quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Sementes para um amanhã melhor


CONHEÇA SIMINTERA

Todos ao Fórum Lisboa


Os dirigentes das associações guineenses na diáspora têm a grata honra de convidar a Vossa Excelência a tomar parte no Encontro da Diáspora Guineense na Europa com o Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Prêmio Nobel da Paz, Senhor Dr. José Ramos-Horta, e o Representante Especial da União Africana na Guiné-Bissau, Senhor Dr. Ovídio Pequeno.

O encontro, que terá lugar no “Fórum Lisboa”, sito na Avenida de Roma, n.º 14-L - 1000-265, Lisboa, no próximo dia 7 de Setembro de 2013, a partir das 14:30 horas, visa essencialmente o aprofundamento do diálogo entre a comunidade guineense na diáspora e os representantes das referidas organizações internacionais, tendo em conta o delicado trabalho político-diplomático que está a ser desenvolvido no país e no estrangeiro, em prol da consolidação da paz na Guiné-Bissau.

A sua presença, estamos certos, em muito contribuirá para o enriquecimento do nosso encontro.

A Comissão Organizadora.


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PROGRAMA

ENCONTRO DA DIÁSPORA GUINEENSE NA EUROPA COM O REPRESENTANTE ESPECIAL DO SECRETÁRIO-GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS E O REPRESENTANTE ESPECIAL DA UNIÃO AFRICANA NA GUINÉ-BISSAU

7 DE SETEMBRO DE 2013

FÓRUM LISBOA

AVENIDA DE ROMA, N.º 14-L

LISBOA

14:30 – Recepção & Registo dos Convidados

15:00 – Sessão de Abertura / Intervenção da Organização

15:25 – Intervenção - Dr. Ovídio Pequeno - Representante Especial da União Africana na Guiné-Bissau

15:40 – Intervenção - Dr. José Ramos-Horta - Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau

16:00 – Sessão de Debate / Perguntas & Respostas

17:50 – Encerramento

Organização: Associações Guineenses na Diáspora

Para rir


O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, prometeu hoje a subordinação dos militares ao poder político. O líder dos militares guineenses, que protagonizaram um golpe de Estado a 12 de abril de 2012, falava hoje aos jornalistas no final de uma cerimónia na Presidência da República em que recebeu novas insígnias, passando de tenente-general a general de quatro estrelas.

António Indjai afirmou que as Forças Armadas guineenses não podem continuar a ser foco de problema na Guiné-Bissau. "Vou-me empenhar mais, vou redobrar as minhas forças para mudar a situação das Forças Armadas, porque temos que nos subordinar ao poder político neste país: não podemos ser sempre motivos de problemas", defendeu, dirigindo-se aos jornalistas em crioulo.

As declarações contrastam com as que Indjai fez há quase três semanas, em que admitiu que poderia vir a acontecer um novo episódio de instabilidade no país. Num discurso em Bissau, a 15 de agosto, lançou o alerta: "não vai haver uma guerra", mas poderá haver "problemas" se as eleições gerais no país não forem bem preparadas. Na mesma intervenção, o líder militar lançou críticas a várias entidades e acusou a comunidade internacional de empurrar o país "para um beco sem saída", referindo-se às eleições marcadas para 24 de novembro.

De então para cá, as palavras de Indjai têm sido questionadas na imprensa nacional e várias figuras públicas apelaram à tranquilidade no país. Entre elas, José Ramos-Horta, que lidera a representação das Nações Unidas na Guiné-Bissau, referiu no dia 21 de agosto que o país "não pode dar-se ao luxo de continuar em instabilidade". Por sua vez, o presidente de transição, Serifo Nhamadjo, também lançou um apelo na terça-feira, dizendo que todos devem colocar "o país acima dos interesses pessoais para que não haja fricções".

Nhamadjo presidiu hoje à cerimónia em que foram entregues novas insígnias a 18 oficiais dos diferentes ramos das Forças Armadas. Segundo explicou, tratou-se de conformar as insígnias com as funções que os oficiais já desempenham há alguns anos e com o vencimento que já estavam a receber. Ou seja, Serifo Nhamadjo referiu que não há custos acrescidos para os cofres do Estado, nem outras pretensões. "Não há nenhuma pretensão de agradar às forças armadas", não se trata de "promover por promover, mas simplesmente conformar [a realidade] com as normas instituídas desde 2000", sublinhou.

Sobre as novas insígnias, o general Indjai disse que em condições normais não seria ele a ser graduado com a patente mais alta das Forças Armadas da Guiné-Bissau. "Se não fosse a situação (do país) não estava aqui hoje a receber esta patente. Não sou eu quem deve ficar com esta patente, devia ser outra pessoa, mas que fazer", questionou. "Tendo em conta a situação em nos encontramos, recebo esta patente. É uma coisa que já saiu no Boletim Oficial", o equivalente ao Diário da República português, afirmou Indjai. LUSA

Assassinato do 'Tiduca' Spencer


Declaração de interesses:

Conheci o Spencer ainda na Guiné-Bissau - somos da mesma idade - e voltei a vê-lo, muitas dezenas de anos depois na cidade da Praia, ilha de Santiago, em Cabo Verde. Chegou com um amigo comum, guineense, e depois de um grande abraço, conversámos animadamente durante mais de uma hora. Voltei a vê-lo, no domingo, antes da minha ida à Televisão de Cabo Verde. Soube da sua morte atravês da imprensa de Cabo Verde, nomeadamente do jornal A Semana - e fiquei chocado.

Agora, sobre a notícia do assassinato

António Aly Silva NÃO escreveu nada sobre o assassinato do Spencer. NÃO. A notícia que publiquei no meu blog foi retirada DAQUI, e fiz menção a isso mesmo no final da notícia: jornal A Semana.

Que me importa se alguém não soube interpretar o que lia? Não é culpa minha...ler é uma coisa, perceber o que se leu é outra, completamente diferente.

No que me diz respeito, envio daqui as condolências à família enlutada. Desejo que a alma do Spencer descanse em paz e que as autoridades consigam descobrir por que morreu o Spencer, e quem lhe tirou a vida.
AAS

OPINIÃO: As mil colinas do general Indjai (parte II)


"Os termos «balantas», raça, catana, suicidio...foram as palavras, uns mais utilizadas, outros expressos com requintes de malvadez arrepiantes. O espectro de uma guerra tribal sempre pairou no discurso do general cocalero, pois analisando atentamente esse discurso, essa ameaça esteve la sempre bem presente. O general AI, ao longo do seu discurso propositadamente, a meu ver, atabalhoado e de trejeitos comicos (fortemente aplaudida por uma corja de militares e forças de segurança submissos e cobardes), foi deleitando a sua mensagem..., falando friamente da «morte», do «odio» que nutre pelos «outros» que não são da sua etnia, da sua «sede de vingança», para os que não querem o bem da sua etnia, que ele classifica de «discriminada ao longo dos tempos», «injustamente assassinados», «severamente reprimidas», «constantemente desfavorecida»..., enfim o rosario de falsidades de sempre da teoria da vitimização.

Nota-se, quando o general AI fala da morte, o requinte do habito ao feito, a malvadez placida na sua voz imperturbavel e, um olhar maroto de um habitué des faits, e mais... disse ainda, que tinha uma catana guardada e bem afiada, para no momento oportuno fazer uma «festinha» ao Ibraima Sow...

Pergunta-se então. Que fara o general AI ao Carlos Gomes Junior ??. Pois, sobre este, disse que «todos falam que ele (Cadogo) vira, mas ninguém diz nada, a Liga não diz nada, a SC não diz nada, as NU não diz nada... e depois, se algo vir a acontecer, dizem logo que, é o Antonio Injai»... Mas, quem tem duvidas de que É o general ?.

O general tarimbado carniceiro, fez todas essas declarações com a calma e placidez de um anjo, não lhe faltando no fim, um sorrisinho cinico de maldade, como que, lembrando uma cena de morte selvagem que ocorreu num passado recente no quotidiano guineense, a qual, decerto atormenta e invade recorrentemente a sua mente morbida.

Em toda a linha do seu discurso, o general AI, mostrou claramente de que, é um tribalista primario, um xenofobo da primeira linha, um complexado social e um racista assumido. Fala da sua etnia, como se fossem os pre-destinados e os unicos a ter o direito de pertencer as FA e a dirigir a Guiné-Bissau. Quando adverte de que, «quem quer ir as eleições, primeiro, que conte as pessoas que tem a seu lado (quis dizer da sua etnia), pois se não chegarem a 100, não vale a pena irem as eleições». É elementarmente assacavel de que, o general cocalero quiz dizer, que estas eleições gerais sera uma guerra de etnias, umas eleições de cariz tribal, pois quem não pertence ou tem uma etnia a seu lado que não se aventure a ir as eleições.

Contudo, é preciso ter em conta de que, quando o general AI manda contar o numero dos seguidores dos pretensos candidatos, seguramente que ele, não se esta a referir a um mero exercicio matematico que pretensamente lhe garante uma supremacia numerica da sua etnia sobre as demais, pois estou certo e convencido de que, o general cocalero, esta sim a referir-se indirectamente ao contar das armas, isto é, quer demostrar que, quem detem o poder das forças armas e o poder bélico na Guiné-Bissau é que detera o poder. Esse poder real das armas e que desequelibra o jogo democratico esta nas suas mãos e da sua etnia. Eles é que detêm o controlo das armas e o poder nas FA. Esse poder é eterno e impartilhavel pela etnia balanta e da qual nunca se desembaraçarão pacificamente na Guiné-Bissau, porque é so através dela é que poderão com seguraça deter o poder..., por isso fica assim o aviso à CEDEAO e a CI sobre as pretensas reformas nas FA e nas FS.

Policarpo Silva Té
- CONTINUA

Ah!, Guiné... António Indjai foi promovido hoje a general de quatro estrelas; a Mamadu Nkuruma calharam três estrelas. Já Daba na Walna passou a brigadeiro general e tem uma estrela. AAS


terça-feira, 3 de setembro de 2013

"Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes." - Isaac Newton


Previsão do Ditadura do Consenso confirma-se: O golpista Serifo Nhamadjo, admitiu hoje pela primeira vez que as eleições gerais marcadas para 24 de novembro podem ser adiadas. AAS


A pérola do ano

Serifo Nhamadjo: "A Guiné-Bissau não pode resolver o problema das eleições, visto tratar-se de um processo que tem que ser comparticipado pela comunidade internacional"

NOTA: Nha mãe..."tem que ser?" - um Estado? Então vocês tomam de assalto o Estado e ainda querem que terceiros voltem a pagar para umas eleições... que vocês mesmo interromperam? Então vocês acham que a comunidade internacional é mesmo estúpida (bem, é...um pouco) a ponto de vos enviar mais milhões de dólares/euros para financiar umas eleições? Cresce e aparece, ó Serifo...para quê mesmo? Para os militares andarem novamente aos tiros, sobressaltando famílias, rapatando e matando pessoas? E vocês caladinhos e a assobiar para o lado? Peçam aos 4 do bando da CEDEAO que paguem. Sem palhaço não há circo. AAS

Vamos todos voltar


À falta de assunto, o 'governo' dos golpistas decidiu virar as suas baterias contra os serviços do aeroporto e da segurança, e, por tabela tentar atingir o Silvestre Alves. Dizem-se "indignados" por o Silvetre Alves - que, recorde-se, foi raptado e espancado por militares afectos ao general António Indjai na sequência do golpe de Estado de 12 de abril 2012 - ter regressado ao país sem que ninguém soubesse de nada e sem que passasse pelos canais habituais. Ponto 1: Naquele aeroporto, tudo passa. Desde drogas a armas. E se alguém quiser, até um elefante!!!

Ao povo guineense deixo uma garantia - Ninguém mais será raptado, espancado ou preso na Guiné-Bissau. Podem escrever. Esses golpistas estão assustados que nem ratos! Nem ousam respirar!!!

Estas infelizes declarações merecem-me um comentário: O Ca*#£ho, é o que é!!!. Mais, se acham mesmo que deviam saber do regresso de um cidadão nacional ao seu país, então demitam e já as autoridades com sede no aeroporto "Osvaldo Vieira", pois não estão lá a fazer nenhum! Andam mais preocupados em pedir matabicho - também não recebem os seus míseros salários, do que controlar seja lá o que for. Mas alguém controla alguma coisa nesse país?! E uma coisa, já se sabe, leva à outra...

Mas, pergunto, será que o Silvestre Alves não é um cidadão nacional no pleno uso dos seus direitos? Silvestre Alves, a meu ver, devia era processar o CEMGFA (que foi quem deu ordens para o seu rapto e espancamento) e essa corja de bandidos chamado de 'governo de transição-II", que nem piaram, de tão colados que estão com alguma corja que veste camuflado. Esse é um direito que assiste ao Silvestre Alves.

Pela parte que me toca, antes de regressar a Bissau - se viver até lá, claro! - vou comprar espaços de publicidade de 10 segundos naquela TV de merda que ninguém vê para passar, durante uma semana, a seguinte frase: "O vosso pesadelo está a chegar. Atenção ao voo TAP 208 do próximo dia tal". Tenham vergonha, parecem umas baratas tontas e só envergonham o nome da Guiné-Bissau!!!

O Silvestre Alves regressou e fez muito bem. Estamos todos - TODOS - a caminho daquela terra que é tão nossa quanto vossa, mas é um bocado mais nossa do que vossa - porque vocês não merecem e não são dignos do nome guineense!. Vocês, os golpistas de torna viagem, merecem arder no inferno, um por um. E esse dia chegará mais cedo do que vocês pensam. E rezo para que chegue, com dor, como aquela que ano após ano impingem, a frio, às famílias guineenses indefesas, assustadas e amordaçadas.

Um país é o único - e último - refúgio para o seu povo, pois o exílio não é pátria que convêm a ninguém. Disse. AAS

OPINIÃO: As mil colinas do general Indjai (parte I)


"Mais uma vez, o general cocalero Antonio Injai (AI), voltou a brindar os guineenses e a Comunidade Internacional (CI) com mais uma das suas diabruras, dignas de um ditador do terceiro mundo. Primeiro, foi na RTP-Africa e depois desvairou-se em longos magazines de informação nas radios nacionais, facto que, pela gravidade das declarações colocou em alerta todo o pais de norte ao sul.

Foi bom de ver e ouvir o general acossado pela justiça yanque no seu melhor estilo de besta arrogante, postando toda a sua prepotência e impunidade nos citados meios de comunicação. Quanto a mim, foi mais uma demostração cabal do estado de ruptura em que se encontra hoje o Estado da Guiné-Bissau, pois o general AI, fez mostras de que se considera totalmente impune, e espero que, tal facto, decerto servira para os que ainda não entenderam ou que fingem não entender (...farpas para o Ramos Horta), sirva como um sinal final esclarecedor de que, no estado actual, o pais não tem pontas por onde se pegar e, sobretudo mostrou a forma, e por quem o poder é exercido actualmente na Guiné-Bissau. Melhor dizendo, foi uma demostração cabal de quem exerce o «poder visivel» na abandonada e sitiada Guiné-Bissau.

Nesse show de pura barbarie, o general cocalero assume de forma desconcertante o papel do verdadeiro detentor do poder «visivel» na Guiné-Bissau, demostrando sem pejo nenhum, de que é ele, quem realmente manda e desmanda nesse pais abandonado aos caprichos dos militares feitos jagunços e narcotraficantes. Nesse show intragavel, o general assume, sem peneiras e sem remorsos, para quem quer ouvi-lo, incluindo a inoperante CI, de que ele, é realmente um dos maiores focos de tensão, de violência e de criminalidade na Guiné-Bissau e, ...ainda teve o despeito de prometer mais atrocidades e matanças, para os que ainda se escondem, e também, para os seus adversarios que prometem regressar ao pais para participar na vida politica.

Contudo, na Guiné-Bissau, é bom que se saiba, de que existe uma outra componente do poder que não se manifesta visivelmente, mas que, funciona em iteracção com esta do general. E um «poder invisivel», sorrateiramente exercido, no mais puro maquiavelismo e sadismo por um doente mental racista encapotado de democrata. Esses poderes (o «visivel» e o «invisivel»), cohabitam hibridamente e se complementam, sendo o poder exercido pelo general a parte visivel dessa «entende». Porém, sobre esta outra faceta oculta do poder, caso o tempo e o espaço me permitirem, aborda-lo-ei la para o fim da minha contribuição.

Voltando ao discurso do general AI, marcado pela irresponsabilidade e petulância nojenta, ele permitiu-se a tudo. Menosprezou, insultou quem lhe desse na gana e no tino (brancos, mestiços, americanos, CI, Sociedade Civil (SC), Liga Guineense dos Direitos do Homem (LGDH), Instituições e Orgãos do Estado, ...enfim, ele insultou meio mundo, incluindo os seus comparsas golpistas da CEDEAO, a Costa do Marfim, o Burkina e a Nigéria, com os quais parece estar neste momento de costas voltas e quase em rota de colisão, por estes, entre outros reparos, terem ousar sacrilegicamente dizer, que «ha muitos balantas nas forças armadas».

Policarpo Silva Té" - Continua

Tensão em Bissau


Em Bissau, anda tudo em alerta. Depois da reunião, em Dakar, das chefias militares dos quatro países que teimosamente continuam a suportar os golpistas de Bissau, fontes fidedignas confidenciaram ao DC que o verniz pode estalar a qualquer momento. O CEMGFA António Indjai está (ainda) mais recatado, e quando se pavoneia por Bissau fá-lo com um grande aparato de segurança - não vá o diabo tecê-las...

Nessa reunião, recorde-se, foi pedida a cabeça de Indjai. Ditadura do Consenso sabe agora que a administração norte-americana fez um acordo tácito com os quatro da CEDEAO: a entrega do general António Indjai pode contribuir para aliviar o cerco a que a Guiné-Bissau está sujeita desde o patético golpe de Estado de 12 de abril de 2012. António Indjai tem, assim, e no entender da nossa fonte, os dias contados.

Nessa reunião, ainda segundo a mesma fonte independente, os EUA não foram de modas e puseram as cartas na mesa: já que os quatro países apoiam o golpe, já que têm uma força militar no terreno; já que a acusação da DEA é pública e existindo mesmo um mandado internacional de captura contra o general, então que sejam as tropas da ECOMIB a tratar da empreitada: capturar o acossado e assustado general, entregando-o de seguida, ou à INTERPOL ou aos agentes norte-americanos, em Dakar.

Os EUA sabem que Indjai não cairá tão cedo noutra cilada - era suposto ser preso aquando da detenção do contra-almirante Bubo Na Tchuto; e sabem também que os seus agentes e informadores (nenhum é norte-americano) no terreno, podem correr riscos desnecessários. Assim, a única maneira de o parar é detê-lo em Bissau ou no interior do país. Mansoa, para já, está fora de questão - a cidade está 'fortificada'. Pode ser que o apanhem durante o trajecto de 60 km entre as cidades de Bissau e de Mansoa.

'Na tchon!'

Começam a conhecer-se os contornos da detenção do contra-almirante, Bubo Na Tchuto, acusado pelos EUA de vários crimes. Os agentes da DEA não sabiam que ordens dar ao grupo comandado pelo Bubo para se renderem. Em inglês, não dava. E eles não falavam nem português, nem crioulo. Optaram por recorrer a um cidadão guineense, que lhes ensinou o grito de guerra: 'Na tchon!" - deve bastar, pensou. Então, quando o Bubo é recebido a bordo, o agente que os recebeu estava satisfeito, e bateu palmas gritando lá para baixo: "champanhe para todos!" - era o sinal para a tropa de choque intervir. A seguir, Bubo e os seus acólitos viram, estupefactos, a entrada de homens fortemente armados gritando 'Na tchon!, na tchon!' - perceberam e deitaram-se todos com as mãos na nuca.

O resto foi expedito. Algemados dois a dois, nos pés e nas mãos, foi enfiado a cada um deles um capuz na cabeça. Só então rumaram para Cabo Verde, onde os esperava um avião para os levar rumo à América. Bubo Na Tchuto está a ser julgado em Nova Iorque, e talvez já no próximo dia 19 de setembro saberá a sorte que lhe calhou nesta atribulada viagem... AAS

Ensaios de "As Orações de Mansata" chegam a Portugal


Recomeçam hoje, terça-feira, os ensaios do espectáculo “As Orações de Mansata”, produzido pela Cena Lusófona no âmbito do projecto P-STAGE. Depois de um primeiro mês de trabalho em São Tomé, o elenco está agora em Coimbra, Portugal, onde ficará até à estreia, marcada para 17 de Outubro.

“As Orações de Mansata” é uma peça do escritor guineense Abdulai Sila, publicada na colecção de dramaturgia de língua portuguesa da Cena Lusófona. A associação escolheu-a para o momento central do P-STAGE – Portuguese-Speaking Theatre Actors Gather Energies [IV Estágio Internacional de Actores], projecto de formação, criação e difusão teatral financiado pela União Europeia no âmbito do programa ACP Cultures.

Dirigido pelo encenador português António Augusto Barros, o elenco integra 13 actores, oriundos de seis países lusófonos: Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Para além da Cena Lusófona, que coordena o projecto, a iniciativa envolve ainda o Elinga Teatro, (Angola), a AD – Acção para o Desenvolvimento (Guiné-Bissau), a Sol – Movimento de Cena (Salvador, Brasil), a Companhia de Teatro de Braga, A Escola da Noite e o Theatro Circo (Portugal). Conta com o apoio da empresa de telecomunicações angolana Multitel e do Governo de São Tomé e Príncipe. CL

ORGIA: Os três chefes de gabinetes dos Ministros do Estado, Fernando Vaz, Aristides Ocante da Silva e Orlando Veigas, respectivamente, foram promovidos ao cargo de secretários do Estado...

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Comandante Pedro Pires - “Não vou enganar ninguém, e a minha opinião é que é fundamental uma mudança na atitude dos militares guineenses, que os princípios do Estado de Direito prevaleçam e que as Forças Armadas se limitem às suas atribuições de protecção e defesa da soberania nacional deixando os outros órgãos do Estado fazer o seu papel sem estarem condicionados por aquilo que pensam, desejam ou fazem os militares”


Pedro Pires admite mediar conflito na Guiné-Bissau se for desejado


Eu não entrarei num processo onde não tenho a certeza de que a minha presença será bem interpretada”, afirmou Pedro Pires em declarações a este jornal, acrescentando que, “há muita gente que compreenderia e aceitaria tal mediação, mas há outras que poderiam levantar certas reservas”.

Para o antigo chefe de Estado cabo-verdiano, que concluiu no final da semana passada uma mediação da União Africana (UA) na Tunísia visando o regresso daquele país à normalidade constitucional, o seu envolvimento numa missão do género na Guiné-bissau teria que contar com a anuência prévia de todas as partes envolvidas.

“Conheço a atitude e os sentimentos dos guineenses em relação à minha pessoa e conservo imensos amigos naquele país, mas nunca farei nada que não seja desejado tanto pelos actores políticos como pelas Forças Armadas”, asseverou, garantindo que nessa matéria “não tomaria nunca a iniciativa” que teria de partir de outras entidades interessadas.

Neste leque, Pedro Pires inclui a Comunidade Económica do Estados da África do Oeste (CEDEAO), a Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa (CPLP) e a União Africana (UA), organizações internacionais que, segundo o antigo dirigente do partido que governou a Guiné Bissau e Cabo Verde, “têm a obrigação de tudo fazer para ajudar nesse processo”.

Instado a apreciar a actual situação política, militar, económica e social na Guiné-bissau, Pedro Pires considerou ser “urgente” uma mudança de fundo para que o país possa reencontrar a estabilidade e o caminho do desenvolvimento. “Não vou enganar ninguém, e a minha opinião é que é fundamental uma mudança na atitude dos militares guineenses, que os princípios do Estado de Direito prevaleçam e que as Forças Armadas se limitem às suas atribuições de protecção e defesa da soberania nacional deixando os outros órgãos do Estado fazer o seu papel sem estarem condicionados por aquilo que pensam, desejam ou fazem os militares”, defendeu o comandante de brigada.  

Para o antigo presidente cabo-verdiano, a principal condição para aquele país lusófono regressar definitivamente à normalidade constitucional é o entendimento desta realidade por parte dos militares, que “não podem reclamar para si funções políticas porque não são órgãos eleitos”. Nesta perspectiva, assegura Pedro Pires, “é a vontade popular que deve comandar os destinos da Guiné-bissau e não uma pseudo legitimidade histórica, porque ela não existe”. Antigo combatente da luta de libertação dos dois países, que teve como palco físico o território guineense, Pedro Pires foi um dos principais dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Comandante de brigada, foi, posteriormente, primeiro-ministro de Cabo Verde durante o período de Partido Único (de 1975 a 1990) e eleito democraticamente Presidente da República do arquipélago, cargo no qual cumpriu os dois mandatos de 5 anos constitucionalmente permitidos (de 2001 a 2011).  Desde que deixou as funções de chefe de Estado, Pedro Pires, distinguido em 2010 com o Prémio Mo Ibrahim, que premeia a boa-governação nos países africanos, tem-se dedicado, entre outras acções, a missões de paz e de busca da estabilidade em vários pontos do continente, por solicitação da União Africana e de outras organizações internacionais. O País/Angola