sexta-feira, 8 de junho de 2012
Obtusidade ou barbárie - é só escolher
Carissimo Aly,
Solicito a tua amabilidade para a publicação deste meu artigo no teu reputado blog, partindo do principio de que este meu exercicio de pensamento sobre a triste situação em que vive o nosso pais, deve ser, de uma forma ou outra partilhada por milhares dos meus concidadãos. Aproveito para louvar-te pela coragem e coerência da tua posição na denuncia e combate aos desmandos que se fez bandeira na Guiné-Bissau.
Certo de estarmos juntos nessa luta comum, grato antecipadamente e um abraço fraterno.
GHT
A ciclica situação de caricatura politica que se vive na Guiné-Bissau ao longo dos anos, com particular incidência nos tempos mais recentes, merece ser elegido como um modelo de caso estudo socio-politico-militar-tribal.
A Guiné-Bissau é um pais que tem estado mergulhado ha mais de trinta e dois (32) anos em conflitos recorrentes, caracterizado por sagas de violência e vendetas politicos ou militares, para os quais, aparentemente, até hoje, não se vislumbra uma solução à vista.
E, até quando?! Atrevo-me a perguntar. Quiça até nunca e para o sempre, se... NADA NAO FOR FEITO, se NAO AGIRMOS JUNTOS.
Irremediavelmente, de forma quase sadica, como se de uma maldição se tratasse, de cada vez que se perfilha um sinal de esperança, para que o nosso pais saia desse imenso atoleiro de retrocessos em que se encontra, vem, sempre um acontecimento nefasto a emperar o processo evolutivo em curso e, o pais sofre uma nova recaida, uma regressão ao seu estado primario de Estado sem prespectivas e sem sinais de paz e de desenvolvimento equilibrado e continuado. Enfim, o retorno à casa de partida, ao NADA, caracteristico de uma autêntica Republica das Bananas..., no nosso caso concrecto, infelizmente governado de facto, por grandes e enormes gorilhas que se dedicam ao seu desporto favorito : a pratica de matanças e golpes de estado.
Triste sina, tem o nosso pais!
Depois de quase duas dezenas de anos - isto é, a partir de novembro 1980 - a flutuar em incertezas e sem sinais minimos de desenvolvimento, a Guiné-Bissau resurge com sinais promissores de estabilidade e desenvolvimento nos ultimos 4 anos (2009/2012). Com a nova dinâmica, supôs-se, ser esse, o momento de sairmos do atoleiro e, ser finalmente a altura de reganhar-mos o comboio da via do desenvolvimento.
Porém, para nosso desgosto e desespero, foram apenas sinais fugazes de bom porto que pouco tempo durou, porquanto, sendo um caso sui generis, a Guiné-Bissau, pais com tendências sado-masoquistas e de auto-aniquilação, volta a retroceder no processo de retoma da estabilidade socio-politica e volta a falhar estrondosamente, ao ponto de sermos tratados e humilhados no nosso orgulho intimo, sendo a nossa soberania nacional velipendiada e enxuvalhada pela organização sub-regional dos caciques golpista da CEDEAO que, contra toda a logica dos seus propalados principios cauciona o golpe de estado e impõe-nos escandalosamente um «presidente» fantoche de 15%.
Nos ultimos quatro (4) anos, é indubitavel de que, foram alcançadas melhorias assinalaveis a quase todos os niveis da vida social e economica do pais (perdão de quase 90% do conjunto da divida externa, quer multilateral, quer bilateral, a realização de importantes investimentos em infraestructuras e meios estructurais de desenvolvimento, melhoramento substancial do nivel geral dos salarios dos servidores da função publica e seu pagamento atempado, assim como passos significativos foram dados com a cooperação angolana no âmbito da reforma do sector da defesa e da segurança).
Na verdade, o Governo recentemente destituido de forma ilegal e brutal tinha, principalmente com a cooperação financeira de Angola, objectivos bem delineados perspectivando um nivel de desenvolvimento com grau e potencial de competetividade real na sub-região. São os casos do projecto da exploração de bauxite e fosfato e, em particular o porto das aguas profundas de Buba, que seguramente, em termos de concurrenciais « apagaria do mapa » os portos de Dakar, de Abidjan e mesmo o do Bénin.
Apesar de sermos considerados o elo mais fraco, relativamente aos nossos vizinhos sub-regionais, esses indicadores de forte potencial de concorrência economica, a serem tornados realidade efectiva, não deixava os paises concernentes indeferentes e muito menos tranquilos em termos de disputa de espaços de competividade no mercado da UEMOA. Essa evidência afirmava-se ano apos ano face aos grandes progressos alcançados nos ultimos 4 anos pelo Governo então em funções.
Porém, foi mera aparência e expectativas de pouca dura, pelo que voltou a repetir-se o esta a tornar-se coriqueiro na Guiné-Bissau : mais um golpe de estado. Com o golpe de estado de 12 de abril, ficou também claro de que, não é somente os nossos vizinhos sub-regionais (particularmente o Senegal), que não querem ver a Guiné-Bissau a trilhar os caminhos da estabilidade e do desenvolvimento para assim deixar-mos de ser os bombos da festa da sub-região.
Face aos ultimos acontecimentos acima referidos, ficou claro como agua no espirito de todos guineenses de boa fé de que, existe efectivamente, um grupo de guineenses obtusos, inculcados de radicais complexos de inferioridade subtilmente forjados numa campanha de vitimização social, que ciclicamente, cada vez que o pais se apresta a dar passos importantes rumo ao desenvolvimento, vem, sucessivamente a contra-corrente do esforço patriotico de milhares de guineenses entravar o progresso.
Fazem-no, sempre recorrendo à força das armas em compadrio com actividades ligadas ao narcotrafico, interromper brutalmente o processo de desenvolvimento em curso desrespeitando vergonhosamente o nome do nosso pais no concerto das nações.
Num apice, a barbarie e irresponsabilidades de um grupo de pessoas mal intencionadas, com base em mentiras e invenções sem quaisquer fundamentos ou credibilidade), vem deitar por terra todo o trabalho ardua e louvavelmente erigido por guineenses honestos e patriotas empenhados e abnegados à causa nacional.
Esse grupo de meliantes da pior espécie que se faz ostensivamente de vitimas da sociedade e da vida (porque apesar de ostentarem pomposos titulos académicos não querem trabalhar honestamente, senão mamar do Estado), ja fizeram os guineenses viver a experiência amarga de o nosso pais ser considerado como um Estado-Circense entre 2000-2003, altura em que, a Guiné Bissau era alvo da chacota e anedotas na arena internacional.
Em 2004-2006, novas esperanças estavam a ser criadas, porém, abruptamente interrompidas, igualmente com a participação activa dessa seita do mal. Recentemente, com insubordinações e violências gratuitas, mais uma vez, a 12 de Abril, o grupo da barbarie volta de novo a entrar em cena, fazendo-se sentir no pior sentido com um ACTO DE PURA BARBARIE DEPONDO UM GOVERNO LEGITIMO E INTERROMPENDO O PROCESSO ELEITORAL EM CURSO..., tudo isso, porque estão cientes, de que tudo ficara como sempre, na PERFEITA IMPUNIDADE (suma mon di sal na yagu).
Lamentavelmente, enquanto uns sacrificam, labutando, construindo..., o grupo de guineenses obtusos e bananeiros vão atrasando e destruindo, colocando irresponsavelmente o nome da Guiné-Bissau pelos piores motivos nas bocas do mundo.
É assim que, infelizmente há quase quinze anos que esse grupo restricto de guineenses obtusos entrava o processo de desenvolvimento e estabilidade da Guiné-Bissau.
Assim, impõe-me perguntar aos meus concidadãos, irmão e a sociedade guineense ?
Até que ponto e até quando, a maioria dos guineenses vai continuar a submeter-se a uma minoria que promove o retrocesso e pleita o sub-desenvolvimento, que se acomoda num conceito retrogado de sociedade clãnica, que pensa maioritario no nosso pais pelo simples FACTO DE SEREM OS DETENTORES EXCLUSIVOS DAS ARMAS DA REPUBLICA, para com elas continuarem a MATAR-NOS, DESTRUIR O ESFORÇO COMUNITARIO DE EDIFICAÇÃO DO ORGULHO GUINEENSE E A DERRUBAREM GOVERNOS LEGITIMAMENTE ELEITOS..., na maior e MAIOR E SERENA IMPUNIDADE.
Até que ponto e até quando ??
Há que lhes dizer BASTA e juntos devemos enfrentá-los e combaté-los por quaisquer meios ao nosso alcance, em NOME DO FUTURO DA GUINE-BISSAU E DOS NOSSOS FILHOS.
GHT
Coisas de fascistas
Bom dia irmão,
Eis o paliativo que esses fascistas colonialistas arranjaram para apaziguar as tensões e eventuais turbulências socias. É só para enganar, pois esses gajos não têm dinheiro para os sustentar durante um ano. Alguns Estados fizeram constar o seu desacordo por impôr aos Estados membros esse esforço financeiro não previsto. Para a tropa esta garantido um bolo especial... para não fazerem muito barulho até ao fim da transição... mas estou certo de que não terão pedalada para mais tempo. Aquilo esta a cheirar mal e ao minimo desaguisado aquilo estoira. Logo a seguir envio-te um artigo que agradecia que postasses se fôr possivel e quiça se esta noite tiver lugar enviar-te-ei muito interessante sobre o AI.
Um abração
Ai vai a tradução:
"A UEMOA e a Nigéria vão ajudar a Guiné-Bissau, membro desta organização a "pagar (éponger) os atrasados de salários dos seus funcionarios" anunciou, quarta-feira, o presidente ivoiriense, Alassna Ouattara, dado que o pais atravessa depois dos ultimos meses uma crise politica, na sequência do golpe de Estado prepetado no dia 12 de Abril.
"Os paises membros e a Nigéria decidiram de contribuir para o reforço da economia da Guiné-Bissau, pagando os atrasados salariais (dos funcionarios). Nos vamos accionar um financiamento para permitir gerir a transição em curso nesse pais" declarou Sr OUTTARA, aquando do seu regresso da Cimeira da União tida em LOmé (Togo).
O Chefe de Estado indicou igualmente de que, os "Chefes de Estado, saudaram o o retorno progressivo da normalidade na Guiné-Bissau, apos o retorno dos civis ao poder"
Uma transição politica esta em curso na Guiné-Bissau, onde uma força oeste-africana, essencialmente composta de soldados nigérianos e burkinabés, foi estacionada para proteger as instâncias e personalidades politicas encarregues de conduzir o processo."
Fonte: news.abidjan.net
Entre irmãos
"Olá irmão,
Se me permitires, antes de tudo, eu agradeceria imensamente essa oportunidade de servir-me deste vosso/nosso blog pela vossa coragem e determinação na procura da verdade e sobretudo no esclarecimento da opinião publica. Tenho grande estima e admiração pelo teu trabalho de jornalista em nome da PAZ, do PROGRESSO e da UNIDADE NACIONAL.
Que Deus te proteja sempre,irmão!!!
A. Cabral de Oliveira"
Elogio para a Fatumata Binta
'SENHORA FATUMATA BINTA,
"OS ELOGIOS TORNAM OS BONS MELHORES E OS MAUS PIORES", diz Thomas Fuller
Fatumata, fez um excelente trabalho
TCHARLES PANAQUE'
MORRA O COMANDO, MORRA! PIM!
"Achei que te pudesse interessar"
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MANIFESTO ANTI- COMANDO
por uma filha da Guiné-Bissau
BASTA PUM BASTA!
UMA GERAÇÃO, QUE CONSENTE DEIXAR-SE REPRESENTAR POR UM COMANDO, É UMA GERAÇÃO QUE NUNCA O FOI! É UM COIO D'INDIGENTES, D'INDIGNOS E DE CEGOS! É UMA RÊSMA DE CHARLATÃES E DE VENDIDOS, E SÓ PODE PARIR ABAIXO DE ZERO!
ABAIXO A GERAÇÃO!
MORRA O COMANDO, MORRA! PIM!
UMA GERAÇÃO COM UM COMANDO A CAVALO É UM BURRO IMPOTENTE!
UMA GERAÇÃO COM UM COMANDO À PROA É UMA CANOA UNI SECO!
O COMANDO É UM CIGANO!
O COMANDO É MEIO CIGANO!
O COMANDO SABERÁ GRAMÁTICA, SABERÁ SINTAXE, SABERÁ MEDICINA, SABERÁ FAZER CEIAS P'OS “IRANS” SABERÁ TUDO MENOS PROTEGER O POVO QUE DEVIA SER A ÚNICA COISA QUE DEVIA SABER FAZER!
O COMANDO PESCA TANTO DE PODER QUE ATÉ FAZ GOVERNO DE TRANSIÇÃO COM UM BANDO DE IDIOTAS IGUAL A ELE!
O COMANDO É UM HABILIDOSO!
O COMANDO VESTE-SE MAL!
O COMANDO ESPECÚLA E INÓCULA OS CONCUBINOS!
O COMANDO É COMANDO!
O COMANDO É MILITAR!
O COMANDO É YALÁ!
MORRA O COMANDO, MORRA! PIM!
E O COMANDO APRISIONOU PESSOAS SEM LEGITIMIDADE PARA TAL E FERIU INOCENTES SEM DIREITO PARA TAL.
E O COMANDO TEVE CLÁQUE! E O COMANDO TEVE PALMAS! E O COMANDO AGRADECEU!
O COMANDO É UM PARVALHÃO!
NÃO É PRECISO IR P'RA “PONTA” P'RA SE SER UM PANTOMINEIRO, BASTA SER-SE PANTOMINEIRO!
NÃO É PRECISO DISFARÇAR-SE P'RA SE SER SALTEADOR, BASTA AGIR COMO O COMANDO! BASTA NÃO TER ESCRÚPULOS NEM MORAIS, NEM ARTÍSTICOS, NEM HUMANOS! BASTA USAR O TAL SORRISINHO, BASTA SER MUITO DELICADO E OLHOS MEIGOS! BASTA SER COMANDO!
MORRA O COMANDO, MORRA! PIM!
O COMANDO NASCEU PARA PROVAR QUE, NEM TODOS OS QUE ESTÃO NO PODER SABEM GOVERNAR OU PROTEGER O PAÍS DELES MESMOS!
O COMANDO É UM AUTÓMATO QUE DEITA PR'A FORA O QUE A GENTE JÁ SABE QUE VAI SAIR... MAS É PRECISO DEITAR DINHEIRO!
O COMANDO É UMA ACÇÃO DELE PRÓPRIO!
O COMANDO EM GÉNIO NUNCA CHEGA A PÓLVORA SECA E EM TALENTO É PIM-PAM-PUM!
O COMANDO NÚ É HORROROSO!
O COMANDO CHEIRA MAL DA BOCA!
MORRA O COMANDO, MORRA! PIM!
O COMANDO É O ESCARNEO DA CONSCIÊNCIA!
SE O COMANDO É GUINEENSE EU QUERO SER SENEGALENSE!
O COMANDO É A VERGONHA DA INTELECTUALIDADE GUINEENSE! O COMANDO É A META DA DECADÊNCIA MENTAL!
E AINDA HÁ QUEM NÃO SE ENVERGONHE QUANDO DIZ ADMIRAR O COMANDO!
E AINDA HÁ QUEM LHE ESTENDA A MÃO!
E QUEM LHE LAVE A ROUPA!
E QUEM TENHA DÓ DO COMANDO!
E AINDA HÁ QUEM DUVIDE DE QUE O COMANDO NÃO VALE NADA, E QUE NÃO SABE NADA, E QUE NEM É INTELIGENTE NEM DECENTE, NEM ZERO!
MORRA O COMANDO, MORRA! PIM!
GUINÉ- BISSAU QUE COM TODOS ESTES SENHORES, CONSEGUIU A CLASSIFICAÇÃO DO PAÍS MAIS ATRASADO DA ÁFRICA E DE TODO O MUNDO! O PAÍS MAIS SELVAGEM DE TODAS AS ÁFRICAS! O EXÍLIO DOS DEGRADADOS E DOS INDIFERENTES! A ÁFRICA RECLUSA DOS GUINEENSES! O ENTULHO DAS DESVANTAGENS E DOS SOBEJOS! GUINÉ-BISSAU INTEIRO HÁ-DE ABRIR OS OLHOS UM DIA - SE É QUE A SUA CEGUEIRA NÃO É INCURÁVEL E ENTÃO GRITARÁ COMIGO, A MEU LADO, A NECESSIDADE QUE GUINÉ-BISSAU TEM DE SER QUALQUER COISA DE ASSEIADO!
MORRA O COMANDO, MORRA! PIM!»
Fatumata Binta
Jogadores e árbitros ao mesmo tempo
A característica marcante dos regimes democráticos é a institucionalização, ou seja, a criação de centros de competências funcionais fortes, totalmente republicanos, e consequentemente, despersonificados.
Portanto, capazes de resistir às mudanças de governos ou de pessoas, não declinando de suas funções, sempre na perspectiva de que as pessoas são passageiras enquanto o Estado é permanente. Essa é a premissa do Estado democrático burguês, de matriz europeia, predominante na maioria dos países em nível mundial, inclusive no caso da Guiné Bissau. O Estado que de acordo com várias teorias que fundamentam a sua existência, detém o monopólio do poder coercitivo sobre o cidadão e da organização da sociedade, através de uma burocracia especializada. Tudo nos termos da lei e da ética.
Deste modo, as instituições devem estar em constante aperfeiçoamento para melhor acompanhar o amadurecimento da sociedade de modo geral e dos respectivos avanços democráticos, de modo a emanarem decisões justas e equitativas, com a legitimidade inerente a cada caso concreto. Instituições que devem ser constituídas levando-se sempre em consideração a natureza de cada uma delas, que vão desde públicas ou privadas; politicas ou técncocientificas; legais ou consuetudinárias; civis ou militares; econômicas (com fins lucrativos) ou sociais (sem fins lucrativos); religiosas ou laicas; desportivas ou recreativas, assim por diante, visando sempre a consecução do papel a que se propõe em cada sociedade.
Pelo exposto acima, as instituições assim como qualquer ente precisam de ambientes favoráveis para crescer e desenvolver as suas atividades. Assim, a ausência de instituições fortes na Guiné-Bissau é sintomática, talvez pelo fato desde a nossa independência tenhamos valorizado muito mais o culto às personalidades, em vez do respeito ao cidadão às entidades constituídas. Talvez porque alguns tenham valorizado mais a mentira do que a verdade. Talvez porque algumas pessoas tenham valorizado mais a vassalagem em detrimento da competência e do comprometimento das pessoas com as causas da nação. O que acabou por minar a confiança das pessoas nas instituições, desembocando no incentivo constante a promoção do mal feito, o que é refletido no jargão crioulo “abo ku na kumpu Bissau”, ou seja, “não faça esforço ou não pratique o bem, pois você não é a única pessoa que vai mudar o estado das coisas”. Isto é um erro, pois a soma de boas práticas individuais é que redundam em avanço coletivo disseminando nova cultura responsável.
Como frisado anteriormente, a fraca institucionalização na Guiné-Bissau ficou patente, inexoravelmente, nestas últimas eleições presidenciais, em que a Comissão Nacional das Eleições (CNE) expôs as fissuras que alguns interpretam como de cariz política, ainda que isso seja uma mera “ilação” injusta para com seus integrantes. “Ilações” essas que se devem ao fato de ser um tanto quanto difícil para um cidadão mediano entender que um integrante do órgão possa tomar decisões, ainda que causem prejuízo ao partido ou ao grupo político que o indicou, sem sofrer no futuro as consequências politicas do seu ato. Daí que, a composição político-partidária de um órgão tão importante como a CNE colide com a velha concepção de que os “jogadores” não podem ser “árbitros” ao mesmo tempo.
Para enrobustecer a temática em questão, há quem relacione o golpe de estado do dia 12 abril do corrente ano, a suposta fraude eleitoral no primeiro turno, alegada por cinco candidatos a presidente da república, colocando assim, em dúvida a credibilidade da CNE. Mas, seja qual for o motivo real do golpe de estado, algumas fontes afirmam que o presidente desse órgão eleitoral teria sido arrancado do seu gabinete funcional pelos militares, e, temendo pela sua segurança refugiou-se na representação diplomática da União Europeia, até a poucos dias atrás. Desta forma, essa atitude arrastou para o centro da crise política um órgão que deveria estar imune a tais contendas.
Com intuito de evitar as eventuais injustiças para com entidade tão importante a nossa democracia, a CNE deve ser desaparelhada politicamente de modo a rende-lhe justa homenagem. Posto que, apesar de ser relativamente nova já prestou e ainda presta relevante serviço à nação, assim como seus integrantes e os que anteriormente lá deram seus préstimos, muitas vezes, em condições difíceis de trabalho, conseguem desempenhar suas funções a contento, pelo que devem merecer o nosso respeito.
Em minha opinião, as eventuais falhas ainda que sejam meramente técnicas acabam por ganhar dimensões politicas. Por isso, nesse aspecto a falha é do formato da CNE e não das pessoas. Levando em consideração a realidade sócio-política da Guiné-Bissau, a CNE não deve ser composta por representantes de partidos políticos, isso por uma questão de coerência, tendo em vista que ninguém é bom juiz de si próprio, e, por mais que os seus integrantes tomem decisões corretas perante qualquer controvérsia, correm risco de serem injustiçados sob a alegação de falta de isenção. Isto serve tanto para os representantes do partido no poder quanto para os da oposição. O modelo atual deixa vulnerável os seus integrantes e os expõem de forma perigosa sob o ponto de vista político e ético, e, sem contar a sensação de insegurança jurídica que tudo isso acarreta ao senso comum.
Nesse sentido, os nossos legisladores devem entender que para conferir maior legitimidade tanto às nossas leis quanto às instituições, a prudência legislativa sugere que se deve ter em conta os nossos traços culturais, posto que o que é bom para um determinado país pode não se ajustar à nossa realidade. O que funciona numa determinada sociedade pode não funcionar na nossa. No nosso caso especificamente, a formatação da CNE nos moldes que se apresenta faz com que a cada eleição sua isenção seja questionada, o que acaba por ofuscar de certa forma um órgão tão importante para a nossa democracia e por consequência para o processo eleitoral.
A questão eleitoral é de vital importância para qualquer país que queira ser verdadeiramente democrático, pois é através do sufrágio universal, igual, direto, secreto e periódico que os cidadãos materializam a escolha do seu destino político. É um expediente de exercício da cidadania, do direito cívico e da afirmação da soberania.
Em termos comparativos, a nossa legislação no que tange à estruturação da CNE assemelha-se a de Portugal, mas com algumas diferenças, sendo que a mais importante é de que a presidência do órgão é exercida por um juiz conselheiro do Supremo Tribunal daquele país. Outro exemplo importante na matéria é o Brasil, que devido às suas dimensões continentais aliadas à sua forma federalista de Estado, o processo eleitoral é mais complexo, o que levou à constituição de um tribunal específico para assuntos eleitorais, o chamado Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como instância superior e nos Estados Federados por Tribunais Regionais Eleitorais.
Uma realidade totalmente diversa da nossa, que somos um país pequeno e unitário, razão pela qual uma Comissão Nacional Eleitoral (CNE), responde satisfatoriamente às nossas necessidades, ressalvadas as ponderações que compõem objeto deste artigo.
Por fim, ressalto que a CNE não deve ser composta por quadros partidários. E, aproveito o ensejo para dar a minha modéstia sugestão de que os cargos deliberativos e diretivos sejam preenchidos por juízes de carreira, membros do Ministério Público e por advogados, sendo todos indicados pelos seus órgãos de classe, com mandatos definidos, nunca superiores a uma legislatura, devendo ser presidida somente por um juiz. Já no campo técnico, por funcionários de carreira, selecionados mediante concurso público. Esperando-se com isso, que sejam minimizadas as eventuais divergências de cunho político, capazes de lançar dúvidas sobre a isenção da instituição ou sobre o pleito eleitoral.
Alberto Indequi
Advogado e empresário
Meu, nosso, vosso blogue
Muita força Aly!
O teu blog tornou-se... nosso. Agradeço-te pela iniciativa. Espero poder encontrar consigo assim que um dia voltares para a Guiné. Continuarei aqui a lutar no anonimato, até for descoberto e fugir também para lugares mais seguros, evitando o embate com os indivíduos que caracterizam a evolução pós homo-sapiens na Guiné, o homo-brutos e homo-burros. Já versando para a razão que me obriga a escrever diria que sinto muita pena por causa da confusão e difusão de mentalidade falida por parte de certos elementos sociais que buscam a justificação de suas existências no PAIGC, a ponto de dizerem disparates.
O PAIGC de Cabral nunca existiu, não existe e nunca existirá porque o PAIGC em nenhuma instância foi propriedade de uma pessoa. A palavra de ordem e honra de Cabral, hoje por muitos torcidos, era “os que sabem que ensinem os que não sabem.” A sua palavra nunca foi que “os mais brutos que imponham a sua brutalidade aos que sabem fazer bem e melhor, criando situações que desvalorizem a própria independência e desenvolvimento, valores pelos quais muitos não hesitaram em dar suas próprias vidas.”
Aliás, se revisto a história, o próprio Cabral na indigitação que fizera dos responsáveis pelas frentes de luta, nunca escolheu para o comando um indivíduo da etnia balanta, por saber que lhes faltava a capacidade de raciocínio. Cabral escolheu para a Frente Leste, Amílcar Cabral e Osvaldo Vieira; Frente Norte, Luis Cabral e Francisco Mendes e; Frente Sul, Aristides Pereira e Nino Vieira.
Hoje, mais do que nunca, a história mostrou que Cabral tinha razão.
No tocante a actual situação caracterizada de crise e apelidada da mesma na Guiné-Bissau, entre muitas repostas que se possam dar, a que mais responde de forma duradoira são o retorno das normas constitucionais e a finalização das eleições. Toda e qualquer outra resposta, que divirja de retorno da ordem constitucional e da finalização das eleições, seria sintomática e sem qualquer possibilidade de fazer prevalecer a sua validade a longo prazo.
É bom que saibamos isso e que tudo façamos para evitar um Ruanda guineense. Tudo aponta que nenhuma das outras etnias da Guiné-Bissau estará pronto para sofrer mais um mês, acima dos dois já passados, de desgovernação caracterizado pelo roubo, brutalidade, falta de respeito e desespero em todas as esferas da vida social.
Urge que os próprios balantas se levantem e comecem a evitar o pior, exigindo a salvação étnica através do retorno da ordem constitucional e a finalização das eleições. Não tardará que as armas comecem a proliferar na Guiné-Bissau. E, a aniquilação étnica comece. Quem tenha ouvidos, que oiça.
Tirando Deus, na sacralidade vem a vontade popular expressa nas urnas. Quem contra esta verdade enveredar verá o seu fim sem muita demora. A profecia cumprir-se-á.
Mantenhas para quem luta.
A verdade liberta!
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M/N: Amigo, eu não fugi, e nem fujo. A Guiné-Bissau será o destino. Abraço, AAS
"Evoluções na Guiné-Bissau foram rápidas e muito plásticas", diz Presidente de Cabo Verde
As evoluções "rápidas e muito plásticas" da situação político-militar na Guiné-Bissau vai centrar o debate político internacional entre o Presidente de Cabo Verde e as autoridades portuguesas durante a visita de Estado de Jorge Carlos Fonseca a Portugal. Em entrevista à agência Lusa, o chefe de Estado cabo-verdiano, que inicia hoje uma visita privada e de Estado a Portugal, prolongando-se até quarta-feira, disse que esse será um tema a analisar nos encontros com as entidades oficiais portuguesas.
Ambos os países condenam o golpe de Estado de 12 de abril na Guiné-Bissau e exigem o regresso à normalidade constitucional no país. "Ouvirei as opiniões das autoridades portuguesas, de líderes partidários e de outras figuras políticas de modo a confrontá-las com as que o Estado de Cabo Verde tem sufragado na participação em reuniões internacionais", afirmou, admitindo que poderá encontrar-se, em Lisboa, com o primeiro-ministro guineense deposto, Carlos Gomes Júnior.
Negando que haja uma "situação de acalmia" em torno da questão guineense, Jorge Carlos Fonseca, lembrou as "posições de princípio" que têm de prevalecer na análise e resolução do conflito na Guiné-Bissau. "Essa grande acalmia é aparente. Tem havido evoluções rápidas e muito plásticas da situação política e militar na Guiné-Bissau e, se as posições de princípio se mantêm, temos de estar sempre apetrechados com dados e elementos novos, de modo a que as que adotamos possam ser o mais eficazes possíveis", realçou. Cabo Verde "mantém que não se pode avalizar e dar cobertura a golpes de Estado anticonstitucionais". O presidente cabo-verdiano admitiu, porém, que, na diplomacia, tem de haver princípios", embora seja "bom" que haja, em paralelo, "soluções realistas e eficazes". LUSA
MISSANG deixa Bissau
A missão militar angolana na Guiné-Bissau (Missang) começou quarta-feira (6) o regresso a Angola, num processo que vai durar quatro dias, revelou o director para África, Médio Oriente e Organizações Regionais, embaixador Espírito Santo. O regresso dos 270 homens e o material está a ser assegurado por um navio e quatro aviões militares. O processo é supervisionado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O Executivo decidiu acabar com a missão na Guiné-Bissau, na sequência de atritos com as forças armadas guineenses, que acusaram as forças angolanas de se reforçarem com material bélico que nunca entregaram às Forças Armadas da Guiné-Bissau, informa nesta quinta-feira (7) o Jornal de Angola. O embaixador Espírito Santo esclareceu que as relações diplomáticas entre Angola e a Guiné-Bissau se mantêm, apesar da suspensão unilateral da cooperação técnica e militar. Ainda ontem, o secretário de Estado da Defesa de Portugal, Paulo Braga Lino, afirmou que não estão criadas as condições para reactivar o programa de cooperação militar com a Guiné-Bissau, ressalvando que se mantém uma "presença minimalista".
Em Janeiro, Angola disponibilizou 13,2 milhões de euros para a recuperação de infra-estruturas das Forças Armadas, especialmente para recuperação de casernas. A Missang estava também a recuperar e construir estruturas para as forças de segurança, um projecto de 5,7 milhões de euros e que incluía a construção de um Centro de Instrução da Polícia de Ordem Pública. Do programa, constava também a construção de instalações da Polícia de Trânsito, reabilitação dos edifícios para a instalação da Polícia de Intervenção Rápida, armazéns de logística, o Ministério do Interior e o Comissariado Geral da Polícia de Ordem Pública.
No dia 9 de Abril, Angola enviou a Bissau o ministro das Relações Exteriores, Georges Chicoti, no mesmo dia em que o porta-voz das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Daba Na Walna, dava uma conferência de imprensa para negar qualquer responsabilidade dos militares na saída da Missang. Três dias depois (12 de Abril), os militares guineenses davam um golpe de estado, prendendo o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. A justificação foi a defesa contra uma alegada agressão externa. A 13 de Abril, em comunicado, o Comando Militar (autor do golpe) disse que foi forçado a agir para defender as Forças Armadas guineenses de uma agressão, que seria conduzida pelas Forças Armadas de Angola, no âmbito da União Africana.
Jornal de Angola.
Guiné-Bissau: Chefes da diplomacia da CPLP debatem crise à margem de Rio+20
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP vão "refletir profundamente" sobre a situação da Guiné-Bissau, à margem da conferência sobre desenvolvimento sustentável da ONU Rio+20, a partir do dia 20 no Brasil, disse hoje o chefe da diplomacia moçambicana. O anúncio do encontro no Rio de Janeiro foi feito hoje por Oldemiro Baloi, no ato do lançamento da cimeira dos estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, que vai decorrer no dia 20 de julho, na capital moçambicana. A CPLP, recorde-se, não reconhece as autoridades que emergiram do golpe de Estado de 12 de abril, na Guiné-Bissau, na véspera da campanha para a segunda volta das eleições presidenciais.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Mensagem para os meus compatriotas:
"Ninguém tem a obrigação de obedecer aquele que não tem o direito de mandar." Cícero
Guiné-Bissau
Caro Aly,
A Ditadura do Consenso é a “ORDIDJA” da esperança dos guineenses... Parabéns! Agradecia que publicasses esta linda mensagem de consolo filtrada no discurso de Martin Luther King (28/08/1963) e moldada a nossa realidade, com o intuito de apaziguar a dor e sofrimento do nosso povo.
Obrigado!
Vasco Barros.
EU TIVE UM SONHO!
Quando os arquitectos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a declaração da Independência, eles estavam a assinar uma nota promissória para a qual todos o guineenses seriam seu herdeiro.
Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de cidadãos que tinham murchado nas chamas da opressão colonial.
Veio como uma alvorada para terminar as longas noites de sacrifícios e de luta nas matas de BOÉ, GUILEDJE E KASSAKA...
Esta nota era uma promessa que nossos povos, teriam garantido os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. A Guiné-Bissau, não apresentou esta nota promissória...!
Quarenta anos depois, da independência, o povo guineense ainda não é livre.
Quarenta anos depois, o povo vive numa ilha de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material.
Quarenta anos depois, o povo ainda se encontra exilado na sua própria terra.
Quarenta anos depois, o pais encontra-se hibernado no lago de incertezas.
O povo guineense recebeu um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".
Mas nós, (povo) acreditamos que o banco da justiça é infalível. Nós acreditamos que há capitais suficientes de oportunidade nesta nação. Assim, queremos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade, a segurança de justiça, estabilidade política e a paz de espírito.
Minha boa gente, este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranquilizante do gradualismo...!
Será fatal para a nação, negligenciar a urgência deste pedido!
Agora é o tempo para transformar em realidade, as promessas de democracia.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça para a pedra sólida da fraternidade.
Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos desta pátria. (pátria de Cabral)
Somos veteranos do sofrimento. NO KINGUITI DJA!
Não deixemos caiar no vale de desespero.
Não, não, nós (povo) não estamos satisfeitos e não estaremos satisfeitos até que a justiça e a rectidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio.
Não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física.
Não podemos retroceder! Caminharemos... Marcharemos sempre à frente.
Cumpriremos a nossa promessa.
Meus irmãos, embora enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho guineense.
Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado da sua crença.
Tenho um sonho que um dia os filhos desta nação se sentarão juntos à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia, a Guiné-Bissau, que transpira com o calor da injustiça, violência, impunidade e opressão, será transformado num oásis de liberdade, paz e justiça social. Tenho um sonho que um dia, todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do senhor será revelada. Esta é nossa esperança.
Com esta fé, poderemos cortar da montanha do desespero, uma pedra de esperança. Com esta fé, poderemos transformar as discórdias estridentes da nossa nação, numa bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé, poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, defender a liberdade juntos e erguer a nossa bandeira juntos.
Irmãos, temos que provar ao mundo que a Guiné-Bissau é uma grande nação...!
Para isso, nós (guineenses) devemos permitir que o sino da liberdade soe em todas as tabancas, todas as cidades, nas nossas bolanhas, nossos rios e florestas assim, poderemos acelerar aquele dia que todas as crianças, homens e mulheres, muçulmanos, protestantes e católicos, fulas, balantas, cabo-verdianos, mandingas etc. poderão unir mãos e cantar com um novo significado o nosso hino numa só voz.
Sol, suor e o verde e mar,
Séculos de dor e esperança!
ESTA É A TERRA DOS NOSSOS AVÓS!
Fruto das nossas mãos,
Da flor do nosso sangue:
ESTA É A NOSSA PÁTRIA AMADA
Viva a pátria gloriosa!
Floriu nos céus a bandeira de luta.
AVANTE, CONTRA O JUGO ESTRANGEIRO!
Nós vamos construir
Na pátria imortal
A paz e o progresso!
Mantenhas para quem luta!
Vasco Barros.
Sociedade descaracterizada
Meu Caro Aly e leitores,
O que me preocupou com o encontro do CEMGFA, com Antigos Combatentes, não são as suas palavras, mas sim a forma muito avançada da descaracterização da nossa sociedade, tanto civil e bem como castrense.
Afrente de Manuel Saturnino Costa, Carmem Pereira, Teodora I. Gomes, Brígido de Barros, algumas pessoas que conhecemos o nome na Formação Militante, o António Injai, a falar do PAIGC de Cabral (NUDADI), onde queremos chegar, que tipo de sociedade queremos construir. Gostaria de perguntar se o António Injai alguma vez falou pessoalmente com Cabral, o António alguma vez sabe ler para ler as ideias de Cabral? Tudo isto é fruto da sociedade que temos, onde os mentirosos é que são competentes, os sanguinarios é que são capazes, MA TUDO TARDA KI NA TARDA UM DIA NA SEDU KI MESMO DIA.
Quanto o CEMGFA, não me serpreendeu as suas palavras, porque ele é do tipo camalhão, vai virar a capa daqui a mais dias.
Um ponto, que tambem muitas gente, não conseguem explorar, é fácil pegar a verdade nas pessoas tipo Antonio Injai, devido seu nível de raciocínio, acabou por declarar o fonte dos seus argumentos e inspirações (Koumba Yala conta bo ka fia, kila i sumbia de maldade e ca sumbia di Cabral), alguma coisa esta dito nesta passagem.
Tambem gostaria de perguntar, se os antigos combatentes recebem 14.000 Fcfa, a culpa é do Cadogo chefe do governo que aumentou pensão de14.000 para 30.000 Fcfa? E quanto ganha o António Injai? Se não fosse as promoções, baseada nos laços étnicos e familiares quem é Antonio Injai como sendo antigo combatente ou como sendo militar de carreira?
Tenham Juíso, Antonio e os teus apoiantes, só adiaram mais uma vez o futuro da Guiné Bissau, mas ainda é possível, por isso com toda a capacidade e energia vamos lutar para o bem a que temos direito.
J.S.M.
Santana & Herbert - um debate
"Caro Aly,
Permita-me responder ao meu companheiro da luta pacífica, sr. Jorge Herbert.
Sei muito bem o que você quis dizer, mas só que precisava de um BELO empurrão para poder dirigir-me a esses bandidos, abusadores, desenvergonhados, mentirosos, burros ao cúbico (b3) ao ponto de não perceberem a intenção do Senegal para com o desenvolvimento do nosso país (o país que é, também, infelizmente dos golpistas) acompanhados dos seus cachorros fiéis, chamados políticos.
Às vezes, quando observo quão burro eles são, chego a ficar com a vergonha de ter a mesma nacionalidade!!! Felizmente tenho muitos conterrâneos que conhecem a direita e a esquerda. Estou sem energia para tomar a iniciativa de escrever sobre a Guiné-Bissau, por isso "aproveitei" essa oportunidade, enquanto soube muito bem o que você quis dizer, desculpa-me pelo incómodo.
Agora sobre o insulto: pequei, insultando, quando os chamei de cachorros, atendendo que não têm rabos. Isso sim é um insulto. Perdoem-me!
Santana"
Carta ao chefe da dependência da Guiné-Bissau sobre a DESexplicação aos veteranos da guerra
Caro irmão, permita-me enviar essa carta através do seu Bog do povo - é a única forma para o fazer.
Com todo o respeito, acho que os veteranos merecem ganhar mais, mas não devemos esquecer que esses veteranos antes da era de Carlos Gomes nem sequer recebiam esses 14 mil francos CFA (21 euros) na realidade. Ficavam meses sem salário.
"Os que atualmente estão no PAIGC têm que sair de lá. Deixem-nos o nosso partido em paz. Já não querem saber dos verdadeiros combatentes da liberdade da pátria. É por isso que digo que desta vez vamos arrumar o problema dos combatentes de uma vez por todas", vincou António Indjai.
1 -Como pode o sr. determinar que os que estão no PAIGC têm de sair de lá?! É mais uma forma de exprssar de uma pessoa que a lei não lhe interessa. Ou por ignorância ou por hábito de usar força em tudo. Só UM Homem não pode determinar isso! Baseando na definição do PAIGC seria um atrtevimento chamar o PAIGC do seu partido, é partido da indêpendencia e não da dependência, assim como o senhor fez com a nossa Guiné-Bissau. Somos outra vez dependente graças ao senhor e aos seus "barridures de padja".
2 - Acredito que o sr. é capaz de arrumar esse problema (dos veteranos) para sempre, é tão fácil com o seu negócio ilícito, porque da Comunidade Internacional, temos ainda muito que esperar. Contribua para um bom fim!!!
"Mesmo que venhamos a ter um governo saído das eleições, tem que assinar um documento em que diz claramente como vai resolver o problema dos combatentes da liberdade da pátria", avisou o chefe das forças armadas.
1 - Acredito que vão TER QUE assinar esse documento, porque caso contrário o sr. e os seus "sipaios" vão outra vez recorrer à força para ser cumprido. Essa é a lei que o sr. conhece. A lei de macacos.
O sr. não disse que vai FALAR com o governo para resolver esse problema, mas disse que VÃO TER QUE......
"Em relação à minha pessoa, posso-vos garantir que não tenciono ficar nas Forças Armadas mais do que os próximos três anos. Vou para a reforma e aí volto para o PAIGC. O verdadeiro PAIGC de Amílcar Cabral", acrescentou o Indjai
1 - Faça o favor de nos avisar já daquilo que vai acontecer caso for pedido/exigido a reformar antes desses três anos.
2 - Fiquei tão enjoada quando o sr. frisou o nome de Amilcar Cabral. É um grande desrespeito associar a mentalidade do nosso grande líder com a sua.
FAÇAM O FAVOR DE ENTREGAR O PODER, PORQUE NÃO É NENHUM SEGREDO QUE A GRANDE MAIORIA NÃO VOS QUEREM VER LÁ. MOSTRAM A DIGNIDADE DE UM VERDADEIRO SENHOR!!!
MOSTRAM AO POVO E AO MUNDO EM GERAL QUE QUEREM SER DIGNOS, SE É QUE QUEREM. QUE PIADA TEM GOVERNAR UM POVO CONTRA A SUA VONTADE. É VERGONHOSA!
Um DESabraço,
Santana
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