quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Estratégias e embustes


É unânime que o juiz Saido Baldé está no terreno a executar o plano ambicioso do golpista Serifo Nhamadjo, 'presidente' da desastrosa transição que espancou e matou dezenas de guineenses depois do golpe de Estado que depôs Carlos Gomes Jr. ATENÇÃO: "Nhamadjo quer voltar ao PAIGC e tomar os destinos do partido nas mãos", confidenciou ao DC alguém próximo.

E o Saido não está parado. Com uma eventual queda do Governo de Carlos Correia, e num hipotético governo de 'iniciativa presidencial', Saido Baldé poderá voltar a ocupar a pasta de ministro da Justiça. O presidente da República, José Mário Vaz, apurou o DC, não quer nenhuma aproximação ao Serifo, mas quer o trabalho sujo do Saido nos corredores da justiça.

"O Saido sabe a posição dos colegas no Supremo, que ali não haverá nenhuma dissidência, nenhuma hipótese de nada passar ilegalmente", palavra de um magistrado ao DC. Assim, Saido decidiu instrumentalizar as instâncias pequenas e principalmente o tribunal da Relação.

"A confirmar-se a presidência da República e o PRS, mais os 15 expulsos, o impacto brutal de tal posição vai de certeza abalar as posições de firmeza do PAIGC e do presidente do STJ, Paulo Sanha, que recusa alinhar nestes joguinhos", adiantou o magistrado ao DC, embora ache que este plano "será mais para ter um efeito psicológico, pois sabem que o processo, chegado ao Supremo, não passará". AAS

CRISE POLÍTICA/NOTÍCIA DC: Perigo no ar


Neste momento, Bissau está pela hora da morte. DC apurou que os juízes muçulmanos posicionam-se ao lado do Lassana Camara e estão dispostos a tudo - os juízes da Relação são quase todos muçulmanos.

Há forte probabilidade do tribunal da Relação confirmar a decisão do juiz Lassana Camará. O juiz Saido Baldé está no terreno, e os juízes da Relação são os 'rapazinhos' do Saido - como se diz na Guiné-Bissau.

Há extremar de posições na classe com firmes posicionamentos. Entretanto, o Lassana Camara já foi notificado pelo Supremo Tribunal de Justiça para ser ouvido. Por estes dias, correm rumores de que, nos corredores do tribunal, o juiz tem desancado os juízes do STJ em voz alta, e terá mesmo dito que não vai ao STJ. "Eles não fazem nada lá no Supremo", terá dito. AAS

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Trovoada alerta para "cansaço" dos países com as crises na Guiné-Bissau


O representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau disse que no país “começa a haver inquietação” porque a situação de impasse político está a durar muito tempo.

Falando a Rádio ONU após apresentar um informe ao Conselho de Segurança, Miguel Trovoada afirmou haver “algum cansaço da comunidade internacional” porque a crise persiste e há pouca vontade política para a sua resolução. Trovoada declarou que a Guiné-Bissau "não tem a ganhar com o tempo que se perde" e os problemas que se vão agravando.

Fevereiro marca o fim do mandato do enviado como representante especial, ao mesmo tempo que o do Escritório Integrado da ONU para Estabilização da Guiné-Bissau, Uniogbis. Trovoada revelou ter “limites” de disponibilidade para exercer as funções nos mesmos moldes.

Na conversa (OUVIR AQUI), o representante fala do "agravamento de crimes como o tráfico de drogas e assaltos na capital" Bissau devido à atual situação política.

Guineenses: orem muito a partir de amanhã e até domingo. Blackout o tanas, riba di bó kabeça, futuceros! AAS

DESAFIO: À CEDEAO, em Bissau, que diga AO POVO GUINEENSE porque é que o seu Representante na Guiné-Bissau, Ansumane Ceesay (um indisciplinado, portanto) RECUSOU COLABORAR COM O GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU a ponto de se pedir a sua substituição. Que diga sem mais demoras. Que diga porque é que o Ceesay foi aconselhado a abandonar o País antes do previsto, para não ter uma denúncia na folha de serviço. RUA! Go home!




Go home, bastard!

EXCLUSIVO DC/REPRESENTANTE DA CEDEAO AO SERVIÇO DA GÂMBIA CORRIDO DO PAÍS: O governo da Guiné-Bissau, pediu à CEDEAO que substitua o seu Representante na Guiné-Bissau, Ansumane Ceesay - o que vai acontecer brevemente. Ditadura do Consenso está em condições de noticiar que o motivo invocado pelo executivo de "NÃO COLABORAÇÃO do Cessay" com as autoridades guineenses tem que ver com o facto do Ansumane Ceesay ser GAMBIANO e de estar a fazer o jogo sujo do JOMAV, via Yahya Jammeh. Pronto, falei! AAS



Ansumane Ceesay, representante da CEDEAO na Guiné-Bissau: o homem que faz o trabalho sujo do Yahya Jammeh/via JOMAV, na Guiné-Bissau vai para casa mais cedo. Para evitar incidentes diplomáticos, o Ceesay foi aconselhado a abandonar o País antes do previsto, para não ter uma denúncia na folha de serviço. RUA! Go home!

Guiné-Bissau quer encontro com parceiros internacionais em março em Nova Iorque


A Guiné-Bissau manifestou hoje, perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, a intenção de organizar em Nova Iorque uma reunião com os seus parceiros internacionais no mês de março.

"O compromisso dos nossos parceiros regionais e sub-regionais, dos nossos amigos e da comunidade internacional tem sido muito útil na construção de paz. É por isso que, em articulação com a CEDEAO e a CPLP, o Governo deseja que a próximo reunião do grupo aconteça em Nova Iorque no final de março", disse Maria-Antonieta Pinto Lopes D`Alva, encarregada de Negócios da missão do país junto das Nações Unidas.

Lopes D`Alva falava durante um encontro do Conselho de Segurança em que o Representante Especial para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, apresentou o último relatório da ONU sobre o país.

A diplomata disse que o país "atravessa sérias crises políticas que comprometem o normal funcionamento das instituições do Estado e colocam em risco os ganhos conseguidos depois das eleições gerais de 2014 e os sinais encorajadores do encontro internacional de doadores".

"Como se pode ver, a instabilidade na Guiné-Bissau não termina com eleições, e a situação agora enfrentada é exemplo disso. Por isso, continuamos a pedir à comunidade internacional que se mantenha empenhada em consolidar as nossas estruturas e a trabalhar com as autoridades nacionais num papel de guia e parte de um dialogo franco e aberto que previna outras crises que ameaçam a paz e estabilidade", defendeu Lopes D`Alva. Lusa

CEDE au, au, au


A Representação Especial do Presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), na Guiné-Bissau, nega informações segundo as quais a missão realiza retirada antecipada da ECOMIB na Guiné-Bissau.

Em comunicado distribuído à imprensa essa representação refere que, o que está em curso é o repatriamento através do Porto de Bissau de alguns materiais bélicos pertencentes à Unidade de Forca Policial de Nigéria cuja ultima rotação aconteceu em Dezembro.

O comunidade acrescenta que não foi possível repatriar os referidos materiais via aérea. “A missão da ECOMIB foi prorrogada para até Junho do corrente ano”, salienta o comunicado assinado pelo Representante da CEDEAO na Guiné-Bissau, Ansumane Ceesay.

Os citadinos de Bissau tem estado a acompanhar com alguma preocupação as movimentações das viaturas da ECOMIB(Missão de Manutenção de Paz na Guiné-Bissau) no quadro do repatriamento dos referidos equipamentos via Porto de Bissau. ANG

NOTA: A notícia do DC (AQUI) não disse que a CEDEAO ia embora, mas sim que o contingente VAI SER REDUZIDO - e vai. Aliás, na mesma notícia DC faz referência à data do final da missão. A CEDEAO devia era ter comentado a SAÍDA do seu representante, Ansumane Ceesay, de resto já pedida pelo Governo guineense "POR FALTA DE COLABORAÇÃO" coisa que não fez por ser verdade. É até uma vergonha para a CEDEAO a indisciplina dos seus num país estrangeiro, ainda que da mesma comunidade! Em nenhum momento o DC mentiu. AAS

Apelos na ONU: "É desanimador ver que o entusiasmo conseguido no ano passado está a perder vapor"


Nações Unidas, António Patriota, que preside ao Grupo de Contacto para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz na ONU, pediu hoje aos membros do Conselho de Segurança que financiem a missão de paz da África Ocidental no país.

"Acreditamos que é de extrema importância que o Conselho de Segurança apoie a continuidade da missão da CEDEAO além do fim do seu mandato, em junho. Peço aos membros deste conselho e outros países que garantam suficiente apoio político e financeiro para a extensão do ECOMIB", disse Patriota, num encontro do Conselho de Segurança.

A ECOMIB é a força de manutenção de paz da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na Guiné-Bissau, que tem tido problemas de financiamento. Na sua comunicação, Patriota falou ainda da situação política no país.

"O falhanço da classe política em alcançar um consenso em determinados assuntos que colocariam a Guiné-Bissau no caminho da estabilidade gerou um indesejado e longo período de incerteza", disse o diplomata.

O brasileiro disse ainda que a situação "é igualmente decepcionante e lamentável porque as condições de estabilidade no país forçaram os parceiros internacionais a adiar consideráveis ajudas financeiras que ficaram prometidas na conferência de parceiros", que aconteceu em março do ano passado, em Bruxelas. "É desanimador ver que o entusiasmo conseguido no ano passado está a perder vapor", acrescentou.

Patriota sublinhou, no entanto, que a instabilidade política ainda "não se traduziu em violência nas ruas" e que "as forças armadas têm respeitado e mantido a ordem constitucional".

O diplomata defendeu ainda que "as dificuldades de governação não devem impedir o país de avançar com oportunidades cruciais de desenvolvimento" e que, para acelerar esse processo, o Grupo de Contato Internacional para a Guiné-Bissau deve reunir-se em breve. Patriota falou depois de o Representante Especial para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, ter informado publicamente os membros do conselho sobre a situação no país.

Na sua comunicação, Trovoada apresentou as conclusões do último relatório da ONU sobre a Guiné-Bissau. No documento, o secretário-geral mostra-se preocupado com a situação no país, pede a renovação do mandato da missão da ONU, Uniogbis, que termina este mês, e aborda o tema do financiamento da missão da CEDEAO.

"Quero também reconhecer o importante papel do ECOMIB e pedir aos estados membros que considerem prestar à CEDEAO a assistência financeira que lhe permita continuar a desenvolver a sua missão", escreve o secretário-geral. Após estas conclusões terem sido apresentadas, os membros do Conselho de Segurança prosseguiram para um encontro à porta fechada. O Conselho de Segurança deve votar a extensão do mandato da Uniogbis a 26 de fevereiro.

DESMONTAGEM DC: Aí, o JBV 'fugiu' do País? Ma nfala...



Mentira tem perna curta...JBV foi para ser agraciado, isso sim! Quem pode, pode!

FFGB vs SECJD


"Aly,

Sobre o assunto da FFGB, enquanto conhecedor da matéria (como te fiz ver), esclareço o seguinte:

Demitir, exonerar, despedir...contratar (antónimo), assim:

Quem contratou o Paulo Torres foi exclusivamente a Secretaria de Estado da Cultura, Juventude e Desportos. Ou seja: existe um contrato de prestação de serviço como seleccionador nacional da Guiné-Bissau até Dezembro de 2016, entre a SECJD e o Paulo Torres. Paulo apenas presta serviços na FFGB.

Quem paga é a SECJD.

Supostamente, para DEMITIR é necessário CONTRATAR. Quem escolhe e indica é exclusivamente a FFGB.

Um abraço, nas próximas horas, envio-te a cópia do contrato."

ÚLTIMA HORA: Secretário-Geral da ONU preocupado, aponta o dedo aos governantes


O secretário-geral da ONU revelou estar preocupado com a situação na Guiné-Bissau e pediu a renovação do mandato da missão da organização no país (Uniogbis).

No relatório apresentado ontem ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, Ban Ki-moon aponta o dedo à “crise no principal partido político, PAIGC, e na liderança política da Guiné-Bissau” que, para ele “tem impedido o país de avançar com a sua agenda nacional de reforma durante mais de seis meses”.

Por isso, o secretário-geral apela "aos líderes da Guiné-Bissau, incluindo o seu Presidente, primeiro-ministro e líder do parlamento, que cumpram o compromisso de trazer estabilidade política no melhor interesse da nação."

“A estagnação põe em risco as perspetivas brilhantes para o país que existiam depois da reunião de parceiros que aconteceu em Março" de 2014, escreve o secretário-geral da ONU, destacando que “neste contexto, é o povo da Guiné-Bissau quem ainda não teve oportunidade de beneficiar das vantagens prometidas pelo seu Governo democraticamente eleito",

O relatório de 18 páginas será apresentado aos membros do Conselho de Segurança pelo representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau Miguel Trovoada nesta quarta-feira.

O Conselho deverá renovar o mandato da UNIOGBI por mais um ano porque, como diz o relatório, “muito trabalho continua por fazer, inclusive no apoio a uma solução sustentável para a continua crise política”.

OPINIÃO AAS


Guiné-Bissau não tem estado à altura dos acontecimentos, e a comunidade internacional nunca esteve. Hoje, para não variar, voltaremos a ser escrutinados na ONU, como se a própria ONU nada mais tivesse para fazer que não aturar egos desmedidos e loucuras de uns quantos guineenses que nada mais sabem fazer que não estar num Governo.

Guiné-Bissau vai sangrar não tarda nada. E voltaremos a juntar à nossa prateleira de fracassos mais uns crimes sem castigo iguais a tantos outros, que nos tribunais vão ganhando pó isto quando não são comidos por ratazanas reluzentes.

Um rol de vítimas e sem culpados, a fazer lembrar casos célebres de corrompidos sem corruptores. Depois da poeira assentar, há que tirar ilações sobre a importância efectiva da comunidade internacional, na Guiné-Bissau (o pedido para a substituição do Sissé, da CEDEAO, é um exemplo claro de que a Guiné-Bissau quer mesmo a mudança).

O que faz a comunidade internacional, onde está e para onde vai? O que houver a proteger depois desta crise de doidos em que o nosso Povo se viu mergulhado, vítima do seu próprio Presidente, só estará cabalmente protegido quando se apurarem responsabilidades a todos os níveis. Ser da comunidade internacional na Guiné-Bissau não é crime; crime é não ter vergonha disso!
AAS

CRÓNICA: Encontrar, num dia, duas mãos cheias


Sentado, vi-a passar. Ninguém sabe, neste pedaço de terra, como ganha a vida. Havia, no entanto, quem apostasse que se governava vendendo coisas insignificantes para quem as não comprasse.

Vestia de preto e o seu tímido rosto fechado ia bem com a tonalidade do pano. Chamaram-na. E veio, envergonhada, os olhos pregados no chão de terra vermelha. «Nunca usei nada que já não tivesse sido usado», disse. E depois sorriu, um sorriso maior que mil trindades, mostrando os dentes brancos e as gengivas quase púrpura.

Os vestidos que quase nunca usava eram-lhe dados, como quase tudo o resto que lhe pertencia, e nunca lhe assentavam bem. Estavam, ou apertados ou largos ou ainda compridos de mais.

O seu rosto era pálido. Estava vincado pela vida e pelos seus riscos. Notava-se que estava por sua conta e risco. Talvez não lhe surpreendesse ou não gostaria que fosse de outra forma. Era feliz assim.

Aqui, é o tempo que nos amolece - estou em Varela. E quando isso acontece, lembramo-nos de como a vida continua em todo o seu esplendor para além da nossa fadiga.

A clausura a céu aberto a que me sujeitei durante oito dias, transformou-me num outro homem. Escuto muito, e mais. Falo pouco e baixo e com cadência. Não tenho pressa, terei cuidado.

Aqui tudo é escuro, e, assim sendo, não há ciências exactas. O que há é isto: a grande escuridão que se instala quando o mar engole o sol e no céu navegam estrelas. Oito dias num clima quase invernal (choveu na madrugada de domingo...). O nevoeiro cobria tudo à volta que mais parecia uma noite branca.

Vultos na noite escura (quero dizer, branca) vagueiam pelas estradas de terra como assombrações. Eu, atordoado com o frio, vejo a hora marcar passo. Pareceu-me então um duvidoso privilégio esta solidão auto imposta, mas enfim, é realmente verdade que não tenho escolha.

Continuo sentado a escrever. O 'manuscrito' soma já 105 mil caracteres e é um quase livro. E enquanto escrevo já a noite vai longe. Recupero das desilusões e vivo de emoções. A fadiga que não me larga, o quase deixar de acreditar, o tentar reatar o fio da vida que teima em dar nó.

Pensei em tudo. Mas nada digo. Sou um túmulo. E se um dia alguém quiser escrever a minha biografia só encontrará silêncios.
António Aly Silva

OPINIÃO: Quem tem competência para demitir o seleccionador Paulo Torres?


"Permita-me entrar nesse debate futebolístico com a minha humilde opinião sobre este tema. O nosso país descobriu uma nova indústria de fazedores de opinião para todos os gostos.

Por causa da actual situação política, muita gente tornou-se importante por causa das análises debitadas diariamente nos órgãos de comunicação social. Cada um à sua maneira e gosto em função dos interesses e relações estabelecidas. Se houver um concurso sobre quem é melhor analista na Guiné-Bissau, eu como júri garanto de certeza que chumbava quase todos.

É de corar de vergonha o papel tão triste que algumas pessoas de bem que queimaram tanta pestana nos estudos científicos nas grandes universidades prestigiadas por esse mundo fora; o papel tão triste e vergonhoso cheio de incoerências nas suas opiniões relativamente à crise política que assola o nosso país.

Hoje na Guiné não se consegue distinguir quem é formado e quem não é formado. Porque todos se sentam na mesma mesa (grande falta de respeito!). Perdi respeito por muita boa gente que eu tinha em consideração por no passado reconhecer neles a valia intelectual. Não se pode admitir que alguém que tenha estudado distorça e minta nas matérias tão sensíveis, como quando se trata de interpretar as leis. Não há nada que justifica, por mais que se goste ou não do Pedro ou do Sory.

Voltando ao tema, Federação vs Paulo Torres:

Aos meus caros fazedores da opinião desportiva, faço votos que a coerência impere nesta matéria e não façamos deste debate o lamaçal que é a opinião dos fazedores da opinião política nacional.

1. A Federação de Futebol da Guiné Bissau tem toda a legitimidade de demitir o selecionador nacional. Porque a FFGB é a gestora e é responsável pelo gabinete técnico que planeia e organiza toda a área técnica.

2. É a federação que escolhe e indica o perfil do técnico para selecção nacional.

3. É a federação responsável da coordenação (gabinete técnico), que avalia a competência do treinador em função do trabalho e resultados da selecção.

4. A secretaria geral do desporto (Estado), simplesmente assume a parte administrativa do contrato da pessoa escolhida para orientar a selecção.

5. A secretaria geral do desporto (Estado), tem simplesmente de resolver a situação administrativa com o anterior corpo técnico e não tem nenhum poder para impor nada à federação, até porque o que está em causa é a gestão técnica - onde a federação pode questionar a fraca prestação da selecção, qualidade do trabalho e muitas outras coisas.

Para terminar, que fique claro que com esta minha posição não estou tomar partido da federação mas sim a ser coerente nesta questão.

Catio Baldé
Empresário de futebol
"

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Nô pintcha


SAKUR


Pekadur kumé purku, purku kumé pekadur...Mama Djombo kontal klaru. AAS

ALERTA: Golpe de Estado na Guiné-Bissau em velocidade de cruzeiro...AAS

URGENTE/ALERTA/NOTÍCIA DC: Neste preciso momento, estão reunidos no gabinete do director de gabinete do PR, Octavio Lopes, o PGR Sedja Man, o Ex. PGR (que prendeu jomav por causa dos 12 milhões de dólares de Angola), Abdu Mané. Entre outras coisas, segundo a fonte do DC na presidência, estão a arquitectar a forma de intimidar e prender alguns membros do Governo. Querem de uma forma arbitrária impedir a deslocação de todos os membros do Governo e dirigentes do PAIGC para o exterior.


MORAL DA HISTÓRIA: Abdu Mané prendeu JOMAV e o Cesar Fernandes. Octávio Lopes, foi tirá-los à cadeia depois de 48 horas na choldra.

Depois, JOMAV ganhou as eleições e nomeou o Octávio director de Gabinete, e o Cesar Fernandes secretário-geral da presidência. E até já é amigo do Abdu Mané...alguém entende a Guiné-Bissau??? Hoje, comem todos no mesmo prato! Sim, senhor!!!
AAS

EXCLUSIVO DC/ECOMIB VAI EMBORA, MAS REGRESSA MAIS REDUZIDA


O governo guineense, apurou o DC junto de fonte fidedigna, solicitou à CEDEAO a substituição de Ansumane Ceesay , o seu representante no País, por este "não estar a colaborar com o Governo". Portanto, ainda segundo a fonte do DC, "para evitar incidentes diplomáticos, o Sissé foi aconselhado a abandonar o País antes do previsto, para não ter uma denúncia na folha de serviço."

O chefe da missão da CEDEAO vai ser substituído por outro na mesma missão ainda este mês. A missão continuará mas vai ser substancialmente diminuída até à sua conclusão porque já não têm fundos. A UE é que lhes financiou esta última renovação, e não consta que voltará a fazê-lo. Agora, tudo dependerá do resultado do relatório do Trovoada, amanhã, na ONU. Miguel Trovoada termina a missão no final deste mês e já não ficará em Bissau.

Assim, a missão da ECOMIB, que estava a terminar o seu ciclo, e devia ser renovada pelo menos até junho simplesmente vai ter o seu fim como o conhecemos. O contingente militar da CEDEAO está a preparar a retirada de toda a missão, e os militares que guardavam a residência do ex-primeiro-ministro e presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, também já se retiraram.

E também há rumores de que a Nigéria, a maior contribuinte da força, está sem fundos - e sem vontade - para manter o contingente, o que foi agravado pelas recentes declarações do PR JOMAV na presença do corpo diplomático e do general Olesegun Obasanjo com a infeliz frase "ESTOU FARTO DA COMUNIDADE INTERNACIONAL".

À comunidade internacional: não abandonem o País, não agora! Estão a abrir caminho para mais um golpe de Estado e outra matança!!! AAS

CONFUSO: Informações recolhidas pelo DC dão conta que o contingente nigeriano da ECOMIB está a embarcar, e vai abandonar Bissau. Mas aguardemos por informações das autoridades da Guiné-Bissau. AAS

MAIS ACÇÕES E MENOS CONVERSA: Amanhã, a nossa amada Guiné-Bissau volta a ser motivo de conversa no Conselho de Segurança das Nações Unidas. É so blá blá blá blá enquanto cai tudo à volta!!! AAS


ECOMIB: QUO VADIS?



Desde ontem, o porto de Bissau tem registado um movimento - no sentido inverso - da ECOMIB, a força da CEDEAO destacada em Bissau. Mas, respirem fundo.

Segundo informações recolhidas pelo DC, algum material obsoleto (carros de combate, a tal 'carroça' que DC flagrou ontem sem pneus, e camiões, tudo do contingente nigeriano) estão a ser despachados. A ECOMIB fica, pelo menos e para já, até junho de 2016.
FOTOS desta MANHÃ: DR/AAS/DC

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

JOMAV? A FALAR SOBRE CORRUPÇÃO? COM A CAPA DE 'MORALIZADOR'? Ma n'fala...


Para:

PALOP
CPLP
CEDEAO
UNIÃO AFRICANA
UNIÃO EUROPEIA
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

Segundo a acusação: "O SUSPEITO (José Mário Vaz, presidente da República da Guiné-Bissau, ACUSADO enquanto ministro das Finanças) AGIU LIVRE, VOLUNTÁRIA E CONSCIENTEMENTE BEM SABENDO QUE TAL CONDUTA É PROIBIDA E PUNIDA POR LEI PENAL.".

Segundo a acusação, JOMAV ficou com mais de 469 milhões de Fcfa - dinheiro deste mesmo Povo que ele tem sob cerco, e na mira...



Paulo Torres diz que continua a ser o selecionador da Guiné-Bissau


O treinador português Paulo Torres disse esta segunda-feira que se mantém no comando da seleção da Guiné-Bissau, apesar de a federação já ter convidado outro técnico.

"Tenho um contrato que está registado e quem gere esse contrato é o Governo", defendeu Paulo Torres, em declarações a uma rádio local, salientando nunca ter recebido qualquer indicação sobre uma rescisão de contrato.

Paulo Torres acrescentou que tem contrato como selecionador da Guiné-Bissau até dezembro e que pretende preparar o próximo jogo oficial que o país irá realizar a 23 de março contra o Quénia, em Bissau. O desafio conta para o apuramento para a fase final da Taca das Nações Africanas, a realizar em 2017, no Gabão.

Nos últimos jogos, a Guiné-Bissau empatou sem golos com a Zâmbia e perdeu por 4-2 diante do Congo. Na quinta-feira, a Federação de Futebol da Guiné-Bissau anunciou ter solicitado ao treinador do Sporting de Bissau, o guineense Baciro Candé, para passar a orientar a seleção, depois de já ter informado o Governo que havia prescindido dos serviços de Paulo Torres.

No entanto, o técnico português disse esta segunda-feira que, oficialmente, continua a ser o selecionador guineense, tendo em conta o contrato de trabalho que ainda mantém com o Governo, que o contratou para três anos. Questionado sobre se alguma vez recebeu uma notificação sobre o seu despedimento, o português limitou-se a reafirmar que tem um contrato em vigor. RECORD

ECOMIB de tanga



És ku mininus di Bissau ta fala "Roda fokoti"

Meu. Quebo.


Quem me conhece bem sabe que não sou pessoa de desistir facilmente. Tenho, de resto, o empenho estampado no rosto. Gosto do meu País. Dez minutos depois de atravessar as suas fronteiras, começo a sentir arrepios. Bom, dez minutos talvez seja exagerado; Que sejam cinco. Mas de certeza que de trinta minutos não passa.

Pessoalmente, tenho dificuldade em orgulhar-me das coisas que me acontecem por casualidade. Fernando Pessoa escreveu: «O lugar onde se nasce é o lugar onde mais por acaso se está» - uma frase com a sua piada.

Eu nasci na Aldeia Formosa (actual Quebo). Já fui ao Quebo umas vezes, passei outras tantas sem parar e confesso que nem de uma nem de outra vez senti grande coisa. Nem um arrepio na alma. Não me vieram - ao contrário dos piegas - lágrimas aos olhos, nem me deu vontade de escrever contos. Nem sequer um poema.

Pouco me importa que milhão e meio de guineenses desconheça onde fica a vila do Quebo, ou quantos habitantes terá ou teve em tempos. Ou sequer se tem tradições, e já agora quais serão.

Trata-se de um sítio, e pronto. Um sítio de merda, como o são aqueles sítios onde por nada deste mundo assentamos arraiais, ainda que por breves momentos. Passámos, e às vezes desviámos o olhar, talvez envergonhados.

O facto de eu ter nascido na Aldeia Formosa, não transformou o Quebo num lugar especial - e é assim que está bem. Um sítio banal, aquele onde eu nasci. Talvez seja por isso que eu vivo de forma espartana. E não me tenho dado mal.

Mas não trocaria o Quebo por nenhum outro lugar. E com a vossa licença vou embora já. Vou para o outro Sul - e será sempre o eterno Sul cheio de estrelas e de noites intermináveis.
António Aly Silva

Guineenses: O país está sereno, a ordem interna está a funcionar, os serviços de segurança também. Tudo o resto não passam de MENTIRAS que nem sequer foram encomendadas. Tudo delírios, portanto. Coisas de doido! AAS

ANP: Sessão adiada para 25 de fevereiro. Os tribunais voltam a ser chamados a intervir, desta feita pela mesa da ANP, que interpôs um recurso no tribunal da Relação. AAS

domingo, 14 de fevereiro de 2016