domingo, 22 de julho de 2012
Transparente
Sondagem DC - Pergunta: "Os membros do 'Governo' de transição devem ser sancionados pela CEDEAO, União Africana, União Europeia e Organização das Nações Unidas?"
Votos apurados: 1.159
Respostas:
SIM - 933 (80%)
NÃO - 189 (16%)
TALVEZ - 21 (1%)
NÃO SEI / NÃO RESPONDO - 16 (1%)
AAS
Aos (des)instalados
"Prezado Aly,
Desejo-te sossego e concentração no restaurar da tua saúde. Saúde essa a que tens direito como todo e qualquer ser humano feito à imagem de Deus, sinónimo da verdade e amor; Amor sim, você sempre amou esta terra; fizeste a vida militar aqui na Guiné-Bissau nos anos 80’s; partiste depois para "tugas"; e tiveste a coragem de voltar e viver o nosso calvário desde Cabo Roxo, até Pirada, passando por Cacine, Bolama e Tchon di Budjugus.
Ao contrário daqueles (alguns) cobardes (des)instalados na Europa e que sempre fugiram e negaram o carinho, amor e afecto que esse povo tanto exigia deles e de todos nós, mas que nesta hora estão a dar com a boca no trombone, com meras suposições, doseadas de ódio cego. Você sim, viveu e testemunhou o calvàrio desse povo, ficaste com sinal de brutalidade, cobardia e de ignorância para toda a vida, "aqueles" que pensam que morreste, estão enganados, porque você e o blog ditadura do consenso são como um leão, e um leão nunca morre, mas sim dorme.
Acorde o mais rápido possível.
Nevabamon, S. Tcharty"
Regresso
"Bom dia, Aly
Sei que estás a passar por um momento difícil, mas neste momento tens que te mentalizar que estás aí para te recuperares e voltares à tua vida normal o mais rapidamente possível. Desejo-te as rápidas melhoras durante este período de convalescença.
Cumprimentos,
M. Djalo"
Infelizes e ignorantes
"Olá, tudo bem?
Estive a ver agora o teu blog com mais calma...digo-te que fiquei sem reacção...lamento muito o que se está a passar, mas peço-te que continues a ser superior como tens sido até então. Tu melhor que ninguem sabes como "nós" os guineenses somos... Eu não cresci em Bissau, mas nestes últimos 2 anos em que lá estive, posso afirmar que temos ainda um longo caminho a percorrer...sei tambem que ainda sou muito nova e que tenho muito para descobrir sobre o nosso país.
Não te conheço pessoalmente, mas pelo pouco que falamos e pelo que leio no teu blog, simpatizei muito contigo, admiro a tua coragem, intelegência e o teu amor incondicional pela Guiné-Bissau.
Quero deixar aqui o meu apoio, para que saibas que os "infelizes" que estão a tentar destabilizar-te não passam disso mesmo - são e serão sempre isso: infelizes e ignorantes...não gastes as tuas energias com gente como essa pois não merecem de todo que o faças!
Força ai e continuação de uma boa recuperação
beijos,
N.T"
Gâmbia: Agente da secreta é agora 'embaixador' em Bissau
Yaiah Djemeh acreditou um novo Embaixador da Gâmbia junto do Governo de Transição da Guiné-Bissau. A indicação recaiu num homem da secreta, há muito em Bissau - Abdou Jarjou foi oficializada no passado dia 20 de Julho, e entregou já as cartas credenciais ao Presidente de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo. AAS
sábado, 21 de julho de 2012
Aos ignorantes
"António Aly Silva:
Combater a ignorância é uma tarefa absurdamente hercúlea. É uma praga intermitente que, quando num dia pensamos ter sido “quase” suprimida, no dia a seguir aparecem milhares de milhões sem nos apercebermos de onde ou quando chegaram todos ao mesmo tempo. Ao longo da minha infância, ouvi muitas vezes a minha falecida avó Aldonça repetir que “A conversa está entre duas pessoas” e na altura não percebia o verdadeiro sentido da palavra.
Hoje, cada vez mais constato que quando a pessoa A não tem a capacidade de compreender o que a pessoa B pretende dizer (por vezes algo tão simples) então não poderá haver diálogo. Respira fundo (sabes aquele símbolo em sânscrito, Om?) e cuida de ti neste momento porque amanhã, como de costume, irão aparecer às resmas, às paletes... uffff....milhares de milhões.
A. M."
Assassinatos vs Populismo - Basta!
"Aly,
Acho estas acusações de assassinatos e de presumíveis assassinatos tudo normal, mas o que não julgo coerente, é por exemplo um PODER Instituído legalmente ou não, mas com poderes para o efeito, não levar avante uma acusação formal e julgamento público isento, de todos os Indivíduos ou Grupo de Indivíduos que eventualmente estejam implicados nesses crimes.
Estamos fartos de acusações não formalizadas, de Conferências e Imprensa e Comunicados Populistas e queremos (povo Guineense) que todos os autores desses Crimes, quer material bem como moral, sejam levados a justiça e condenados. BASTA DE UTOPIA E DA IMPUNIDADE!
R.P."
Obrigado
"Olá Aly
Ainda não tive o prazer de te conhecer pessoalmente mas sou uma grande admiradora (entre os muitos que acredito teres) do trabalho que tens desenvolvido em prol da Guiné-Bissau. Eu nasci na Guiné, mas vivo em Portugal há 30 anos. Enquanto o meu Pai estava de vida fui á Guiné-Bissau algumas vezes, confesso que em cada uma das vezes que lá fui não demorei mais do que 15 dias. É muito pouco tempo para saber o que quer que seja acerca de um país principalmente um tão complexo como é a nossa Guiné-Bissau.
Sempre estive muito distanciada de tudo o que envolvia a Guiné-Bissau, amigos tugas, escolas (não digo turmas) em que era a única africana, e acho que a minha mãe também acabou por nunca nos incutir (a mim e à minha irmã) a proximidade que teríamos que ter com as nossas raízes… enfim. Após o golpe de estado de 12 de Abril e á medida que o teu nome ia surgindo na comunicação social fui espreitalhando (espreitar + vasculhar) o teu blog e percebi o quanto eu desconhecia sobre a Guiné-Bissau.
Hoje, quando acordo, a primeira coisa que faço é ligar o portátil e ir ao teu blog, ansiosa por saber informações sobre a Guiné. Agradeço-te verdadeiramente, Aly, por despertares em mim a vontade de conhecer mais sobre este País que me viu nascer e acima de tudo pelos pequeninos planos (estão a crescer) que agora começam a surgir no sentido de um dia rumar à Guiné, e contribuir com a experiência, conhecimento que todos fomos adquirindo,para tornar a Guiné no país que todos queremos e esperamos que seja.
Parafraseando o que alguém disse.
"Uma pessoa com convicção tem a força equivalente a 100 mil que tenham interesses apenas"- John Stuart Mill, filósofo inglês.
Muito Obrigada
P.S. se eventualmente quiseres publicar, agradecia apenas que o fosse de forma anónima."
Guiné-Bissau, Mudanças de liderança de UA e CEDEAO potenciam reflexos na crise interna
1 . A eleição de Nkosazana Dlamini-Zuma, sul-africana, para o cargo de presidente da Comissão da União Africana e, adicionalmente, a próxima atribuição à Gâmbia da presidência rotativa da CEDEAO, estão a gerar reacções de cautela em meios comprometidos com o golpe de Estado de 12.Abr; de regozijo nos demais meios.
O carácter complacente da atitude da CEDEAO face ao golpe de Estado foi crucial para o desencadeamento da acção militar, de per se, e para a consolidação do status quo a que a mesma deu azo. Esta evidência foi propiciada pela conduta da UA de reservar aos agrupamentos regionais papel mais activo na resolução de crises de natureza afim.
Angola foi, depois da África do Sul, o país que mais activamente se aplicou na eleição de N Dlamini-Zuma; pôs à sua disposição, inclusive, fundos destinados a subvencionar a campanha eleitoral. São “plausíveis” expectativas segundo as quais a nova presidente definirá uma linha de conduta mais resoluta em relação a golpes de Estado.
As autoridades angolanas sentiram como uma “humilhação” as condições em que procederam à retirada da sua missão militar na Guiné-Bissau, Missang, no seguimento do golpe de Estado. Têm agido na linha de uma política considerada de “desforço” relativamente às novas autoridades e seus apoiantes regionais.
A passagem para a Gâmbia da presidência rotativa da CEDEAO também é considerada um “mau augúrio” em meios afectos ao golpe de Estado. Yaya Jammeh, Presidente da Gâmbia, assumiu-se como notório e constante adversário do golpe de Estado na Guiné-Bissau e há indicações de que faz tenção de manter intacta doravante essa conduta.
A Gâmbia, um país de diminuta dimensão territorial, não é considerado politicamente influente no contexto regional. A condenação pública do golpe de Estado na Guiné-Bissau foi vista no quadro de rivalidades com o Senegal; mas também reflexo de uma necessidade de protagonismo político capaz de compensar a exiguidade do país.
Nas últimas semanas têm vindo a notar-se em países como o Senegal e Nigéria atitudes interpretadas como menos contemporizadoras com o golpe de 12.Abr. Conjectura-se que tal realidade (no caso da Nigéria, situada no plano mais vasto da sua política africana), se destina a “antecipar” mudanças desenhadas para a UA e CEDEAO.
A ideia de que a CEDEAO se prepara para corrigir a linha da sua política face à crise na Guiné-Bissau, inspira-se em considerações tais como a de que só isso a poupará de eventuais embaraços. A estabilidade na Guiné-Bissau é considerada “precária” devido a fracturas internas e a um cerrado isolamento internacional, alargado a sanções.
A correcção delineada consiste em transferir a coordenação do processo relacionado com a crise na Guiné-Bissau para a UA. A CEDEAO manter-se-á no terreno, mas, por iniciativa da UA tendo agregadas forças originárias de outras organizações do sistema internacional, em especial a CPLP (representada pelos seus membros africanos).
2 . Rui de Barros, actual PM, manifestou a intenção de se demitir, para o que invocou razões como os “escassos poderes” que considera estarem de facto ao seu alcance para gerir/controlar as finanças públicas. Foi persuadido a não o fazer, na noite de 10/11.Abr, por intercessão de Serifo Namadjo, PR, e de Gen António Indjai, CEMG.
A ausência de controlo pelo Governo das finanças do Estrado é devida a uma prática de constantes apropriações pelos militares de fundos à guarda do Tesouro ou afectados aos ministérios (arrecadação de receitas fiscais e aduaneiras). As apropriações, por vezes coercivas, são efectuadas por oficiais “a mando” do CEMG, A Indjai.
3 . A posição preponderante de A Indjai na actual ordem política na Guiné-Bissau continua a ser referenciada em relatórios de situação de origem diversa. Detalhes do inside de uma reunião do Conselho Superior de Defesa, 12.Jul, convocada para fazer o balanço dos 3 meses decorridos desde o golpe de Estado:
- A subalternidade em relação a A Indjai mantida em toda a reunião pelo PR, Serifo Namadjo – que formalmente preside ao orgão; idem, mas de forma ainda mais notória, da parte do presidente interino na Assembleia Nacional, Sori Djaló.
- A Indjai revelou que as FA conseguiram recuperar 3 tanques T-54, prometendo para breve a recuperação de 2 baterias de lança foguteses múltiplos - Katyuska; como forma de assegurar munições para a “técnica” recuperada propôs, sem objecção ou reparo de nenhum dos presentes, a celebração com a Rússia e a China de acordos visando o fornecimento das referidas munições em troca da concessão de facilidades de pesca.
A Indjai, geralmente identificado pela “elementaridade do seu pensamento”, denota agora empenho especial em influenciar/promover acções que o próprio aparentemente avalia como podendo vir a esvaziar a persistente pressão política externa exercida sobre o regime – instalado através golpe de Estado.
Numa reunião recente para a qual o PM convidou todo o corpo diplomático acreditado em Bissau, apenas compareceram representantes de países da CEDEAO. Nenhum da União Eopeia ou de organizações internacionais. A China fez-se representar por um funcionário de menor categoria que os anteriormente despachados para tais missões.
No entendimento de A Indjai, o Governo e as novas autoridades devem começar a aplicar-se na realização de eleições gerais. Figuras com má reputação externa, como o Alm Bubo Na Tchute e Kumba Yalá, devem manter-se distantes da política e da vida pública. A Indjai não se inclui entre tais figuras.
O papel de inspirador e/ou concicionador do processo de decisão política, que A Indjai exerce, também se manifesta em abordagens que faz de temas como futuras eleições. P ex, o PAIGC só poderá candidadatar-se com nova direcção (ódio a C Gomes Jr); um bom candidato presidencial seria o advogado Domingos Kadé, bastonário da Ordem.
4 . Entre as divisões identificadas na sociedade em geral está a ser prestada atenção especial às de extracção étnica e às que estalaram entre os próprios balantas – tribo actualmente mais representada no poder e com o mesmo conotada.
- Os balantas, em geral, são vistos pelas restantes tribos, algumas das quais, como a dos fulas, de dimensão equivalente, como constituindo um grupo privilegiado; comumente apontado o facto de serem maioritariamente balantas os quadros superiores do Estado formados nos últimos anos (juristas, médicos, engenheiros, etc).
- Os balantas do S estão cientes de que são preteridos em relação aos do N, atribuindo a Kumba Yalá responsabilidades pela sua marginalização; apontado como exemplo o facto de serem do N os 84 generais balantas que desde o consulado de Kumba Yalá foram promovidos ao posto.
5 . Meios especialmente atentos ao narcotráfico que usa a Guiné-Bissau como placa giratória entre a sua origem, América Latina, e destinos como a Europa, notam que o à-vontade com que a actividade é agora praticada aumentou. O aeroporto do Bissau já foi usado em operações que normalmente se faziam em pistas remotas, como Cufar.
Chefes de Estado da CPLP homenageiam Malam Bacai Sanha
IX CONFERÊNCIA DE CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA
Maputo, 20 de Julho de 2012
Homenagem ao Presidente Malam Bacai Sanhá
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) presta homenagem à memória do Presidente Malam Bacai Sanhá, Presidente da República da Guiné-Bissau falecido a 9 de Janeiro de 2012, no decurso do seu mandato, recordando o seu contributo na defesa dos valores da paz e democracia na Guiné-Bissau.
O Presidente Malam Bacai Sanhá soube valorizar e realçar a importância da CPLP na concertação político-diplomática e cooperação entre os seus Estados membros, enaltecido ainda mais na sua articulação com organizações regionais, tendo sido um dos impulsionadores do Memorando de Entendimento entre a Guiné-Bissau, a CEDEAO e a CPLP, instrumento considerado na altura prioritário e determinante para o processo de reforma dos setores da defesa e segurança neste país.
Enquanto estadista e político experiente, Malam Bacai Sanhá esforçou-se por promover a estabilidade governativa, após sucessivos golpes de Estado militares e constitucionais. O seu legado deve servir de inspiração para a resolução da atual crise militar, política e institucional que a Guiné-Bissau atravessa.
Nós, os Chefes de Estado e de Governo dos Países de Língua Portuguesa, reunidos em Maputo, Moçambique, prestamos homenagem à memória do Presidente Malam Bacai Sanhá pela contribuição que deu a esta Comunidade, pela sua ação como Homem e Político.
Feita em Maputo, a 20 de Julho de 2012
PAIGC escreve a João Honowana
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
Secretariado Nacional
Para: Senhor João Honowana
Director Divisão África 2
Departamento dos Assuntos Políticos
Nações Unidas
Nova York
Do: Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC)
Assunto: Crise Politico Militar em decorrência do Golpe Militar de 12 de
Abril de 2012/Cronologia dos Acontecimentos
Local e Data: Bissau, 16 de Julho de 2012
1. Em 11 de Abril de 2012, o Secretariado Nacional do PAIGC, torna público através de um Comunicado, a interferência da instituição militar em questões políticas, expressas pelo Senhor Tenente Coronel Daba Na Walna, porta-voz do Estado Maior General das Forças Armadas, incompatíveis com o seu estatuto de militar no activo;
2. Com os acontecimentos do dia 12 de Abril do ano corrente, o País e o Mundo foi surpreendido com um Golpe de Estado perpetrado por um auto-denominado Comando Militar do Estado Maior General das Forças Armadas;
3. Nesta conformidade, reuniu-se no dia 14 de Abril de 2012, em Bissau, na sede Nacional do Partido, sob a presidência do Primeiro Vice -Presidente do Partido, Camarada Comandante Manuel Saturnino da Costa, a Comissão Permanente do Bureau Politico alargado ao Secretariado Nacional, a fim de analisar a situação político-militar decorrente do golpe de Estado referido em epígrafe, tendo no final produzido um Comunicado;
4. Do Comunicado dessa reunião, ressalta-se a denúncia e condenação com veemência do Golpe de Estado e todas as manipulações políticas subjacentes, responsabilizando-se perante a comunidade nacional e internacional os seus autores, bem como as exigências da reposição imediata da ordem constitucional e a libertação incondicional do Presidente da República Interino e do Primeiro- Ministro detidos na ocorrência do acontecimento supracitado;
5. Em 15 de Abri de 2012, os partidos políticos (CD, PRN, PST, PND, PP, PPD, PUSD e UPG), Movimentos de Apoio (Cadogo Cu Nô Misti, Lifanti Garandi e Guiné Lanta) e personalidades que apoiaram o candidato do PAIGC às eleições presidenciais antecipadas de 18 de Março de 2012, emitiram um Comunicado condenando o golpe perpetrado pelo Comando Militar no passado dia 12 de Abril, e exigem a libertação imediata e incondicional do Presidente da Republica Interino e do Primeiro-Ministro, assim como o retorno a ordem constitucional e o respeito pelas decisões do Supremo Tribunal de Justiça;
6. O Bureau Politico do PAIGC reuniu-se em Sessão Extraordinária no dia 16 de Abril de 2012, sob a presidência do 1º Vice-Presidente do Partido, para debater e analisar a actual crise político-militar instalada no país, resultante do golpe de Estado, tendo deliberado entre outros assuntos, a ratificação do Comunicado da reunião do dia 14 de Abril de 2012 da sua Comissão Permanente alargada ao Secretariado Nacional, assim como a condenação da censura exercida sobre os meios de comunicação social estatais e privadas e, por fim mandatar a Comissão Permanente na base do estipulado no artigo 33º, alínea b) do Estatuto do PAIGC, para em seu nome, acompanhar a evolução da situação política nacional em curso;
7. A 16 de Abril de 2012, à convite da representação na Guiné-Bissau da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), uma delegação do PAIGC, chefiada pelo Secretário Nacional, Camarada Augusto Olivais, teve um encontro de trabalho com os enviados da CEDEAO, tendo à sua testa o seu Presidente da Comissão, Senhor Desiré OUEDRAGAOU e composta de representantes da Nigéria, Côte d’Ivoire, Senegal, tanto civis como militares (Chefe de Estado Maiores das Forças Armadas), tendo saído dessa reunião por um lado, o compromisso da CEDEAO de tudo fazer para a libertação dos detidos e da exigência do respeito da ordem constitucional e da condenação do golpe perpetrado pelo militares, e por outro, o PAIGC engajar-se na busca de soluções para a saída da crise resultante dos acontecimentos do dia 12 de Abril, confiando a CEDEAO o papel de mediador entre as Partes em conflito;
8. No dia 18 de Abril de 2012, o Grupo Parlamentar do PAIGC, reuniu-se na sede nacional do Partido, em Bissau, sob a presidência do seu Presidente, Deputado Rui Diã de Sousa, para entre outras deliberações, condenar o sucedido no dia 12 de Abril, assim como subscrever na íntegra as exigências constante no Comunicado da Comissão Permanente do Bureau Politico do Partido de 14 de Abril;
9. Em 19 de Abril de 2012, na sede Nacional do PAIGC, em Bissau, os partidos políticos legalmente constituídos (PAIGC, PND, PST, PRN, CD, PUSD, RGB, UPG, PP e PPD), personalidades políticas, deputados de alguns partidos da oposição, vários movimentos de apoio a candidatura do Presidente do PAIGC às eleições Presidenciais
(CADOGO PRESIDENTE, Kadogo Ku nô Misti) e da Sociedade Civil (Associações de Comerciantes, União Nacional dos Trabalhadores, Confederação Geral dos Sindicatos Independentes, Sindicato de Motoristas, Confederação Nacional da Juventude e Rede Nacional de Juventude), criaram uma frente nacional comum anti-golpe para a reposição da ordem democrática e constitucional denominada de FRENAGOLPE, aberta a todas as individualidades e organizações da classe politica e da sociedade civil;
10. Em 19 de Abril de 2012, na sequência da intenção deliberada de alguns sectores políticos e militares, nomeadamente o porta voz do Comando Militar em induzir o povo guineense e a opinião pública nacional e internacional à acreditar que o Partido auto exclui-se do processo de criação de estruturas de transição politica no País, a Comissão Permanente do Bureau Politico do PAIGC emite um Comunicado a reafirmar perante os guineenses e a comunidade internacional que não pode, em nenhuma circunstância participar ou associar-se a procedimentos anti-constitucional e nem reconhece a entidade que anima as reuniões entre o Comando Militar e alguns partidos políticos e condena com toda veemência e vigor a assinatura no dia 18 de Abril de 2012 do pretenso “Acordo para Estabilização e Manutenção da Ordem Constitucional e Democrática”, para além de instruir o seu governo legitimo para ordenar todos os funcionários públicos, responsáveis de projectos e outras instituições públicas a não obedecerem ordens ou instruções de qualquer entidade que não sejam as resultantes do sufrágio exercido pelo povo guineense, em pleno exercício do poder democrático;
11. O Secretariado Nacional do PAIGC, emite em 20 de Abril de 2012, um Comunicado, onde rejeita publicamente as designações de Manuel Serifo Nhamadjo (1º Vice Presidente da Assembleia Nacional Popular) e Sori Djaló (2ºVice Presidente da Assembleia Nacional Popular), como Presidente da República da Transição e Presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), respectivamente, para os quais foram “nomeados” pelo auto-denominado Comando Militar;
12. A Comissão Permanente do Bureau Politico do PAIGC, na sequência do mandato que lhe foi conferido pelo Bureau Politico, sob a presidência do 1º Vice-Presidente do Partido, reuniu-se no dia 22 de Abril de 2012, a fim de analisar a evolução da situação político-militar, tendo entre outras deliberações, retirar confiança politica ao suspenso do PAIGC, Manuel Serifo Nhamadjo, pela sua atitude traidora e irresponsável, perante a decisão soberana do Supremo Tribunal de Justiça, indigna de um dirigente do Partido e de membro da Mesa da Assembleia Nacional Popular, que é suposto defender a Constituição e as demais Leis da República e que transformou em golpista e fora de lei;
13. O Secretariado Nacional do PAIGC emite em 24 de Abril de 2012, um Comunicado denunciando junto do povo guineense e da comunidade internacional, da tentativa de invasão à sua sede nacional e da exibição de violência gratuita por parte de um grupo de dirigentes e militantes apoiantes da candidatura do derrotado na 1ª volta das eleições presidenciais de 18 de Março de 2012, Senhor Manuel Serifo Nhamadjo, membro do Bureau Politico do PAIGC, suspenso provisoriamente do Partido;
14. Em 26 de Abril de 2012, em Abidjan, Côte d’Ivoire, teve lugar a Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, a fim de examinar a situação política, segurança e humanitária em Mali e Guiné-Bissau;
15. A Cimeira Extraordinária, no seu Comunicado Final, relativamente à Guiné-Bissau, entre as decisões tomadas, reafirmou o princípio fundamental da tolerância zero para a tomada ou manutenção do Poder por meios não constitucionais, bem como o papel apolítico dos militares na democracia, tal como consagrado pelo Protocolo Adicional sobre a Democracia e Boa Governação, para além de condenar firmemente o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 perpetrado pelo Comando Militar e seus associados e denunciar a interrupção do processo de eleição presidencial, assim como a detenção do Presidente da República Interino e do Primeiro-Ministro pela Junta Militar;
16. Os Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO solicitam a libertação imediata e sem condições do Presidente da República Interino Raimundo Pereira e do Primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior, e todas outras pessoas detidas ilegalmente pela Junta Militar e suas entrega à disposição da CEDEAO, UA ou ONU, e solicitam igualmente a restauração imediata da ordem constitucional;
17. Ainda no comunicado final da cimeira de Abidjan, exorta as Partes em conflito de se remeterem à mediação da CEDEAO que visa acordar sobre as modalidades de transição consensual com vista a realização das eleições dentro um prazo de 12 meses, tendo em conta o engajamento por escrito do Comando Militar de 16 de Abril de aceitar o retorno à ordem constitucional, segundo as modalidades a definir com uma assistência da CEDEAO;
18. A Cimeira de Abidjan decidiu criar um grupo regional de contacto sob responsabilidade da Nigéria e constituído de Benin, Cabo-Verde, Gâmbia, Guiné, Senegal e do Togo, cuja missão será de coordenar o seguimento da implementação das decisões da Cimeira sobre a Guiné-Bissau;
19. O PAIGC e o povo guineense tomaram conhecimento através dos órgãos da comunicação social, da libertação do Presidente da República Interino e do Primeiro-Ministro no dia 27 de Abril 2012, porém enquanto a expectativa era de serem conduzidos para as respectivas residências, foram enviados foi para Abidjan através de um voo especial sob responsabilidade da CEDEAO;
20. Teve lugar em Banjul, no dia 29 de Abril 2012, sob a presidência do Presidente da Gâmbia, a reunião do Grupo de Contacto Regional sobre a crise na Guiné-Bissau, na qual tomaram parte os respectivos Ministros dos Negócios Estrangeiros, Presidente da Comissão da CEDEAO, assim como representantes do PAIGC, do Comando Militar, dos cinco partidos políticos que tomaram parte nas eleições interrompidas, dos cinco candidatos contestários das eleições e do grupo de facilitação do diálogo interconfessional da Guiné-Bissau em representação da sociedade civil;
21. A reunião tinha dois objectivos, sendo o primeiro, informar o Comando Militar e outros actores, das decisões da Cimeira Extraordinária da CEDEAO tida em Abidjan, dia 26 de Abril de 2012, e segundo, informar da posição do Grupo de Contacto de Alto Nível da CEDEAO, agindo em nome dos Chefes de Estado e de Governo, sobre as medidas de saída da crise constitucional na Guiné-Bissau;
22. Sobre este assunto, o Grupo de Contacto propõe tomadas de medidas imediatas para restaurar a ordem constitucional, em conformidade com a exigência da Cimeira da CEDEAO de 26 de Abril de 2012, bem como instaurar um período de transição de 12 meses, no decurso do qual será procedido a revisão dos textos legais (Constituição e Lei Eleitoral), reforma do sector de segurança e outras sob a facilitação da CEDEAO a fim de preparar terreno para a realização de novas eleições, visando a escolha de Presidente durante este período de Transição. Ainda, propõe a reinstalação de Raimundo Pereira como Presidente Interino, nomeação de um Primeiro-Ministro consensual dotado de plenos poderes para dirigir um governo de larga abertura durante o período de transição, e a Assembleia Nacional Popular deverá prorrogar o seu mandato até ao fim do período de transição e o deslocamento de uma força da CEDEAO para garantir a segurança da retirada da Missão Angolana de Assistência Técnica e Militar (MISSANG), assim como as pastas ministeriais de Defesa e Interior entregues ao Comando Militar;
23. Como resultado dos trabalhos de Banjul, de todos os representantes da parte guineense que tomaram parte nesse encontro, apenas o PAIGC aceitou a proposta da CEDEAO, remetendo a sua decisão final após a apreciação da sua Direcção superior;
24. No prosseguimento das discussões de Banjul, a convite do Bispo de Bissau, o PAIGC com a mesma delegação, participou no dia 1 de Maio de 2012, na Cúria Diocesana de Bissau, das discussões com vista a encontrar soluções para a saída de crise provocada pelo Golpe de Estado.
25. O PAIGC, através do seu Secretariado Nacional, emite em 1 de Maio de 2012, uma Nota de Esclarecimento aos seus militantes, simpatizantes e parceiros sobre algumas diligências realizadas na busca de soluções para a crise em que o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 mergulhou o país, assim como de não tomada de parte em quaisquer negociações com nenhuma entidade ou instituição, porém está aberto a um diálogo franco no âmbito institucional;
26. Para a gestão da crise político-militar preconizada pela CEDEAO, o PAIGC preparou Memorando 1 e 2, respectivamente em 2 e 5 de Maio de 2012, onde reitera a sua disponibilidade e determinação em contribuir para uma solução via constitucional de forma a permitir um retorno à normalidade constitucional e democrática e a garantir a estabilidade política e social da Guiné-Bissau;
27. Uma sessão extraordinária da Conferência de Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, teve lugar no dia 3 de Maio 2012 em Dakar, Senegal, sob a presidência de Sua Excelência Alassane OUTATTARA, Presidente da República de Côte d’Ivoire;
28. Após uma análise atenciosa ao Relatório sobre a Guiné-Bissau, apresentado pelo Presidente da República Federal da Nigéria, na qualidade do Presidente do Grupo Regional de Contacto, a Conferência decidiu, entre outras, a sua firme condenação ao golpe de estado de 12 de Abril de 2012 e reitera o seu princípio da Tolerância zero por toda ascensão ou manutenção no poder por vias não constitucionais, assim como exige o retorno imediato à ordem constitucional;
29. Ainda sobre a decisão de Dakar, a CEDEAO confirma sua posição anterior relativa ao período de transição de 12 meses e para dirigir este período, em conformidade com a Constituição, a Conferência recomenda que a Assembleia Nacional Popular (ANP) proceda a renovação por voto da sua Mesa e o novo Presidente eleito assumirá a função do Presidente da República Interino e o novo Vice-Presidente passará a assumir a presidência da ANP, bem como a prorrogação do mandato dos deputados a fim de cobrir o período de transição, e por fim o Presidente da República Interino e o Primeiro-Ministro da Transição não podem ser candidatos as eleições presidenciais vindouras.
30. À convite da representação da CEDEAO na Guiné-Bissau, no dia 4 de Maio de 2012, no Hotel Azalai de Bissau, o PAIGC de um lado, e do outro, todos os apoiantes do golpe de 12 de Abril (Comando Militar, Fórum Democrático dos Partidos de Oposição e os cinco Contestatários das eleições presidenciais antecipadas de 18 de Março 2012), Movimento da Sociedade Civil e grupo interconfessional (Bispo de Bissau e Presidente do Conselho Nacional Islâmico), estiveram presentes num encontro com os enviados da CEDEAO (Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Ministro da Defesa de Côte d’Ivoire, Chefes de Estado Maior das Forças Armadas da Nigéria e Côte d’Ivoire, Conselheiro do Presidente da República de Côte d’Ivoire e representante da Comissão de Paz e Segurança da CEDEAO;
31. O encontro tinha como objectivo, encontrar solução para a crise na Guiné-Bissau, e fornecimento de cópia do Comunicado final da reunião de Dakar para comentários de cada grupo participante no encontro, ressaltando-se que o PAIGC reservou os seus comentários sómente após a decisão superior do Partido, tendo em conta que o documento é pertença da CEDEAO e não lhe cabia naquele momento tomar qualquer posição sobre o assunto, enquanto a maioria tinha posição mitigada, a excepção do Comando Militar, Movimento da Sociedade Civil e Afonso Té (candidato contestatários às eleições presidenciais) que concordaram com o documento de Dakar;
32. Convém referir, que na reunião de Azalai Hotel, o Senhor Secretário dos Negócios Estrangeiros da Nigéria prometeu dar assistência Técnica a Partes em conflitos para compreensão das decisões dos Chefes de Estado e Governo da CEDEAO reunidos em Abidjan e Dakar, pelo que dentro de uma semana a equipe estaria disponível para dar o seu apoio na sua operacionalização;
33. A Comissão Permanente do Bureau Politico do PAIGC alargada ao Secretariado Nacional, emite um comunicado em 5 de Maio de 2012, onde entre outras deliberações, dá instruções a sua bancada parlamentar a não participar em qualquer busca de solução que não contemple o respeito à ordem constitucional e regimental da Assembleia Nacional Popular, assim como considerar os mecanismos práticos recomendados pela Cimeira Extraordinária de Dakar para a solução e o retorno à normalidade constitucional de incompatíveis com os preceitos constitucionais da Guiné-Bissau;
34. No dia 10 de Maio 2012, a representação da CEDEAO na Guiné-Bissau, de novo convida as Partes em conflito, à semelhança do anterior, para um encontro no Hotel Azalai de Bissau, com os enviados da CEDEAO para continuação da reflexão sobre a saída da crise ocorrida no país desde o passado dia 12 de Abril de 2012.
35. De referir, que neste encontro, o Senhor Ministro Delegado dos Negócios Estrangeiros da República Federal da Nigéria, informou reservadamente aos membros da delegação do PAIGC, que os pontos de vista da CEDEAO sobre a crise na Guiné-Bissau convenceu os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de um lado, e por outro, tanto o Raimundo Pereira, Presidente da República Interino, como Carlos Gomes Júnior, Primeiro-Ministro não voltariam ao País, pelo que, caberia o PAIGC facilitar o processo, pois esta era última reunião na esperança de solução do problema, pelo que em nome da CEDEAO e no espírito de reconciliação pedia a todos para pormos o passado para trás;
36. Desse encontro, chefiado pelo Ministro Delegado dos Negócios Estrangeiros da República Federal da Nigéria, em nome da CEDEAO, solicitou aos presentes, à titulo reservado por grupo, a clarificação dos pontos de vista de cada um sobre o documento apresentado no encontro de 4 de Maio de 2012, no Azalai Hotel de Bissau, tendo começado com o PAIGC, no qual esta formação politica comunicou que o seu ponto de vista sobre a gestão da crise político-militar na Guiné-Bissau preconizada pela CEDEAO estava reflectida no Memorando II apresentada e distribuída à intenção da comunidade internacional envolvida na solução da crise, pelo que nada tinha mais a comentar, reafirmando a sua abertura em continuar a participar e apoiar todas as iniciativas que visa a paz, estabilidade politica e social do País;
37. As consultas entre os enviados da CEDEAO com outras partes do conflito continuaram, e já tarde, por volta de 00h30 do dia 11 de Maio de 2012, de novo a delegação do PAIGC foi convidada para dar o seu ponto de vista sobre a saída da crise. O Secretário Nacional do Partido voltou a afirmar a posição do partido contida no Memorando II, cujo conhecimento antecipado a CEDEAO já tinha.
38. Nesta conformidade, de seguida, foi convocada a plenária com as Partes envolvidas na solução da crise a tomarem os respectivos lugares na sala do Hotel Azalai, e na alocução do Senhor Ministro Delegado dos Negócios Estrangeiros da República Federal de Nigéria, comunicou que, após consultas separadas com todos os envolventes na solução da crise na Guiné-Bissau, e na base do Artigo 71º, alínea 1, da Constituição o Senhor Manuel Serifo Nhamadjo foi escolhido para ser o Presidente da República durante a Transição, tendo de imediato solicitado o Comando Militar, na pessoa do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau de dar protecção e segurança ao designado Presidente, tendo o PAIGC rejeitado e denunciado publicamente esta decisão;
39. O Comité Central do PAIGC, reunido no dia 14 de Maio de 2012, sob a presidência do 1º Vice-Presidente do Partido, deliberou entre outras, ratificar todos os documentos produzidos pelos órgãos do Partido (Comissão Permanente, Secretariado Nacional e Bureau Politico), mandatados para monitorizar a crise político-militar, bem como condenar as perseguições e limitação de movimentos movidos contra dirigentes do PAIGC, membros do governo e Deputados da Nação e a interdição da liberdade de manifestação, e recomendou a Comissão de Reflexão, criada pela Comissão Permanente a trabalhar em articulação com o grupo Parlamentar do PAIGC na monitorização da presente crise;
40. Em 16 de Maio de 2012 foi assinado o Pacto de Transição Politica entre a Assembleia Nacional Popular e os partidos políticos legalmente constituídos, a excepção do PAIGC;
41. Denúncia feita pelo PAIGC, no dia 26 de Maio de 2012, pela barbaridade cometida por forças de segurança do governo imposto pela CEDEAO contra o nosso povo, durante manifestação pacífica organizada por um grupo de cidadãos, no exercício de cidadania à porta de UNIOGBIS, em violação flagrante dos direitos mais elementares do povo guineense;
42. O PAIGC, apresentou em 14 de Junho de 2012, a Comunidade Internacional, através do Gabinete Integrado das Nações Unidas na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) e na base na Resolução 2048 do Conselho de Segurança, o Memorando III sobre a gestão da crise político-militar no País;
43. Reunião Extraordinária do Comité Central do PAIGC no dia 1 de Julho de 2012, onde entre outras deliberações adia data anteriormente fixada para a realização do 8º Congresso Ordinário do Partido, para 16 a 20 de Janeiro de 2013, e prorroga o mandato dos órgãos do Partido.
Como conclusão, o PAIGC reitera a sua veemente condenação e o seu profundo repúdio ao golpe de estado levado a cabo, a 12 de Abril de 2012, pelo Comando Militar, instigado e apoiado por alguns políticos, muito deles ligados a alguns partidos de oposição.
O golpe de estado passado, que atentou contra a ordem constitucional estabelecida e que se traduz na tentativa de destituir os órgãos do poder de Estado democrático e legitimamente instituídos e eleitos.
Nessa medida, o PAIGC que ganhou com maioria qualificada de 67 deputados sobre os 100 que constituem a Assembleia Nacional Popular, as eleições legislativas de Novembro de 2008, tendo formado Governo, em conformidade com o disposto nas alíneas g) e i) do Artigo 68 da Constituição da República, bate-se pelo retorno imediato e incondicional a normalidade constitucional.
A assinatura pelo 2º Vice-Presidente da ANP, sem mandato da plenária do Parlamento e por alguns partidos políticos (apenas um com assento parlamentar) de oposição de um denominado “Pacto de Transição Politica”, nos termos do qual é nomeado um Primeiro-Ministro e um novo governo, é prorrogada a legislatura e é convertido o Presidente da República Interino em Presidente da Transição, com poderes que extravasam os estabelecidos na Constituição da República.
O PAIGC não reconhece, em consequência, as autoridades designadas e nomeadas para exercerem os cargos de Presidente da República de Transição e de membros do governo por mecanismos e termos contrário aos previstos na Constituição de República.
O PAIGC exige, através da sua bancada parlamentar o preenchimento de vagas deixadas na Mesa da ANP, na perspectiva de se puder respeitar as recomendações da CEDEAO em matéria de revisão constitucional, lei eleitoral, reforma do sector de defesa e segurança e de outras reformas, de preparação eficaz das próximas eleições legislativas e presidências previstas de serem realizadas no decurso do período da transição.
Pelo Secretariado Nacional
Os idiotas estão a crescer...
Sinto-me fraco, ontem fui submetido a três (3) intervenções cirúrgicas, mas vou tentar esclarecer alguns pontos, pois a língua portuguesa parece ser mesmo difícil. Alguns ordinários, para não chamar outros nomes, andam a ganir e a latir chegando a perguntar se eu - como disse - sou mesmo amigo do Roberto Cacheu. Não vou citar nomes de pessoas que estão em Bissau e que sabem da minha relação com o Roberto Cacheu, por uma questão que só a mim compete.
Mas o que querem mesmo? Que eu regressasse ontem a Bissau e começasse a minha investigação? Vão para a puta que vos pariu! Não me desviarei do meu caminho, não conseguirão esse intento. Eu sei mais do que vocês todos juntos, e digo mais: não valem um caralho furado, se querem mesmo saber.
Estou a ver a estratégia. 'Obrigar' o editor do ditadura do consenso a cair na esparrela - descansem, sou mais inteligente do que aparento... Eu NÃO vou acusar a ou b de um crime de sangue porque NÃO tenho provas para tal. Ainda para mais com todas as acusações e desmentidos que tenho lido. É incrível a frente desavergonhada que se abriu para acusar este e aquele de 'cumplicidade' no suposto assassinato do Roberto Ferreira Cacheu.
As pessoas destilam ódio, o guineense é mau por natureza e, perdoe-se-me este desabafo, há guineenses na diáspora que um tiro na nuca ajudava e de que maneira! O ódio mata, o ódio desfaz uma nação; curioso, é o quase-analfabetismo ter o mesmo efeito, ou pior ainda. Gente que me lê e não compreende, gente que escreve e que ninguém entende. E estarão a fazer o quê? A ajudar quem? Sinceramente. Aprendam primeiro a escrever o português...
Gente há que se não falar do António Aly Silva adoece, outros falam sem que me conheçam sequer, outros ainda esforçam-se mas enterram-se um pouco mais. Sou um cidadão honesto, impoluto e incorruptível e, não, estejam descansados: não embarco nesta vossa guerra intestinal. Não me presto a sacanices dessas. Eu estou lá em cima e não desço; tentem subir e logo falaremos.
Tenho evitado a confrontação, não que tenha medo dela, mas porque as pessoas escrevem anonimamente - são cobardes, perfeitos idiotas que se viram com um modem à frente. Agora até 'amigos' no Facebook se insurgem a falar do meu 'silêncio' sobre este 'caso', e remetem até os textos para publicação noutros meios. Tudo bem - se eu rebentar, ninguém me vai conseguir parar. Eu conheço histórias incríveis de famílias de terceiros. Estão lá, em Bissau...não me tentem! Basta começar a 'disparar', cairão que nem tordos e creio que nem para a rua ousarão sair...
Eu nunca participei num complot para assustar e muito menos para assassinar ninguém, estou em Lisboa há dois meses por motivos de saúde, e ontem fui submetido a três cirurgias. Irritar-me não servirá de nada, mas há autênticos filhos da puta que eu queria ter pela frente: esganava-os, e ia preso depois. Mas ia satisfeito, pois teria deixado o mundo um pouco mais livre de idiotas e analfabetos.
Por que motivo não vão vocês para Bissau investigar esse, e já agora outros crimes - se é que sabem sequer o que significa jornalismo de investigação? Quantas vezes tenho de tentar meter nessas vossas cabeças ocas que eu NÃO me vendo? Qual a finalidade de toda esta merda? O que é que eu vos fiz ou às vossas famílias que não dormem descansados? O que as vossas famílias não estarão a fazer em Bissau? Quantas pessoas não mataram ou ajudaram a matar?
Volto a avisar: párem com essa merda! Desenterrem todos os outros assassinatos, os seus processos, os seu cúmplices ou lá o que for. Eu sou uma pessoa, sempre lutei sozinho, e levei sempre com as consequências; estou marcado em várias partes do meu corpo para o resto da minha vida, nunca falo de pessoas singulares no meu blog, a não ser que tenham responsabilidades na condução dos destinos do meu país.
Volto a pedir: tirem o meu nome e o do meu blog nas vossas bocas. Tirem. Simplesmente. Eu quando escrevo sou lido. E entendido.
António Aly Silva (peço desculpas por algum vocabulário mais excessivo)
quinta-feira, 19 de julho de 2012
O Aly 'não disse'. Apenas transcreveu o que disse...o director-geral da Segurança do Estado, Serifo Mané...aliás, as citações vão acompanhadas com aspas ("isto"). Quando o Aly diz somos (fomos?) está precisamente na dúvida - que é o que todos (jornalistas ou não) temos de ter neste momento. Nha mãe! AAS
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