quinta-feira, 10 de abril de 2014

Greve geral em véspera de eleições


A faltarem quatro dias para as eleições gerais a função pública inicia uma greve geral de três dias para exigir pagamentos de salários em atraso. As centrais sindicais da Guiné-Bissau enviaram, na semana passada, um pré-aviso ao governo de transição, sem obter resposta. A greve geral decretada pelas centrais sindicais guineenses teve hoje início e decorre até sexta-feira, dois dias antes das eleições gerais, agendadas para domingo.

Os sindicatos reivindicam três meses de salário em atraso exigindo que o Governo leve avante o acordo assinado no final do ano passado com vista ao cumprimento dos salários dos professores e profissionais de saúde. No primeiro dia de greve estima-se que a paralisação contou com uma participação com cerca de 90% dos funcionários públicos. Estes receando que o fim do mandato do governo de transição, uma vez que não sabem se poderão, no futuro, receber ordenados em atraso.

Quanto ao sector da educação e da saúde a tónica é a de reivindicação. Os professores das escolas públicas estão de greve até dia 7 de Maio. Estes acusam o Banco Mundial de não cumprir com um acordo assinado com o governo para efectuar os salários de Janeiro a Junho deste ano. O Banco Mundial defende que, através da coordenação das operações dos pagamentos, muitos dos professores e funcionários do sector da saúde não têm conta bancária. RFI