quarta-feira, 27 de novembro de 2013

OPINIÃO: Quando o contágio se deseja


"Quando se deu o golpe de estado no Mali no dia 22 de Março de 2012, protagonizado pelo Capitão Sanogo agora promovido General de Brigada, a Guiné-Bissau vivia no pleno periodo de constestações dos resultados eleitorais que foram considerados justos, livres e transparentes pelos observadores internacionais incluindo da CEDEAO, e validados unanimamente pelos juizes do Supremo Tribunal de justiça.

Naquela altura, muitos observadores temiam aquele que viria a consumar, o chamado contágio do caso Maliano à Guine-Bissau, ou seja, golpe de estado na Guiné. Com a realização das eleiçoes presidenciais naquele país e consequente retorno a ordem constitucional, as instituições Malianas começaram a funcionar com seriedade e normalidade.

Num inquerito aberto para apurar as responsabilidades dos assassinatos que ocorreram naquele país durante o periodo de transição, o General Sanogo foi intimado no final do mês de Outubro findo para se apresentar no gabinete de um juíz de instrução criminal. Resposta do capitão foi Não, invocando os seus estatutos de antigo presidente para não comparecer no tribunal.

Ontem dia 26 de Novembro, General Sanogo foi interpelado na sua residencia em Bamako por um grupo dos militares à mando do tribunal para ser ouvido a força pela justiça. "Ele nao queria comaperecer perante a justiça, agora nós viemos executar um mandado de condução", declarou à l’AFP um militar que participou na sua interpelação.

Esta atitude da justiça Maliana é um exemplo claro da seriedade e um aviso sério aos golpistas e assassínios de que nunca ficarão impunes dos actos criminosos de que são responsaveis. Esperemos que haja também neste caso o cantagio do caso Maliano que permita a detenção e consequente julgamento de António Indjai para responder os diversos casos de assassinatos que aconteceram na Guiné-Bissau antes e depois do golpe de estado de 12 de Abril. Amen

Sigam noticia neste Link: http://news.abamako.com/h/32916.html

A.
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