segunda-feira, 3 de março de 2014

Uma decisão de estadista


CARLOS GOMES JR., tomou uma decisão de estadista. Não vai a eleições, porque o PAIGC, do alto da sua incompetência e falta de visão não quis, mas também não quer fazer barulho porque não quer ver o 'seu' partido, aquele que o abandonou, prejudicado. É de homem. E o «prejudicado» tem aqui uma única leitura: CADOGO quer que o PAIGC vá às eleições. Se vai ganhar, ou não, isso são outros quinhentos...aplauda-se a decisão de Carlos Gomes Jr.

O PAIGC é um partido completamente desacreditado neste momento. E uma copiosa derrota na eleição presidencial que se avizinha é cada vez mais uma hipótese a ter em conta - mas, teremos mesmo eleições?!. E o problema nem é o seu candidato José Mário Vaz. O problema chama-se PAIGC. Mas vamos por partes. Já uma vez escrevi aqui que, ao não fazer finca-pé para o regresso ao País do seu presidente, o PAIGC legitimou o golpe de Estado de 12 de abril, e lavou as mãos como Pilatos. Mas o PAIGC revelou-se: é Judas.

Os primeiro responsáveis pelo não regresso de CADOGO Jr á Guiné-Bissau, são os velhos do Restelo. Voltaram a perfilar-se mas desta vez foram corridos. Esses, os mesmos, aqueles que desde a independência deixaram a Guiné-Bissau e o seu Povo a pão e água, e reféns de vontades e caprichos de um partido de gente desonesta, desleal, corrupta e, sobretudo, traidora.

Mas o PAIGC provará, não tarda nada, do seu próprio veneno. Ao seu recém-eleito presidente, já começaram a preparar a folha: Carlos Correia está a postos. Quem avisa...

O PAIGC traiu os seus militantes de base. E, traindo, deve pagar por essa traição. Na política, tudo tem consequência, e descartar um líder da envergadura de CADOGO tem, naturalmente, os seus custos - e esses podem revelar-se catastróficos para o País. Há dois anos que o Povo da Guiné-Bissau vegeta, ignorado pelo resto do mundo; durante todo esse tempo a canalha tem roubado, tem raptado, tem assassinado, tem traficado.

Portanto, ao PAIGC, à CPLP, aos quatro países canalhas da CEDEAO, à ONU, à União Africana, à União Europeia: o povo da Guiné agradece. AAS