terça-feira, 8 de abril de 2014

ELEIÇÕES(?)2014: Protestos de agentes eleitorais preocupam sociedade civil


Isabel Pinto Machado/RFI

Agentes das assembleias de voto, desfilaram esta terça-feira nas ruas de Bissau, exigindo cerca do triplo dos subsídios, que a Comissão Nacional de Eleições lhes atribui no quadro das eleições gerais de 13 de Abril.
Na sequência do impasse registado ontem (segunda-feira 7/04/2014) após o encontro entre o presidente da Camissão Nacional de Eleições, Augusto Mendes e representantes dos agentes das mesas de voto, quanto aos montantes dos subsídios atribuidos pela CNE, para o seu apoio às eleições gerais do próximo domingo, dezenas deles saíram hoje à rua em Bissau, para exigir cerca do triplo da soma atribuida pela CNE, que afirma não ter meios para atender às reivindicações dos agentes, que por sua vez ameaçam não participar nos trabalhos no dia das eleições.

A CNE propõe pagar 35 mil francos CFA a cada presidente e secretário de assembleia de voto, enquanto este pedem 100 mil, ou ainda 25 mil francos CFA por pessoa aos dois escrutinadores de cada mesa, quando estes exigem 80 mil, os agentes de protecção das assembleias de voto (elementos da polícia e Guarda Nacional), pretendem por sua vez receber 50 mil francos CFA, mas a CNE afirma que apenas pode pagar 15 mil por pessoa. Augusto Mendes, alega não poder alterar o respectivo orçamento, financiado pela Comunidade dos Estados da África Ocidental - CEDEAO.

As partes não se entendem, o que preocupa Mamadu Keita, dirigente do Movimento da Sociedade Civil, que apela a consensos, e alerta para que se evitem perturbações ao acto eleitoral de 13 de Abril. Noutro teor, chegaram hoje à Guiné-Bissau 23 elementos da missao de observadores de curto prazo da União Europeia, que se juntam aos  16 de longo prazo que estão no terreno desde o passado dia 26 de Março.

Ainda esta semana são aguardados no país 4 elementos da Parlamento Europeu, pelo que no total 49 elementos da União Europeia estarão no país a convite da CNE, para observar a imparcialidade e equilíbrio de todo o processo eleitoral. A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, apelou hoje em comunicado os guineenses a participarem pacificamente nas eleições.