terça-feira, 10 de setembro de 2013

Chuva de estrelas


"Definitivamente: a Guiné-Bissau é um pais anormal. É pena, mas é a nossa penosa realidade. Quem prevarica, desestabiliza, provoca a desordem, rapta e tortura os seus concidadãos, trafica droga e armas, mata impunemente, confessa e gaba-se em direto nos órgãos da comunicação social os seus atos criminosos e os seus desmandos, desrespeitando e gozando com todo o mundo..., é premiada.

Pessoas anormais que puseram o pais no estado em que se encontra hoje, são condecoradas, bajuladas até idolatradas como de heróis se tratassem. As Instituições perderam a referência do que é um Estado na verdadeira aceção da palavra. O Pais esta tomado de assalto por meliantes políticos sob proteção militar.

Estes políticos golpistas, recorrentemente vêm, de forma ilegal e ilegítima sem um pingo de vergonha e na mais irracional irresponsabilidade, praticando atos flagrantes de lesa Pátria com o intuito de satisfazerem as ambições e caprichos dos militares golpistas, para que estes os mantenham ilegalmente no poder por tempo indeterminado.

O lema dos oportunistas políticos que tomaram de assalto o poder, com o presidente de transição à cabeça, é  seguramente esta : "quanto mais estrelas atribuirmos aos militares, mais tempo durara a nossa transição". Atos que só envergonham e desprestigiam o nosso pais já de si nas ruas da amargura por obra e graça dos atos bárbaros e antidemocráticos conjugados entre políticos oportunistas e militares de elitismo tribal.

A meu ver, esse ato de promoção-condecoração dos militares golpistas de Bissau, é acima de tudo um ato de provocação ao conjunto da Comunidade Internacional e, um sinal claro de que a transição na Guiné-Bissau e o status quo atual esta la para durar e doirar, sendo as eleições enviadas as calendas gregas.

A Guiné-Bissau é assim infelizmente. Em tudo isso, é o seu Povo que vai sofrendo com o ostracismo da Comunidade Internacional e a inoperância, desleixo e incompetência dos mediadores da crise.

Enquanto é assim, os golpistas agradecem e, o incomodado que se retire.

Carlos T."

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Presidenciais sine die: Paulo Gomes avança


"Compatriotas,

Existem momentos únicos na vida de um homem em que se vê confrontado com a necessidade de uma tomada de decisão. Não me posso resignar e ver o País que me deu tudo continuar a desmoronar-se. É chegada a hora de retribuir, colocando o meu saber e a minha experiência ao serviço da Pátria.

Com efeito, após uma reflexão cuidada e ponderada, decidi candidatar-me à Presidência da República da Guiné-Bissau. Desta forma, convido-vos a tomar parte da cerimónia de declaração oficial da minha candidatura a ter lugar no dia 12 de Setembro, pelas 14h na Escola Nacional de Educação Física e Desporto (ENEFD) de Bissau.

Muitos de vós têm vindo a acompanhar o meu percurso de perto ao longo dos anos. Por isso, conto, mais uma vez, com a vossa indispensável presença.

Para aqueles que pouco ou nada conhecem do meu percurso, garanto que será uma oportunidade única para o estabelecimento de um primeiro contacto, onde poderão também conhecer o meu projecto rumo a uma união estável, funcional e próspera para a Guiné-Bissau.


NÓ MUDA RUMO!
Paulo GOMES - Veja aqui

Morreu esta tarde, na cidade da Praia, Cabo Verde, a tia Maria Vasconcelos, mãe da Dudú, do Né, do Tchili, do Tony e do Beto. Que a sua alma descanse em paz. Condolências a toda a família. O funeral realiza-se hoje, às 16h, no cemitério da Várzea. AAS


AMNISTIA? A LGDH é contra (e eu também)


Excelência Sr. Presidente da
Assembleia Nacional Popular

Digníssimos Deputados

Assunto: Carta aberta sobre a Proposta-lei de Amnistia

Os meus melhores e respeitosos cumprimentos

Em nome da Direção Nacional da LGDH venho através deste meio apresentar a profunda preocupação desta organização face à iniciativa legislativa em curso visando amnistiar os autores materiais e morais de alteração da ordem constitucional do dia 12 de Abril  de 2012, em cumprimento do “acordo político” assinado pelos diferentes atores políticos e o Comando Militar, em Maio do mesmo ano.

À luz da constituição da Guiné-Bissau, a Assembleia Nacional Popular é o órgão legislativo por excelência com competência absoluta para conceder amnistia. Este poder soberano atribuído pelo povo, só é legitimo quando o seu exercício obedecer os critérios da paz, da justiça e de reconciliação nacional, enquanto fundamentos do estado de direito.

O instituto de amnistia consubstancia uma medida de interesse público, editado por generosa inspiração política e jurídica, para assegurar a paz e reconciliação, apagando do mundo jurídico, os fatos considerados delituosos num determinado período histórico. Porem, é desaconselhável o uso deste instituto quando a sua adoção possa gerar sentimentos de injustiça susceptiveis de conduzir à reincidência e perpetuar a impunidade numa sociedade já fortemente marcada por uma longa história de violência.

Para recoradr os digníssimos representantes de povo, a ANP aprovou a ultima lei de amnistia datada de 4 de Março 2008, a lei nº 5 / 2008, através do qual foram amnistiados os crimes e infracções de motivações político-militares, cometidos tanto na Guiné-Bissau como no estrangeiro, desde a independência até ao caso 6 de Outubro de 2004, que culminou com os assassinatos do Chefe de Estado Maior, General Veríssimo Correia Seabra e do Coronel Domingos Barros.

Dessa altura até à presente data, a Guiné-Bissau assistiu um ciclo vicioso de instabilidade política e militar ou seja, duas alegadas tentativas de golpes de estado, assassinatos de altas figuras do estado e de cidadãos comuns, espancamentos e detenções arbitrárias, várias sublevações militares, um golpe de estado, e outros casos que envolveram os militares e dirigentes políticos, pondo em causa as bases sobre as quais assentam a democracia e o estado de direito.

Estes acontecimentos antidemocráticos e ilegais demonstram de forma inequívoca que a opção pela via de amnistia na realidade guineense não só consubstancia desvios aos seus fins nomeadamente, de pacificação e reconciliação, mas também serve de incentivos à institucionalização da impunidade, dos golpes de estado, e das violações sistemáticas dos direitos humanos.

Excelência Sr. Presidente da ANP
Digníssimos Deputados

Não há democracia, na moderna acepção do termo, sem um parlamento capaz de zelar pela defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos e salvaguarda dos princípios estruturantes de estado de direito, sobretudo nos domínios de controlo político da ação governativa assim como a fiscalização da aplicação das leis vigentes no país. Estas atribuições e competências têm como móbil a defesa dos mais elementares direitos dos cidadãos por forma a assegurar a existência de uma sociedade de liberdade, de respeito pelos princípios democráticos, de justiça, enfim, de respeito pela dignidade da pessoa humana.

Nesta perspectiva, os deputados enquanto representantes do povo não podem sistematicamente alienar a confiança neles depositados e, em violação do principio da igualdade e dos valores da democracia, desvirtuar a justiça e transformar a amnistia numa mascara da impunidade.

Os deputados e demais responsáveis políticos e judiciais devem sim, adoptar medidas claras e objectivas através das quais, se possa traduzir a justiça, aqueles que utilizaram o aparelho de repressão estatal para vilipendiar o estado de direito, torturar, sequestrar e assassinar dezenas de cidadãos nos últimos anos. Esta é a única via capaz de pacificar definitivamente a sociedade e promover uma verdadeira reconciliação nacional.

Por conseguinte, a aprovação duma eventual lei de Amnistia traduzir-se-á numa complacência com aqueles que de forma deliberada e gratuita perpetraram atos abrangidos pela referida proposta de Lei de Amnistia, os quais demoliram os alicerces do estado de direito, tendo provocado a maior crise da história recente do país, caracterizada pela degradação absoluta da autoridade de Estado, aumento galopante do índice de corrupção, deterioração a um nível inaceitável das condições de vida dos guineenses.

Excelência Sr. Presidente da ANP

Digníssimos Deputados

Enfrentar nos dias de hoje, o medo e tristeza do passado, através dos processos judiciais transparentes capazes de distinguir os inocentes dos criminosos, é a única possibilidade de restaurar a confiança dos guineenses nas instituições do estado e resgatar o prestígio da Guiné-Bissau ao nível internacional.

Aliás, o uso indevido do instituto de amnistia na Guiné-Bissau tem merecido uma preocupação crescente dos guineenses e da comunidade internacional, ao ponto do Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptar a Resolução Nº. 1580 de 22 de Dezembro 2004, que entre outros assuntos, faz um vibrante apelo a ANP para observar escrupulosamente os ditames da Justiça quando concede amnistia a todos os envolvidos em intervenções militares.

Esta resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas vem confirmar que o vício da autoamnistia na cúpula do estado tem sido um obstáculo à justiça e tem legitimado a irresponsabilização dos supostos culpados de crimes abomináveis de diversas naturezas, que tem atormentado a consciência colectiva do martirizado povo guineense.

Excelência Sr. Presidente da ANP

Digníssimos Deputados,

A adoção de uma eventual lei de amnistia agudizará ainda mais o isolamento internacional que o pais conheceu a partir do golpe de estado de 12 de Abril, num período mais sensível da nossa história em que prioritariamente se destacam a realização das eleições gerais e reformas no aparelho de estado, cujos financiamentos dependem essencialmente de ajuda externa.

A LGDH acredita que o respeito pelos direitos humanos, a luta pelo desenvolvimento, a solidariedade, a tolerância, a liberdade, a justiça, a convivência pacífica entre outros, são alicerces em torno dos quais os guineenses devem unir cada vez mais, pois as mudanças que se pretende alcançar em todos os níveis exigem de cada um de nós, o grande desafio de trilhar nos caminhos da paz, combatendo as indiferenças e apatias, em nome de uma cidadania cada vez mais interventiva e catalisadora das referências positivas.

Para terminar, a LGDH em nome dos milhares de cidadãos anónimos, exorta firmemente aos digníssimos deputados no sentido de dizer Não a proposta de lei de amnistia por contrastar com os valores da justiça, da paz, e da reconciliação nacional.

Sem mais assunto Sr. Presidente, aceite os protestos da minha mais alta consideração e
estima.

Pela Paz, justiça e Direitos Humanos

Feito em Bissau aos 09 dias do mês de Setembro 2013

A DIRECÇAO NACIONAL

_______________________________

Luís Vaz Martins
Presidente

CC/
Nações Unidas
União Africana
União Europeia
CEDEAO
CPLP
Federação Internacional dos Direitos Humanos
Amnistia Internacional
Organização Mundial Contra Tortura

Cabo Verde cada vez mais perto do Brasil


Cabo Verde será cabeça de série no sorteio de play-off de acesso da zona africana para a fase final do mundial do próximo ano no Brasil. O adversário dos tubarões azuis, 36.º no ranking da FIFA, será conhecido na daqui a duas semanas, dia 16, e sairá deste lote de seleções: Burkina Faso (48.º), Camarões (51.º), Egito (61.º), Senegal (78.º) e Etiópia (102.º). Costa do Marfim (18.º lugar), Gana (24.º), Argélia (34.º) e Nigéria (35.º) não serão adversários da seleção de Lúcio Antunes nesta fase decisiva.

Os jogos serão disputados entre 11 e 15 de outubro (primeira mão) e 15 e 19 de novembro (segunda). A atualização do ranking da FIFA será anunciada na próxima quinta-feira mas é pouco crível que Cabo Verde desça na classificação do organismo que rege o futebol mundial.

Um Presidente feliz


O presidente de Cabo Verde exultou hoje a prestação da seleção cabo-verdiana de futebol, considerando que o apuramento, no sábado, para o "play-off" africano para o Mundial2014 é mais um feito dos "Tubarões Azuis". Em declarações aos jornalistas hoje, após regressar à Cidade da Praia depois de uma visita de trabalho de uma semana à ilha cabo-verdiana de Santo Antão, Jorge Carlos Fonseca indicou que a vitória por 2-0 na Tunísia foi "clara e sem qualquer tipo de reservas" e que constitui uma "bela prenda" para todo o país.

"Foi uma vitória clara, sem qualquer tipo de reservas contra a Tunísia, país com um percurso e palmarés muito fortes. Fê-lo com gabarito, com determinação e espírito combativo. Esta equipa tem muito valor e tem projetado o nome de Cabo Verde, não só em termos desportivos, mas também de uma forma mais geral", afirmou. Lusa

Liga dos Direitos Humanos: O consumo de droga "já devia preocupar as autoridades" da Guiné-Bissau


Apesar de a Guiné-Bissau estar referenciada sobretudo como um país de passagem de droga, Luís Vaz Martins, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, considera que o consumo "já devia preocupar as autoridades". Aquele responsável falava à agência Lusa na sequência de um apelo da Comissão de Combate às Drogas na África Ocidental que pediu "determinação e vontade política" das autoridades de Bissau contra o tráfico e consumo de estupefacientes.

O apelo foi feito a 20 de agosto, em Bissau, após três dias de visita ao país por uma comitiva liderada pelo antigo presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, que dirige a comissão - designada de West Africa Commission on Drugs (WACD) e criada em janeiro por Kofi Annan, antigo secretário-geral da Nações Unidas. Do ponto de vista humanitário, Luís Vaz Martins lamenta que não existam estruturas, nem centros preparados para acolher toxicodependentes na Guiné-Bissau.

Não há espaços, "não existem números, nem existem dados" sobre o problema, acrescentou. O cenário agrava-se com o facto de a cultura local fazer com que muitas famílias encubram os problemas de toxicodependência dos seus membros, "para evitar que sejam a vergonha da comunidade". Para Luís Vaz Martins, o ponto de partida "deve ser um reconhecimento [do Estado] em como a droga é um flagelo que afeta a sociedade".

"Sobretudo os detentores de cargos públicos não reconhecem os factos e às vezes limitam-se a procurar pretextos na falta de meios para o combate ao narcotráfico", queixa-se aquele responsável. Para Luís Vaz Martins, os parcos recursos de fiscalização "são um problema, mas deve haver uma vontade expressa em fazer face ao narcotráfico" que se traduza em ações. "A Guiné-Bissau é um país frágil, a droga movimenta mundos e fundos e isso tem de certa forma contribuído de forma negativa para a afirmação da democracia", refere o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, para quem o problema não pode ser resolvido por um único país.

Em vez de um "problema isolado", trata-se de um "problema global", que "tem que ser discutido do ponto de vista internacional: não se trata de responsabilizar os países produtores, de trânsito ou de consumo", concluiu. Com base nas apreensões de cocaína na Europa, um relatório do Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), publicado em fevereiro, refere que o fluxo em trânsito na região da África Ocidental "parece ter diminuído para cerca de 18 toneladas, tendo atingido um pico em 2007 de cerca de 47 toneladas".

"Apesar disto serem boas notícias, não é necessária uma grande quantidade de cocaína para causar problemas numa região com problemas de pobreza e governação", destaca o documento sobre "Criminalidade Organizada Transnacional na África Ocidental". A UNODC refere que "o orçamento militar total em muitos países da África Ocidental", em que se inclui a Guiné-Bissau, "é menor do que o preço por grosso de uma tonelada de cocaína na Europa". LUSA

40 anos depois, a luta é outra...


Carlos Lopes Pereira*

(...)"Quarenta anos passados, os guineenses atravessam tempos também difíceis. Passada a euforia da conquista da independência e, depois, da paz, o seu país vive hoje sob uma ditadura de generais narcotraficantes, a economia regride, a corrupção alastra, as divisões interétnicas são acirradas, a soberania nacional enfraquece. Inserida numa sub-região de forte influência neocolonial francesa, a Guiné-Bissau independente está em perigo.

Mas os patriotas guineenses, inspirados na vitoriosa e exemplar luta armada de libertação nacional liderada por Amílcar Cabral e seus companheiros, saberão construir de novo a liberdade. E retomar nas mãos os caminhos da sua História, da independência, de um futuro de desenvolvimento e progresso social."
Leia o TEXTO completo

*jornalista do Avante!, jornal do Partido Comunista Português

domingo, 8 de setembro de 2013

O porta-disparate é como um tanque vazio: só emite eco...


O Governo de transição da Guiné-Bissau quer ajuda internacional para capturar os traficantes de droga que operam no país, disse à agência Lusa o ministro de Estado e porta-voz, Fernando Vaz. Aquele responsável falava na sequência de um apelo da Comissão de Combate às Drogas na África Ocidental, que pediu "determinação e vontade política" das autoridades de Bissau contra o tráfico e consumo de estupefacientes.

O apelo foi feito a 20 de agosto, em Bissau, após três dias de visita ao país por uma comitiva liderada pelo antigo presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, que dirige a comissão - designada de West Africa Commission on Drugs (WACD) e criada em janeiro por Kofi Annan, antigo secretário-geral da Nações Unidas.

"As pessoas ou estão cegas ou não estão interessadas em ver" as demonstrações de "vontade política deste Governo de transição no combate à droga", respondeu Fernando Vaz, numa reação a questões colocadas pela agência Lusa. Segundo referiu, o executivo guineense já pediu ajuda "à maior parte dos países evoluídos, que são os mercados finais do tráfico de droga", para fiscalização dos céus e águas da Guiné-Bissau, mas não obteve "nenhuma resposta".

Um dos momentos chave relacionado com este tema aconteceu a 04 de abril, quando uma brigada de combate ao tráfico de droga dos Estados Unidos capturou Bubo Na Tchuto, antigo chefe da Marinha guineense. A justiça dos EUA acusa-o de tráfico de drogas e manifestou a intenção de deter também o atual chefe das Forças Armadas, António Indjai, que entretanto já reafirmou por mais de uma vez refutar as acusações.

Sobre esta situação, Fernando Vaz refere que a posição do Governo de transição já foi demonstrada em correspondência enviada para os EUA. "Já dissemos aos americanos: sabem que há aqui droga, sabem quem a faz, venham para nos ajudar a prender essa gente. Porque não o fazem se estão mais habilitados para isso?", questiona. "Estamos abertos: venham cá, montem uma base", acrescentou, dirigindo-se às autoridades dos EUA.

Ainda no âmbito do combate à droga, Fernando Vaz refere que o Governo de transição pediu também a colaboração dos ministros da justiça da sub-região do ocidente africano. Para além do apelo lançado há pouco mais de 10 dias pela WACD, em Bissau, um relatório de fevereiro do Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) refere que "a corrupção relacionada com a cocaína claramente deteriorou a governação em lugares como a Guiné-Bissau".

O documento sobre "Criminalidade Organizada Transnacional na África Ocidental" explica que "o contrabando é muitas vezes concretizado através da corrupção e não por movimentos furtivos e clandestinos". Ou seja, as receitas do tráfico são tais que permitem "comprar a cooperação de funcionários de alto nível do Governo em alguns países pobres. Sem dúvida que o país mais afetado por esta questão é a Guiné-Bissau, um país cuja produção económica anual é inferior ao valor de algumas das apreensões de cocaína feitas na região", conclui a UNODC. LUSA

NOTA: Segundo o porta-disparate: "O executivo guineense já pediu ajuda à maior parte dos países evoluídos, que são os mercados finais do tráfico de droga, para fiscalização dos céus e águas da Guiné-Bissau, mas não obteve nenhuma resposta".

EU: Ó nhu Nando!? Então não sabes o motivo pela qual não vos respondem? Mas que político de fralda... É porque eles NÃO vos reconhecem, carago!?! E, não vos reconhecendo, NÃO confiam no vosso discurso de lobo com pele de cordeiro, pá! Ou era preciso mandarem um desenho? Já agora que ninguém nos lê, diga-me isto, se souber, claro...: sabe quanta droga saiu do porto de Bissau desde o golpe de Estado de 12 de abril de 2012, camuflada nos toros de madeira, nos sacos com 'castanha' (ou branca) de cajú? Sabe, ou não? Vá lá pentear macacos... Já vos toparam. AAS

Hum

Ramos-Horta, representante especial da Organização das Nações Unidas (ONU) na Guiné-Bissau, considera que há condições para que os que saíram por motivos políticos regressem ao país.Uma declaração de Ramos Horta depois do primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Jr., ter anunciado que vai candidatar-se à Presidência da República e vai regressar à Guiné-Bissau. Ramos Horta diz que o país está tranquilo e o regresso é uma decisão individual...

Tá'se bem mal...


"Boa noite, Aly

Espero que divulgue estas linhas neste blog: o senhor general presidente Antonio Indjai na sua conferencia de imprensa falou um pouco de tudo confessando dos seus proprios crimes desde a indepedencia até hoje. Pergunto: onde estava o senhor A. Mané o procurador geral da republica quando o SENHOR INDJAI reivindicava os assassinatos que ele cometeu? Se eu percebi o seu discurso, ainda faltam alguns dos homens politicos a serem cutelados com a catana que ja comprou e bem afiada para estes.

Todos ouviram e alguns riram e bateram palmas. Será para encoraja-lo a cometer crimes horriveis? Um ditador nao tem etnia no mundo! O senhor Ramos Horta e o senhor Ovidio Pequeno mesmo que nao percebam o crioulo penso que devem compreender o minimo do discurso do Antonio Indjai. Faço um apelo a estes dois respeitosos senhores: nao dizerem mais que a Guiné-Bissau esta num bom caminho.

A Guiné-Bissau nao esta em guerra com um dos paises vizinhos - porque é que estes militares foram graduados? Ainda para mais com um governo e presidente ilegais, ilegitimos? Pelo mal que tem feito aos cidadaos guineenses? No discurso do general presidente ouvi palavras como basta, basta, basta...alguns dias depois foi raptado e torturado um cantor por ter mencionano certas frazes incompativeis ao regime. Mas esse é um bom caminho, como disse o senhor Ramos Horta? Estou de acordo com o Aly, que dizia que o Ramos Horta, depois de ter bebido a agua do PINDJIGUITI começaria a dançar o GUMBE... a triste GUINE até quando? coragem a todos.

L.E"

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

As mil colinas do general Indjai


CONCLUSÃO

"Aos americanos, o general cocalero enviou mimos em entrelinhas, deixando-lhes um aviso claro de que, esta disposto a dar a vida e provocar um autentico «banho de sangue», um autentico genocidio, caso o tentem deter, adiantando, que se suicidaria em ultima instância caso a sua captura esteja eminente. Disse expressivamente, de que nunca se deixara capturar apesar de os «americanos estarem habituados a prenderem balantas», referindo-se neste caso, à detenção do narcotraficante Bubo Na Tchuto (BNT) seu comparsa e cumplice de negocios da droga e da mesma etnia.

Face à CI o general AI deixou cair descaradamente a mascara da reserva, demostrando todo seu lado cruel, a sua alta perigosidade em fabricar factos (veja-se o cajo da nossa compatriota de portada de Cabo-Verde) e um estratega em vitimizar e utilizar a sua etnia como escudo para entravar todo o tipo de saidas democratica potencialmente delineadas para a Guiné-Bissau. Acima de tudo demostrou a sua voltabilidade para a violência, a sua capacidade para promover a divisão e o odio e acima de tudo a sua tendência suicidaria, indo mesmo ao ponto de ameaçar implicitamente despoletar uma guerra tribal na Guiné-Bissau caso ele e a sua etnia sejam postas em causa.

Com mais esta saida fracassante do general AI, creio que definitivamente a CI deve dar-se conta de que, na realidade o problema da Guiné-Bissau assenta substancialmente na figura do general, facto que, mesmo o pasmolho do Ramos Horta ja deve ter-se apercebido, apesar de não se atrever mesmo a peidar, e fazer o mais simples comentario ou reprovação publica ao discurso desrespeitante e genocidiario do general cocalero, limitando-se como sempre ao paliativo dos paninhos quentes.

Também, é sabido de que, pouco depois do hecatombico discurso que acabo de comentar, as mãos longas e tenebrosas do general AI novamente se fizeram sentir. Desta vez a vitima, foi o Presidente da LGDH que ficou mais de 5 horas de tempo retido em «interrogatorio» de humilhação nas instalações da PJ, instituição hoje dirigida pelo «zeloso balanta», mas incompetente Nhamontchi, como tal prestes a todos os «mandados» e «recomendações» sujas vindas da corte do general cocalero. Segundo as proprias palavras do Presidente da LGDH, ele foi sujeito a «tortura psicologica» e «ameaças escamoteadas».

Para o general, mesmo a mais prestigiante instituição da Sociedade Civil, das poucas que se erigem corajosamente em defesa dos cidadãos, é respeitada e tão pouco poupada... e para servir de exemplo, nada que, tentar humilhiar o seu Presidente Luis Vaz Martins. E qual o crime que a Liga cometeu ?... simplesmente, desmentiram o general, apresentando provas irrefutaveis de que, afinal de contas a nossa compatriota alegadamente «morta pelos caboverdeanos», segundo as acusações publicas do general, afinal estava viva e bem viva, mas ao que parece,...com medo de vir a não vir a estar viva por obra e interesse do proprio general e o seu Nando Vaz, que teimam vergonhosamente em querer inculpar e sujar o nome de Cabo-Verde, pais irmão que elegeram, como um dos seus actuais «animais de estimação» preferido

Foram estes dois factos, a que se juntam o curriculum do general cocalero, que me atiçaram a fazer este artigo de contribuição, a qual permitiu-me tirar as seguintes ilações que se-me afiguram pertinentes partilhar para a analise do contexto em que vivemos no nosso pais:

- AI mostrou claramente de que, é um homem frio, imbuido de profundo odio e disposto a ir até as ultimas consequências e, até mesmo se preciso for, arrastar o pais a uma guerra tribal ou ao caos total com o fim ultimo de manter o poder no seu feudo e no nucleo da sua etnia, que ja detêm e dominam neste momento a quasi totalidade dos meios de repressão na Guiné-Bissau, ou seja, as forças armadas e as forças de segurança, e ultimamente o aparelho judiciario actualmente, também sob o controlo de alguém do mesmo nucleo do poder tribal.

Em suma, AI demostrou friamente, de que na falta de outros argumentos para se manter ou sobreviver no poder com o seu grupo pretende arrastar a sua etnia no seu todo à sua causa de poder e provocar uma guerra tribal na Guiné-Bissau.

- AI não respeita ninguém e cré-se intocavel. Não respeita a CI, não respeita a CEDEAO, não respeita a União Africana (UA), não respeita, odeia mesmo a CPLP, não respeita as NU, pois tem a noção de que, a sua intocabilidade associada a cumplicidade criminosa de certos paises da CEDEAO (Nigéria, Costa do Marfim, Senegal e Burkina) esta-lhe assegurada por largos tempos, sendo-lhe tudo permitido na Guiné-Bissau, onde reina e desgoverna a seu bel prazer com o seu arsenal de repressão, medo e de morte;

- Outro facto extremamente inquietante em tudo isto, são as atitudes e tomadas de posição recentes de AI, que estão a encaixar perigosamente num discurso sectarista e tribalista. Esta posição recente do general cocalero, respalda a tese da vitimização complexada e xenofoba ha largos anos doutrinada sorrateiramente por Kumba Yala (KY) no seio da sua etnia em que inculca nos seus um pretensioso estatuto «natural» de liderança e de supremacia da etnia balanta sobre as demais etnias e grupos sociais que compõem o mosaico heterrogeneo da sociedade guineense. A perigosidade da emergência dessa tese ja é visivel na clara «adesão» do general ao extremismo étnico que esteve patente ao longo do esquizofremico seu discurso...

É aqui que entra a tal «face invisivel do poder», poder esse dominado e manipulado por KY que entra em simbiose com o «poder visivel» de AI. Essa conjugação de poderes, é ademais preocupante, sabendo-se que, apesar de todos os seus defeitos não se conheciam à luz do dia posições de extremismo tribalista de AI..., porém, a gora a realidade mostra-nos um outro cenario que podera ser hecatombico para a Guiné-Bissau se nada for feito, pois neste momento quem comanda o poder real, é o dono do «poder invisivel» detido por Koumba Yala e, a historia mostra-nos que, embora não seja um sanguinario que se aponta o dedo, porque trabalha sempre na sombra, KY ainda é bem pior que AI, pois ele a começar pelo Caso 17 de Outubro, esteve e esta, por tras de todos os conflitos, perturbações, golpes de Estado, denuncias e derramamentos de sangue na Guiné-Bissau, sem no entanto sujar as mãos nem os seus encardidos dentes. Um criminoso de luvas brancas.

Apos tudo isto, apos esta postura de ruptura quase genocidiaria assumida por AI, resta-ns esperar para ver o que dirão a CEDEAO, a CPLP, a UA, a UE e as NU. Espero eu, que não se mantenham quedos e mudos como sempre fizeram em relação as questões que tocam com a Guiné-Bissau, pois não reagindo, não admirem uma possivel ruandização da Guiné-Bissau.

Policarpo Silva Té"

Cabo Verde: Primeiro-ministro admite presença de grupos radicais e fundamentalistas


O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, admitiu a presença, em Cabo Verde, de grupos radicais e fundamentalistas, garantindo que o governo terá “tolerância zero” para quaisquer acções criminosas, escusando-se, porém, a apontar o nome de qualquer organização. Em conferência de imprensa após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional (CSN), José Maria Neves, citado pela Inforpress, disse haver “confirmação” da existência de “grupos armados e bem organizados a agir em diferentes pontos” do país.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Guiné-Bissau: Georges Chikoti defende importância da reforma das forças armadas


O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Rebelo Chikoti, defendeu hoje, quarta-feira, em Lisboa, a necessidade da exploração de todas as possibilidades que conduzam à paz na Síria, porque qualquer intervenção militar naquele país só poderá causar mais danos, mortes e destruição.

No final de um encontro com o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Isaac Murargy, no quadro da sua visita oficial a Portugal, que termina hoje, o chefe da diplomacia angolana destacou a importância da paz no mundo, que “hoje depende mais das grandes potências”.

Durante o encontro, Georges Chikoti e Isaac Murargy abordaram, entre outros, temas como a situação pré-eleitoral na Guiné Bissau, “para onde a CPLP vai nomear um representante permanente”, e a possível integração da Guiné Equatorial no organismo lusófono.

Sobre a Guiné Bissau, o ministro angolano das Relações Exteriores defendeu a importância da reforma no sector da defesa e segurança, num momento que este país caminha para o pleito eleitoral de 24 de Novembro, "por ser necessário haver condições para que o governo que saia das eleições possa governar”.

Contudo, Georges Chikoti garantiu que tem havido concertação entre CPLP, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e outros parceiros, "para se conseguir um aumento da presença militar, com vista a facilitar a reforma no sector de defesa e segurança e, ao mesmo tempo, dar-se segurança ao processo de transição Guiné Bissau”.

Quanto à Guiné Equatorial, o secretário executivo da CPLP remeteu para os Estados-membros a “decisão final” em torno da adesão na CPLP daquela antiga colónia espanhola”, embora reconheça que o processo esteja "no bom caminho” e que "a Guiné Equatorial esteja a cumprir o plano de acção estabelecido com a CPLP”.

“Há Estados-membros que têm ainda as suas reservas relativamente à vida política da Guiné Equatorial, no respeitante aos direitos humanos – a questão da pena de morte – que faz com que Portugal ainda mantenha reservas, mas esperamos que a Guiné Equatorial dê passos significativos para que esta questão não impeça a entrada do país na CPLP”, reforçou Isaac Murargy.

Já sobre a língua portuguesa, outra das condicionantes do referido processo, disse estar a ser ultrapassada, porque, acrescentou, “a Guiné Equatorial está a incrementar, no seu sistema de ensino, a língua portuguesa, assim como “está a realizar muitos programas” para o efeito.

Murargy disse ter também abordado com Georges Chikoti “a questão da própria CPLP”, pois, “passados 18 anos da sua fundação, devemos repensar o que ela quer no futuro, tendo em conta os novos desafios que se colocam a nível mundial”. “Este é um debate que para que possamos ter uma nova visão da CPLP nesta era da globalização, nomeadamente, o que pretende ser: uma comunidade dos povos ou uma organização internacional”, rematou Murargy, que foi convidado a visitar oficialmente Angola no decorrer da segunda quinzena de Outubro. Angop

Guineense lidera gang


Samba Seidi, da Naval, formou gang com 12 amigos tendo chefiado uma vaga de 20 roubos violentos. Assaltavam e agrediam idosos, noticiou o Correio da Manhã. A vítima começou a asfixiar ao ser agarrada pelo pescoço, à porta do prédio onde vive, em Odivelas. Os dois assaltantes abordaram o homem, de 57 anos, sob pretexto de lhe fazerem perguntas sobre um vizinho, mas o objetivo era roubarem, com violência, todos os seus artigos em ouro. Depois foi atingido com uma série de pontapés nas pernas, em fevereiro do ano passado, e é uma das 20 vítimas atacadas de igual forma pelo gang de futebolistas, dois deles inscritos em equipas portuguesas.

Os 13 assaltantes, três portugueses e dez guineenses - cinco dos quais em prisão preventiva - deverão agora ser acusados pela Unidade Especial de Combate ao Crime Violento do DIAP de Lisboa, que coordena o processo, depois de uma investigação da PSP que já está concluída.

Todos tinham tentado a sorte em clubes mais pequenos da Grande Lisboa, mas só Samba Seidi conseguiu atingir o sonho de ser jogador do Naval 1º de Maio, na Figueira da Foz. O jovem de 19 anos tinha os salários em atraso e, por isso, lançou-se numa vaga de terror contra pessoas, sobretudo idosos. Samba Seidi deverá responder em tribunal por sete crimes de roubo.

Dentro de meses, o atleta, que está na cadeia e é um dos cabecilhas do gang, vai ser julgado com os cúmplices. Seidi seguiu uma idosa de 73 anos até casa e depois de a mulher entrar na residência bateu à porta e perguntou à vítima por um morador. Mal aquela abriu a porta foi atacada. Ficou sem uma pulseira de mil euros.

O gang vendia os objetos roubados e repartia os lucros. Mas a vaga de roubos foi travada a 6 de março do ano passado, quando agentes da Divisão de Investigação Criminal da PSP de Lisboa, através da 3ª esquadra, capturaram o perigoso gang de 13 elementos, três dos quais irmãos. Correio da Manhã