sábado, 16 de novembro de 2013

OPINIÃO: O despertar do macaco da Indochina


"Desperto das profundezas da sua hibernação politica depois de ter ordenado o golpe de estado de 12 de abril de 2012, eis que surge de novo na cena politica guineense, o famigerado Dr  Kumba Yala. O homem pardo do momento politico da Guiné-Bissau, surge do nada, para nada dizer, parecendo contudo, querer dizer-nos, de que, estava disponivel para contribuir para a consolidação da paz e da democracia na Guiné-Bissau.

Uma saída mediática, um tanto ou quanto inopinada e surpreendente, se se tomar em conta, de que, faz tempo que KY se autoexcluiu da cena politica guineense, remetendo-se a um longo e intrigado mutismo, quiçá deliciando-se sadicamente entre os quatro cantos da sua bunkerizada residência com os efeitos nefastos vividos pela sociedade guineense, fruto do seu jogo preferido de atirar pedras e esconder as mãos.

Confesso-vos de que, não consegui perceber qual a situação subjacente a esse reaparecimento publico do KY, que não seja a certeza, de que, não se trata de nada de bom para os guineenses. Nada que não seja, sinais de mau agouro para a ja fraca e penosa estabilidade que se vive hoje em dia na Guiné-Bissau.

Caso KY tivesse aparecido para se sujeitar a um ato digno de contrição, pedindo desculpas ao povo guineense pela situação catastrófica em que colocou o pais devido ao seu mau perder politico podia-se compreender. Ou caso, tivesse aparecido, para justificar, porque razão os seus homens de mão, particularmente, o seu cunhado, presentemente detido nos calabouços da PJ estão envolvidos no espancamento do ministro "de estado" Orlando Viegas (que ditadura do consenso denunciou em primeira mão), poder-se-ia compreender essa inusitada aparição dessa maquiavélica figura.

Caso contrario, ficarei sempre sem perceber que bicho mordeu o homem para sair do seu casulo conspiratório e dar-se a mais um espetáculo endecoroso farfalhado com as suas tiradas de filosofo barato e perdido no tempo.
Enfim, conclui-se de que, KY não apareceu por nenhuma dessas razões positivas acima focadas. Apareceu, ora porque quis simplesmente aparecer por ter-lhe dado na gana, ora porque, sentiu-se eventualmente inspirado e motivado pela visita de uma outra figura desastrada da crise guineense, o desnorteado nobel, Dr Ramos Horta.

O que me espanta em toda essa peça de teatro, é que, de entre as poucas perguntas formuladas  a esse asqueroso politico pelos pobres e serviçais jornalistas presentes, foi, se KY pensava voltar a candidatar-se as próximas presidenciais previstas para o primeiro trimestre 2014. Este, com toda a logica que merecia a patética questão, respondeu entre o encardiço do seu peculiar sorriso, com um "vamos ver..., vamos ver, pois ainda ha tempo para pensar nisso.

Porém, sabendo-se que ele foi o principal responsável pela rutura democrática e ordenante do golpe de estado de 12 de abril, o que deviam os dignissimos jornalistas presentes perguntar ao Sr. Doutorado em Tribalismo Genocidiario, era o seguinte: "como candidato pressuposto para a segunda volta das eleições presidenciais interrompidas com a sua atitude de rejeição democratica dos resultados eleitorais, como se sentia presentemente, perante a situação de descalabro em que se encontra hoje mergulhado o nosso pais.

Como era de se prever, ninguém teve a ideia e tão pouco a ousadia de colocar o KY perante a evidência da sua culpabilidade e responsabilidade como o maor responsavel pela situação catastrofica em que se encontra actualmente o pais.

Tudo acabou, tal como gosta o Dr. Veio na maior chacota e partiu com uma risada incognita. O povo guineense, este, pobre e impotente, continua a levar e a sentir na pele as consequências das ações de um homem comprovadamente doente e de uma imprevisíbilidade altamente perigosa com efeitos letais na democracia.

E é, com essa farsa das vaidades que o Povo continua a ver a esperança de dias melhores por um canudo, este também, cada dia mais estreito e asfixiante.

Um observador atento"