projecto politico para com a Guiné Bissau.
3)      Logo depois da votação, o homem da paz começou a reclamar fraudes eleitorais que de acordo com os dados primários recolhidos pelos delegados, colocavam em vantagem os candidatos Carlos Gomes Júnior e Dr. Kumba Yalá a 2ª volta das Eleições.
4)      Homem da Paz reclamou junto do CNE, não surtiu nenhum efeito, porque CNE entendeu por bem que, as razões de pedido de nulidade do processo eleitoral independentemente da sua inconstitucionalidade, não eram suficientes para anular as eleições.
5)      Homem da Paz, inconformado com a decisão da CNE, passou para Supremo Tribunal da Justiça como órgão máximo para dirimir qualquer contencioso. Mais uma vez sem sucesso porque o Supremo deu por improcedente a referida reclamação.

Dai que eu pergunto:

a)      Será que o dito homem da paz até aqui não era suficiente de demonstrar o seu espirito da paz? Ou o dito homem da paz está a desafiar o Supremo Tribunal da Justiça da Guiné Bissau? Se assim for, é muito lamentável. Porque o dito homem da paz era Presidente em exercício do poder legislativo e agora Presidente da transição.
b)      Será que, este dito presidente da transição imposto por dois Ministros dos Negócios Estrangeiros da Nigéria e da Costa de Marfim, vai ter moral de apelar paz, dialogo e obidiencia ao poder instituido em caso da violação do Pacto de Transição?
c)       Será que o dito homem religioso, que tanto falou de Deus durante a campanha eleitoral. Com a decisão do Supremo Tribunal, não era suficiente para demonstrar que ele é mesmo homem religioso?
d)      Será que o candidato vencedor da primeira volta, não venceu por vontade de Deus?  Ou o dito homem religioso está a desafiar Deus?

Pó tudu tarda kina tarda na mar ikata bida lagartu. Mesinhu ku bu sibi kuma bu kana pul na bu bitchoca, ka bu pul na bitchoca di ninguin.

Bissau, 17 de Maio de 2012.

S.A.B.

Assine já

Petição ao CS da ONU sobre a Guiné-Bissau/ Petition au CS de l'ONU sur la Guiné-Bissau/ Petiton to SC of the UNO on Guinea-Bissao:

Iniciativa cidadã para garantir a Liberdade, Segurança e Progresso do povo Guineense
Agradecemos que subscrevam e divulguem a petição FIM AOS GOLPES DE ESTADO NA GUINÉ-BISSAU

http://www.gopetition.com/petitions/stop-military-putsches-in-guinea-bissau.html

Initiative citoyenne visant garantir la Liberté, Sécurité et Progrès pour le peuple bissau-guinéen

Merci de bien vouloir signer et divulguer la pétition POINT FINAL AUX COUPS D'ETATS EN GUINEE-BISSAU

http://www.gopetition.com/petitions/stop-military-putsches-in-guinea-bissau.html

Citizen initiative to guarantee Freedom, Security and Progress for Bissau-Guinean people

Please sign and disclose the petition STOP MILITARY PUTSCHES IN GUINEA-BISSAU

http://www.gopetition.com/petitions/stop-military-putsches-in-guinea-bissau.html

Autores do golpe devem ser alvo de sanções e a comunidade internacional deve tornar clara a posição contra golpistas



O ministro dos Negócios Estrangeiros disse hoje em Lisboa que os autores militares e políticos do golpe de Estado na Guiné-Bissau devem ser alvo de sanções e que a comunidade internacional deve tornar clara a posição contra golpistas.

"Portugal tem agido de forma concertada. Neste momento está a ser discutida no Conselho de Segurança das Nações Unidas uma resolução que visa tornar clara a condenação da comunidade internacional de atos golpistas e a sanção daqueles que os cometem", disse Paulo Portas, após uma reunião de mais de uma hora com o primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, no Palácio das Necessidades, em Lisboa.

"No quadro da União Europeia foram já anunciadas sanções. Quem dá golpes de Estado tem de perceber que há consequências e que a comunidade internacional não é permeável a golpes de Estado", afirmou Paulo Portas, acrescentado que as sanções têm de atuar sobre os bens dos golpistas e não contra o povo guineense.

"Portugal tem agido pela reposição da legalidade. A comunidade internacional é amiga da população da Guiné-Bissau. Quando falamos em sanções, falamos em concreto aos militares autores do golpe de Estado e autores políticos", referiu ainda Paulo Portas.

Por seu lado, Carlos Gomes Júnior disse que o "maior partido político" da Guiné Bissau, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), está coeso, tendo desvalorizado os recentes contactos de "apenas sete elementos" com o atual regime de Bissau.

Para Carlos Gomes Júnior, as instituições guineenses que foram alvo do golpe de Estado de 12 de abril são legítimas e, por isso, não vê necessidade de formar um governo no exílio.

Além da reestruturação das Forças Armadas que devem ter um máximo de 3.500 efetivos, Carlos Gomes Júnior afirmou que a Guiné-Bissau tem de receber ajuda internacional no combate ao narcotráfico, uma questão que "não pode ser escamoteada" e que Paulo Portas considerou estar "também na origem" do golpe de Estado de 12 de abril.

"Eu não tenho nenhuma dúvida. Todas as informações de que Portugal dispõe apontam para que claramente, na origem deste golpe de Estado também está o narcotráfico e, ou a Guiné-Bissau tem condições para ser um Estado de Direito, ou a Guiné-Bissau fica sequestrada a um certo poder militar que é permeável ao narcotráfico" disse Paulo Portas.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) designou Serifo Nhamadjo para Presidente da transição, até à realização de novas eleições dentro de um ano, e este nomeou na quarta-feira Rui de Barros para o cargo de primeiro-ministro, mas estas decisões foram contestadas pela restante comunidade internacional, que continua a exigir o regresso à ordem constitucional.

Constitucionalistas sem...Constituicao



Caro Aly,

Em breves palavras, gostaria de dar-lhe os meus parabens pela sua coragem e dedicaçao ao país de todos nós ( Guiné-Bissau), antes de entrar no assunto que gostaria se me permitir que fosse publicado no seu blog.

Volvidos um mês após o golpe de estado na Guiné-Bissau, estranha-se portanto a ausência dos nossos ilustres constitucionalistas. Estranha-se, porque, e se bem me recordo, era frequente ou quase semanal as opinioes deste(s) "profeta(s)" das leis da República sobre as inconstitucionalidades da candidatura de uns e, as inconstitucionalidades constitucionais de outros.

Face a esta dualidade de critério, intencional e portanto incitador de violência, seria oportuno a seguinte perguntar: onde andam os ditos constitucionalistas guineenses neste momento em que todo o país é obrigado a dançar a mesma dança " a dança de kussundé ?

Pese embora a dança de kussundé fazer parte de mim como guineense no seu todo, a minha especialidade sr constitucionalista é outra, a dança de "kacau" e "Cassembo" que, a semelhança do Kussundé, também faz parte da cultura dos guineenses.

Srs constitucionalista, com todo o respeito, e já que o sr entende das leis , diga-nos se é constitucional ou inconstitucionlas que os militares obriguem todo um povo inclusive o senhor a dançar a mesma dança? A que se deve o seu silêncio ao longo deste tempo?

O seu silêncio sr constitucionalista leva-nos a pensar de que o senhor tenha perdido neste espaço de um mês, como a maioria dos guineenses, o seu bem precioso de que gozava: a liberdade de expressao em consciência. talvez tenha conseguido um "tacho" neste novo elenco governamental e, por via disso, perdeu a noçao do que é constitucional do inconstitucional.

Como disse alguém, e que a semelhança do senhor também considero incitador de violência e passo a citar: "Bissau i malgos pa durmi na stango di alguim" e eu digo " ma ica gossi qui na dissa di malgos pa durmi na stango di utros". Meus senhores, deixar-se-ia de ser em consciência as nossas opinioes a partir do momento em que ela é tendenciosa, malevola e indutor de violência social.

Vamos caminhando pois o caminho está a nossa frente.

Nha mantenha.

M.A.L. " Abuck na Ter"

Raimundo Pereira diz que nao abandonou o cargo e Carlos Gomes Jr diz que vai regressar



Raimundo Pereira, deixou esta quarta-feira bem claro, durante a sua visita a Lisboa, que não renunciou ao cargo.



“Não obstante a situação criada pelo golpe de Estado, em nenhum momento renunciei ao meu cargo de Presidente da República interino, pelo que a tentativa de designar um outro Presidente interino é absolutamente inconstitucional e sem enquadramento na nossa ordem jurídica”, disse no final de uma reunião com embaixadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Raimundo Pereira salientou que não abandonou o cargo de Presidente porque isso seria a “legitimação do golpe de Estado”.

Acompanhado pelo deposto primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, o ex-chefe de Estado não reconhece qualquer Governo que venha a ser constituído no país e exige a reposição da ordem constitucional na Guiné-Bissau. O ex-Presidente interino e o ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau agradeceram esta quarta-feira, em Lisboa, o apoio de Portugal e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a resolução da crise no país.

Carlos Gomes Júnior diz que quer regressar à Guiné-Bissau e garante que vai disputar as próximas eleições. Antes da reunião na sede da CPLP, Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior foram recebidos pelo Presidente Cavaco Silva e pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Entretanto, em Junho, a União Europeia discute situação da Guiné-Bissau e os eurodeputados deverão votar uma proposta de resolução para o país africano.

A situação de conflito vivida na Guiné-Bissau vai a debate na próxima semana no Parlamento Europeu em Estrasburgo. “O grande esforço que a União Europeia (UE) tem que fazer é de natureza política, é de forçar toda a comunidade internacional a olhar com atenção para esta situação que continua a ser extraordinariamente preocupante”, alertou o eurodeputado Diogo Feio, responsável pelo agendamento da sessão.

O deputado centrista sublinhou ainda a importância da “comunidade internacional dar sinais claros de que vai tentar estabilizar no plano da democracia, do respeito dos direitos fundamentais e de uma legalidade democrática a situação na Guiné-Bissau, algo que está bem longe de acontecer”. A sessão plenária vai contar com a presença da alta representante da UE para a política externa, Catherina Ashton. Os eurodeputados, em Junho, deverão votar uma proposta de resolução para os conflitos no país africano.

Mais sanções? Claro...


Muitos questionam: então e não há sanções para os outros quatro golpistas (Koumba, Henrique, Afonso e Serifo)? Haverá. Não se espantam os pardais. Eles serão chamados brevemente para conversações na sub-região, e, depois...zumba! Uma fonte da União Africana disse ao DC que se estes fossem sancionados "não poderiam deslocar-se para essa reunião", e recorda: "O Serifo Baldé [partido Jovem] foi sancionado e ele fazia parte do quinteto". Tem razão de ser. De facto, só um maluco poderia pensar o contrário: se a Europa, que vos enche o bandulho, fechar (como fechou) as torneiras, quem pensam vocês que vai dar dinheiro à Guiné-Bissau? A CEDEAO? Esses não têm onde cair morto. É que estamos a falar do maior contribuinte (a UE) da Guiné-Bissau, caramba!

Quem pensam esses traidores que são, a ponto de se sentirem 'confortáveis' nos seus 'lugares'? O 'presidente', que assaltou o poder - se não fosse escolhido, morria de tédio, e de vergonha; o 'primeiro-ministro' e menino bonito desses energúmenos da CEDEAO, aceitou mas há de arrepender (Rui Barros nem sabe a cama que lhe estão a preparar...). Tenham vergonha! Quanto aos outros...nem para a estatística contam: 'assassinaram-se', e fica-lhes bem. AAS

Ambiciosos


Há pessoas que não merecem estar na nossa sociedade. Dentre os quais Serifo Nhamadjo, Satu Camara, Daniel Gomes etc. pessoas essas que colocam os interesses pessoais acima do da nação. Todos eles traíram o próprio partido, porque: Nhamadjo não foi o escolhido para ser candidato as presidências;
Satu Camara, porque quis continuar a ser ministra do interior sem ter competência para desempenhar a tal função e Daniel Gomes porque estava de olhos na pasta da Defesa e o escolhido acabou por ser uma outra pessoa. Estas foram às razões que os levaram a desencadear o golpe contra o próprio partido e contra o povo guineense.

Espero que o PAIGC os expulsa de uma vez por toda do partido, quem sabe como isso, possam imigrar para o PRS partido dos desesperados que não souberam aproveitar a oportunidade dada pelo povo guineense e agora querem voltar ao poder a todo custo.

Nhamadjo me suma no kunsi ngutru na guine parel mais importante i tene nome "presidente" mesmo ninsi i kadadu  rispito pabia i tem um grupo di djintis na no terra kussa mas garandi  parelis i cedu chefe tudo guinenese sibi es.
 
Suleimane Mane

EUA demarcam-se da escolha de Serifo Nhamadjo

Os Estados Unidos apoiam os esforços dos Estados da África Ocidental para resolver a crise na Guiné-Bissau, mas demarcam-se da escolha do presidente do Parlamento para chefiar um governo de transição, clarificou hoje o embaixador norte-americano em Portugal. A agência Lusa questionou o embaixador depois de, na terça-feira, o Departamento de Estado ter recuado no reconhecimento, 24 horas antes, de Serifo Nhamadjo como presidente de transição.
Allan Katz afirmou hoje que a posição dos Estados Unidos é de apoio aos esforços da Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) para “um regresso da Guiné-Bissau à ordem constitucional”, em “coordenação com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e outros parceiros”.

As duas organizações têm posições divergentes relativamente a Nhamadjo, nomeado na quinta-feira na sequência de um acordo entre responsáveis da CEDEAO e políticos e militares guineenses. Sobre essa divergência, o embaixador afirmou que “essa é uma das razões pelas quais (os EUA) contam com a CEDEAO, a CPLP e outros parceiros para encontrarem uma solução” para resolver a crise e restaurar a democracia. O apoio ao papel da CEDEAO “não implica” o apoio ao Presidente de transição, afirmou o embaixador.

“Pensamos que a CEDEAO é o veículo adequado para ajudar a coordenar e que a CPLP tem de fazer parte desse esforço. Compreendemos, claro, que há questões que têm de ser resolvidas, mas a nossa posição é de que um esforço de cooperação tem a maior probabilidade de ser bem sucedido”, disse. “Apoiamos os esforços para trazer a Guiné-Bissau de volta a um contexto constitucional e pensamos que isso deve acontecer rapidamente”, disse também. Allan Katz evocou ainda a decisão norte-americana de cortar a ajuda à Guiné-Bissau após o golpe de 12 de abril, ajuda que só será retomada quando for reposta a ordem constitucional. LUSA

Partidos políticos cabo-verdianos estão divididos

Os partidos políticos cabo-verdianos dividiram-se hoje quanto à posição assumir pelo arquipélago na crise na Guiné-Bissau. Ouvidos hoje pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, o PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder) e a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) condenaram o golpe de Estado de 12 de abril. "Condenamos o golpe, não reconhecemos que personalidades ou órgãos saídos desse golpe possam assumir transitoriamente ou definitivamente o poder na Guiné-Bissau fora do quadro democrático previsto na constituição da República e pedimos que as partes discutam e procurem a melhor solução", afirmou.
 
O secretário-geral do PAICV, Armindo Mauricio defendeu que o seu partido é contra a decisão da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) de indigitar Serifo Nhamadjo, o ex-presidente da Assembleia Nacional Popular e um dos candidatos derrotados na primeira volta das eleições, para desempenhar as funções de Presidente da Republica de transição da Guiné-Bissau. No entanto, o Movimento para a Democracia, (MpD, principal partido da oposição) afirmou que a situação não voltará a ser o que era antes do golpe de 12 de abril pelo que é necessário "ser-se pragmático" e encontrar soluções "intermédias" para sair da crise.
 
"A nossa posição é de que é preciso encontrar ma solução intermédia que dê satisfação a todas as partes envolvidas no conflito de forma a se constituir e ter um presidente de República", disse o vice-presidente do partido, Jorge Santos. Questionado sobre a escolha da CEDEAO para a chefia interina da Guiné-Bissau, Jorge Santos disse que o se partido "não tem que concordar ou discordar" com a escolha de Nhamadjo, mas considera que é uma das soluções que podem ser adotadas.
 
Sobre a posição já assumida pelo primeiro-ministro cabo-verdiano de condenar a decisão da CEDEAO de indicar Serifo Nhamadjo como presidente de transição, Jorge Santos explicou que se trata "tão-somente da posição do primeiro-ministro". O Governo reúne-se esta tarde em Conselho de Ministros extraordinário para discutir a situação da Guiné-Bissau. LUSA

A resposta será a Resistência Popular, ainda que violenta



O primeiro contingente de ocupação apelidada de Força de Alerta da CEDEAO (FAC) destacada para a Guiné-Bissau deverá chegar hoje ao país para se instalar no quartel de Cumeré, 35 quilómetros a norte de Bissau, disse à Lusa fonte do Comando Militar guineense. De acordo com a fonte, o contingente deve chegar por volta das 14:00 (15:00 em Lisboa) e é composto por 70 polícias do Burkina-Faso. Como medidas para a resolução da crise político militar decorrente do golpe de Estado de 12 de abril passado na Guiné-Bissau, os chefes de Estado da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) decidiram mandar para a Guiné-Bissau uma força composta por 630 homens, entre militares e polícias.

Empossado 'primeiro-ministro' que será o próximo da lista das sanções internacionais, mais os seus 'ministros' e 'secretários de Estado'


O 'Presidente golpista de transição' da Guiné-Bissau empossou hoje o primeiro-ministro de transição, a quem pediu urgência no pagamento dos salários da função pública e criação de condições para "salvar o ano escolar". Serifo Nhamadjo disse também a Rui Duarte de Barros que é preciso desenvolver ações de luta contra o crime organizado e o tráfico de droga, bem como impedir que haja falta de alimentos e que a colheita do caju, principal produto do país, seja feita. Ao novo primeiro-ministro de transição, o Serifo Nhamadjo pediu ainda "um governo de transição de base alargada" que prime pela qualidade, tecnicidade e espírito de sacrifício e disponibilidade.

Estamos de acordo

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, disse que a questão do narcotráfico também é a chave do golpe de Estado de 12 de Abril na Guiné Bissau. Paulo Portas afirmou que «todas as informações» de que Portugal dispõem relacionam o golpe de Estado de 12 de Abril na Guiné Bissau com o narcotráfico e que este assunto em concreto vai ter de ser analisado pelas Nações Unidas, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, União Europeia e União Africana, informa a agência Lusa.

Considerou que o poder militar na Guiné-Bissau «é permeável ao narcotráfico» e manifestou-se convicto que a comunidade internacionais conseguir um consenso sobre a situação política no país. «Eu não tenho nenhuma dúvida. Todas as informações de que Portugal dispõe apontam para que, claramente, na origem deste golpe de Estado também está o narcotráfico e, ou a Guiné-Bissau tem condições para ser um Estado de Direito, ou a Guiné-Bissau fica sequestrada a um certo poder militar que é permeável ao narcotráfico», disse Paulo Portas.

O chefe da diplomacia portuguesa falou com os jornalistas durante uma conferência de imprensa em que participou também o primeiro-ministro guineense deposto, Carlos Gomes Júnior, após uma reunião no Ministério dos Negócios Estrangeiros. «As Nações Unidas sempre se preocuparam que a Guiné não servisse como interposto de droga», disse Carlos Gomes Júnior que recordou que a ONU e a Interpol têm escritórios em Bissau para a investigação e combate ao tráfico de droga. «Este é um assunto que não podemos escamotear», referiu o primeiro-ministro deposto da Guiné Bissau que chegou na quarta-feira a Portugal proveniente da Costa do Marfim, onde se encontrava desde o dia 28 de abril.

Obra: Histórico total de visualizações de páginas 3.005.160 . AAS

Três coisas


A Guiné-Bissau tem três pessoas responsáveis por esta situação

1º Os que deixam acontecer;
2º Os que perguntam o que aconteceu?
3º Os que fazem para acontecer.
 
Djulde camara
 

Ode a um combatente sem armas (divido-o com o Povo da Guiné-Bissau)

Caro irmão,
Vai daqui um grande e fraterno abraço.

Repousa e ganha forças porque mereces,
Foste um gigante da coragem,
Sem armas,
Senão a leveza da tua pluma,
... que do Tio Beto herdaste

... denunciastes a barbarie,
Foste brutalizado, espancado,
A mando de alguém que nós sabemos
Qual fénix, vieste à luta,
Com mais força, mais convicção,
Sempre denunciando

Hoje,
Abraça os teus filhos,
...Guilherme e Lucas,
Diz-lhes,
que são filhos de um grande patriota
Aconchega-os como há muito não fazias
... pois optaste pela voz da revolta
Ao teu povo a quem a tiraram

Leva-lhes ao Estadio da Luz,
Nessa grandeza passear,
Mostra-lhes a Luz da verdade,
Conta-lhes sem modéstias
a tua coragem em outros defender

Diz-lhes
Que, o Povo da Guiné-Bissau
Consideram o Papá um heroi
Não um herói qualquer...
... não de banda desenhada,
nem dos cromos de colecção,
Um herói de verdade

Diz-lhes também,
Que a Guiné-Bissau é a terra deles
Dela se deverão orgulhar um dia
Nela, também existem homens bons
Esses, que nos tolhem hoje a liberdade,
São os homens maus

Diz-lhes que nós lhes amamos e,
muito

F.L.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

DEFENDER O PAÍS, PASSA POR DEFENDER O POVO, APOIAR ATO CONTRA A VONTADE DE POVO EM NOME DO O PAÍS É HIPOCRISIA.



Como é obvio todos e cada um de nos, goza de direito de manifestar e apoiar o governo legitimamente eleito, bem como comando militar (golpistas) e os seus apoiantes políticos.
Foi assinado o pacto de transição, o referido pacto foi assinado por 16 (45%) dos 35 partidos políticos da Guiné Bissau, entre os desaseis partidos só o PRS tem assentos parlamentar.
Pela terceira vez, compareceu alguns deputados no parlamento, mas que nunca se ouvi a secção por falta de quórum, ainda forçosamente com aconteceu para a nomeação do presidente, contínua em marcha a formação de governo.
O Primeiro-ministro, vem do PRS, como é óbvio, maior dos partidos 16, o nome do Paulo Gomes, foi esquecido devido a contestação do PRS.
É notável o controle do PRS, tanto no Parlamento e no Governo, agora pergunto:
O presidente vai presidir a quem? Um povo que rejeitou a sua confiança?
O presidente terá moral de exigir respeito a autoridade de estado, se ele não o respeitou?
O presidente terá condições para exigir os militares face a barbaridade, pilhagens e tráficos de droga, se são os militares a verdadeira fonte de decisão?
O presidente que desrespeitou as instâncias jurídicas do pai, assim como esta a marginalizar o povo da guine em defesa das suas ambições pessoais, que presidente?
O governo vai funcionar com a sustentabilidade de estado-maior?
Será que o Pais goza da sua soberania? Na constituição de República deve ser o Ministro de um País a nomear o PR da Guiné Bissau?
O povo é que faz o país, apoiar o país a revelia da vontade do povo é ironia.
 
Defender o país, passa por defender o povo, defender golpe em nome do país democrático, tem o nome ``hipocrisia´´.
J.S.M.

Nomeação ilegal: Rui Duarte de Barros nomeado primeiro-ministro da Guiné-Bissau. AAS

LGDH - Carta aberta ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon


MEMBRO DE:
 FIDH – Federação Internacional dos Direitos Humanos
 UIDH – União Internacional dos Direitos Humanos
 FODHC-PALOP – Fórum das ONGs dos Direitos Humanos e da Criança dos PALOP
 Fundador do Movimento da Sociedade Civil
 PLACON – Plataforma de Concertação das ONGs
MEMBRO OBSERVADOR JUNTO DE:
 CADHP – Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos
   
Bissau 16 de Maio 2012

Assunto: Carta aberta sobre a situação dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau após ao golpe de estado de 12 de Abril de 2012

Os meus melhores e respeitosos cumprimentos
 
Em virtude do golpe de estado do passado dia 12 de abril de 2012, perpetrado por um grupo de militares, autodenominado Comando Militar, gostaria de pôr a consideração da sua Excelência o status quo instalado  em termos do gozo e exercicio dos direitos e liberdades fundamentais na Guiné-Bissau.
 
Esta acção anticonstitucional das forças armadas mergulhou o país numa crise política inédita e com consequências imprevisíveis para a vida pública nacional, em particular para a situação dos direitos humanos. Entre várias consequências deste golpe militar, destaca-se o disfuncionamento da administração pública, a restrição abusiva dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, a liberdade de manifestações, a liberdade de expressão e de imprensa.
 
Assistem-se igualmente, a confiscação ilegal dos materiais dos profissionais da comunicação social, o vandalismos e pilhagens sistemáticas nas residências dos membros do governo e outras figuras públicas, as agressões e espancamentos de cidadãos e jornalistas,  intimidação e perseguição de alguns responsáveis políticos, facto que obrigou a dezenas de politicos na sua maioria membros do governo, a procurarem refugios junto às instalações diplomaticas,  associados à degradação a ritmo cada vez mais preocupantes, das condições de vida dos cidadãos.
 
A par destas ilegalidades, o Comando militar publicou no dia 09 de Maio 2012, uma extensa lista de 58 pessoas interditas de viajar, entre as quais figuram, membros do governo deposto e do partido no poder, Deputados de Nação, lideres dos partidos políticos, responsáveis de administração eleitoral, sindicalistas, empresários e dirigentes das organizações humanitárias. Antes desta medida manifestamente ilegal, circulava em Bissau uma outra lista de 48 pessoas também acusadas de serem supostos responsáveis pelos assassinatos politicos ocorridos na Guiné-Bissau nos últimos anos.

Sua Excelência Sr. Secretario Geral,
 
Estas Acções, além de consubstanciarem em violações grosseiras dos direitos civis e políticos dos cidadãos e consequentemente, das normas e princípios constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos e demais  convenções aprovadas pela ONU e ratificadas pela Guiné-Bissau, revela também e de forma inequivoca, uma autêntica perseguição dos cidadãos. Ainda por outro lado, a Liga alerta para uma eventual manobra da justiça dos vencedores, factos que possam contribuir para os sentimentos de ódio e de vingança, assim como, agravar ainda mais, o ambiente da instabilidade politica e militar que se vive no nosso país.
 
A Liga Guineense dos Direitos Humanos, acredita que a impunidade constitui o principal desafio para os direitos humanos na Guiné-Bissau e tem funcionado como o principal factor de incentivo às cíclicas instabilidades políticas e militares com efeitos contraproducentes e adversos aos esforços para a consolidação da paz e reconciliação nacional.
 
Contudo, só haverá a paz, tranquilidade e bem-estar social na Guiné-Bissau com a realização de uma verdadeira justiça capaz de condenar os criminosos e ilibar os inocentes e não a transformação das instituições judiciais como ferramentas doceis para eliminar os adversários políticos e silenciar as vozes discordantes.
 
A Liga alerta igualmente que sem as verdadeiras reformas nos sectores da Justiça, defesa e segurança o país jamais logrará a construção de uma sociedade onde a reconciliação, o respeito pelos direitos humanos, a democracia e o estado de direito, a cultura da paz e tolerância sejam uma realidade.

Assim, a Direcção Nacional da Liga Guineense dos direitos Humanos vem através deste meio solicitar a intervenção urgente da vossa excelência junto do Estado-Maior General das Forças Armadas e do Comando Militar, no sentido de abstiverem-se de cometer actos ilegais e restritivos dos direitos e liberdades fundamentais nomeadamente a proibição das viagens, das manifestações pacificas, liberdades de imprensa plena e de expressão enquanto conquistas irreversíveis do povo guineense.
 
 
Sem mais assunto, Sua Excelência Sr. Secretario Geral, aceite os protestos da minha mais alta consideração e estima.
 
À Sua Excelência
 
Sr. Secretário-geral da ONU
 
Ban Ki-Moon
                                                     
A Direcção Nacional
_______________________
                                                             
Luís Vaz Martins
O Presidente

Serifo Nhamadjo "é traidor e irresponsável", diz o Comité Central do PAIGc



O Comité Central do PAIGC apelidou Serifo Nhamadjo de traidor, irresponsável e acusou este dissidente, agora 'indigitado' Presidente da República de Transição por outra irresponsável - e criminosa - CEDEAO. Serifo Nhamadjo foi o alvo na última reunião, tendo mesmo sido acusado de desobediência ao Supremo Tribunal de Justiça. "Ele [Serifo Nhamadjo] associou-se aos golpistas, violando assim dolosamente os estatutos do PAIGC, partido de que é dissidente, e tendo sido derrotado nas urnas e ficado num 3o lugar. O PAIGC responsabiliza ainda a CEDEAO pelas consequências da sua atitude de nomear, à revelia daquilo que o povo decidiu um Presidente da República de Tansição para a Guiné-Bissau». AAS

Contacto do Aly Silva em Portugal: 967210756