domingo, 31 de janeiro de 2016

OPINIÃO: JBV incomoda


"JBV é visto como o braço direito de DSP, o homem de maior confiança e sucessor natural do líder do PAIGC. Um jovem que em pouco tempo conseguiu conquistar o coração dos guineenses com trabalho e realizações.

Isto tudo é inveja que tem com este rapazinho de Tchon di Pepel. Mas conhecendo o JBV, isto não o vai intimidar nem desmoralizar: vai fazê-lo mais forte.

Obrigado
"

OPINIÃO: Karina Gomes - Uma Benção para a Guiné-Bissau


Sábado, 30/01/16 - Dia das Mulheres da Guiné Bissau.

"Tive o privilégio de assistir in-loco ao concerto da nossa rainha Karina Gomes, no salão Olga Cadaval na bonita sala dos espectáculos de Sintra. Confesso que fiquei deveras orgulhoso e encantado com a menina.

O cenário montado, uma organização nunca vista nos nossos habituais espectaculos (onde a desorganização e o amadorismo andam de mãos dadas), de repente pensei que estava na salão errado. Normalmente o requinte da elegância e organização, só se encontram nos salões nobres de artistas de ópera.



Este espectáculo foi uma demonstração cabal do talento que a Guiné-Bissau tem em todas áreas. Foi bonito ver a disciplina, a organização, a postura e o grande profissionalismo empregue em cada uma das músicas cantadas, o deslizar sensual do seu corpo (mesmo vestida de calça) não lhe retirou beleza/desenho do seu corpo.

Nota-se que a menina é estudiosa e investigadora da música, (aquilo que pouco dos nossos artistas fazem), a maneira doce e clássica como interpreta os clássicos dos anos 70 do José Carlos é de louvar e admirar. Onde verdadeiramente demostrou que está a anos luz, tocou TINA e em algumas músicas entrou com KORA que verdadeiramente deu outra dimensão clássica às suas músicas e que me fez compará-la a artista da dimensão mundial como a famosa Gambiana/Inglesa Sona Joabareth, Afromandinga, que está encantar o mundo com a sua guitarra/KORA.

A Karina Gomes está de parabéns, e parece preparada e merece grandes salões nobres para mostrar que existe um país pequeno no tamanho, mas grande na fama (Mama Djombo).

C. B.
"

ALERTA: Tudo o que se passa hoje em dia, e as suas consequências, são da inteira responsabilidade do presidente da República, José Mário Vaz. Guiné-Bissau está num poço sem fundo e caminha rumo a uma tragédia. AAS

Onda de medo invade Bissau. De novo...AAS

EXCLUSIVO DC: Novos relatos e imagens


Foram mais de 15 homens que assaltaram esta noite a residência do secretário de Estado dos Transportes e Telecomunicações, depois de sucessivas ameaças. JBV tinha seis guardas em casa, que tentaram resistir, mas como foram apanhados desprevenidos não conseguiram pegar nas armas que tinham.

Uma testemunha garantiu ao DC que eles "tentaram resistir mas foram fortemente agredidos tendo dois sido levados ao hospital." Perguntaram a mulher com armas nas mãos "onde está o João Bernardo, o fala-barato?". Andaram pela casa toda e roubaram vários bens.


SANGUE NA NOITE/Assalto culminou com dois guardas agredidos violentamente
FOTOS: DC/DR

Um fonte disse ao DC que este 'assalto' começa a ter contornos políticos e que o roubo do cofre foi "um pretexto para dizer que eram simples ladrões. Foi tudo bem planeado."

Os assaltantes chegaram em 3 carros, por volta da 21:45. Faziam-se transportar num Toyota Prado, num Mercedes táxi e numa carrinha dupla cabine. Agora, na residência do SETC está montado um grande esquema de segurança, com 10 militares da ECOMIB e 6 da Guarda Nacional. AAS

ALERTA: As forças da ECOMIB devem proteger, a partir de hoje, todos os membros do Governo da Guiné-Bissau e dos órgãos de Soberania. AAS

ÚLTIMA HORA/EXCLUSIVO DC/ASSALTO E TENTATIVA DE ASSASSINATO


A residência do secretário de Estado dos Transportes e Telecomunicações, João Bernardo Vieira, foi há pouco assaltada, mas tudo indica ter-se tratado de algo ainda mais sinistro. Um grupo de cerca de 12 pessoas, todas armadas, tomou de assalto a residência do SETC, no bairro das embaixadas/traseiras do BCEAO, nos arredores de Bissau por volta das 21:45.


JOÃO BERNARDO VIEIRA, secretário de Estado dos Transportes e Telecomunicações

Agrediram os guardas, que tiveram de fugir para evitar males maiores. Como JBV não estava em casa, aterrorizaram a mulher e os filhos pequenos, e roubaram um cofre pessoal, malas, jóias entre outros artigos. A ECOMIB foi chamada ao local e vai garantir a segurança do SETC. AAS

GUIA TURÍSTICO: Guiné-Bissau a descoberto


12 de Fevereiro, é dia de lançamento do livro "Guia Turístico: À descoberta da Guiné-Bissau", escrito a 4 mãos em nome da Afectos com Letras e publicado com o apoio da UE em português, francês e inglês (com versão electrónica nestas 3 línguas + espanhol).

GUINEENSES: Promovam manifestações junto da ONU, da CEDEAO e da União Africana em Bissau (os principais entraves, ainda que ocultos, da nossa crise. A história vem já a seguir...). Escrevam palavras de ordem em dísticos, pintem o enorme muro em frente, eu sei lá, façam o que fizerem, ainda assim será pouco para defender o nosso País e a Democracia! AAS


1º guineense no curso



Cerimónia de graduação realizada no dia 29 de janeiro, no salão da Unidade Africana de Cices, em Dacar, Senegal. O estudante guineense Umaro Baldé foi um dos três melhores estudantes num universo de 212 no curso de relações internacionais. Foi primeiro estudante guineense, assim como o primeiro estrangeiro entre 19 nacionalidades.

PCA-Cabo Verde



Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, recebeu cumprimentos de Ano Novo da Plataforma das Comunidades Africanas Residentes em Cabo Verde

OPINIÃO/MANIFESTAÇÃO: "Senti-me orgulhoso, por ver germinar um sentido de cidadania de consciência e de direitos"


Ontem foi memorável. Ainda duvidei se a mobilização seria um sucesso. Mais foi. E, espero que a onda continue a crescer e a massificar-se para a construção de uma cidadania responsável e reagente face à violação persistente dos seus direitos e anseios.

Em tempos louvei a coragem e atitude do povo do Burkina Faso e, não foi por mero acaso, pois nesses exemplos e que se constroem as valências da soberania e independência de um país, em particular o nosso, forjado à custa de sangue, suor e vidas de homens, hoje reconhecidos insubstituíveis na nossa epopeia histórica.

Sempre tive essa esperança. Sentimento, de que o povo da Guiné-Bissau seria capaz de dar uma resposta positiva e consistente contra as incentivas e derivas anti democráticas a que o país está exposto nestes últimos tempos...

Não se sabe para que fins e agendas políticas.

Ontem, confesso que não fiquei desiludido, pelo contrário, senti-me orgulhoso, por ver germinar um sentido de cidadania de consciência e de direitos, sem armas, mas pleno de esperanças de que, no país de Cabral, chegou o dia em que O POVO É QUEM MAIS ORDENA.

Obrigado Povo heróico da Guine-Bissau.

Obrigado pelo exemplo de ontem, mas com votos de que seja, o inicio da era de uma cidadania responsável e participativa.

Bem hajam irmãos.

ACGB-USA


"Esta mensagem é em resposta a um artigo que li no teu blogue (AQUI), e também tenho seguido o desenrolar da situação política da Guiné-Bissau através das tuas publicações.

Lamento imenso que nesta altura em que os guineenses vivem, preocupados com a incerteza do presente e o futuro do país, certos indivíduos estão a usar a situação para se fazerem conhecidos. É o caso do indivíduo que se diz presidente da ACGB-USA.

Fui eleita Presidente da ACGB-USA em Agosto de 2015 e em Novembro do mesmo ano um pequeno grupo de descontentes, incluindo a Ex-presidente, criaram outra assembleia e assim outra eleição. Igualzinho ao que se passou recentemente em Bissau.

Ali, a divisão que se vive dentro da comunidade não tem nada a ver com a actual situação actual da Guiné-Bissau. Estamos preocupados mas o que se verifica é que dentro dessa preocupação existe e verifica-se o respeito pela opinião individual. Acho muito baixo as pessoas tentarem tirar vantagem da situação political do país para se promoverem.

Caro Aly, haverá altura propícia para voltar a abordar este assunto.

Por favor, gostaria de comunicar o seguinte: da minha parte pouco me interessa a promoção e o protagonismo, a minha preocupação é o bem estar do meu país e da sua comunidade."

Daniela Mota

Presidente da ACGB-USA
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CRISE POLÍTICA: Poder judicial ampara a Guiné-Bissau


O poder judicial está a fazer história na construção da democracia na Guiné Bissau, ao tomar as decisões mais acertadas para resolver as crises políticas que têm estado a surgir na esteira das desinteligência entre o presidente José Mário Vaz e o ex-primeiro ministro Domingos Simões Pereira.

Um braço de ferro que, por arrasto, tem também afectado o funcionamento normal do PAIGC, do Governo e da Assembleia Nacional, onde essa força política é majoritária.

A entrada em cena do poder judicial aconteceu no mês de Agosto do ano passado, quando o Supremo Tribunal de Justiça foi chamado, pela Assembleia Nacional Popular, a pronunciar-se sobre a constitucionalidade da nomeação, pelo presidente José Mário Vaz, de Baciro Dja para primeiro-ministro, na sequência da decisão de demitir, no dia 12, o Governo de Domingos Simões Pereira como resultado do acumular de uma série de divergências entre ambos.

A nomeação de Baciro Dja foi feita ao arrepio das normas legais e constitucionais, uma vez que não foi indicado pela direcção do partido vencedor das eleições legislativas, o PAIGC, que também não foi consultado sobre a matéria pelo presidente da República o qual, deste modo, além do conflito que já tinha com o seu líder, abriu um outro com a própria formação política.

Nessa altura era voz corrente em Bissau que José Mário Vaz esperava e estava confiante que teria dos membros do Supremo Tribunal de Justiça um certo temor referencial, face ao facto de estarem diante de uma situação que envolvia o mais alto magistrado do país, ele que, segundo notícias de bastidores, chegou a destratar alguns dos integrantes dessa estrutura do poder judicial.

Porém os juízes não se deixaram intimidar e, em resposta, o que o Chefe de Estado obteve foi uma demonstração de alto grau de profissionalismo e de isenção por parte do Supremo Tribunal de Justiça que, sem tibiezas, tratou de esclarecer à sociedade o espírito e a letra dos preceitos constitucionais relativamente aos factos e questões suscitadas pela actuação do presidente da República. Em conclusão, ficou evidente que o mesmo tinha trilhado um caminho completamente errado.

José Mário Vaz foi assim obrigado a recuar na sua decisão, demitindo Baciro Dja e devolvendo ao PAIGC o direito de, na qualidade de formação política vencedora das legislativas de 13 de Abril de 2014, indicar um novo primeiro-ministro. Depois de algum impasse e de cedências por parte de Domingos Simões Pereira, o PAIGC indicou o veterano Carlos Correia para primeiro-ministro, nomeado a 17 de Setembro por José Mário Vaz.
Mas nem por isso os desentendimentos terminaram, até mesmo porque na composição do Governo Carlos Correia discordou de algumas posições tomadas pelo presidente José Mário Vaz, com base em profundas divergências que existem na interpretação das competências que a Constituição confere a um e a outro órgão de soberania.

A nova situação de crise surgiu precisamente por altura da apresentação do programa do Governo do novo primeiro-ministro no Parlamento. Quinze (15) dos 57 deputados do PAIGC optaram pela abstenção e inviabilizaram, a 23 de Dezembro de 2015, a aprovação do programa do Governo que, para passar no Parlamento, precisava do voto favorável da maioria simples de 52 legisladores.

Estava instalada, de novo, a crise no seio do próprio PAIGC. O objectivo não era outro senão derrubar o Governo de Carlos Correia e retirar legitimidade ao próprio partido. Os 15 deputados evoluíram para uma posição de rebelião interna e anunciaram ir votar contra o programa de Governo na sessão parlamentar de 18 de Janeiro, juntando-se aos votos contra dos 41legisladores do Partido de Renovação Social.

O PAIGC não se fez de rogado e, fazendo jus ao que estabelecem os estatutos do partido, tratou de expulsar das suas fileiras os 15 deputados, contra os quais intentou uma acção judicial que acabou por ganhar, pois o Tribunal Regional de Bissau deu provimento à sua queixa e considerou válida a perda de mandatos dos dissidentes. E mais uma vez o poder judicial veio pôr ordem no circo.

A Assembleia Nacional Popular não tardou a agir e, no dia 28, realizou a sessão parlamentar que aprovou o programa de Governo, com 59 votos a favor, nenhuma abstenção e a ausência de todos os 41 deputados do Partido de Renovação Social.

Enquanto a sessão parlamentar decorria, o presidente José Mário Vaz encetava consultas com várias entidades do país, procurando dar a entender ser uma pessoa de consensos e que estaria a mediar uma situação onde nada tem para mediar, mas tão somente fazer cumprir a lei e a Constituição. Bizarro foi o facto de, em comunicado, ter manifestado estranheza pelo facto de o Parlamento ter reunido e aprovado o programa de Governo quando ele não tinha terminado as consultas...

O que se pode concluir, de todo este emaranhado de situações criadas, é que José Mário Vaz está, ele próprio, a enredar-se nas teias que anda a tecer, a fragilizar a instituição Presidência da República, ao ponto de diplomatas em Bissau advertirem-no para a eventualidade de se estar a expor ao ónus da crise, o que poderia evitar se promovesse a sua resolução.

Quem também fica mal no filme é o PRS, sempre pronto a embarcar nessas jogadas que visam apear do poder o PAIGC. O partido do falecido presidente Kumba Lalá vai somando derrotas e, do ponto de vista da ética política, está a ficar cada vez mais exposto e desacreditado, porque mostra não olhar a meios para subverter os resultados das eleições.

Enquanto o presidente da República vai se entretendo com esses jogos políticos, a sua imagem vai ficando cada vez mais desgastada junto da opinião pública guineense e mesmo a nível internacional, ao passo que Domingos Simões Pereira vê fortalecido o seu prestígio pessoal e o consenso que se formou em torno da sua figura.

Nomeadamente a opinião cada vez mais forte e dominante de ser um político que estava realmente a tirar os guineenses e a Guiné-Bissau do ciclo da pobreza e das intrigas inúteis. A Guiné-Bissau estava já a projectar para o mundo a imagem de um Estado a recompôr-se e apostado em fazer da unidade nacional e da democracia a bandeira para as mudanças que o povo guineense tanto anseia, depois de anos de golpes e contra-golpes de Estado que deixaram o país literalmente a sangrar.

Hoje, a imagem de José Mário Vaz está associada às forças que querem travar o progresso da Guiné-Bissau, enquanto do lado oposto estão Domingos Simões Pereira e o PAIGC.

As consequências para a Guiné-Bissau de toda essa embrulhada não poderiam ser senão as mais negativas, levando o embaixador na ONU, João Soares da Gama, a advertir que a prolongada situação de crise política no país estava a criar receios fundados entre os investidores e doadores, que congelaram a disponibilização de fundos para relançar a economia guineense.

É entendimento geral que, para evitar situações futuras do género, e que também já provocaram a paralisação de instituições em países como S. Tomé e Príncipe, quando Radique de Menezes foi presidente da República, a Guiné Bissau precisa de introduzir alterações profundas na sua Constituição. Caso contrário vai tardar a ver o progresso económico e social. Jornal de Angola