terça-feira, 1 de maio de 2012

Centro Democrático: Declaração de condenação do golpe de Estado


 
                                                   EDUCAR - DEMOCRATIZAR – DESENVOLVER.
 
 
                                                             
 
                                                  Declaração de Condenação
 
A Direcão Superior do Partido Centro Democrático (C.D.), vem por este meio manifestar a sua indignação e firme condenação pelo o acontecimento (golpe de estado) ocorrido no dia 12 de Més de Abril na Guiné-Bissau e que culminou
com a detençao do PM Carlos Gomes Junior, do PR Interino Dr. Raimundo Pereira e outros.
 
Exortamos ao autodenominado “Comando Militar” à observança de Normas Constituicionais e a libertações dos Dirigentes Politicos e Jornalista detidos em consequença do mesmo acontecimento.
 
Nesta mesma declaração, queremos pedir a população em geral para que se mantenha calma e firme em busca da verdade e a justiça como sempre tinha demonstrado.
 
O povo é soberano.
A verdade e a Justiça reinará na nossa Terra.
Que Deus Abençoe a Guiné-Bissau.
Que Deus Abençoe o Povo da Guiné-Bissau.
 
 
                        Diereção Superior do Partido Centro Democratico (C.D.).
 
 
                                          Presidemte: Empossa Ié
 
                                 Bissau aos dias 16 de Més de Abril de Ano 2012."

Cocaína que passa por Cabo Verde financia terrorismo


Parte da cocaína que passa por Cabo Verde com destino à Europa estará a ser utilizada para financiar actividades terroristas, afirma um relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, dos EUA. O documento, divulgado semana passada, coloca, entretanto, maior enfoque na Guiné-Bissau, o primeiro narco-estado da África Ocidental. Um estudo do Instituto Internacional de Estutos Estratégicos, sedeado nos Estados Unidos, conlcluiu que boa parte da droga que sai da América do Sul com destino à Europa estará a financiar actividades terroristas. Cabo Verde entra na história por ser um dos países-trânsito num grande canal lusófono transatlâtico para fazer chegar o ’pó branco’ ao principal m,ercado mundial, a Europa. A droga sai preferencialmente do Brasil (mercado emissor), passa por Cabo Verde (trânsito), Guiné-Bissau (armazenamento) e Portugal (receptor) antes de ser comercializada nos restantes países do velho Continente.

A conclusão do IIEE é de que este percurso é dominado por organizações terroristas próximas à nossa região africana. O documento daquele instituto norte-americano refere Cabo Verde como uma das rotas da cocaína que financia o terrorismo, por meio dos muitos cidadãos sírios que habitam o nosso país. Mas coloca especial enfonque ao caso da Guiné-Bissau, o primeiro e único narco-estado da África Ocidental. Segundo o documento, investigadores acreditam que o tráfico de narcóticos naquere país irmão esteja a alimentar as actividades de grupos terroristas, desde o Hezbollah, da Síria, ao Al-Qaida, com base no Iémen, e com ramimificações ao ocidente africano.

"O arquipélago dos Bijagós tem mais de 80 ilhas e fica a meio caminho entre um grande produtor de droga (a América Latina) e um grande consumidor (a Europa). Tendo em conta a geografia do terreno e a fraca vigilância, o arquipélago acaba por ser um local ideal para os traficantes de droga", diz o relatório da IIEE. Segundo o mesmo documento, a constante instabilidade política na Guiné-Bissau, a pobreza e a fraca economia do país fizeram com que o tráfico de cocaína proviniente da América do Sul se fixasse nos últimos anos. "Estima-se que todas as noites cheguem, por avião, à Guiné-Bissau cerca de 900 quilos de cocaína. A esse número acresce a droga transportada pelo mar para as ilhas na costa guineense".

Para Virginia Comolli, responsável pelo recente relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos,“o tráfico de droga veio colmatar essa lacuna na economia guineense. A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo e deve muito do seu Produto Interno Bruto à produção e exportação de produtos agrícolas, sobretudo de castanha de caju”, refere.

COMUNICADO DA COMUNIDADE GUINEENSE NA ITÁLIA

Antecipadamente, as nossas mantenhas de irmandade!
Caro editor do blog Ditadura do Consenso, Antonio Aly Silva, a Comunidade Bissau-guineense na Itália vem por este meio pedir a publicação do comunicado em anexo, resultante de uma reunião ocorrida no dia 29 de Abril, na cidade de Verona, para analisar a actual situação da Guiné-Bissau. 
O comunicado produzido pelos participantes no encontro visa mostrar ao mundo e ao povo guineense em particular, a nossa total sintonia de sentimentos para com o povo residente e a pátria que nos viu nascer.
Confiantes numa resposta satisfatória queira aceitar Sr. Editor, as nossas saudações fraternas.
 
A Comunidade Guineense na Itália

A Comunidade guineense na Itália informa que neste momento se encontra sem uma entidade representativa devido aos trabalhos de reestruturação da Associação mãe dos Imigrantes Guineenses na Itália (AIGBI), paralisada há mais de 2 anos. Reunida de urgência no dia 29 de Abril do corrente ano para analisar a situação actual na Guiné-Bissau derivada da crise institucional em consequência das acções das nossas Forças Armadas do dia 12 de Abril, que resultaram no afastamento e detenção do Presidente da República Interino Raimundo Pereira e do ex-Primeiro Ministro Carlos Gomes Junior;

Depois de um debate de 3 horas e quarenta minutos para auscultar as opiniões dos associados sobre os eventos na terra que nos viu nascer e discutir as possíveis contribuições a dar para a resolução do conflito;

A Comunidade guineense na Itália deliberou:

1. Condenar energicamente o golpe de estado militar de 12 de Abril tendo em conta que o uso da força é um acto anti-democrático e põe em causa a afirmação do Estado de Direito;

2. Exigir a libertação de todos os presos detidos em consequência do golpe militar de 12 de Abril;

3. Apelar a reposição da Ordem Constitucional na Guiné-Bissau de forma a prosseguir o processo do desenvolvimento sócio-económico interrompido com a acção das Forças Armadas do dia 12 de Abril;

4. Apelar as partes em conflito para uma solução política e negocial da crise vigente no país;

5. Exprimir a sua total solidariedade para com os conterrâneos em Bissau, os mais afectados pela crise mas também e em especial os da diáspora, pela prontidão da reacção ordeira e civilizada face a mais esta situação que poderá pôr em causa o processo do desenvolvimento do nosso país.
 
  
Feito em Verona, aos 29 dias do mês de Abril de 2012
 
A Comunidade Guineense na Itália

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Portugal tem j[a uma fragata de prevenção, em Cabo Verde, para uma eventual retirada de cidadãos portugueses da Guiné-Bissau



A «Vasco da Gama», fragata da Armada portuguesa que se encontra de prevenção para uma eventual retirada de cidadãos portugueses da Guiné-Bissau, atracou hoje no porto da Cidade da Praia para uma «escala técnica», segundo fonte diplomática. «O objetivo desta decisão é ficarmos mais próximos da Guiné-Bissau caso venha a ser necessário proceder a uma missão de retirada de cidadãos portugueses e de pessoas de outras nacionalidades», referiu a fonte.

Fonte da embaixada de Portugal na Cidade da Praia disse à agência Lusa que o navio atracou às 13:00 locas (15:00 em Lisboa), devendo permanecer no porto até terça-feira, mas não adiantou pormenores. O comandante do navio, capitão de fragata Ricardo Freitas Brás, convocou vários jornalistas para uma «pequena palestra» a bordo, às 18:00 locais (20:00 em Lisboa), acrescentou a fonte.

Contactada pela Lusa, fonte do Ministério da Defesa cabo-verdiano confirmou a chegada da «Vasco da Gama», indicando ter sido dada autorização para uma «escala técnica», afirmando desconhecer mais pormenores. A «Vasco da Gama», tal como a corveta «Baptista de Andrade», integram a Força de Reação Imediata (FRI) que partiu a 16 de abril de Portugal com o objetivo de, caso necessário, apoiar as operações de retirada de cidadãos portugueses ou de outras nacionalidades da Guiné-Bissau, onde quatro dias antes se realizou um golpe de Estado.

A FRI integra também o avião militar «P3 Orion», que se encontra estacionado desde 16 deste mês no aeroporto internacional Amílcar Cabral, na ilha cabo-verdiana do Sal. A FRI tem meios dos três ramos das Forças Armadas que variam consoante o tipo de missão, pode ser deslocada em 72 horas e é comandada pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA). A 16 deste mês, fonte oficial do Ministério da Defesa afirmou à Lusa que os militares portugueses não têm qualquer operação definida para já e que a decisão acontece na sequência do aumento do nível de prontidão da FRI. TVI

Posicionamento de um conjunto de ONGs Nacionais e Internacionais na Guiné-Bissau face ao Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012



Reunido entre os dias 25-27 de Abril do ano em curso, um conjunto de Organizações Não-Governamentais (ONGs) nacionais e internacionais preocupadas com a situação político-militar desencadeada pelo golpe de Estado de 12 de Abril,

Preocupadas com as implicações e consequências políticas, sociais e económicas desta ação, nomeadamente no que concerne ao funcionamento das instituições e à segurança nacional, alimentar e sanitária das populações em geral,

Reconhecendo que o agravar desta situação está a provocar escassez e subida dos preços dos bens essenciais, deslocação de pessoas à procura de segurança fora da capital com implicações em termos de educação e saúde pública, num momento em que se aproxima a época das chuvas, com alto risco de cólera e de outras epidemias,

Considerando que com o deflagrar desta situação as condições de vida das comunidades foram também agravadas pelas limitações da capacidade de atuação das ONGs,

Considerando que esta conjuntura está a levar ao isolamento internacional do país,
Considerando que a continuidade ou agudização da situação atual levará à instauração de uma situação de emergência que colocará em causa os esforços de desenvolvimento em curso e resultará num retrocesso face aos progressos já alcançados a este nível,

As ONGs nacionais e internacionais signatárias decidem:

1. Condenar o golpe de Estado,
2. Apelar à libertação imediata de todos os detidos na sequência deste processo, ao fim das perseguições políticas, e ao respeito pelos direitos humanos, enfatizando os direitos civis e políticos,
3. Apelar à restituição da legalidade e da ordem constitucional,
4. Apelar aos atores nacionais e internacionais envolvidos na resolução desta situação a se engajarem na procura de soluções duráveis, através do diálogo,
5. Reafirmar o seu compromisso e empenho no trabalho de promoção do desenvolvimento nas respetivas comunidades, em prol do bem-estar do País,
6. Apelar às ONGs que concertem e coordenem os seus esforços, quer em termos regionais quer temáticos, de forma a minimizar os riscos e impactos potenciados com esta situação político-militar,
7. Apelar às comunidades e à população em geral para que conservem a paz, a coesão social e a cultura de solidariedade que caracteriza o povo guineense, mesmo em situações mais complexas e de crise,
8. Apelar aos operadores económicos nacionais e internacionais para que sejam solidários com a população, evitando a subida de preços dos produtos da primeira necessidade enquanto a situação prevaleça,
9. Apelar aos media nacionais e internacionais para que transmitam uma imagem mais abrangente do país, refletindo a realidade das populações e a sua voz,
10. Apelar à Comunidade Internacional para que continue a apoiar os esforços na promoção da paz, da segurança e do desenvolvimento na Guiné-Bissau.
Feito em Bissau, aos vinte e sete dias de Abril de 2012.

As organizações signatárias

1. ACEP
2. ACPP
3. AD
4. ADIM
5. AIDA
6. AIFA/PALOP
7. AJPCT
8. ALTERNAG
9. AMIC
10. CIDAC
11. CIDEAL
12. COPE
13. DIVUTEC
14. EAPP
15. EMI
16. ENGIM
17. ESSOR
18. FUDEN
19. IEPALA
20. IMVF
21. KAFO
22. LGDH
23. MANITESE
24. MEDICUSMUNDI
25. MON-CU-MON
26. NADEL
27. PAZ Y DESARROLLO
28. PLAN GUINEA BISSAU
29. RASALAO
30. RENARC
31. SNV
32. TINIGUENA
33. VIDA

REACÇÂO DA COMUNIDADE GUINEENSE EM BILBAO EM RELAÇĀO AO GOLPE MILITAR DE 12 DE ABRIL




A comunidade guineense residentes em Espanha concretamentre em Bilbao, estão preocupados com o actual momento em que se encontra o pais, apelaremos o mais rapidamente possivel à retoma da paz e pedimos a intervenção da comunidade Internacional na reposiçâo da ordem constituicional.

O país está controlada desde do dia 12 de Abril por um Comando Militar, que desencadeou um golpe de Estado na véspera da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais.

Advertimos de que, se não forem tomadas medidas necessarias e justas o pior possa vir a acontecer e que possamos ter situações de violências descontrolada que afetarão a imagem do país.

Com a violência das armas, desorganizam-se as estruturas básicas da sociedade e termina-se por sacrificar toda a população, que finalmente é quem mais sofre. Por estes motivos condenamos veementemente o golpe de estado de 12 de Abri.

Em virtude destas práticas sistemáticas dos actos de violações dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos que tem sido levados a cabo pelo Estado Maior General das Forças Armadas, a dirreçâo da Associaçâo dos Imigrantes Guineenses Residentes em Bilbao “ No Djunta Mom e Nopintcha”, deliberam o seguinte:

1.Exigimos a imediata reposição da ordem constitucional, da legalidade democrática e a conclusão do processo eleitoral, e pedimos aos implicados a cessarem de imediato os actos violentos e ilegais.

2.Que haja respeito e a preservação da integridade física de todos os titulares de cargos públicos e demais cidadãos que se encontram sob custódia dos militares sublevados, assim como a sua libertação imediata e incondicional.

3.Pedimos a intervenção da comunidade internacional na reposição da ordem constituicional, para que o poder seja entregue a quem o povo confiou.

4. Estamos de acordo com envio duma força militar da CEDEAO para proteger as instituições, treinar o exercito, proteger os civis e garantir a segurança oas titulares dos cargos públicos.

Feito em Bilbao, aos 28 dias do mês de Abril de 2012



A comissâo
Adâo Nhaga
Marssasu Mané

Portugal aconselha portugueses "a não se afastarem da área da residência", e "desaconselha vivamente saídas nocturnas"



Conteúdo da mensagem SMS enviado pela Representação Diplomática portuguesa na Guiné-Bissau, destinado aos seus nacionais:

"Não havendo desenvolvimentos significativos no processo da retoma da normalidade constitucional [na Guiné-Bissau], a Embaixada de Portugal aconselha a Comunidade Portuguesa a evitar deslocações desnecessárias no território da Guiné-Bissau e a não se afastarem da área de residência. Desaconselham-se vivamente saídas nocturnas. Para qualquer dúvida o número [de telefone] continua disponível. [A Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau] pede a difusão desta mensagem a toda a comunidade portuguesa"

CEDEAO esgota paciência, e passa das palavras aos actos

As sanções entraram em vigor à meia-noite de segunda-feira, os detalhes não foram divulgados pela CEDEAO, mas a organização adiantou em comunicado que se trata de penalizações “diplomáticas, económicas e financeiras”. A medida já constava num comunicado divulgado após a reunião de representantes da CEDEAO em Abidjan, a 26 de Abril, quando foi dado um prazo de 72 horas aos militares que tomaram o poder na Guiné-Bissau para repôr a “ordem constitucional”.

No domingo, uma comitiva de representantes dos militares guineenses reuniu-se em Banjul, na Gâmbia, com os chefes da diplomacia dos países que integram a CEDEAO, mas do encontro não resultou qualquer acordo. “No final das discussões, nenhum acordo foi conseguido com o Comando Militar [da Guiné-Bissau] e os seus aliados”, adianta o comunicado, citado pela AFP, o que levou à aplicação de sanções.

Os líderes africanos que compõem o grupo de contacto da CEDEAO para a Guiné-Bissau – que integra os chefes da diplomacia da Gâmbia, Nigéria, Benin, Cabo Verde, Guiné Conacri, Senegal e Togo – responsabilizam ainda o chefe de Estado-Maior da Guiné-Bissau, António Indjai, pelo fracasso das negociações. Indjai já tinha sido referido como um dos responsáveis pelo golpe de 12 de Abril em que foram detidos o primeiro-ministro da Guiné-Bissau Carlos Gomes Júnior e o Presidente interino Raimundo Pereira, mas até agora o seu envolvimento não era claro.

A CEDEAO referiu no seu comunicado que as negociações de domingo demoraram 12 horas e o diálogo foi estabelecido “com uma só pessoa, o general António Indjai”, que os representantes dos países da África Ocidental acusam agora de “não querer negociar e preferir claramente enfrentar as consequências”. O ultimato feito pela organização implicava o início imediato de um período de transição que levaria à realização de eleições no prazo de um ano – inicialmente os militares tinham defendido dois anos – e o envio de uma força da CEDEAO para a Guiné-Bissau composta por 600 soldados que iriam substituir a missão angolana presente em Bissau. A chegada dos primeiros elementos da missão estava prevista para domingo mas foi entretanto adiada.

No comunicado da CEDEAO é referido que Indjai rejeitou a proposta dos países da África Ocidental para que fosse reconduzido no cargo o Presidente interino Raimundo Pereira, que com Carlos Gomes Júnior foi libertado na sexta-feira e viajou para Abidjan. “A personalidade do próprio Indjai, errático e instável, poderá ter sido um dos factores a deitar tudo por terra”, disse ao PÚBLICO Pedro Seabra, investigador do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança (IPRIS).

Nos últimos dias, as informações divulgadas apontavam para uma abertura dos militares em reacção às exigências da CEDEAO, que também parecia disposta a deixar cair a primeira volta das eleições presidenciais que Carlos Gomes Júnior venceu em nome de um período de transição e novas eleições. “O que se passou é ainda muito incerto”, sublinha Pedro Seabra. “As indicações é que não terá havido consenso quanto ao período da transição, o que fazer em relação aos resultados da primeira volta das eleições ou a competência que terá a força da CEDEAO na Guiné-Bissau.”

Quanto às sanções, que também não foram especificadas, passarão por medidas de pressão relacionadas com investimentos ou comércio com a Guiné-Bissau, uma vez que o Banco Africano de Desenvolvimento já suspendeu todos os seus programas no país. A nível diplomático poderão ser encerradas embaixadas e aumentado o isolamento da Guiné-Bissau. Para Pedro Seabra “é difícil perceber o que ganha Indjai ao recusar o plano” da CEDEAO. PÚBLICO

A CEDEAO, em língua portuguesa...

A Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu hoje impor sanções contra os militares que tomaram o poder na Guiné-Bissau, considerando que o Comando Militar "não deseja negociar", segundo um comunicado da organização divulgado em Banjul.

"Depois de doze horas de negociações" entre os países membros do grupo de contacto da CEDEAO e "uma só pessoa, o general António Indjai, chefe de Estado maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau e chefe do comando militar, tornou-se evidente que não deseja negociar e prefere claramente enfrentar as consequências", refere o texto do comunicado citado pela agência France Presse. "No final das discussões, nenhum acordo foi conseguido com o Comando militar e os seus aliados", acrescenta o texto, sublinhando que "a rejeição das posições do grupo de contacto significa a imposição de sanções" que começaram "à meia-noite de 29 de abril".

O comunicado precisa que os ministros dos Negócios Estrangeiros dos sete países que compõem o grupo de contacto da CEDEAO para a Guiné-Bissau (Gâmbia, Nigéria, Benim, Cabo Verde, Guiné-Conacri, Senegal e Togo), que estiveram reunidos em Banjul desde domingo, irão entregar um relatório ao Presidente do grupo, o chefe de estado nigeriano Goodluck Jonathan. Uma cimeira de chefes de Estado do grupo de contacto está agendada para 03 de maio em Dacar "para tomar todas as outras medidas necessárias, incluindo o uso da força para fazer aplicar as decisões da cimeira" de 26 de abril, em Abidjan, Nigéria.

Os 15 estados da CEDEAO decidiram a 26 de abril enviar uma força de estabilização de 500 a 600 militares para a Guiné-Bissau, na sequência do golpe militar de 12 de abril, e fazer um ultimato de 72 horas aos golpistas para reporem a ordem constitucional e libertarem o presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro e candidato presidencial, Carlos Gomes Júnior, sob pena de sofrerem sanções individuais. A 27 de abril, o autodenominado comando militar anunciou que aceitava todas as exigências da CEDEAO e ordenou a libertação dos dois políticos, que se encontram desde então na Costa do Marfim.
CFF/LUSA

Desilusão e incertezas em Banjul: CEDEAO diz que o 'Comando Militar' não quer negociar, preferindo "enfrentar as consequências", e diz que imporá sanções aos seus membros

"BANJUL (Gambie), 30 avr 2012 (AFP) - La Communauté économique des Etats d'Afrique de l'Ouest (Cédéao) a décidé d'imposer des sanctions contre la junte militaire qui a pris le pouvoir à Bissau le 12 avril et "ne souhaite pas
négocier", a annoncé lundi la Cédéao dans un communiqué.

   "Après plus de douze heures de négociations" à Banjul entre les pays membres du "groupe de contact" de la Cédéao et "une seule personne, le général Antonio Indjai, chef d'état-major de l'armée de Guinée-Bissau et chef de la junte", il est "apparu évident" que ce dernier "ne souhaite pas négocier et préfère clairement affronter les conséquences" de sanctions, indique le communiqué."

domingo, 29 de abril de 2012

Nua e crua



"Estamos aqui para dizer-vos que, em último recurso, ou vocês escolhem uma solução pacífica com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), ou tomaremos medidas para pôr fim ao que se passa em Bissau",disse hoje, em Banjul, o presidente gambiano Yahya Jammeh. O conjunto dos protagonistas da crise na Guiné-Bissau reuniram-se hoje na capital da Gâmbia, num encontro presidido pelo presidente gambiano, Yahya Jammeh, para tentar encontrar uma solução que garanta o regresso dos civis ao poder.

"Não temos nada contra o povo da Guiné-Bissau. A Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO) está lá para vos ajudar a resolver os vossos problemas, mas posso também garantir-vos que a paciência da CEDEAO está a esgotar-se", declarou, citado pela AFP, o chefe de Estado gambiano na abertura dos trabalhos, em que participaram os ministros dos Negócios Estrangeiros de sete países oeste-africanos do "grupo de contacto", constituído por aquela organização.

"Em menos de sete anos, quantos presidentes da Guiné-Bissau perderam a vida? Quantos chefes de estado-maior perderam a vida? Quantas pessoas foram mortas em total impunidade?", questionou Yahya Jammeh às três dezenas de personalidades guineenses presentes, entre as quais representantes da junta militar que tomou o poder no país no passado dia 12 de abril, mas também membros do conjunto da classe política, autoridades religiosas e da sociedade civil.

Angolanos, hora di bai

A força da CEDEAO que sera destacada para a Guine Bissau, tera entre 500 e 600 homens, mas condiciona a sua chegada à saída dos 650 soldados angolanos presentes no território desde 2011 e cuja presença, fortemente contestada pelo exército guineense, foi uma das justificações declaradas do golpe, ainda que esta missao tenha terminada, oficialmente, no dia 9, tres dias antes da sublevaçao...

Enquanto se tenta encontrar uma solucao politica, esta ja programada uma minicimeira que reunirá os chefes de Estado do grupo de contacto, inicialmente prevista para se realizar em Dakar, terá lugar em Banjul no próximo dia 3 de maio, anunciou hoje a CEDEAO através de um comunicado. AAS

Associação dos estudantes da Guiné-Bissau na Argélia

Carta de contestação dos acontecimentos Politico e Militar na Guiné-Bissau

Argélia, Abril de 2012

Objecto: Impugnação do golpe de Estado.

A associação dos estudantes da Guiné-Bissau em Argélia (AEGBA), vem através desta carta, destinada aos meios de comunicação de massa do País, afim de fazer chegar a nossa menssagem junto ao povo (sociedade civil), aos idealistas e executadores de violência armada como a preferência na resolução das situações do País, ao passo que podia ser duma forma pacíficae democrática. Situações essas que nos levão a manifestar o nosso estado de estupefacção econdenação do golpe de estado ocorrido no dia 13 de Abril do ano corrente, que de certa forma não nos dignifica no meio das outras comunidades estrangeiras cá presentes, que na sequência disso, depois de uma concertaçaõ entre os seus associados, se concluiu com unaniminidade a condenação deste tipo de eventualidade. E , exortar o autodenominado « Comando Militar » a reestabelecer a normalidade no País e também deixar a nossa oprimida população que já demasiado sofreu se manifestar passificamente, que é a via melhor de exteriorizar a sua dór e consternação num estado de direito e democrático, já que não tem o poder de escolher quem quiser pelas úrnas.

           Povo da Guiné-Bissau que quer a paz, a AEGBA vem de outro lado manifestar o seu total engajamento nesta luta pela a paz, estabilidade e desenvolvimento da nossa querida pátria, não percam a corragem e determinção, sempre unidos e fortes, não deixando que aquelas fracas entimidações dos armados  ou da posição política nos façam se desunire esmorecerna nossa convicção porque este é o jogo deles (desunir e intimidar o povo para  melhor reinarem ), nem que seja que vai tardar mas conseguiremos um dia, porque o bem sempre vence em tudo.

«Quem esquecer o seu povo, se esquece de si mesmo.»​

 A Direcção

sábado, 28 de abril de 2012

Terra queimada

 
Exa Dr. Koumba Yala
Sr. Serifo Namadjo
Sr. Henrique Rosa
 
 
Faço parte de uma geração que viveu os últimos anos do colonialismo português e todos os anos de independência do meu querido pais. Este lindo país que é meu e também é vosso.
 
Assisti à tomada do poder pelo PAIGC,
À governação do Luís Cabral,
À utopia da unidade,
Aos fuzilamentos dos comando,
As valas comuns,
Aos assassinatos políticos,
Ao 14 de Novembro,
Ao fim do ideal da unidade,
À guerra civil de 1998,
Ao retomar (lento) da lei e da ordem,
À presidência do Koumba Yalá,
Ao novo golpe de estado,
Ao regresso do Nino Vieira,
À chegada do narcotráfico,
Aos assassinatos políticos bárbaros,
Ao (novo) regresso de pais à ordem,
À morte de um presidente por doença,
A umas eleições declaradas Justas e Transparentes,
À intolerância dos candidatos derrotados,
A usurpação do poder pelas FARP, corrijo, militares,
À prisão de um presidente indigitado,
À prisão do PM e candidato a presidente,
A tempos de incerteza
 
Temos todo um povo que anseia pela paz e pela ordem, que vive de novo na incerteza do futuro imediato.
Era isto que queriam para o país? O Vosso projecto é este, o da terra queimada?! A GB é um país pequeno que pertence a todos e não apenas a um grupo. Ninguém tem o direito de arrastar o país para novas crises.
O povo não dorme, o povo é soberano.
 
Teotónio Silva (eng. Porto, Portugal)

Guineenses extraordinários no mundo: Entrevista do DR. Carlos Lopes à rádio das Nações Unidas



Para ouvir com a atenção que deve ser dada a um exímio entendido.

http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2012/04/entrevista-carlos-lopes-2/

Carlos Lopes foi recentemente indicado como secretário executivo da Comissão Económica da ONU para África, Uneca. Natural da Guiné-Bissau, o responsável assume o mandato no próximo semestre, em substituição do gambiano Abdoulie Janneh.

Entre as apostas no posto mais alto da ONU em África, Lopes refere-se à cooperação entre os países africanos de língua portuguesa, na qual destaca a necessidade de uma maior compreensão entre o Brasil e África.

Nesta entrevista à Rádio ONU, de Turin, Lopes fala acerca do lugar da reflexão sobre estratégias de desenvolvimento e a produção de ideias na liderança de uma das cinco comissões económicas regionais do mundo.

Acompanhe a entrevista a Eleutério Guevane.

Guineenses em Cabo Verde - Declaração da Praia

"DECLARAÇÃO DA PRAIA

Reacção da Comunidade Guineense Residente em Cabo Verde face ao Golpe de Estado ocorrido no dia 12 de Abril de 2012 na Guiné-Bissau.

A comunidade guineense residente em Cabo Verde tem vindo a seguir com atenção e particular apreensão os últimos acontecimentos verificados na Guiné-Bissau, em consequência do golpe de estado perpetrado pelo auto-intitulado “comando militar”. Esta comunidade, estupefacta com os sucessivos golpes de estado ocorridos nos últimos anos no país, reuniu-se na cidade da Praia, Cabo Verde, no dia 22 de Abril de 2012, para discutir e analisar as referidas ocorrências, e, em particular, esta última, considerando que põe em causa os valores sociais e cívicos básicos, designadamente, os que têm que ver com a liberdade das pessoas, o respeito pela dignidade da pessoa humana e o respeito pelas instituições legitimamente constituídas, que alicerçam qualquer sociedade moderna que se pretende civilizada, democrática e de direito o que, consequentemente, periclita o seu normal desenvolvimento democrático, económico e social.

Nesta senda, precedida de uma profunda reflexão sobre as causas que possam estar na origem do golpe de estado de 12 de Abril último, assim como as consequências que, a todos os níveis, dele podem resultar para o país e para as suas populações, a comunidade guineense residente em Cabo Verde torna público os seguintes:

1. Condenar veementemente o golpe de estado ocorrido no país;

2. Exigir a libertação imediata e incondicional do Presidente Interino da República da Guiné-Bissau, Dr. Raimundo Pereira e do Primeiro-Ministro e candidato vencedor da primeira volta das eleições presidenciais já realizadas, Sr. Carlos Gomes Júnior;

3. Exigir a libertação imediata e incondicional dos demais dirigentes políticos e civis detidos em consequência desse golpe de estado;

4. Exigir a reposição imediata da ordem constitucional que se traduz, exclusivamente, na devolução do poder às autoridades legitimamente constituídas antes do golpe de estado;

5. Retomar o processo eleitoral com vista à realização, em plena liberdade e segurança, da segunda volta das eleições presidenciais;

6. Considerar ilegítimo o auto-denominado Conselho Nacional de Transição para a Estabilização e Manutenção da Ordem Constitucional e Democrática, criado pelo “comando militar” e alguns partidos políticos bem como qualquer outro órgão instituído nesse âmbito;

7. Congratular com os esforços da Comunidade Internacional com vista a reposição da ordem constitucional gravemente alterada e que desencadeou injustificadamente mais esta crise;

8. Subscrever todas as posições firmes e eficazes adotadas pela comunidade Internacional, nomeadamente a resolução de Lisboa proclamada pelo Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP e dos pronunciamentos do Conselho de Segurança da ONU e da UA para a reposição da ordem constitucional, a garantia da segurança dos cidadãos e das instituições democráticas e o correspondente processo de estabilização da Guiné-Bissau que passa, inequivocamente, pela conclusão das reformas necessárias e urgentes nos sectores de defesa e segurança;

9. Encorajar a todos os cidadãos guineenses residentes no país ou na diáspora no sentido de rejeitarem a sistemática violência e a impunidade daqueles que reiteradamente põem em causa os seus direitos, a Constituição da República e as instituições democraticamente eleitas pelo povo. A comunidade guineense residente em Cabo Verde intima ainda aos golpistas e a todos aqueles que com eles comungam o caminho da violência e desrespeito pelas leis do país a seguirem a via do diálogo e do reconhecimento das instituições da República como únicos meios para a resolução de qualquer diferendo.

A Comissão
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