quarta-feira, 2 de junho de 2010

ATENÇÃO: Preciso de um Advogado, em Portugal. Se alguém me puder contactar... (+245 6683113 - aaly.silva@gmail.com / AAS

Aos amigos, que eu NÃO tenho inimigos à minha altura...

- "A dignidade de uma pessoa pode ser atacada, vandalizada, cruelmente posta a rídiculo, mas não pode ser-lhe tirada, a menos que a ela renuncie".
António Aly Silva - o Jornalista (não confundir com jornaleiro)

- Vou continuar a trabalhar, revelando as verdades. Sem subornos ou cobardia!!!

- Não será crime TORNAR PÚBLICO um e-mail pessoal?! Continuarei a trabalhar!!! AAS

Hélder Proença, Baciro Dabó: assassinados há 1 ano. Por ordem de quem? É já a segui... Vamos continuar a revelar as verdades! AAS

terça-feira, 1 de junho de 2010

Agora, sim, entramos na governação moderna...

... E somos governados por um Primeiro-Ministro...à distância! É a chamada governação electrónica...ou telecomandada...

- Ainda ninguém tugiu ou mugiu sobre o caso do barco 'Lamu Star' - nem a ONUDC, nem a UNIOGBIS, nem a União Europeia. Nin-guém. E é uma vergonha! AAS

segunda-feira, 31 de maio de 2010

ERRATA: Artur Silva não disse que "havia cocaína a bordo", mas que recebeu "ordem do PM". A queixa do EMGFA fala de "grande quantidade de droga". AAS

PR Malam Bacai Sanha, à 'Jeune Afrique': "Há políticos envolvidos nos assassinatos de 'Nino' Vieira e Tagme Na Waie". AAS

EXCLUSIVO: ex-Ministro da Defesa à Comissão de Inquérito ao caso 1 de abril: "1º Ministro Carlos Gomes, ordenou libertação do navio" (com droga)

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PONTO Nº 17 DA QUEIXA APRESENTADA A 12 DE ABRIL PELO ESTADO-MAIOR GENERAL DAS FORÇAS ARMADAS CONTRA ZAMORA INDUTA:

17 - «Custo de operações do barco «Lamu Star», no valor de 17.000.000 fcfa, apreendido no dia 5 de Abril de 2009, com GRANDE QUANTIDADE de droga a bordo. Desconhece-se o paradeiro da droga que se encontrava a bordo.»

E tudo começou assim. No dia 5 de Abril de 2009, elementos das forças armadas surpreenderam nas águas da ilha de Bubaque, no Arquipélago dos Bijagós, o barco «Lamu Star». Nas investigações que se seguiram descobriu-se que o mesmo continha uma carga considerável de cocaína a bordo.

Na posse da notícia, Luís Manuel Cabral, na altura Procurador-Geral da República, fez o que lhe competia (quando se trata de uma apreensão ligada às pescas o caso é entregue à comissão interministerial, composta pelos ministéros da Defesa e das Finanças e ainda pela Secretaria de Estado das Pescas; mas quando se trata de droga, o assunto passa automaticamente para o âmbito do Ministério Público).

Sendo um crime civil, e sabendo que o barco estava na posse dos militares, o PGR tentou para que o caso fosse entregue ao Ministério Público. Em vão. Nessa altura, Zamora Induta – surgido do nada, já sobressaía entre a classe castrense. E recusou pura e simplesmente entregar o barco, a consequente carga e todo o processo ao Ministério Público. Porém, dias depois, numa conversa telefónica, Zamora prometeu a Luís Manuel Cabral que «ia entregar» o assunto ao Ministério Público. Até hoje. Do barco ‘Lamu Star», nem o rasto de uma leve espuma na água...

Os acontecimentos de 1 de abril, contudo, precipitaram a história que abaixo se segue. Foi criada uma Comissão de Inquérito, com vista ao apuramento das verdades. A começar pela queixa movida pelo EMGFA contra Zamora Induta.

Chamado a depor junto da CI, Zamora Induta começou por negar tudo. Não sabia do barco «Lamu Star», não sabia da droga, nem de carga nenhuma. Chamado para ser ouvido, o ex-PGR Luís Manuel Cabral confirmou tudo à CI: «Zamora recusou sempre entregar o processo ao MP».

Na acareação que se seguiu - apertado mais um pouco - Zamora cedeu: «Talvez tenha errado» - disse à CI. E depois revelou que «o barco foi libertdo com o conhecimento do ministro da Defesa, Artur Silva».

Sem perder tempo, Artur Silva é chamado a depor na Comissão de Inquérito. E não se fez de rogado, deixando a CI perplexa: «O barco ‘Lamu Star’ foi libertado por ordem superior (do primeiro-Ministro Carlos Gomes Júnior)».

O «cargueiro da morte»

O barco ‘Lamu Star’, também conhecido por «cargueiro da morte», foi proibido de navegar nas águas territoriais da Gâmbia. As autoridades guineenses pediram já à UNODC (organização das Nações Unidas de combate à droga), e às autoridades gambianas toda a informação disponível sobre o ‘Lamu Star’.

Agora impõe-se esta pergunta à comunidade internacional (Nações Unidas – ONUDC, União Europeia, Estados Unidos da América (Departamento do Tesouro):

O que vão fazer? Quem ouvirá Carlos Gomes Júnior – o Ministério Público, que tem competência para tal, ou a Promotoria Militar, detentora do processo ‘Lamu Star’ até aos dias de hoje?

Querem melhor exemplo da promiscuidade entre políticos e militares? AAS

domingo, 30 de maio de 2010

Orange...

... No vosso 4º aniversário, vou querer aquela conexão que ouvi no vosso spot de rádio:

- Conexão... Ampagai!

AAS

Última hora: Fronteiras nacionais estão fortemente vigiadas. Ninguém entra ou sai sem minuciosa revista... AAS

Ditadura odja, ditadura konta...

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Aproveitem, está baratucho...

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Isto vai rebentar... ai vai, vai...e eu estou a avisar... AAS

A Missão da União Europeia devia ir embora (apoiado, pá!)

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União Europeia - a quebra-ossos... AAS

"Caro Aly, desde já quero lhe cumprimentar pela sua coragem e pela forma como tem trazido a publico as podridões do nosso País. Acompanho o seu blog e na minha opinião é a forma mais transparente de saber as verdades. Devo lhe dizer que a propósito das ultimas publicações do seu BLOG, não poderia estar mais de acordo consigo.

A Missão da UE para a reforma diz que não sabe se vai continuar em Bissau devido aos constantes problemas e AMEAÇAM ir embora devido ao ocorrido no dia 1 de Abril.
Pois para mim, essa desculpa foi feita à imagem do que esse dia do mês representa: UMA GRANDE MENTIRA!!!

A Missão devia ir embora do País pois desde que chegaram à Guiné a unica reforma que fizeram foi no prédio em que estão instalados. A UE devia ter vergonha de num País com os problemas da Guiné, considerado um dos mais pobres do Mundo, de ter uma missão com ditos especialistas com salários absurdos, que se pavoneiam nas ruas de bissau com grandes carros, que passam a vida de férias e que não fizeram RIGOROSAMENTE NADA!!!! para além de ir explorar as ilhas, e que para além disso gozam e desdenham os Guineenses.

Qual é a percepção que a UE acha que os Guineenses têm de uma missão assim? Na minha opinião, é uma falta de respeito pelos problemas do povo da Guiné Bissau e uma vergonha para a UE. Seria mais facil andarem com uma placa a dizer:

OS VOSSOS PROBLEMAS SÃO O NOSSO BEM ESTAR

A Europa tem de entender que não podem impor as suas leis, políticas e costumes em todo o lado. A Reforma deve ser feita pela CEDEAO, CPLP e pelos países vizinhos e da sub-região, e não por pessoas que não entendem e que estiveram nas bases e raízes dos nossos problemas. Pelas noticias que ouvi a nova missão seria chefiada pelos Portugueses, pois isso, na minha opinião, seria ainda um maior problema para a Guiné. Os Portugueses, como povo pequeno que são, não estão interessados em ver as suas ex-colónias progredirem, pelo contrário, apenas querem nos ver afundar em problemas para poderem sobresair e fazer ver que realmente estavamos muito melhor no tempo em que eles mandavam.

Portugal nunca suportou o PAIGC ( partido que levou a sua derrora e consequente saída de Bissau) nem o falecido Presidente "Nino" Vieira. Na verdade o que eles querem é ter uma marionete no poder a quem possam ditar as suas ordens e desordens!
Por que que não falam da sua participação no conflito armado de 1998?
Neste momento existe uma grande campanha de apoio ao CEMGFA Zamora Induta, mas eu pergunto:

- E as prisões arbitrárias que ocorreram quando ele estava no poder?
- E os actos de vandalismo e criminosos cometidos por alguns militares quando ele estava no poder?
- E os assassinatos que ocorreram quando ele estava no poder?

Isto ninguém pergunta e ninguém se lembra, parece que para a Comunidade Internacional, como um todo, os problemas da Guiné-Bissau apenas existem pós 1 de Abril!

TEMOS DE PEDIR CONTAS SOBRE TUDO O QUE CONTECEU EM BISSAU!

- Qual a ligação de Zamora Induta com Portugal?
- Será que a Secreta Portuguesa pode nos responder a isso?

Bem meu caro, não sei se vai te interessar publicar este meu email, mas se o fizeres ficava-te agradecido! Eu vou continuar a acompanhar as andanças da nossa terra e espero que as coisas melhorem por aí!

Coragem e continua com este valioso trabalho que fazes!

Augusto
Mantenhas di Pekin
"

sexta-feira, 28 de maio de 2010

EXCLUSIVO: Se, até à proxima semana, o 1º Ministro não regressar ao País dar-se-à inicio ao processo para a sua demissão. AAS

Em Portugal continuam a encher chouriços

A suposta carta/declaração publicada pela Bissau Digital (este nome é fictício...), fabricada por gente frustrada, em Portugal, é, para além de insultuosa, uma patetice sem igual e a que - naturalmente - uma rádio (portuguesa) tinha de dar grande destaque. Falo da RDP África e do lixo que vai para lá.

Sou da opinião que devemos correr com a RDP e a RTP da Guiné-Bissau. Vão alimentar bandidos na vossa terra... Ai, se este País se chamasse ANGOLA...

Quem, no seu perfeito juízo, pode mesmo acreditar nisso? O Presidente da República, Malam Bacai Sanha não negociaria pacto nenhum com alguém implicado num crime desta natureza; o Procurador-Geral Amine Saad, também.

Um documento sem timbre, nem carimbo... É bom que se deixe este aviso à Europa:

- Se não páram com esta onde de difamação e calúnia...há por cá europeu que baste... Começamos a apanhá-los à mão, a fotografar tudo, mas tudo. Basta que respirem!!!

É bom que iniciemos uma grande campanha de rua contra a União Europeia. Se a UE está com vergonha por a sua missão para a reforma defesa)segurança ter sido um flop, é uma coisa e nós entendemos... Se quer mesmo ir embora: VÃO EMBORA e não nos chateiem o juízo!!!

António Aly Silva

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Última hora: Bacanal na CNE - Financeiro sai em liberdade, mas...

IAIA DJAU, o financeiro da Comissão Nacional de Eleições, a contas com a Justiça, foi mandado em liberdade sob as seguintes condições: garantia patrimonial e apresentação diária no Ministério Público.

Cauções: caução carcerária (7.500.000 fcfa, a ser pago em 5 dias) e caução económica de igual valor, a ser paga em 10 dias. Foi-lhe ainda cassado o passaporte e amanhã terá que entregar o seu laptop ao Juíz de Intrução Criminal. AAS

"A RESPOSTA DO DELFIM DO PRESIDENTE"

Boa tarde Sr. Aly Silva;

Venho por este meio pedir-lhe que publicasse no seu blog um artigo intitulado "A RESPOSTA DO DELFIM DO PRESIDENTE" . É uma carta escrita na sequência de um artigo difamatório publicado no site "Bissau Digital" do dia 29/04/2010 tendo como título "O Delfim do Presidente".

Sem mais assunto por momento, queira aceitar os meus sinceros cumprimentos.

Braima Camara



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"Braima Camará, empresário, Presidente da Câmara de Comércio, Industria, Agricultura e Serviços (CCIAS) da Guiné-Bissau, Deputado, Membro do Bureau Politico do PAIGC, Ministro de Estado e Conselheiro Especial do Presidente da República, inconformado com as calúnias, verdadeiramente criminosas, eivadas de ódio e má fé, publicadas na infeliz produção de Rodrigo Nunes - como não sei quem e a pessoa, chamá-la-ei de Vossa Senhoria - PNN PORTUGUESE NEWS NETWORK - vem exercer o seu direito de resposta dizendo o seguinte:


Como filho dum Antigo Combatente, desde muito cedo ingressou nas camadas jovens das Organizações de Massa do Partido, Pioneiros Abel Djassi. Com dedicação e trabalho foi subindo até atingir a categoria de Membro do Bureau Politico. Por causa da sua actividade comercial, Braima Camará, desde 1984, tem regularmente estado em Portugal em viagens de negócios.

Desde 1984 a esta parte, o senhor Braima Camará só esteve uma vez em tribunal português e como declarante por ter passado alguns cheques a um familiar seu que esteve preso no Porto. Do processo judicial em que foi declarante nada resultou contra ele e como e obvio foi absolvido.

Com o empenho que lhe é apanágio, foi sendo referido na sociedade guineense como sendo um empresário de sucesso. Assim, em 1999 foi eleito Presidente da Associação dos Exportadores da Castanha de Caju e um dos maiores exportadores.

De 2004 A 2007, Foi eleito Primeiro Vice-Presidente da Câmara de Comercio, Industria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau. Por doença prolongada do então Presidente daquela prestigiada instituição, Sr. Baba Djaquite, o senhor Braima Camará foi eleito, nos termos Estatutários, Presidente da CCIAS tendo sido reeleito para o mesmo cargo, com maioria esmagadora de votos, nas últimas eleições.

Era bom que os maldizentes e especialistas do «bota abaixo» soubessem que o Cargo de Presidente da Câmara de Comercio, Industria, Agricultura e Serviços na Guiné-Bissau não se exerce por nomeação política mas sim pelas eleições livres e democráticas.

Em 2007 foi nomeado pelo então Presidente da Republica, S. Exa. João Bernardo Vieira, vulgo, Nino, para o cargo de Conselheiro Económico Para o Investimento Privado. Com dedicação, empenho e coragem investiu no sector de hotelaria e hoje é proprietário dum hotel sito na cidade de Bissau Co-financiado pelo Banco da África Ocidental e Arquitecto João Adelino Paixão Salvado Empresário Português.

Como Presidente da Câmara de Comercio, Industria, Agricultura e Serviços, o senhor Braima Camará foi, por inerência de funções, Eleito Presidente do Conselho Empresarial da CPLP.

O actual Presidente da República, S. Exa. Malam Bacai Sanha, nomeou o senhor Braima Camará seu Conselheiro Especial com categoria de Ministro de Estado.

Esses sucessos do Senhor Braima Camará incomoda muita gente, principalmente, os invejosos, incapazes e cobardes como o senhor que, frustradamente, tenta denegrir a sua imagem com esse vergonhoso e infame artigo publicado no site PNN PORTUGUESE NEWS NETWORK.

A cegueira de atingir gratuitamente a imagem do senhor Braima Camará foi tanta que o seu desprezível autor perdeu o norte ao ponto de se esquecer a elementar lei da física que dita que um corpo não pode ocupar dois espaços ao mesmo tempo. Porque alem de verdadeiramente falso, era impossível estar o Braima Camará em Bissau como empresário de sucesso e melhor exportador da castanha de caju e ser simultaneamente preso, julgado e condenado e cumprir pena de quatro anos de prisão em Portugal.

Certamente encomendaram-lhe estas falsas notícias, que só aos cobardes e ociosos que ganham a vida nas facilidades se pode pedir. Para eles, já que a si não dou nenhuma importância, talvez o conselho de que a vida se ganha com trabalho suor, dedicação, honestidade e ambição de ser algo na sociedade guineense sirva. A manipulação e intriga não são o que a Guiné-Bissau precisa neste momento. O que este país precisa é de gente capaz de fazer algo de bom, gente com carácter, mesmo que seja o mínimo, o seu engrandecimento.

Só os incapazes, frustrados, invejosos, preguiçosos, difamadores e caluniadores como o produtor da noticia em analise e quem cobardemente a encomendou é que têm a tamanha insensatez para ociosamente produzirem tal malícia, tentando, pensam eles, que hão-de atingir a personalidade dialéctica de um dos filhos da Guiné-Bissau que está a granjear respeito e admiração em todos os quadrantes do mundo.

O Braima Camará é proprietário dum prestigiado património graças ao seu ímpeto, credibilidade e bom relacionamento com o sector bancário do País e em Portugal.
Resta lamentar a tamanha inoperância cerebral de quem encomendou esta infame denúncia e o total desconhecimento da realidade. É fácil perceber os seus desesperos e falta de maturidade intelectual para produzir um pensamento lógico.

Tanto os autores da denúncia como aqueles que a encomendaram, o senhor Braima Camará manda o recado que não tem medo de ninguém e que nunca jamais iria construir o seu império através de nenhuma actividade ilícita muito menos a custa de cadáveres dos seus irmãos Guineenses. E fica agradecido por não o terem perdido de vista. Só lamenta que, por cobardia dos mandantes e autores, que não ousam apresentar a cara, ele não possa fazer o mesmo.

É pena que a campanha de política suja, de baixo nível, de calúnias e difamação grosseira e gratuita contra a pessoa do senhor Braima Camará seja comandada e orquestrada no interior do seu próprio partido PAIGC.

Mas que fiquem sabendo que o senhor Braima, em politica, não deve nada a ninguém e por isso nada teme. Dito isso, o senhor Braima Camará desafia a todos e qualquer um a apresentar o mais pequeno indício de prova da prática, tentativa de prática ou omissão de qualquer crime em qualquer parte do mundo, designadamente, na Guiné-Bissau, Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Estados Unidos de América, Brasil, Senegal, no Espaço da CPLP, No Espaço da UEMOA, OHADA, União Europeia etc.
Temos a certeza que nada encontrarão. Por uma única razão: é que não existe.

Braima Camara
"

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Eu disse: en-ten-di-dos

Um amigo telegrafou numa linha: "enviaram-me e pensei que te interesse...".

Interessa, nada. Eu pedi aos "entendidos". Bom feriado no dia 3 de Agosto. AAS

E eu a pensar que a China é que ficava para esses lados...

É que, de acordo com Jorge Gonçalves, o petit director-geral da RDP África, a "Guiné-Bissau e Cabo Verde ficam na África Austral"... Bom dia óóóó. AAS

Nhu arquitecto...kabeça ka na dê nha amigo Tô...n'bom

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FOTO:AAS - na rua Eduardo Mondlane, esta árvore está para cair. Depois, veremos o que acontecerá. O Ministério Público fica desde já notificado. Ah, e a Câmara Municipal de Bissau, também. AAS

A língua (portuguesa), aqui, serve para outras coisas...

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FOTO:AAS - no dia de África, para inglês ler... AAS

ONU alarga negócio com a entrada no nicho da lavagem e da lubrificação

FOTO: AAS - imagem captada, ontem, frente à sede da UNTG.

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terça-feira, 25 de maio de 2010

Nulli pede desculpas

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Adelino Mano Queta, revelou hoje, no Parlamento, que chamou o Delegado da UE no País, Franco Nulli para saber sobre as declarações feitas à RDP-África.

E Franco Nulli pediu desculpas, dizendo nomeadamente «não ser intenção sua faltar ao respeito ao Presidente da República, Malam Bacai Sanha». Anch'io... AAS

Bacanal na CNE - Militares foram hoje ouvidos na PGR

O Ministério Público, deu bastante importância a um dos pontos do relatório da CNE. Nesse ponto, a CNE escreveu dizendo que, às forças de segurança, foram entregues cerca de 80% do montante da ajuda (num total de 500 mil euros) doada, entre outros parceiros, pelo PNUD.

Hoje, durante quase toda a manhã, foi ouvido o representante da classe castrente: Augusto Mário disse que é a CNE quem, ainda, deve dinheiro aos...militares. E prometeu levar provas. Guerr matchu ka ta brinka dê! AAS

Buscas na CNE

O Ministério Público passou a tarde de ontem na Comissão Nacional de Eleições (CNE). O motivo? Não, não foi para beber warga... Estavam munidos de um mandado de Busca e apreensão. E levaram consigo computadores, e muita documentação...

Para já, uma certeza: muita, mas muita gente pode vir a ser enrolada nesse processo. AAS

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Alto e pára o baile

No último programa Radioscopia (Bombolom FM), alguém afirmou não haver fome na Guiné-Bissau.
E perguntou: "então o que é que as pessoas comiam no tempo da guerra de 7 de Junho?".
Eu respondo: Gajas, amigo. E...gatos! Há lá coisa que mata mais a fome... AAS

Quem quer tramar o Braima Camara?

Há uma, duas semanas, surgiu na internet uma notícia sobre o empresário - e Deputado da Nação, Braima Camara, agora a desempenhar funções de Estado como Conselheiro Especial do Presidente da República, Malam Bacai Sanha.

Há que, primeiro, ressalvar isto: na Guiné-Bissau, certamente, existirão centenas de cidadãos com o nome Braima Camara. Contudo, o que os diferencia - para além da cara, claro, ainda que para os brancos os ‘pretos’ sejam todos iguais... é a peça de identificação cujo número é único para cada cidadão.

Pedi a dois colegas (jornalistas) que tratassem de arranjar, cada um por si e à má-fila se necessário fosse, uma Certidão do Registo Criminal (CRC) do Braima Camara, posterior ao ano do «julgamento», e, já agora a suposta «condenação» de que foi alvo. Já no que diz respeito ao crime que - diz o jornalista - Braima Camara cometeu, de maneira nenhuma poderia deixar de constar de uma CRC. Ainda que essa pessoa fosse o papa Bento XVI...

E conseguimos. Melhor, conseguiram. Então, em fevereiro de 2008 Braima Camara - através do seu sócio, o respeitado e conceituado Arquitecto português, João Adelino Paixão Salvado - pediu a sua CRC. Pergunta-se então como pode alguém estar num determinado País e...estar preso num País terceiro? Cá está:

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Agradeço aos entendidos uma clarificação. Ou será que estarei a ficar lélé da cuca? AAS

P.S – Ao ‘tal’ embaixador europeu: o Braima Camara não me pagou para investigar isto... AAS

sábado, 22 de maio de 2010

Há limites para tudo

A União Europeia está a esticar a corda, e, pelos vistos, não desiste. Bom, nós também. E enquanto povo, não desistiremos.

A declaração feita pela delegação que ontem terminou a sua visita a Bissau, foi, digamos...de uma má educação sem paralelo.

Quem pensa a União Europeia que é, para se intrometer nos nossos assuntos judicias? Ou por acaso não sabem que há uma, aliás várias queixas crime contra o ex-CEMGFA?

Se deixarmos que quem quer que seja nos vergue, então estaremos feitos ao bife! A UE devia saber que está a ser enganada e intrujada por gente com enormes responsabilidades:

- 1 e 2 de Março 2009, diz-vos alguma coisa? E os assassinatos do Hélder Proença, do Baciro Dabó entre outros, também não?

Por acaso alguém já leu ou ouviu as declarações de Samba Djaló no Inquérito? Ai não? Façam o favor então...

À União Europeia: Zamora e Samba terão que responder. Se chamarem alguém, esse alguém será ouvido; se esse também chamar outro, esse outro... E assim sucessivamente. Até limparmos de vez a porcaria e acabarmos com os criminosos de luvas brancas! AAS

Há qualquer coisa no ar... Anda-se a preparar algo. De um lado e do outro (deus vos abençoe que eu jogo pela equipa do diabo). Boa noite. AAS

Eh pá!, o 1º Ministro já não vem...

Calma. Relaxe. Vamos por partes. Hoje, em Lisboa, Carlos Gomes recebeu Franco Nulli, o delegado da União Europeia em Bissau (Cadogo não tinha saldo e a PT não dava crédito; Franco Nulli, esse, apenas queria estar junto do menino dos seus olhos...)

Amanhã - e como passamos a ser governados a partir das ilhas - Cadogo irá a Cabo Verde.

Por este andar - não será voar? - talvez na 3ªfeira o premier vá ao Tibete pedir a benção ao líder espiritual Dalai Lama.

Son pa mara dala rissu kan! AAS

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ministério Público 1 - CNE 0 (mas tudo indica que haverá goleada...)

Após ter sido ouvido durante quase todo o dia de hoje, o director financeiro da CNE, Iaia Djau, fica detido na Polícia Judiciária até 2ª feira.
Inquirido sobre o desaparecimento de quase 100 milhões de francos CFA, Iaia Djau apenas disse ter recebido ordens superiores.
Por parte de quem, perguntou o Ministério Público?
- Do Presidente (Desejado Lima da Costa) e do Secretário-Executivo (António Sedja Man).
Portanto, teremos uma segunda-feira gorda...digo eu! AAS

Denúncia do DC sobre o bacanal na CNE...o director financeiro está neste momento a ser ouvido no Ministério Público. AAS

Franco Nulli posto em sentido pelo PR

O Presidente da República, Malam Bacai Sanha, mandou cancelar a audiência que devia ter ontem com o delegado da União Europeia no País, Franco Nulli.

Bacai não terá gostado nada mesmo das declarações de Nulli à RDP África, onde este ditava sentenças pedindo a "libertação de Zamora Induta" e a responsabilização/ condenação dos implicados no caso 1 de abril.

Já perto da hora do encontro, os serviços da Presidência contactaram secamente os escritórios da UE: O encontro está cancelado. Bom dia". E assim foi.

Franco Nulli esteve hoje no café Bate-Papo com a delegação da UE que se encontra em Bissau, momentos antes de um encontro com a 1ª Ministra fictícia em exercício, Adiatu Nandigna.

Nulli passou o tempo todo ao telefone e no final de cada chamada conferenciava baixinho com os seus.

De resto, ninguém gostou de ouvir a entrevista que Franco Nulli concedeu à RDP África. Sobretudo porque foi fora de contexto, e feita depois das - claras - declarações de Bacai Sanha, o Presidente da República.

A missão da UE, no seu regresso, leva dois ministros para uma reunião em Lisboa: a do Plano, Helena Nosolini e o das Finanças, José Mário Vaz. AAS

quinta-feira, 20 de maio de 2010

13 de maio - O que diz o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito

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A 13 de maio, os sete deputados incumbidos de ouvir os protagonistas do 1 de abril elaboraram o seu relatório de 6 páginas.

Dada a importância do caso, os deputados decidiram que seria melhor começar por visitar a Fortaleza D’Amura. Mas quase desistiam. Escreveu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI): «Depois de vários contactos, a Comissão Parlamentar foi recebida pelas chefias militares».

E foi assim que tudo começou. «Começamos por ouvir uma exaustiva explanação sobre o panorama da situação militar vigente no País, pela pessoa do Vice- Chefe do Estado Maior, António Indjai, que imputou todas as responsabilidades pelos acontecimentos de 1 de abril ao Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, Zamora Induta, acusações das quais se fez o seguinte resumo» (ver a queixa no arquivo do blog/pesos mortos).

O 1 de abril começou muito antes

No dia 4 de Janeiro de 2010, Zamora Induta mandou chamar o general António Indjai a S. Vicente e acusou-o, com mais dois outros colegas, nomeadamente o tenente-coronel Tcham Na Man e o coronel Carlos Cunda, de serem os responsáveis pelo regresso ao País do contra-almirante Bubo Na Tchuto. Calmamente, António Indjai pediu a Zamora que lhe dissesse o nome da sua fonte. Este recusou categoricamente.

Nesse mesmo dia, embora sem sucesso, António Indjai tentou contactar o 1º ministro Carlos Gomes Júnior, e fez o mesmo em relação ao Procurador-Geral da República Amine Saad. O vice-CEMGFA apenas queria que estes movessem influência junto do CEMGFA Zamora Induta para que este revelasse a sua fonte, pois ele apenas queria defender-se. O vice-CEMGFA garantiu à CPI ter «tentado manter sempre informados o PR Malam Bacai Sanha, o 1º Ministro Carlos Gomes Júnior e o PGR Amine Saad».

Indjai disse ainda que esta situação estava a criar um mal-estar no seio da classe castrente. António Indjai defendeu-se dizendo que tudo se ficou a dever «à falta de diálogo do CEMGFA com os oficiais superiores», bem como a intrigas do coronel Samba Djaló, «que se vinham arrastando há já algum tempo».

Posto ao corrente da situação, o Presidente da República, que é igualmente Comandante-em-Chefe das Forças Armadas lá puxou dos galões e conseguiu arrancar de Zamora um nome. Mas não era um nome qualquer. Era ‘o nome’, a fonte de onde Zamora bebia: Samba Djaló, coronel, chefe do Departamento de Informação e Segurança Militar – a sinistra DINFOSEMIL.

Porém, confrontado com a revelação do seu superior Samba Djaló negou tudo. E passou a bola a... Angola! Sim, leram bem: An-go-la. E mais um nome veio à luz do dia: «foi o senhor Costa, da Embaixada de Angola (na Guiné-Bissau)». E o Costa, por seu lado, assobiou baixinho: «Não quero ingerir nos assuntos internos da Guiné-Bissau».

Apertado mais um bocadinho, Samba jogou para o ar mais um nome – Serafim Embaló (pertencente à Segurança do Estado). Este depressa se declarou «inocente» e devolveu a acusação com juros: soube de tudo através do... Samba Djaló.

O dia antes do 1 de abril

António Indjai desembarcou no aeroporto Osvaldo Vieira no dia 31 de março. Era suposto ele estar em Cuba por essa altura para tratamento médico. Telefonou ao 1º Ministro pedindo uma audiência. A intenção era dar conta ao PM da grave situação que se vivia nos quartéis. Fez-lhe ainda um retrato da degradação que estava a ser o seu relacionamento pessoal com o CEMGFA Zamora Induta. O 1º Ministro ouviu mas mostrou-se indisponível para esse dia. No entanto, marcou a audiência para o dia seguinte – 1 de abril de 2010:

Na manhã de 1 de abril, a maior sala da Fortaleza D’Amura estava apinhada, e brilhavam as patentes militares. As mais altas deste País. Muitas mesmo. E foi ali que Zamora Induta e António Indjai trocaram argumentos. Começou com uma acalorada discussão e acabou em... murros! Zamora Induta foi simplesmente detido e desarmado. Samba Djaló também.

Uma vez no comando da tropa – e das operações - António Indjai dá a primeira ordem: ‘libertar’ o contra-almirante Bubo Na Tchuto da sede das Nações Unidas. Mandou igualmente «buscar» o 1º Ministro «para que este viesse assistir - e ouvir - o que tinha para lhe dizer no dia anterior».

À CPI, António Indjai garantiu «não ter torturado» o 1º Ministro e que não foi sua intenção «atentar contra a dignidade» deste. Garantiu ter-lhe manifestado «respeito» e pedido «desculpa pelo sucedido», e lamentando ter chegado «a este extremo». Assegurou ter feito tudo para, «colocar um ponto final nos intoleráveis desmandos do CEMGFA, José Zamora Induta».

Disse ainda ter «garantido o regresso em segurança do 1º Ministro ao seu gabinete de trabalho». E que tomou essa decisão depois de ter sido chamado para uma audiência com o Presidente da República, Malam Bacai Sanha.

PRIMEIRO-MINISTRO

Na manhã de 1 de abril, o 1º Ministro Carlos Gomes Júnior encontrava-se no seu gabinete de trabalho, numa reunião de emergência com o representante Especial do Secretário Geral da ONU, Joseph Mutaboba. O motivo da emergência? Pois está claro – as movimentações militares, rondando as instalações da ONU onde estava o Bubo Na Tchuto, e que culminou com o abandono voluntário do contra-almirante da sede da ONU.

Cadogo acompanhou Mutaboba à saída da primatura, e, no regresso para o seu gabinete foi abordado por um militar, armado, que lhe disse «passa li, kumpanha ku nôs». Do armário do gabinete do PM os militares retiraram alguns documentos, telemóveis e dinheiro. E o 1º Ministro, claro.

Quando já estava dentro da viatura militar, o ministro da Administração Territorial Luis Oliveira Sanca apareceu e inquiriu sobre o destino da comitiva. Foi agredido violentamente e intimado a entrar para a viatura. E seguiu tudo para a Fortaleza D’Amura. Luis Sanca foi sem os óculos, que entretanto se partiram com a agressão de que foi alvo.

Lá chegados, encontraram um António Indjai furioso, mas ainda assim ansioso por tirar tudo o que tinha cá para fora. Entretanto, um sinal sonoro interrompeu o general. Era o Presidente da República ao telefone. E a chamar Indjai de urgência à Presidência. Abandonados à sua sorte, os agora detidos não tiveram outro remédio que não esperar. Mas não esperaram muito. A salvação chegara para Carlos Gomes Júnior e Luis Oliveira Sanca. Indjai disse apenas a Cadogo: «volte para o trabalho e acalme a população que há já muita especulação por aí».

Na CPI, Carlos Gomes Júnior «lamentou o ocorrido a 1 de abril», que qualificou como tendo sido um «incidente». Discorreu sobre o impacto negativo que isso teria junto dos parceiros como o FMI e o Banco Mundial e lembrou aos deputados que no dia seguinte, o Conselho de Administração destas duas instituições deveriam discutir e aprovar o programa pós-conflito, o que acabou por ser adiado.

O 1º Ministro confirmou à CPI ter recebido o telefonema do general António Indjai no dia 31 de Março, mas culpou o «cansaço da viagem» para o não receber. Disse ainda ter pensado que a audiência se devia a um pedido que o general lhe havia feito, para a obtenção de documentação para um filho seu. A reunião ficou agendada para as 08.30h do dia 1 de abril. Até hoje...

Guarda-bombas

Pretendendo justificar a falta de segurança pessoal, Cadogo deu um exemplo à CPI, dizendo que o seu primeiro guarda-costas foi substituído por ordens de Tagmé Na Waie, à altura CEMGFA, e foi este que, curiosamente, viria a colocar a bomba que haveria de matar Tagmé. O PM revelou ainda que «viu o substituto do seu guarda-costas na escolta do Bubo Na Tchuto quando este deixava as instalações da ONU».

Finalmente, e a pedido dos membros da CPI, os Deputados visitaram Zamora Induta e Samba Djaló no aquartelamento de Mansoa. O CEMGFA queixou-se de tensão arterial - no relatório, os deputados escreveram detenção arterial... – e disse ter sido visitado por um médico. Samba Djaló, esse, mostrou ser um durão. «Estou bem de saúde», revelou. Questionado pelos deputados se foi torturado, respondeu: «sou um militar e estou preparado para isto».

António Aly Silva

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Contra o "comprometimento"

"Belo post, amigo Aly

Pelo direito à indignação, pelo direito a desafrontadamente se ser contra o 'comprometimento'.

Um abraço,
C.,R."

Carlos Gomes Júnior regressa domingo ao País. Até 4ª feira podemos ter um CEMGFA... N'punta nan! AAS

Dar murros na mesa

Dão-se muito poucos murros na mesa na Guiné-Bissau. Boa educação, dirão os mais optimistas. É o que é, mas estão, provavelmente, muito próximos da razão os que nos acusam de sermos mas é uns cobardolas e uns mangas de alpaca.

Não damos (o Aly Silva à parte...) mais murros na mesa porque temos medo. E somos cobardes. Temos medo de que o sujeito que nos ouve na mesa ao lado se irrite, que o empregado da padaria Y venha a ser patarão, que o dono da Tasca Z assuma algum cargo nas alfândegas ou nas finanças e nos lixe a vida.

Caganitas à parte, a verdade é que faz muita falta que as pessoas sejam capazes de chamar os bois pelos nomes, e de gritar um sonoro basta quando basta mesmo. Mas nós não (aliás, vocês...). Preferimos tudo morno depois de grandes tragédias porque não queremos ‘sobressaltos’ – sobretudo quando há uma forte possobilidade de virmos a ter de pagar as consequências pelo que fazemos ou afirmamos.

Eu, estranhamente(?!), perdi-lhes o medo. Assim, no café da esquina, de volta da mesa de restaurante, não tenho nem dó nem piedade de ninguém, casco como posso e melhor sei nos nossos inimigos de estimação: os políticos com responsabilidades na condução dos destinos do País.

É que na política a história é a mesma. Só berram e gritam, denunciam e revelam deboches aqueles que estão na oposição. Simulam até uma pega de caras, pois a certeza de não lhes ser pedido nenhum seguimento para as suas palavras deixa-os perfeitamente livres para tudo.

A partir do momento em que tomam posse, quem assumiu um cargo executivo padece de uma doença chamada «comprometimento». Comprometidos, não com o povo, mas com os restantes membros do governo, que exigem que não destape buracos nem traga para uma praça pública (ainda que esburacada) problemas. Numa palavra: comprometido com as regras do regime.

Mas seria o bom e o bonito, agora um tipo vai recordar aos eleitores as dívidas que há por saldar (olá, Jomav), as estradas que não estão feitas (hello, Djossé), os impostos por cobrar (Jomav - again and forever) ou os hospitais sem camas mas com uma divisão bem armada de baratas (yello Camiló)?

Contudo, o que eles querem é fazer passar esta mensagem. Que o pior ainda está para vir, os prejuízos herdados e os acumulados são sempre tamanhos que não há dedicação e empenho que algum dia os possa saldar. Tretas, é o que é!

Sabiamente, eu continuo a preferir os murros na mesa. Sabem bem por estes lados. Confrontar tudo e todos. Enfrentar gabarosamente as câmaras e os microfones e dizer tudo! Investigar e mostrar quem mal faz a este povo. Dizer que no ministério A alguém anda a roubar, que na farmácia C se vende medicamentos fora de prazo e de proveniência duvidosa, que os professores, afinal, sabem menos que os alunos, que as profissões liberais fogem a pagar as contribuições. Num primeiro momento inebrio-me nas minhas próprias palavras, feliz pela provocação e respectiva contestação, convencido de que finalmente estou a «mexer no sistema».

Tem sido assim, meus caros. Mas também não acabam geralmente bem os ministros/secretários de Estado/chefes de gabinete/responsáveis de secção que abrem a boca, e muito menos os que, como eu, exercitam o punho contra o tampo da secretária... AAS

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Governo do PAIGC e o Zamora prepararam mesmo isto? Sim...

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Felizmente, a bancada do PRS votou contra esta lei sem paralelo na nossa história parlamentar... proposta pelo PAIGC, claro! E a lei caiu... tok i rabida!!! E a União Europeia, o que diz mesmo??! AAS

Para a União Europeia: Zamora Induta não sai da cadeia

(A Guiné-Bissau acolhe Franco Nulli, o embaixador e Delegado da União Europeia no País, há mais de 20 anos! Mas isso é outra história)

O que aqui me traz, hoje, foi aquilo que ouvi da boca do embaixador Franco Nulli. Não falo em nome do General António Indjai que, segundo um diplomata da UE, «me anda a dar dinheiro» para publicar coisas. Não. Falo como cidadão nacional. E defino-me desde já como sendo um ultra-nacionalista. Assim, são precisos cuidados redobrados comigo...um tipo perigoso, está-se mesmo a ver...

Se se recordam, o Presidente da República, Malam Bacai Sanha, fez uma importante declaração no dia em que deixou Bissau com destino a Dakar, no Senegal, para uma visita de trabalho de algumas horas: “A União Europeia não notificou as autoridades nacionais sobre qualquer cancelamento” da sua Missão para a Reforma dos sectores da Defesa e Segurança. E, sobre a nomeação do novo CEMGFA, um recado ao Governo: “Se, por exemplo, o 1º Ministro chegar na 2ªfeira pode reunir o Conselho de Ministros no dia a seguir e apresentar os nomes para as chefias militares”.

Todos gostámos de ouvir do nosso Presidente – sim, do Presidente de todos os guineenses – a lucidez e o sentido de Estado que têm caracerizado o seu mandato. E gostámos ainda mais quando ela tem ou traz conteúdos interessantes. Aliás Bacai Sanha nem precisa de falar muito. Djinti garandi...

Depois, o PR regressou de Dakar e recebeu a visita do ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado. Mais uma deixa importante do PR: “A União Europeia, pelo contrário, está disposta a continuar a ajudar-nos”, disse.

Bom, mas parece que há uma coisa qualquer chamada União Europeia, que não nos dá descanso nem nos tira o pé do peito. Hoje, contactado a partir dos estúdios da RDP-África, em Lisboa, o embaixador Franco Nulli, instalado na sua ‘pequena Bruxelas’, disparou em todas as direcções. Pode mesmo dizer-se que o embaixador notificou o Estado guineense via RDP-África. Tudo isto, recordo, depois de o PR Malam Bacai Sanha ter falado (na 6ª feira passada).

Franco Nulli disse, e passo a citar: “Enquanto Zamora Induta não fôr libertado, e os responsáveis pelo levantamento militar de 1 de Abril não forem responsabilizados, a UE pára tudo nessa área”. Assim mesmo, entre outras postas de pescada.

Das duas uma: ou a Europa fala a várias vozes, ou então a crise que vai por esses lados estará mesmo a fazer mossa. Irra!!! ‘Nino’ Vieira foi assassinado há mais de um ano e a União Europeia nunca ameaçou ir embora. É certo que faz as birras de sempre, mas... acaba sempre por passar...

Agora, é às autoridades nacionais quem cabe descalçar mais esta bota: eu, punha a Europa em sentido.

A União Europeia, depois do 7 de junho


12 anos depois, continuamos a lamber as feridas da «aventura di 7 de junho». A União Europeia, presumo, ainda nem existia sequer... e o que aconteceu mesmo neste País depois desta tenebrosa guerra de 11 meses? Tudo. Vamos aos factos:

- Verissimo Seabra, CEMGFA, foi assassinado a tiros;
- 23 de Novembro de 2008 – primeira tentativa para assassinar o Presidente da República ‘Nino’ Vieira;
- Tagmé Na Waie, CEMGFA, e ‘Nino’ Vieira, Presidente da República. Um assassinado à bomba, o outro da maneira que todos sabemos;
- A Hélder Proença e seus dois acompanhantes foi montada uma cilada. E foram assassinados;
- Três militantes do PRS foram friamente assassinados, em plena luz do dia;
- Baciro Dabó, candidato presidencial, foi assassinado no seu quarto;
- Iniciou a época da caça ao homem. O presidente do Tribunal de Contas, Francisco Fadul, viu a sua casa ser invadida por militares. Foi espancado e humilhado;
- Pedro Infanda, advogado de Bubo Na Tchuto, foi detido e espancado;
- Violação da Diocese de Bissau

Senhores da União Europeia:

Que saibamos tudo isto aconteceu. A UE não piou. A ver se é desta que vão embora.

Senhores da União Europeia:

O dia 1 de abril, dia de todas as verdades, o que fez mesmo? Tudo. Fez com que as famílias voltassem a dormir descansadas, algumas pessoas que haviam deixado o País regressaram (todos devem fazê-lo!), e – é imperioso sublinhar isto – abril é o mês da Revolução dos Cravos em Portugal. E quase todos os capitães de abril saíram...da Guiné, ao tempo Portuguesa.

Uma coisa parece verdade: é mais fácil conseguir com que o Irão suspenda o seu programa nuclear do que tirar o 1 Ministro do poder...

Este, é um estado Soberano que faz parte do concerto das Nações. A ingerência nos assuntos internos da Guiné-Bissau não devia ser tolerado por um guineense que seja. AAS

domingo, 16 de maio de 2010

Primeira chuva em Bissau. E que chuva! AAS

sábado, 15 de maio de 2010

Uma semana horribilis

A semana que hoje acaba, foi quase trágica para mim. Durante as minhas investigações para um novo trabalho, andei pela Polícia Judiciária e pela Procuradoria Geral da República.

Resultado: partiram-me o pára-brisas do automóvel. Um sinal, portanto.

Ontem...o coice: furaram-me 3 pneus (os dois traseiros e o do lado direito).

Que isto fique claro: por mais que ameacem, que façam, ou que aconteça não páram a caminhada traçada pelo Aly Silva. Um tiro certeiro talvez ajude. Mas nem isso pararia a luta de todo um povo pela sua verdadeira libertação.

Sinto que o meu trabalho de jornalista, ainda por cima de investigação incomoda muita gente. Não investigo o cidadão comum porque não me interessa para nada. Investigo quem tem obrigações para com este povo.

Uma coisa porém garanto aos meus perseguidores: asseguro-vos que as minhas virtudes superam em número os meus defeitos. Mas estes - os defeitos! - são muito mais interessantes... AAS

P.S. - Para R.: Perguntas se ando armado. Respondo: ando armado em pessoa avisada - com mais cuidado. AAS

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Como és difícil, ironia

Esta semana, numa mesa de café, três amigos(!?) previnem-me: “Um embaixador falou sobre ti na festa do dia da União Europeia e desancou-te. Diz que andas a receber dinheiro do António Indjai para escreveres no blogue”. Corro a consultar mais uma fonte com a pressa da gente comum quando é falada por vedetas. De facto, o diplomata - europeu - falou de mim. E, que fique claro: disse mesmo que eu estava a ser pago pelo General António Indjai.

Enquanto eu ouvia tudo isso, os meus amigos dividiam os olhares entre solidariedade e o “toma lá que já almoçaste!” – os meus amigos são, digamos... muito ecléticos de sentimentos.

Depois, desiludi-os, decretando do alto dos meus galões: “Ele (o embaixador) não estava nada a meter-se comigo. Na verdade, até me faz um elogio”. Expliquei-lhes. Estão a ver, disse-lhes, o embaixador invoca-me como algo de bom, de extraordinário mesmo, a acontecer na Guiné-Bissau! Se o Estado guineense sabe (se sabe...) que eu sou competente, que não roubo dinheiro doado, uma grande parte pelos contribuintes europeus – talvez esse pormenor escape ao embaixador... então que mal tem eu receber dinheiro do Estado?

(Esse embaixador sabe que desde a nossa independência, até aos dias hoje e porque não de amanhã, continua(re)mos a desviar dinheiro enviado pelos europeus, pelos africanos, pelos asiáticos...)

E, é em nome da falta de humor dos meus amigos que eu peço para o embaixador, além de me invocar como autoridade, olhar para o meu exemplo – e o apoie junto da União Europeia! É claro que posso permitir-me receber dinheiro ou viajar à custa de outros, mas só com critérios bem clarinhos (e transparentes).

Insistentes, os meus amigos perguntaram-me: “Elogiavas algo, cujo alguém te tinha pago qualquer coisa e, ainda por cima, nem dizias aos leitores sobre o favor de que beneficiaste?”. Bom, mas como não tenho a habilidade do embaixador para a ironia, respondi de maneira muito terra-a-terra: “Não.”

E, depois, sosseguei-os. Não, não recebo, nem nunca recebi um franco que seja do General António Indjai, nem do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, instituição que brevemente terá à sua testa...o General António Indjai. Boa tarde a todos. AAS

segunda-feira, 10 de maio de 2010

JOMAV...bom biás! (e leva o Botché contigo, pá!)

O ministro das Finanças ameaçou "demitir-se", caso os problemas da Guiné-Bissau com a comunidade internacional não...digamos, atinar.
E o embaixador Franco Nulli, da União Europeia, disse que nada mudaria, isto no que toca à UE.

O jornalista lançou então a chamada pergunta-rasteira. Sr. Embaixador, isso quer dizer mesmo o quê? E Franco Nulli 'caiu', "Até que a Guiné-Bissau volte a ser um Estado de Direito".

Ora bem. O embaixador quis dizer o quê com essa frase? Isto?: Que Zamora Induta seja posto em liberdade e retome o seu lugar (ilegal) de CEMGFA? E António Indjai, nesse caso, podia ir, por exemplo, para Estrasburgo. De certeza que se arranja por lá um tacho...

Eu acho que os europeus não têm sequer a noção deste país. Quando 'Nino' Vieira foi assassinado, a Europa pareceu-me um cão de caça sedento de um javali meio atordoado... Passaram 14 meses!!!

E quando Zamora foi nomeado CEMGFA, pese embora todo o barulho que essa monstruosidade inconstitucional gerou na Guiné-Bissau, não se ouviu um pio por parte da UE...

Aliás, tomaram mesmo Zamora como um deus qualquer que viria mudar o rosto das nossas forças armadas. É incrível, mas é a verdade.

É assim: se a União Europeia e o mundo estão fartos, façam o favor. A porta da rua é a serventia da casa! Não venham é maçar-nos com essa dualidade (feia) de critérios. Enganem analfabetos. Não venham é cansar que já está... cansado de mais. Tenham dó.

Quanto ao ministro das Finanças: vá-se embora. Fará um grande favor aos guineenes. E, quem sabe se sem o Jomav, a UE decida ir embora... AAS