terça-feira, 25 de março de 2014
OPINIÃO: A diáspora apela ao voto na qualidade
«15 Anos depois de ter tido a última oportunidade de eleger um representante seu (Deputado) para a Assembleia Nacional, a Diáspora Guineense é de novo chamado a exercer o seu direito de voto.
Para não desperdiçar esta soberana oportunidade de mais uma vez se fazer representar no referido Órgão de Soberania, os Emigrantes Guineenses residentes na Europa, mais precisamente nos Países onde o escrutínio terá lugar, nomeadamente Portugal França e Espanha, envolveram-se activamente no processo de recenseamento, visando a eleição de um deputado para o círculo de Europa.
A Actual conjuntura socioeconómico Mundial, que afectou gravemente a economia europeia, veio colocar dificuldades suplementares a nossa comunidade, interpelando-a a encarar estas eleições com acrescida responsabilidade e maior pragmatismo.
As exigências da actualidade, o leque e as especificidades dos problemas com que a nossa Diáspora de debate, considerando as particularidades dos Países de acolhimento, obrigam a que o seu representante na Assembleia Nacional (Deputado para o círculo de Europa) esteja dotado de qualidades humanas irrepreensíveis (formação superior, perfeito domínio do Francês/Inglês, larga experiência da vida política e do Associativismo, tolerância, pragmatismo, capacidade de exercer influência e de estabelecer alianças pontuais/estratégicas nos bastidores do Poder, conhecimento mínimo das Leis comunitária e das regras de funcionamento das suas Instituições).
Estes requisitos enquadram-se perfeitamente na realidade existente, na medida em que a Diáspora Guineense, hoje, constitui uma comunidade recheada de grandes valores nos domínios político, social, científico, técnico, profissional, cultural, e desportivo e não se pode dar ao luxo de se fazer representar por indivíduos desprovidos de valências que justifiquem o seu voto de confiança, independentemente dos Partidos Políticos à que estão confinados.
É com base nestes pressupostos que o Movimento para a Igualdade de Direitos e o Exercício da Cidadania Activa da Diáspora Guineense (MIDECA), sediado em Portugal, apela a todos os cidadãos Guineense residentes no estrangeiro, sobretudo na Europa, a não votarem cegamente nos Partidos Políticos, dando primazia aos candidatos que dispensam quaisquer apresentações, cujos perfis se enquadram nos requisitos acima descriminados e que estejam devidamente preparados para assumir a titânica tarefa de construir a ponte entre a Guiné-Bissau e a Diáspora, ou seja, fazer da Diáspora uma das prioridades da Política Externa do nosso Estado.
Por outras palavras, apelamos ao voto nos candidatos que já deram provas de idoneidade, de estarem devidamente integrados na sociedade europeia e que já demonstraram ter experiência e capacidade suficientes para defender os nossos Direitos e resolver os nossos problemas nesta legislatura.
Bem-haja a Guiné-Bissau!
Unidos, somos mais fortes e mais capazes!
Lisboa, 20 de Março de 2014.
MIDECA»