sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Quer estudar no Brasil?
Universidade brasileira abre processo seletivo para estudantes estrangeiros
A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), localizada na cidade de Redenção, no Ceará – Brasil, abre inscrições, nesta segunda-feira (28), para estudantes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Ao todo, são 192 vagas distribuídas nos sete cursos de graduação da universidade, são eles: Ciências da Natureza e Matemática (18), Letras – Língua Portuguesa (20), Administração Pública (20), Agronomia (18), Engenharia de Energias (18) e Interdisciplinar em Ciências Humanas (80). As inscrições seguem até o dia 25 de fevereiro.
Para participar da seleção, o candidato deve seguir os seguintes critérios: ter entre 18 anos completos e 29 anos incompletos, até a data de inscrição; ter concluído o Ensino Médio (Secundário) até a data de inscrição; não ter sido beneficiado com qualquer bolsa ou programa do Estado brasileiro; não ter concluído qualquer curso superior (bacharelado, licenciatura, tecnológico) em instituição pública no Brasil.
O processo de inscrição está dividido em duas etapas: na primeira, o candidato deve preencher o formulário eletrônico, disponível no site da Unilab (www.unilab.edu.br), indicando a primeira e a segunda opções de curso (o candidato só concorrerá ao curso de sua 2ª opção, caso as vagas para esse curso não tenham sido preenchidas por candidatos de 1ª opção). Após o preenchimento dos dados, é necessário assinar a cópia impressa. Na segunda etapa, o interessado deve entregar nas Missões Diplomáticas brasileiras de seus países os documentos exigidos:
- Cópia impressa do formulário eletrônico de inscrição, datada e assinada;
- Certidão de nascimento;
- Passaporte;
- Histórico escolar, com relação das disciplinas cursadas e notas obtidas de todos os anos do Ensino Médio;
- Certificado de conclusão do Ensino Médio
- Atestado de saúde física e mental recente, com, no máximo, 30 dias de expedido;
- Documentação que comprove meios de subsistência;
A seleção consistirá na análise do histórico escolar do candidato e na correção de uma redação, em que serão avaliados os critérios de adequação, coerência e coesão, clareza e domínio da Língua Portuguesa.
Os candidatos serão classificados de acordo com o princípio da equidade na distribuição das vagas entre os países parceiros e a ordem de classificação do estudante, segundo a nota final da avaliação. Caso não sejam preenchidas as vagas disponibilizadas em um curso, para um ou mais países, estas serão remanejadas para outro país, em que haja candidatos aprovados.
A divulgação do resultado está prevista para abril. Após a publicação das listas preliminares, os candidatos terão até 10 dias úteis para assinar a Confirmação de Interesse, na Missão Diplomática onde se inscreveu. O período, local e horário de matrícula dos estudantes estrangeiros selecionados serão informados durante a divulgação da classificação final. O início das aulas está marcado para o dia 03 de junho de 2013.
Para ver o edital e obter mais informações, acesse o site da Unilab: www.unilab.edu.br
Contatos:
Reginaldo Aguiar – assessor de comunicação
+55 (85) 3332.1330 / 8892.5881
Droga: França aponta o dedo
O ministro françês dos Negocios Estrangeiros, Laurent Fabius, aquando da sua intervenção perante o Senado francês, pôs em causa a Guiné-Bissau, indicando-o como sendo a plataforma giratória do tráfico da droga no financiamento dos grupos presentes no norte do Mali (Aqmi, Mujao, Ansar Dine).
«No que toca a África, uma grande parte da droga provém da América, nomeadamente da América do Sul por um Estado que infelizmente se converteu num Narco Estado, a Guiné-Bissau, onde a droga é introduzida», explicou o chefe da diplomacia françesa. «A droga vai até ao Este da África, uma parte dela chega até ao Sahel,..."
Cabo Verde designa representante
O Deputado cabo-verdiano no Parlamento da CEDEAO, Orlando Dias acaba de ser designado pelo Presidente daquele órgão legislativo e político da África Ocidental, membro da Comissão ad hoc, para acompanhar, fiscalizar, mediar e encontrar soluções para ultrapassar as crises políticas no Mali e na Guiné-Bissau.
Dias, que é Deputado e Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do MpD, espera que a missão do Parlamento da CEDEAO, com Sede em Abuja, Nigéria, contribua para a estabilidade, paz, democracia, liberdade e desenvolvimento para os povos maliano e bissau-guineense. A estabilidade e a segurança nestes países dizem directamente respeito a Cabo Verde, e é nossa obrigação encarar essas situações de ameaça aos Estados e aos povos com sentido de responsabilidade, remata o parlamentar.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
DROGA: Guiné-Bissau é o "armazém" de Cabo Verde
A acção contra o crime organizado que a Polícia Judiciária (PJ) de Cabo Verde desenvolve em concertação estreita com as suas congéneres de Portugal, Holanda e França, é justificada por ilações tais como a de que o narcotráfico na região (outras ramificações identificadas), utiliza a Guiné-Bissau como “armazém” de Cabo Verde. A droga armazenada na Guiné-Bissau (centro de organização e distribuição, segundo terminologia também aplicada), tem como destino principal a Europa, num fluxo que compreende diferentes processos e vias – por terra e por mar. A acção da PJ de Cabo Verde é avaliada positivamente pelos especialistas europeus que com ela cooperam; consideram, no entanto, que não dispõe de recursos técnicos que lhe permitiriam elevar o grau de eficácia da sua acção.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
UA destaca "evolução positiva"...
A evolução positiva da situação na Guiné Bissau foi destacada hoje em Addis Abeba, Etiópia, pelo representante da presidente da Comissão Africana (CUA), Ovideo Pequeno. Em declarações à imprensa angolana, no âmbito da 20ª Cimeira dos chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), o diplomata baseou a sua afirmação no facto de na semana passada o PAIGC ter assinado a “Carta de Transição” e o “Acordo Político”, dois dos documentos que regulam o processo de transição em curso no país.
Além desse passo, acrescentou o representante de Nkosazana Dlamini-Zuma para a Guiné Bissau, foi criada a nível da Assembleia Nacional uma comissão cujo objectivo é debater possíveis caminhos e posições futuras para a implementação efectiva do processo em curso. “Creio que há sinais totalmente bons e há uma vontade política de todos os actores políticos guineenses para a saída da crise”, realçou o diplomata de nacionalidade santomense. Saudou a nomeação do antigo presidente de Timor-Leste, Ramos Horta, para representante do secretário-geral da ONU, Ban Kimoon, para àquele país, e considera salutar o envolvimento e concertação de todas instituições internacionais para a resolução da situação na Guiné Bissau.
Para já, realçou a colaboração entre a ONU, UA, CEDEAO, CPLP e a União Europeia, organizações que recentemente participaram numa reunião de avaliação, coordenada pela União Africana, com o objectivo essencial de colher elementos, analisar, estudar “in loco” os problemas e apresentar sugestões e recomendações concretas. “Neste momento em que vos falo, a União Africana já concluiu o seu relatório a ser entregue a essas organizações e penso que a margem dessa sessão vamos fazer consultas e adoptar posições que vão ser entregues ao Conselho de Segurança da ONU para se ter uma posição comum sobre a situação na Guiné-Bissau”, sublinhou.
Ban Ki-Moon: "Violações de Direitos Humanos na Guiné-Bissau não podem ser toleradas"
As Nações Unidas estão preocupadas com relatos de assassínios e buscas extrajudiciais na Guiné-Bissau, violações de Direitos Humanos que "não podem ser toleradas", afirma o secretário-geral Ban Ki-moon. No seu último relatório sobre a situação na Guiné-Bissau, a que a Lusa teve acesso, o secretário-geral da ONU apela ao diálogo entre todas as partes para acordar um roteiro de um "período de transição" que inclua a realização de eleições e um consenso alargado sobre um conjunto de reformas para reforçar a estabilidade política e social.
Quase um ano depois do golpe de Estado de abril de 2012, em que altos oficiais guineenses depuseram as autoridades eleitas, Ban Ki-moon considera de "grande preocupação" a "contínua falta de controlo e supervisão civil sobre as forças de segurança e defesa e tentativas insistentes de alguns políticos para manipular os militares para benefícios sectários". LUSA
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Aristides Ocante da Silva, Candidato à presidência do PAIGC
PELO PAIGC, FORÇA, LUZ E GUIA DO NOSSO POVO
SOU CONTINUADOR DE CABRAL
VOTA ARISTIDES OCANTE DA SILVA
Mensagem de Novo Ano
Caros miltantes e simpatizantes do Partido,
Caros compatriotas
No limiar de um mais um ano, gostaria em meu nome pessoal, no da minha esposa e de toda a minha família, exprimir os meus profundos sentimentos de esperança num futuro melhor e risonho para o nosso querido país, a Guiné-Bissau.
É com esta nota de esperança e de convicção, que começo por formular à todos os militantes, responsáveis, dirigentes e simpatizantes do PAIGC, os meus melhores votos de boa saúde, muitas felicidades e sucessos em tudo o que terão empreendido, em 2013, na busca de uma maior prosperidade e realizações pessoais altamente positivas.
À todos os guineenses, homens, mulheres, jovens e crianças, no território nacional ou na diáspora, e em particular aos nossos Combatentes da Liberdade da Pátria, os meus votos de uma Guiné-Bissau políticamente estável, socialmente justa, democrática e institucionalmente funcional, e onde germinam as sementes do desenvolvimento sócio-económico e da paz social duráveis.
É pois, nesta perspectiva, que coloco toda a minha confiança nos guineenses, em geral, e nos militantes e simpatizantes do nosso grande Partido, de que podemos definitivamente virar as páginas dolorosas de um passado recente, e apostarmos na escrita de novas páginas, assentes em valores tais como a unidade nacional, a justiça e solidariedade sociais, a reconciliação nacional, a cidadania, a auto-estima, a família, o trabalho e o amor.
Para mim, estes valores engendram inestimáveis qualidades e virtudes humanas tão indispensáveis à construção da nação guinense, à consolidação do Estado de direito democrático e ao reforço da nossa identidade nacional. Neste âmbito, é minha profunda convicção que o PAIGC, pode desempenhar um papel catalizador de energias novas e em poupança, partindo do postulado da sua transformação interna, quer em termos de visão global do desenvolvimento da Guiné-Bissau, quer a nível estrutural, como do seu funcionamento.
A realização do VIII Congresso Ordinário do PAIGC é uma nobre ocasião, não só de ver efectivado este desiderato, mas também, por um lado, uma oportunidade de marcar honrosamente as comemorações do 40º aniversário da independência do nosso país e de um reencontro com a história, e por outro lado, de celebrar o 40º aniversário do assassinato do Camarada Amílcar Cabral que, foi um dos maiores pensadores africanos do século XX e os 50 anos do início da luta armada de libertação nacional, com o ataque à guarnição militar colonial de Tite.
Julgo, com muita determinação e humildade, ser o portador destes valores, destas esperanças e da vontade de transformar e modernizar o PAIGC. Por isso apelo ao voto massivo, em mim, dos delegados ao Congresso.
Que assim seja este ano;
Que 2013 seja o ano da revitalização do PAIGC e do legado teórico de Amílcar Cabral e dos Combatentes da Liberdade da Pátria;
Viva o PAIGC
Viva a Guiné-Bissau
Aristides Ocante da Silva
À memória de Amílcar Cabral, assassinado há 40 anos
Que perfil para o candidato à liderança do PAIGC? “O consenso generalizado dos miltantes, quadros e combatentes da liberdade da Pátria”
O Presidente do PAIGC é, de acordo com o espírito e a letra dos estatutos do Partido (art. 37º), “o órgão representativo máximo do Partido, que coordena e assegura a sua orientação permanente, velando pelo seu funcionamento harmonioso e pela aplicação das deliberações dos seus órgãos nacionais…”.
Ainda nos termos estatutários, “são considerados candidatos ao cargo de Presidente do PAIGC, os primeiros subscritores de Moções de Estratégia a apresentar ao Congresso”. Qualquer estratégia de um candidato á liderança do Partido deve prosseguir os seus fins, ou seja, a realização dos objectivos fundamentais (art. 3º) para os quais foi criado e, sobretudo após a conquista das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde, designadamente:
• Consolidar a independência nacional, preservando a soberania e a identidade cultural da Guiné-Bissau;
• Consolidar a unidade nacional, combatendo o espírito tribalista, racista e regionalista exacerbado;
• Consolidar a democracia e os fundamentos do Estado de direito democrático, e promover e defender os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos;
• Promover o desenvolvimento económico e social da Guiné-Bissau, a sua integração económica sub-regional, regional e internacional.
Para conduzir o Partido à prossecução destes objectivos no âmbito de uma estrita observância do acima exposto e das demais Leis da República, o candidato à liderança deve observar estritamente os princípios morais e éticos, veiculados pelos estatutos, o que pressupõe, no entendimento de uma larga maioria dos militantes, ter um candidato que cumpra, em primeiro lugar os deveres de um simples militante (art. 15º dos Estatutos), nomeadamente:
• Manter total fidelidade aos príncipios do Partido, e firme determinação na defesa da democracia;
• Lutar pela realização do Programa do Partido;
• Melhorar constantemente a sua qualificação técnica, científica e cultural;
• Elevar o nível da sua formação política e ideológica, esforçando-se por aprender e aprofundar de forma crítica, o legado teórico de Amílcar.
E, em seguida possa assegurar uma presidência de excelência ao PAIGC, dotando-se de alguns atributos essenciais, tais como definidos no perfil traçado por um grupo de militantes e quadros do Partido e por um grupo de veteranos da luta armada de libertação nacional:
• Militância activa no PAIGC e destaque na realização de actividades nas estruturas partdárias;
• Isenção total de suspeita de actos criminais graves, nomeadamente comprometimento com actos lesivos aos interesses do Partido e da Nação;
• Formação ou preparação e experiência políticas sólidas;
• Competência e experiência profissionais e de gestão e administração demonstradas, pelo menos 15 anos, com provas sobejamente dadas;
• Ser militante e responsável do Partido, pelo menos 15 anos;
• Capacidade de assegurar a linha ideológica do PAIGC, desde a sua fundação, passando pela luta de libertação nacional, até aos nossos dias;
• Espírito de manutenção e consolidação da democracia interna e da prática política de gestão transparente;
• Profundo conhecimento dos Estatutos do Partido e dos instrumentos que orientaram o PAIGC na luta de libertação nacional e após a independência, nomeadamente as obras de Amílcar Cabral;
• Credibilidade junto dos quadros técnicos afectos ao Partido, assim como os outros, por forma a despertar neles, o entusiasmo, a criatividade e o dinamismo necessários à libertação de iniciativas individuais na procura de melhores soluções aos problemas essenciais que afectam o PAIGC e a sociedade guineense;
• Apostar no resgate da credibilidade interna e externa do Partido e do país.
As razões da minha candidatura à presidência do PAIGC
A minha decisão de candidatar ao mais alto cargo do Partido é o fruto de uma longa e profunda reflexão pessoal, que mais tarde veio a ser partilhada por vários militantes, quadros e simpatizantes do nosso Partido e pessoas anónimas, ao longo do tempo. Essa reflexão assenta-se básicamente, nas respostas às seguintes questões que se prendem com a vida do Partido e os seus ideais:
1) Será que eu , após 37 anos de actividade política, posso melhor dar a minha contribuição para preservar o legado político teórico de Amílcar Cabral?
2) Será que reúno suficientemente os requisitos necessários para que possa mellhor interiorizar e defender o programa do Partido, e implementar a sua estratégia nesta conjuntura política e sócio-económica que o país atravessa?
3) Como é que eu posso promover e garantir um maior respeito pelos valores históricos da luta de libertação nacional, assim como os sacrifícios consentidos pelos heróicos Combatentes da Liberdade da Pátria?
4) Será que, eu, Aristides Ocante da Silva, posso imprimir uma dinâmica de modernização e de transformação do Partido, quer a nível da sua visão a médio e longo prazo, da estabilidade e do desenvolvimento económico e social, institucional e dos recursos humanos do Estado da Guiné-Bissau, quer a nível do funcionamento das suas estruturas?
5) Será que sinto-me capaz de promover o diálogo permanente, aberto, inclusivo, participativo, baseado no trabalho de equipa, no exercício prático da liderança partidária e com todos os parceiros sociais e formações políticas?
Em primeiro lugar, gostaria de dizer sincera e modestamente que as minhas respostas são afirmativas e positivas em relação à todas estas questões. Em segundo lugar, porque creio que, os 37 anos de actividade política nas estruturas do Partido que me viu nascer e crescer, me conferem a capacidade de enfrentar estes desafios, posso cumprir esta missão, resgatando e reorientando o PAIGC para a prossecução dos seus objectivos programáticos, neste momento particularmente difícil da sua vida e da sua luta. Em terceiro lugar e, fundamentalmente porque sinto que posso satisfazer a ansiedade dos militantes, simpatizantes do nosso grande Partido, e exprimida nas suas reflexões sobre o tipo e o perfil de Presidente que querem para o Partido. Como? As acções à desenvolver, bem como as estratégias serão, por, mim apresentadas no quadro da moção de estratégia eleitoral. A minha candidatura é provavelmente um reencontro com o destino.
Pelo PAIGC, Força, Luz e Guia do nosso Povo
Sou Continuador de Cabral
Aristides Ocante da Silva, candidato à presidência do PAIGC
Quem é Aristides Ocante da Silva?
46 anos, Casado, Biólogo, Ex-Investigador do INEP, Membro da Comissão Permanente do Bureau Político do PAIGC, Deputado e ex-Ministro
Iniciação à política desde tenra idade
Nascido em Bissau, em 23 de Dezembro de 1966, de uma modesta família guineense, cujo pai era empregado comercial e a mãe doméstica, Aristides Ocante da Silva, desde criança revelou-se um brilhante aluno, que logo cedo despertou a atenção dos seus professores que, na altura eram responsáveis da selecção dos pioneiros “Flores de Setembro” (7 à 9 anos) e “Abel Djassi (10 à 15 anos).
Aos 9 anos de idade, inicia as suas actividades políticas como Pioneiro Abel Djassi. Aos 12 anos foi escolhido como Pioneiro-Chefe dos primeiros acampamentos de pioneiros na Guiné-Bissau e em Cabo Verde. Aos 17 anos, foi o mais jovem membro eleito do Conselho Central da JAAC, no I Congresso desta organização em 1983. Participou nos acampamentos e assembleias internacionais para pioneiros, na ex-RDA e em Bulgária. Aos 18 anos, jura a bandeira como militante do PAIGC e foi militante deste Partido, no Comité de Base do Liceu Nacional Kwame N´Krumah, e na zona da Docência, em Bissau.
No plano académico, ao longo dos seus estudos secundários, de 1977 à 1984, foi, ou melhor aluno da classe, ou se encontrava entre os melhores, tendo sempre entrado no quadro de honra do Liceu nacional Kwame N’Krumah, o maior estabelecimento de ensino do país, com as médias finais, oscilando entre 16 e 18 valores, num máximo de 20.
Começa a trabalhar aos 16 anos, no quadro da brigada pedagógica, como professor de trabalho produtivo e no centro de documentação e, após concluído os estudos liceais, dá a sua contribuição requerida pelo sistema, leccionando como professor de formação militante no Liceu Nacional Kwame N’Krumah. Durante este período foi funcionário do Departamento de Informação, Propaganda e Cultura, do Secretariado do Comité Central do PAIGC, sob a orientação dos camaradas, Helder Proença e Filinto Barros, assessorando mais tarde os serviços de imprensa do camarada Vasco Cabral, na altura Secretário Permanente do Comité Central do partido. Desempenhou, de 1984 a 1986, as funções de Director do Jornal Vanguarda Juvenil e mais tarde, foi promovido à Chefe de Redacção do Programa Rádio Libertação, emitido através da RDN; Integrou missões do Partido na ex-União Soviética (1984 e 1985).
O tempo dos estudos universitários
Em 1986, deixa o país para a França, onde frequenta os estudos superiores, com uma preparação linguística e propedéutica na Universidade de Rouen (Seine Maritime), e depois obteve o Diploma de Estudos Universtários Gerais Cientificos, (DEUG) em Ciências da Vida e da Terra (SVT), opção Ordenamento, a Licenciatura em Biologia de Organismos, o Mestrado em Biologia de Populações e Ecossistemas, e finalmente a menção Ambiente do mesmo mestrado na Universidade de Ciências e Técnicas Paul Sabatier (UPS), Toulouse III, França.
Uma ascensão política brilhante e fidelidade indefectível ao PAIGC
Após o regresso dos estudos universitários em França, exerce as suas actividades de militante do Partido e colabora com o Secretariado do Comité Central. Entra no Comité Central do PAIGC, em 1998, aos 31 anos de idade no V Congresso, em Bissalanca, arredores de Bissau. Um ano depois, com o fim do conflito político-militar de 7 de Junho de 1998, torna-se simples militante no Congresso Extraordinário realizado em Setembro de 1999, em Bissau.
Em 2002, no VI Congresso Ordinário do Partido, em Bissau, foi eleito membro do Comité Central, do Bureau Político e em seguida da Comissão Permanente do Bureau Político. Desde então, está entre os 10 mais altos dirigentes do PAIGC. Foi um dos Co-Fundadores do Conselho Nacional de Quadros, Técnicos, Simpatizantes e Amigos (CONQUATSA) do Partido, e, por orientação da Direcção Superior do PAIGC, foi o seu Vice-coordenador de 2003 à 2007.
Em 2008, no VII Congresso Ordinário, em Gabú é reeleito membro do Comité Central e do Bureau Político, e em seguida da Comissão Permanente do Bureau Político (11 membros). Ocupa mais tarde, em 2009/2010, o cargo de Secretário dos Assuntos Estratégicos e Dinamização de Estruturas do PAIGC. Após o golpe de Estado de 12 de Abril 2012, coordena o grupo de trabalho do Partido para a gestão da crise político-militar.
Uma considerável experiência governativa e parlamentar
Foi Ministro 4 vezes: De 2005 a 2007 exerceu o cargo de Ministro dos Recursos Naturais, encarregue do Ambiente, para o qual foi nomeado por decreto presidencial do falecido Presidente João Bernardo Vieira, e de Presidente do Conselho de Ministros da Organização para o Aproveitamento do rio Gâmbia (OMVG). Após um breve regresso à Assembleia Nacional Popular (ANP) e, na sequência das eleições legislativas de Novembro de 2008, fui nomeado, em 2009, por decreto do mesmo presidente, Ministro da Educação Nacional, da Ciência e Cultura, cargo que veio a deixar, para passar a exercer, entre 2009 e 2011, o de Ministro da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, nomeação feita por decreto do falecido Presidente Malam Bacai Sanhá.
Após a remodelação governamental de Agosto de 2011, foi-lhe confiado as funções de Ministro da Função Pública, Trabalho e Modernização do Estado, Presidente da Conferência de Ministros do Emprego e da Formação profissional da UEMOA, e Presidente da Conferência de Ministros do Observatório Africano da Função Pública (OFPA), até o golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
A nível parlamentar, Aristides Ocante da Silva, foi eleito Deputado da Nação, em 2004 e 2008, cabeça de lista do PAIGC no círculo 9 (Quinhamel/Biombo), membro da Comissão Permanente da ANP, e Presidente da Comissão Parlamentar de Prevenção e Gestão de Conflitos (CEPGEC), na VII Legislatura.
No exercício destas funções, conduziu delegações do seu país à reunião do Conselho de Segurança das Nações sobre a Guiné-Bissau, da Configuração “Guiné-Bissau” da Comissão de Consolidação da Paz da ONU, e participou nas consultas da União Europeia sobre a Guiné-Bissau, em Bruxelas, em 2011, bem como chefiou delegações ministeriais da OMVG para negociações com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em Tunis, o Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) e o Banco Internacional de Desenvolvimento da CEDEAO (BIDC) em Lomé.
Enquanto Ministro da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, participou nos esforços de resolução dos problemas colocados pleo levantamento militar de 01 de Abril de 2010, conduzindo reuniões de clarificação e de sensibilização com a ONU, a União Africana (UA), a União Europeia (UE), a CEDEAO, e a CPLP, e foi o co-promotor (com a UNIOGBIS) da Conferência Internacional de Sensibilização sobre a reforma do sector da defesa e segurança, em Junho de 2010, tendo orientado, durante dois anos, a estruturação desta reforma.
Foi Presidente do Comité de Pilotagem da Reforma do Sector da Defesa e Segurança e Presidente do Comité de Seguimento das Consultas com a União Europeia, no âmbito do Acordo de Cotonou entre a UE e os países ACP.
Oito anos de vida e de trabalho consagrados à investigação científica e a produção de conhecimentos.
Foi a partir de 1996, que o candidato ao cargo de Presidente do PAIGC, Aristides Ocante da Silva, abraça a carreira científica, enquanto investigador permanente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP), desenvolvendo actividades nos domínios dos estudos e pesquisa ambientais sobre o meio ambiente marinho e continental, as formas de utilização durável dos recursos naturais, a planificação e ordenamento da zona costeira e o desenvolvimento das comunidades na base.
Neste âmbito, obteve o título de investigador permanente júnior, investigador permanete sénior, e Director do Centro de Estudos Ambientais e Tecnologia Apropriada no mesmo Instituto, Coordendor da Rede Nacional de Planificação Costeira e Presidente do Comité Nacional MAB ( The Man and Biosphere, O Homem e a Biosfera) da UNESCO.
É autor e coordenador de mais de uma dezena de consultorias encomendadas pelo Governo da Guiné-Bissau, o Banco Mundial, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a UNESCO, a UICN, a a Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (ASDI), SWISSAID, SNV Holandesa, as ONG’s (TINIGUENA, Alternag e AD), e apresentou várias comunicações científicas em conferências, seminários nacionais e internacionais. Foi delegado ao Congresso Mundial dos parques, em 2003 em Durban, África do Sul, e no Congresso Mundial da UICN, em 2004, em Bangkok, Tailândia.
É autor de algumas publicações científicas no INEP e no quadro do Projecto ECOST 3, entre a Àfrica Ocidental, as Caraíbas e o Sudeste Asiático.
A Coordenação Estratégica e o Grupo promotor
de Apoio à candiadatura de Aristides Ocante da Silva
O mal necessário
Após um longo período de instabilidade na Guiné-Bissau, o povo continua a sofrer e o país encontra-se economicamente paralisado com fortes tendências de desenraizar e sem condições constitucionais para a realização das eleições livres transparentes e justas agendadas para o mês de Abril de 2013, já que segundo a ONU, direitos humanos continuam a ser pisoteados e a raiz do golpe patchali pa tudo matu.
É de louvar a iniciativa dos partidos políticos de assinar o pacto de transição. Pois, o tempo não esta ao nosso favor!…
Tendo em conta a conjuntura política actual, seria injusto considerar este acto heróico, uma tentativa de legitimar (sentido jurídico) o golpe de estado de 12 de Abril suportado pela CEDEAO e condenado até então pelo mundo inteiro.
Ao meu ver, este entendimento entre irmãos, apoiantes do golpe e os detractores do mesmo incluindo a comunidade internacional, visa o restabelecimento da ordem constitucional para normalizar a situação nefasta que o país se encontra.
Foi sem dúvidas um resultado feliz e satisfatório de ambos os lados, proveniente dum diálogo sincero, aberto e com boa vontade, deixando de lado preconceitos e temores. Foi um momento de reflexão, consciencialização e de reconhecimento dos guineenses da imperiosa necessidade de mudar o essencial para erguer vitoriosamente a bandeira nacional; Caminhar para o rumo certo (ainda bem) e deixar atrás a ganância, o ódio, e os rancores; Abortar o sofrimento do povo e partir para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Haja paz!
Londres, 22.01.2013
Vasco Barros
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Falta de juízo vs miragem
"É incrível a falta de senso e a desconexão da realidade dos golpistas, transicionistas e seus apoiantes! Primeiro cometem as barbaridades e depois, incapazes de assumirem publicamente as asneiras (para não usar outro termo) que fizeram, vêm gabar-se de terem razão e tentarem demonstrar a todo o custo que os errados são aqueles que até agora assumiram uma posição intransigente contra o golpe de estado e na defesa da constitucionalidade! É caso para perguntar, mas que raio de líderes, pensadores e algumas pessoas do povo temos naquele país!?
Então, deitam por terra anos de caminhada na consolidação da democracia no país, interrompem um processo eleitoral, deitando para o lixo todo o investimento monetário que se fez nesse processo, colocam o país numa posição socioeconómica mais difícil, com os principais parceiros internacionais a virarem-nos as costas, para não falar ainda da amputação dos direitos mais elementares da população, com a proibição de manifestações e espancamentos dos manifestantes, espancamentos de figuras públicas, assassinatos de jovens, e vêm dizer-nos agora que eles é que tinham razão, que o caminho que tem de ser percorrido é este e que almejam a paz mais do que aqueles que não pegaram em armas, não pactuaram com os militares, não cometeram nenhuma barbaridade e sempre condenaram publicamente esses actos bárbaros!? Agora querem, mais que ninguém, a reposição da Ordem Constitucional mas, ao mesmo tempo, dizem não terem dinheiro para organizarem umas eleições que eles mesmo suspenderam e que custou os “olhos da cara” ao país!?
Saem em defesa de artigos pontuais da Constituição, esquecendo-se que dezenas de outros artigos dessa mesma Carta Magna são diariamente violados por eles! Que “transição” pretendem e em que constitucionalidade falam, quando existem políticos e outros cidadãos fora do país, impedidos de exercerem os seus direitos de cidadania mais básicos e nem a própria pátria podem regressar em segurança!? Esquecem-se que a carta Magna pretende-se inclusiva de todos os cidadãos e não exclusiva de alguns interesses mais obscuros!? Que regresso a constitucionalidade querem, quando os militares continuam a deter o poder na Guiné-Bissau e a intimidar a população!?
É que, as vezes chego a perguntar se são eles que perderam o juízo de vez, ou se são os cidadãos guineenses que defendem a legalidade que estão a açlejar uma miragem!
Conforme dizia o treinador de futebol Luís Filipe Scolari: “E o burro sou eu, né!?”
Enfim!
Jorge Herbert"
Ramos-Horta admite dificuldades em mobilizar apoio internacional para eleições na Guiné-Bissau
O representante das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, admitiu hoje que será difícil mobilizar a comunidade internacional para apoiar o processo eleitoral no país e mostrou-se favorável a um adiamento das eleições. "Não é fácil (...) devido à crise financeira e económica que prevalece no mundo, em particular nos países ricos amigos e apoiantes tradicionais da Guiné-Bissau.
[Será] Difícil devido aos constantes recuos no processo na Guiné-Bissau, alguma desilusão, desencanto", disse o timorense José Ramos-Horta. O representante das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, que falava aos jornalistas em Lisboa, após uma reunião com o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Isaac Murade Murargy, adiantou contudo ser possível inverter este cenário. LUSA
Missa por D. Settímio Arturo Ferrazzetta
O Fórum dos Católicos Guineenses em Portugal (FCGP) celebra missa em homenagem ao Bispo D. Settímio Arturo Ferrazzetta, no domingo dia 27 de Janeiro na igreja da Nossa Senhora da Fé em Monte Abraão, Queluz.
FÓRUM DOS CATÓLICOS GUINEENSES EM PORTUGAL
Programa de atividades
11H30 – Depósito da coroa
o Rua Dom Settimio Ferrazzetta, 2715-311 Massamá, Lisboa
13H00 – Almoço Partilhado
o Membros e alguns convidados
15H00 – Celebração Eucarística (Missa)
o Paróquia da Nossa Senhora da Fé – Monte Abraão
17H00 – Café
18H00 – Teatro & Poesia
o Tema: Vida de D. Settimio Arturo Ferrazzetta
18H30 – Limpeza e arrumação do espaço
Lisboa, 12 de dezembro de 2012
A Direção
Júlio Pedro Malomar
Vamos a votos
Amigos, depois da vitória na 1ª fase do concurso Blogs do Ano 2012, eis que chega a segunda volta. Ditadura do Consenso agradece cada um e apela ao voto também n'O Informador. Comecemos a votar
domingo, 20 de janeiro de 2013
Eduardo dos Santos denuncia "retrocesso democrático" na Guiné-Bissau e outros Estados africanos
O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, classificou hoje em Luanda a situação prevalecente na Guiné-Bissau, Mali, e nas repúblicas Democrática do Congo e Centro-Africana como um "retrocesso no processo de democratização" em África. José Eduardo dos Santos, que intervinha na tradicional cerimónia de apresentação de cumprimentos de Ano Novo do Corpo Diplomático, condenou o retorno à violência e o aparecimento de rebeliões como via de resolução de conflitos internos.
Para José Eduardo dos Santos, os governos eleitos nas urnas apenas devem ser substituídos por via eleitoral e não por "processos antidemocráticos", considerando ainda "inaceitável" o facto de atualmente África ter novos casos de refugiados. José Eduardo dos Santos aludiu igualmente ao agravamento da situação no Médio Oriente, defendeu como sendo um "imperativo" que sejam abertas as portas do diálogo e da concertação política entre os principais atores e que se procurem os entendimentos internos e internacionais conducentes à preservação da paz e da segurança internacional. Nesse sentido, defendeu a consagração e realização do princípio da existência e reconhecimento dos dois Estados soberanos de Israel e da Palestina.
Relativamente a Angola, destacou a "constatação que Angola está a progredir e a resolver, com sagacidade, os seus problemas". Em Angola, continuou, o Estado e as instituições democráticas estão a consolidar-se, alicerçados no princípio do direito e da soberania popular, através dos quais se promove a convivência pacífica, a participação cívica na resolução dos problemas nacionais, num continente onde os conflitos e crises políticas começam a ressurgir. "Nós nunca nos deixamos influenciar pelo afropessímismo que certa elite propagou no passado. Acreditamos sempre na mudança e na renovação de África e na forma de conceber e fazer política neste continente", acentuou.
EL/ARA.
Outro falhanço em Paris...
Mais uma manobra do 'governo de transição' da Guiné-Bissau, outra vez em Paris. No final da semana passada, houve outra tentativa de mobilizar apoios com vista a impor Dino Seidi, nomeado pelo governo golpista de Bissau, embaixador em França, mas ainda não acreditado pelas autoridades francesas.
Esta reunião foi dirigida por Domingos Mendes (vulgo Upacar) e os seus colaboradores e contou ainda com alguns elementos próximos do 'governo de transição'. Secretamente infiltrados - e bem instalados - em Paris, estavam Armando Procel, Carlos Vamaim, Avelina Djaló, Augusto Mendes Pereira entre outros.
Falhada mais uma tentativa, é altura de regressar a casa e não ter contas para prestar, lamber as feridas e tentar angariar mais uns quantos milhões para regressar e gastar numa Europa que tanto dela precisa... É triste constatar, a cada dia que passa, que a diplomacia guineense está pior e completamente descredibilizada no plano internacional. AAS
Blogs do Ano 2012: Ditadura do Consenso venceu a 1ª fase
Blogs do ano 2012: resultados 1ª fase
A primeira fase do concurso terminou e os resultados estão apurados. Obrigado aos 816 blogs inscritos pela participação nas 42 categorias a concurso.
Ditadura do Consenso - 559 votos
Posição - 1
A segunda fase, composta pelos 5 mais votados de cada categoria, tem o seguinte calendário:
■ Votações 2ª fase: 21-01-2013 a 26-01-2013
■ Resultados 2ª fase: 27-01-2013
Os jogos continuam dentro de momentos.
Obrigado a todos. AAS
sábado, 19 de janeiro de 2013
RTP, 40 ANOS SOBRE O ASSASSINATO DE AMÍLCAR CABRAL
Amanhã, na RTP-ÁFRICA, às 21:02 > Edição Especial: Cabral Sonho Interrompido
Este programa especial para a RTP África, a emitir no dia 20 de Janeiro (domingo) marca os 40 anos da morte de Amílcar Cabral, o "pai" das independencias de Cabo Verde e da Guiné.
40 anos
"Aly,
Eu não concordei nunca, assim como muitos caboverdeanos antigos também não concordavam com o “saco de gatos” que Amílcar arranjou com o projecto PAIGC. Mas já está, paciência, e ele e o irmão foram bem arranhados por essa gataria, o que era de prever, e que Spínola usou naturalmente essa tendência guineense ant-berdiana. É com muito custo que essa cambada de racistas, e tribalistas encaram com a figura desse gigante.
Portanto amanhã um grande post no teu blog deixa-os a espumar.
Fotos, frases, e coisas curtas mas elucidativas.
Se não sabias fica sabendo que faz agora 20 anos, foi feita uma cerimónia do XXº aniversário do assassinato do Amilcar Cabral, mas no cruzamento da Chapa Bissau. Na bifurcação da rua que vai para a granja e da que vai para os bombeiros (Sta Luzia).
O discurso do Nino dizia que já estava feita uma estátua e que ia ser colocada alí. E só depois do Nino desaparecer é que resolveram erigir a estátua, mas bem longe dalí. Não está mau onde está, mas não é a mesma coisa, é como se não gostassem de o ver dentro de Bissau.
A Tua figura não tribal, é para muitos guineenses raivosos e complexados, a imagem de um Amílcar, que lhe roubas protagonismo.
A. Rosinha"
Adivinhem quem vai ganhar...
...Adivinhem quem vai na frente? E ainda faltam 9 horas para votar. Não se esqueçam de votar n'O Informador (Actualidade Política – blogue individual, em Comunicação e Média e no Blogue Revelação). Obrigado a todos.
Blogue Estrangeiro em Língua Portuguesa
Ditadura do Consenso 31.72% (262 votes)
Alice no País das Salsichas 16.22% (134 votes)
Mariarabodesaia 10.9% (90 votes)
soblushed in USA :: a portuguese girl having an adventure in USA 9.81% (81 votes)
A cozinha da Kinhas 8.96% (74 votes)
Peripécias de Zurique 5.81% (48 votes)
Lusopatia 4.84% (40 votes)
Ando lá por fora...volto já. :) 4.24% (35 votes)
Diário de um sociólogo 3.39% (28 votes)
Chill-in-n-out 1.33% (11 votes)
Desperta do teu sono 1.09% (9 votes)
Esboços de quem sou 1.09% (9 votes)
Bling Reality 1% (5 votes)
Total Votes: 826
EXCLUSIVO - MACAU - Tudo falso, como Judas
REGISTOS CRIMINAIS em vez de Registo Criminal... trapaça
ESTES DOCUMENTOS, PARA ALÉM DE FALSOS, TINHAM A BENÇÃO DO EMBAIXADOR DA GUINÉ-BISSAU NA CHINA. AAS
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Tráfico de droga em livro
Maré branca em Bulínia (Romance) e Rosas da Liberdade (poesias) são dois livros que serão lançados no próximo dia 9 de Fevereiro de 2013, pelas 17H00, na FNAC do Chiado em Lisboa. De acordo com Manuel da Costa, o autor, os livros "cantam o nosso país [Guiné-Bissau] e transmitem mensagens pedagógicas que ensinam a população o que é o tráfico de droga".
MEU NOME É CIDADÃO
Minha querida Guiné,
Escrevi-te mais esta carta, porque ainda te amo.
Porém, a dor ainda continua a afligir-me este ano.
Sei que no Natal, (ainda bem) recebeste muitas prendas.
Também sei que não tiveste direito ao fogo-de-artifício no teu réveillon,
nem tão pouco a paz e felicidade no teu coração.
Pois, estes bens só chegarão por encomenda.
Dizem os poetas e jornalistas destemidos
que nas ruas tristes das tuas cidades,
ainda se ouve teus gemidos
e gritos afónicos de liberdade.
Dizem eles, que, continua a acontecer espancamentos,
assaltos aos cofres públicos e atentados à tua pobreza...
Vizinhos usurpam a tua riqueza
sem que a CEDE(R)AO agite uma palha.
Pois, esta comunidade, só tem um nome: - Canalha!
Estamos encurralados num beco sem saída.
Confesso que, toda a esperança que eu tinha, está adormecida.
A única coisa a se fazer é esperar e acreditar...
Esperar que a impotência passe e nos permita caminhar.
Não adianta pensar em estratégias e manobras!
Temos que pôr mãos à obra!
É preciso entender que, tudo tem sua hora,
mas torna-se pesado, quando se demora.
Não temos tempo a perder!
Pois, nosso povo está a sofrer...
Levou um golpe contra a sua soberania,
contra seus interesses e sabedoria.
O golpe foi tão profundo
que deixou perplexo todo mundo.
Deixou cicatrizes, mágoas,
dor e sangue nas tuas águas.
Querida,
A paz não é uma ilusão! É algo que existe,
do qual não se desiste
O diálogo é a melhor maneira de resolver esta questão...
O “portão” já está “aberto”, para se encontrar uma solução
para a actual e demorada crise política
que assola esta terra frágil e raquítica.
Nosso orgulho está “fodido”...
Isso, não devia ter acontecido!
O mal já está feito...
Neste mundo, ninguém é perfeito.
Este, é um modelo de país para poucos...
É uma estratégia de loucos.
Agora só nos resta deixar as diferenças políticas de lado,
e cuidar da nossa terra de coração quebrado.
Vamos continuar as nossas lutas,
acreditar e preparar as eleições
para que sejam livres e justas!
Para isso, temos boas razões:
A nossa independência suada;
A nossa democracia desmantelada;
Paz-justiça-liberdade sonhada;
Direitos humanos desrespeitados;
Futuro das nossas crianças.
O que nos separou foi o ódio, a ganância e a guerra....
O que nos vai unir, será o amor por esta terra.
Ah, esqueci-me de dizer o meu nome e a minha raça
mas isso não importa, nem tem graça.
O meu nome é cidadão...
N`ka tené djorson, ami i fidju di é tchon.
Sou Mandjaku, Fula, Mandinga, Fulupe e Balanta.
Pois, ser guineense, sinceramente, me encanta.
Londres, 06.01.2013
Vasco Barros.
DEMOCRACIA PARTICIPATIVA vs DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
Com a primavera árabe, longas ditaduras caíram, outras perderam o mistério aterrador, e ficou mais vincada a máxima universal, que prega o seguinte:
Pela liberdade, quanto mais esforços despendermos, mais livres seremos.
Tantas vezes escrevi sobre o insucesso da nossa sociedade, que chegou um momento, comecei a sentir repetitivo, e decidi parar. Alguém disse que, não se deve fazer sempre as mesmas coisas, e ainda esperar pelos resultados diferentes. O que é uma verdade. Mas a verdade só encontra credibilidade na mais pura das verdades, a de que, as diferentes verdades, mesmo as científicas, são todas elas passíveis de certas mutações. Compreendo que o pensador tenha ignorado isso na circunstância. Não compreendo, é essa crueldade nossa, em continuarmos a perseguir e neutralizar de entre nós, os melhores capacitados, e desejarmos progresso.
Aprendi que a esperança é última coisa a morrer. Desde então fui me orientando com base nessa verdade, mesmo depois de enganado por outra verdade, descobrir que isso não passava de uma manifestação do romantismo. Entretanto, como uma das consequências da última crise, a minha esperança no sucesso da nossa pátria independente morreu. Sim! Morreu mesmo. E eu com uma infindável dor, assim testemunhei, para descobrir que é sim, a última coisa a morrer, mas podendo ser logo antes da morte que nos mata de vez. Por isso fiquei a conhecer mais essa verdade.
Um dia de infortúnio, pessoas pouco azaradas, viram-se envolvidas na concretização de uma ampla conspiração, para mais do que nas outras ocasiões, negar ao eleitorado guineense, cheio de esperança e embalado nas fileiras das urnas, o direito de escolher no imediato, das opções para um futuro de desenvolvimento, a melhor. As seguidas justificações, para um golpe certeiro nas nossas aspirações, como hoje ainda assim é, só serviram para confirmar a ingenuidade dos que resolveram, num momento em que através dos diversificados meios de comunicação, metade do mundo, estava a acompanhar na nossa terra, o mais sagrado dos exercícios da democracia, para provocarem esse isolamento imposto pelos melhores dos nossos parceiros internacionais, acrescido às nossas limitações.
O poder político, como fenómeno social, advém de uma prática costumeira ancestral, longe do surgimento da instituição estado, que sustenta a aceitação por uma maioria, das orientações de uma determinada autoridade, para tal instituída, com o objectivo de conduzir para melhor, o destino comunitário. No poder, por força última das armas, está um conjunto de interesses desconexos, no que propriamente respeita aos aspectos fundamentais, para a melhor condução do nosso destino. Como exemplo flagrante, destaco a proibição de qualquer tipo de manifestação política, seja ela contra, ou a favor do regime!
Essa preocupação contraditória, para calar tudo e todos, só revela, nas distintas vertentes, a tamanha falta de segurança dos actuais detentores da vez, a frente do que devia ser uma urgente reorganização da nossa sociedade. Mas o poder político é um fenómeno sujeito ao desgaste, em consequência do uso. Por isso justifica a permanente revalidação, através da confiança a demonstrar firme, na recomendável competência dos governantes, que dentro das suas responsabilidades, devem satisfazer as expectativas. Também pelas mesmas razões, o seu uso inapropriado, implica sempre, a sua rápida deterioração. Para a desgraça comum, embora prestes a desaparecer, da musculada subserviência, será lembrado como demasiado distante das aspirações favoráveis à prosperidade duma nação, um governo tão opaco, como desempenho dos seus membros e companhia ilimitada.
Enquanto nação, ainda que em construção, o desafio é libertar os políticos da paupérrima ganância dos militares, perante o domínio da nossa sociedade, pelas máfias internacionais do tráfico ilícito das drogas e armas. Mas para que isso aconteça de maneira satisfatória, teremos que encher de coragem, e aplicar um golpe de misericórdia na moribunda esperança, que carregamos a partir da independência. E passarmos a brandir com determinação, o ceptro da indignação, contra todos os males que gangrenam a nossa antes, gloriosa caminhada. Para uma mudança perspicaz, jamais será suficiente votarmos e regressarmos o desconforto dos problemas. É preciso criarmos mecanismos, para sempre que necessário, defendermos o sentido dos votos. Assim como os partidos políticos, uma vez constituídos em diversas associações, para defesa dos interesses próprios, seremos da melhor maneira possível, parte fundamental no funcionamento de um Estado Democrático.
Ser, Conhecer, Compreender e Partilhar
Flaviano Mindela dos Santos
ZOPACAS aprova declarações sobre Guiné Bissau
A sétima Reunião Ministerial da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS) que decorreu em Montevideu (Uruguai) na terça e quarta-feira, aprovou duas declarações sobre a Guiné Bissau e a RDC. Sobre a Guiné Bissau o forum saudou a nomeação de Ramos Horta como novo enviado especial do secretário-geral da ONU para este apaís lusófono e manifestou a total disponibilidade de apoiá-lo na sua missão. Os delegados manifestaram ainda o seu apoio aos esforços sustentáveis que veêm sendo desenvolvidos pela União Africana, CEDEAO e CPLP para solução da crise guineense, de forma a se restaurar a ordem constitucional respeitando-se as liberdades políticas e os direitos humanos.
O que é que há de bom na Guiné?
"Boa tarde Sr. Aly Silva,
Sou guineense de naturalidade e portuguesa de nacionalidade.
Vivi em Portugal toda a minha vida, mas por vários motivos, entre os quais a atual conjuntura económica da Europa, penso seriamente em “gozar” o pouco que terei de reforma (embora ainda me falte algum tempo para tal) no meu país de origem…
Gosto da Guiné, do clima e das pessoas, portanto foi com muita naturalidade que elegi o país para passar os últimos anos da minha vida.
Naturalmente, após esta tomada de decisão, comecei a interessar-me de forma mais profunda pelos acontecimentos socioeconómicos e políticos do país.
Tudo isto para diz que o seu blog, entre outros, passou a ser uma fonte de informação semanal, mas para grande tristeza minha, não encontro uma única notícia positiva…
Assim, pergunto-me: É de facto tudo mau? O que é que há de bom na Guiné?
Cumprimentos,
Maria da Mata"
Minha resposta: Há o Povo. Mas esse, coitado, nada pode contra a tirania. Cumprimentos, AAS
O PAIGC e o futuro da Guiné-Bissau
A Campanha para a liderança do PAIGC está ao rubro e eu estou a acompanhá-la a par e passo. Este meu interesse face as movimentações em torno do Partido de Amílcar Cabral tem como único e exclusivo propósito, cumprir um dever de cidadania, face ao mais que evidente: as decisões tomadas no seu Congresso acabam, impreterivelmente, por se transbordar e inundar toda a sociedade guineense.
Seria muito ousado da minha parte, mencionar as qualidades humanas ou o perfil político de alguns dos possíveis candidatos, porque não os conheço, nunca tive oportunidade de privar com eles, não conheço os seus Programas e as respectivas equipas, nem consigo avaliar devidamente as suas capacidades, por nunca terem antes dirigido um Governo de um País tão caótico como o nosso ou um Partido com a dimensão do PAIGC, que podemos e muito bem, considerar um Estado dentro do Estado, a avaliar pela abrangência da sua estrutura no País. Estes factos fazem com que o próximo Congresso deste Partido esteja a suscitar tanto interesse e tanta agitação por parte de cidadãos comuns, como eu, sem qualquer vínculo político e portanto desprovidos das ferramentas necessárias para influenciar decisões, cujas consequências são, infelizmente, partilhadas por todos, sem excepção.
Por conseguinte, as minhas considerações dizem respeito, exclusivamente aos demarches que os prováveis candidatos estão a fazer nesta fase de preparação do terreno, para o lançamento oficial das respectivas candidaturas. Entretanto, com a vossa permissão, vou abrir uma excepção e claro, fazer algumas considerações, imprescindíveis, do meu ponto de vista, relativamente à algumas personalidades (gostaria no entanto que ficasse claro que estou a falar de uma opinião puramente pessoal e que vale o que vale):
Carlos Gomes Júnior – devia abandonar esta corrida à liderança do Partido, respeitar a suprema vontade do seu povo, expressa nos resultados da 1ª Volta das Eleições Presidenciais antecipadas de 18 de Março de 2012, que demonstraram de forma inequívoca que o quer no exercício da Mais Alta Magistratura da Nação, ou seja, preparar-se para as futuras Eleições Presidenciais.
Domingos Simões Pereira – O timing não é propício para assumir o Poder na Guiné-Bissau. Dotado de uma mente brilhante e de quase todos os requisitos de um estadista moderno, teria necessariamente que fazer opções nada fáceis:
a) Manter-se fiel aos seus princípios, excluindo quaisquer hipóteses de coabitar com os Poderes constituídos à margem da legalidade constitucional, admitindo por conseguinte estarem criadas as premissas para a violência e a instabilidade;
b) Renunciar aos seus princípios, acatar as regras do jogo, impostas pelos detentores do monopólio do uso da força, decepcionando tudo e todos, sobretudo os que acreditam profundamente na sua capacidade de elevar o exercício político á outras dimensões. Com as condições existentes no terreno, seria quase impossível à DSP manter a sua firmeza de princípios e dirigir o País num clima de Paz e de entendimento mútuo com os diversos grupos de interesses instalados, sem correr o grande risco de fazer cedências “absurdas”, do ponto de vista da moral e da ética política, tendo em conta os interesses nacionais.
Este raciocínio não persegue a intenção de desencorajar quem quer que fosse (quem conhece CGJ e DSP, sabe, e bem, que não são estas palavras que os farão desistir das suas candidaturas, mas…), tem apenas a ver com a ideia que eu faço do exercício do Poder Político: Na minha óptica, o mais importante é o contexto em que projecto político é implementado. Ou seja, sempre que um projecto político se encaixe num determinado contexto social, tendo em conta as condições existentes e as necessidades mais prementes, estamos perante um caso de sucesso, sobretudo se a liderança desse projecto se encontra moldado para fazer face às adversidades e as imprevisibilidades que necessariamente acompanharão o percurso da sua implementação, sem se suicidar politicamente. Neste caso, consideramos que estamos perante o HOMEM DO MOMENTO.
Antes de tudo, convém recordarmos que foram 15 anos de desleixo (de nha boca ka s`ta lá), 15 anos de vazio do Poder, que os mais pragmáticos aproveitaram para se organizar em grupos que hoje detém o Poder real na Guiné-Bissau. Foram 15 anos que puseram a nu as nossas fragilidades como povo, demonstrando que afinal a tão proclamada unidade, forjada na Luta de libertação Nacional e que esteve na base de uma das mais belas epopeias libertadoras do nosso continente, não passa de um mito, porque afinal, continuamos a ser fundamentalmente beafadas, papéis, manjacos, balantas, fulas, oíncas, Felupes, Bijagós, etc. e o Bilhete de Identidade continua a ser o único vínculo que nos une.
Foram sem dúvida 15 anos para esquecer, mas que no final de contas constituem apenas uma extensão dos 18 que lhe precederam e que, contando com a preciosa colaboração da nossa precária mentalidade, atiraram o nosso País para a labareda infernal da pobreza absoluta.
Nesta complexa teia de relações estabelecidas em bases nem sempre descortináveis e perceptíveis do ponto de vista da lógica humana, relações essas que, entretanto, se assentam em poderes que, não obstante a sua ilegalidade, assumem a dimensão de Estado, ou pelo menos de uma “Força Político-Militar determinante de tudo e mais alguma coisa”, surge uma luz ao fundo do túnel – Braima Camará, vulgo Bá Quecutó, que para mim, é o HOMEM DO MOMENTO.
Em virtude da enorme diversidade de responsabilidades de carácter económico e sociopolítico que já assumiu ao longo da sua vida e que lhe valeram reconhecimento e admiração além fronteiras, Braima Camará aprendeu a dialogar com todos os extractos sociais do nosso País, factor imprescindível para que possamos levar a cabo as importantes reformas do Estado. Ou seja, nas qualidades de Membro do Bureau Político do PAIGC, Presidente da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau, Vice-Presidente da Camâra do Comercio da CPLP, Presidente do Conselho da Administração do Grupo Malaika, Conselheiro do Presidente João Bernardo Vieira e posteriormente Conselheiro do Presidente Malam Bacai Sanhá, este jovem acumulou valências e cultivou relações privilegiadas que constituem uma importante mais-valia para a resolução dos problemas do PAIGC e do País no seu todo.
Antes de manifestar a sua legítima pretensão de liderar o Partido de Amílcar Cabral, Braima Camará planeou minuciosamente a sua agenda política, estabelecendo alianças impulsionadoras dessa mesma pretensão, rejeitando compromissos e responsabilidades para os quais ainda não se sentia devidamente preparado e que não lhe auguravam o ambicionado sucesso, repudiando todas as tentativas do seu envolvimento no submundo da ilegalidade constitucional ou de violações dos princípios estatutários do seu Partido. E o mais impressionante foi o facto de ter conseguido fazer toda esta complexa trajectória política, sem provocar ódios nem crispações.
Perante a realidade objectiva do País em que se impõe privilegiar o diálogo franco, inclusivo, humilde e abrangente, para garantir uma governação tranquila, com base num clima de confiança mútua entre os diferentes grupos de interesses instalados e não adiar mais uma vez a Guiné-Bissau, é imperioso reconhecer que Braima Camará é o Homem Certo, o Lider ideal para lidar com as adversidades do momento.
Estou convicto de que paulatinamente, o cepticismo e as conclusões precipitadas que inicialmente envolviam a sua figura vão cedendo lugar ao pragmatismo e a uma visão mais realista do que realmente está em jogo. E por conseguinte, o reconhecimento das suas qualidades e faculdades para liderar um projecto tão ambicioso e numa conjuntura tão inóspita será uma questão de tempo, como ficou demonstrado nas últimas reuniões do Comité Central e do Bureau Político do PAIGC, em que foi aclamado por ovação.
Mesmo as acusações que lhe dão como “candidato dos militares”, ou ainda “menino bonito do General António Injai”, são salutares, porque demonstram a sua disponibilidade de conversar com toda a gente, desde que seja para encontrar soluções duradoiras para os problemas que preocupam a mente e o coração do nosso povo.
Neste momento a Guiné-Bissau não precisa de uma varinha mágica, ou seja, de alguém que sabe tudo e que faz tudo sozinho, mas sim de um Líder capaz de falar exaustivamente com toda a gente, juntar toda a gente e pôr toda a gente a trabalhar para arrumar a casa.
Nota de rodapé: Basta de demagogias! Basta de conversa fiada! Na nossa Guiné-Bissau, o sucesso de qualquer governação, está dependente do grau de entendimento entre as principais forças políticas, de um lado e entre estes e as Forças Armadas.
Lisboa, 17 de Janeiro de 2013
POERA DJÚ
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Contingentes de Angola, Moçambique e Cabo Verde previstos para a Guiné-Bissau
1 . Mantêm-se tendências anteriores no sentido de uma evolução positiva da situação político-militar na Guiné-Bissau; são referenciadas na mesma virtualidades capazes de, no seu conjunto, conduzir a uma efectiva resolução da crise fomentada pelo golpe de Estado.
A confirmação de um estimado sucesso da intervenção militar da França no Mali, visando, como visa, formas de crime organizado como o tráfico de droga, também presente na Guiné-Bissau em proporções potenciadoras de ingerências políticas, poderá constituir um elemento acelerador da actual evolução.
Factos e expectativas demonstrativos da evolução positiva que a situação regista, deixando antever uma normalização próxima:
- CEDEAO e CPLP, superadas que foram discrepâncias notadas até há ca de 2 meses, partilham agora de uma visão comum dos problemas e cooperam para a sua resolução de forma descrita como profícua; o ambiente facilita o papel da ONU, União Africana e União Europeia no processo.
- União Africana e CEDEAO reunem-se dentro de dias, a alto nível (cimeira extraordinária/Conselho de Defesa e Segurança), para apreciar o relatório elaborado pela missão conjunta, internacional, que em Dez.2012 esteve no país, e traçar orientações para um plano (roteiro) de normalização políticoconstitucional da situação, a começar a aplicar imediatamente.
- A formação de um novo Governo de transição, com a participação do PAIGC, e o lançamento efectivo do processo de reforma do sector de Defesa e Segurança, são medidas de carácter prioritário a contemplar roteiro; o novo Governo manter-se-á em funções até à realização de novas eleições, para as quais será fixada uma data.
A coordenação política do processo de normalização da situação ficará agora repartida
pela ONU e União Africana. A escolha do novo representante da ONU, Ramos Horta, cuja chegada a Bissau é aguardada para Fev, também é considerada auspiciosa. O seu estatuto político é superior ao do seu antecessor e dispõe de maiores influências.
2 . O clima de apaziguamento interno alcançado por via de iniciativas de aproximação entre partidos e organizações entre os quais estalaram desavenças após o golpe de Estado, também se afirmou, criando condições para um acordo abrangente. O elemento precursor do novo clima foi a reabertura da Assembleia Nacional Popular.
Factos subsequentes de natureza convergente:
- O PAIGC subscreveu formalmente o pacto de transição – retocado e transferido para a alçada parlamentar; adiou o seu congresso, que já deveria ter ocorrido, mas em condições consideradas eventualmente geradoras de atrito interno.
- Kumba Yalá perdeu nitidamente protagonismo político, na esteira do seu imprevisto afastamento da liderança do PRS, em congresso; na conduta do actual líder do partido, Alberto Nambeia, bem como da direcção em geral, é notada uma linha de ruptura com Kumba Yalá.
O restabelecimento pleno da Assembleia Nacional contrariou a vontade de um grupo até então dotado de decisiva capacidade de manobra (militares e ala afecta a K Yalá do PRS), que pretendia a sua dissolução. Contou com um discreto beneplácito da CEDEAO, exercido já no quadro da sua nova postura; reaproximou PAIGC e PRS.
3 . O início do processo de reforma das FA será antecedido da instalação de uma nova força multinacional, militar/policial, sob tutela conjunta da ONU e União Africana. Integrará contingentes provenientes de novos países, como Angola, Moçambique e Cabo Verde, simultaneamente identificados com União Africana e CPLP., simultaneamente identificados com União Africana e CPLP. Nas últimas semanas foi notado um reforço do já de si preponderante papel da Nigéria no comité político da CEDEAO que acompanha o processo e na própria estrutura militar, ECOMIG, cujo comando foi transferido para o antigo QG de Bissau. Estão também a ser construídos novos quartéis, um dos quais junto ao dos Pára-Comandos.
TERRORISMO: Guineense detido em Londres
A polícia britânica anunciara com pompa e circunstância a detenção de quatro homens por suspeita de apoio a atividades terroristas na Síria. Ditadura do Consenso apurou que o cidadão português, é natural da Guiné-Bissau mas com nacionalidade portuguesa. A polícia britâncica não divulgou até agora a identidade dos suspeitos. Entretanto, este cidadão com dupla nacionalidade foi já libertado sem qualquer acusação formal. Recorde-se que de acordo com o diário britânico The Independent, um dos suspeitos é um cidadão português de 33 anos. O porta-voz do MNE confirmou hoje à agência Lusa que "um cidadão de nacionalidade portuguesa foi detido pelas autoridades inglesas, suspeito de ligação a um grupo terrorista". AAS
O último prego no caixão da democracia
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) assinou hoje (quinta-feira) em Bissau o Pacto de Transição, instrumento que regula o período de transição no país e que o maior partido se recusava a assinar, noticia a AFP. O Pacto de Transição foi assinado a 16 de Maio de 2012 pela maior parte dos partidos políticos da Guiné-Bissau na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril do ano passado. No entanto, o maior partido guineense, que estava no governo até ao golpe, recusara sempre participar, considerando na altura que assinar o documento seria como legitimar o golpe.
O documento estabelece a realização de eleições no prazo de um ano, aceita Serifo Nhamadjo como Presidente da República de transição, prorroga o mandato da Assembleia Nacional Popular, estabelece a escolha de um primeiro-ministro por consenso e diz que nem o Presidente nem o primeiro-ministro se podem candidatar nas próximas eleições. Hoje, decorridos oito meses, o PAIGC e mais quatro pequenos partidos assinaram o documento numa cerimónia na Assembleia Nacional Popular, na presença de todo o governo e do Presidente de transição e das chefias militares, além dos principais responsáveis do Estado da Guiné-Bissau e de representantes da comunidade internacional.
Assinaram o documento, além dos cinco partidos, o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional (o presidente não esteve na cerimónia), Augusto Olivais, o primeiro-ministro de transição, Rui Duarte de Barros, o representante do Fórum dos Partidos, Artur Sanhá, o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, António Injai, e representantes da comunidade civil e religiosa. O documento foi depois entregue por Augusto Olivais ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá. A cerimónia teve um importante valor simbólico por representar a união das forças políticas para o período de transição, permitindo um governo de inclusão, algo que a comunidade internacional tem exigido. AngolaPress
País sem norte
A partir do golpe de 12 de abril de 2012, eu, António Aly Silva, portador do Bilhete de Identidade de Cidadão Nacional Nr. 34537 da República da Guiné-Bissau, escolhi calmamente o meu caminho: estar - apenas e só - do lado da maioiria do POVO da Guiné-Bissau, que sucessivamente tem sido excluído do processo democrático. Está claro que alguns guineenses apoiam o golpe de Estado - ainda que nem saibam porque o apoiam... Estarão no seu direito, mas não estão a ser justos. Para alguns destes, se não mesmo a esmagadora maioria, é a maneira mais fácil para ganhar dinheiro. Não ter de prestar contas a um Tribunal de Contas posto de cócoras e manietado, é o paraíso para qualquer bandido, convenhamos. Ter a anarquia como valor supremo, é o caminho para o caos e para a desintegração de um Estado.
Mas este golpe de Estado de 12 de abril, na véspera da 2ª volta de uma campanha eleitoral para a escolha do Presidente da República, foi uma sonora bofetada na cara dos guineenses, dos países da sub-região, e da restante comunidade internacional. Reconciliar com tiros é algo que, infelizmente, nos habituaram. Lembram-se da 'concórdia nacional' bastante apregoada? Levou dezenas de vidas, em vão! A partir daí descarrilámos. Bissau tornava-se, mês sim, mês não, ano sim, ano não, num cemitério a céu aberto onde as pessoas choram por dentro, com medo.
Meus amigos: quer queiram, quer não, eu penso que Guiné-Bissau é, hoje, um Estado falido e governado por delinquentes. Ainda hoje, os presidentes de Angola e da África do Sul, foram unânimes nisto: "uma pequena franja" de militares tomaram o gosto de tomar o poder pela força em África. E parece que vão começar a ser combatidos. Oxalá! Os militares não são chamados quando o assunto é política. O militar obedece e ponto final! Para além do mais, está tudo bem peneirado na lei.
Que me lembre, a última (e talvez até a única) vez que houve um julgamento na Guiné-Bissau foi no caso 16 de outubro. É claro que seis pessoas foram executadas, e isso é sempre de lamentar e de condenar. Mas não menos importante é o facto de, à altura dos acontecimentos, o país ser dirigido por um único partido - o PAIGC. Não havia o multipartidarismo. E foi precisamente por passar a haver multipartidarismo que a Guiné-Bissau perdeu o norte. E tão cedo não a encontrará.
Eu, vou continuar serenamente a editar o blog com a responsabilidade e a isenção de sempre. Acusarei - com provas - quem tiver de ser acusado, e, atenção: quando cito uso aspas (se alguém não souber o que é um aspas que vá ao dicionário) e estou-mes nas tintas se alguém percebeu ou não. Não responderei a nada nem a ninguém. É isso que eles querem. Querem acusar-me? Apresentem provas tal como eu faço. A Guiné-Bissau é de todos nós. Você rouba o Estado? Ditadura do Consenso saberá, mais tarde ou mais cedo. Ah, e não, não tenho a culpa de ter tido um Pai com o nome imaculado na Guiné-Bissau. António Aly Silva
EXCLUSIVO: O esquema das vendas de passaportes
- Emissão de vistos de entrada apenas válidos para Macau com os quais os chineses aproveitam para realizarem compras e se divertirem nos jogos de fortuna e azar. Esses vistos só servem para Macau e mais nenhum outro sítio. São emitidos cerca de 300 mil vistos mensalmente por esse consulado com destino exclusivo a Macau. Os preços variam entre 100/200 patacas (10/20 euros) dependendo do período e da procura. Ditadura do Consenso apurou fortes indícios de que o mesmo é feito com a conivência das autoridades chinesas, mas que constitui um tabu visto que esses negócios são geridos pelas tríades (máfia chinesa);
- Autorizações de Residência: quando os chineses pretendem comprar imóveis ou obter contratos de trabalho e outros investimentos, têm de se munir de uma autorização de residência de um país terceiro. Esse consulado - que é honorario e não geral - criou falsas autorizações de residência (que Ditadura do Consenso publica oportunamente) que emite a preços de USD 50.000 dólares;
- O Consulado de Macau, também emite falsas Certidões de Registo Criminal (documentos que só podem ser emitidos exclusivamente pelos serviços de registo criminal de Bissau) aos cidadãos chineses os quais são acompanhadas das autorizações de residência para caucionarem os investimentos ou pedidos de emprego fora do território da China continental;
- O Cônsul honorário da Guiné-Bissau açambarca um lucro mensal de mais de USD 500.000 dólares com essas actividades ilicitas. De um simples homem de negócios, tornou-se num homem rico graças às negociatas criminosas em nome da Guiné-Bissau. Possui um vistoso Bentley;
Costuma "calar" as nossas autoridades com prendas carissimas e envelopes chorudos. Os principais beneficiários são normalmente a Presidência da República e o Ministro dos Negócios Estrangeiros. Um alto funcionário da Presidência é a porta de entrada e intermediario de John Lo (que se encontra estes dias em Bissau);
- O consulado emprega uma cidadã guineense filha de um funcionário do MNE e sobrinha de um ex-ministro do PRS. Ela é que se ocupa dos assuntos consulares. Igualmente empregava um cidadão moçambicano de origem paquistanesa que se apresentava como "attaché Commercial" com o qual se incompatibilizou por razões financeiras e por causa de transferências fraudulentas. Este detém muitos segredos do John Lo mas, apurou o Ditadura do Consenso, receia pela vida pelo que não se atreve a falar com quem quer que seja. António Aly Silva
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
No papo: O Juiz Conselheiro Rui Nené foi eleito hoje, vice-Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A votação ocorreu normalmente e a escolha foi feita pelos Juízes Conselheiros e Desembargadores. Interesses políticos, sobretudo do actual poder de transição, estiveram na origem da sua renúncia. Rui Nené faz parte de uma nova direcção do STJ, liderada por Paulo Sanha. AAS
Não ser entendido é uma merda
De uma vez por todas: O Aly NÃO disse nada - apenas transcreveu aquilo que o pasmalu escreveu. Para a próxima, tentem perceber o que leram no meu blog. Não me levam para a lama, que eu não vou. Subam até onde eu estou. Não desço... AAS
O país da repressão
A Guiné-Bissau encontra-se entre os países que piorou em termos de liberdade, no ano passado. De parcialmente livre a não livre, foi um passo, segundo o relatório hoje divulgado pela organização Freedom House. Um declínio no índice de liberdade – analisado anualmente pela organização independente com sede nos Estados Unidos – verificou-se em 27 outros países, enumera o relatório “Liberdade no mundo em 2013″, apresentado hoje em Washington. A Guiné-Bissau, sob o governo de transição desde o golpe de estado de abril de 2012, não aparece entre os “piores dos piores”, mas partilha com outros 46 países o estatuto de não livre.
Espancamentos, Desvios e Construções, S.A.
Sobre o espancamento de que foi vítima o Presidente do Conselho de Administração dos Portos da Guiné-Bissau, Armando Correia Dias, consta que ele usava o nome do CEMGFA António Indjai nas falcatruas feitas na APGB (dava isenções e ia buscar o dinheiro por fora com o argumento de que era para o general e CEMGFA). Descoberto o esquema, António Indjai mandou reter uma viatura "isentada" e o ACD chamado à razão... veio a reclamação do "isentado" junto do "isentor ACD". Também o ACD é acusado de ter comprado uma carrinha Ford cor de vinho, nova em folha, desconhecendo-se no entanto onde a terá escondido...
Voltando ao espancamento. Discussão puxa discussão, Armando Correia Dias ter-se-á exaltado e dito "n'sta ja fartu di bôs, balantas" (já estou farto de vocês, os balantas), e o resto é o que japá se conhece. O PCA, disse uma fonte ao ditadura do consenso, tinha cometido esse sacrilégio antes. Resultado: teve que se prostar diante do António Indjai, a chorar, desmentindo tudo e pedido desculpas. Contudo, desta desta vez levou pela medida grande. Ditadura do Consenso apurou ainda que os desvios feitos na APGB, muitos deles 'por conta' de António Indjai, ascendem a mais de 600 milhões de Fcfa (perto de um milhão de euros).
Finalmente, e para repôr a verdade, o que se diz das construções do António Indjai em Djugudul não correspondem à verdade. O CEMGFA António Indjai está, isso sim, a construir, em pleno centro de Mansoa um hotel de 3 andares, que fica mesmo junto ao Hospital dessa vila e cujo panorama se vê muito bem a partir da Escola Central de Mansoa. AAS
Roberto Cacheu: Eu quero saber a verdade
Numa conversa com um polícia de trânsito, um assunto deixou-me atónito. Como se fosse um enorme murro no estômago! "O Sr. Roberto Cacheu está de vida!". Esta mesma versão foi confirmada por um seu colega, que acrescentou de que ele se encontra "numa embaixada (nao identificou qual)" e que o mesmo "foi visto nas ruas de Bissau". Será isso verdade???
Não sei. O certo é que, num artigo aqui no Ditadura do Consenso, 'alguém' fazia menção de ter visto o Roberto Cacheu no aeroporto numa data posterior ao indicado pelo 'ministro da presidência e porta-voz do governo de transição', Fernando Vaz, nos tempos em que falava sobre o seu "assassinato", prometendo escavações. Convocou uma certa comunidade internacional alinhada, que depois deixou estupefacta e envergonhada.
Eu soube, atravês de um sobrinho do próprio Roberto Cacheu, que ele esteve um tempo com os padres e que um dia apareceu um grupo de militares que costumavam ter-lhe acesso. Um dia, embarcaram o Roberto Cacheu numa dupla-cabine e zarparam para parte incerta. E que o Roberto Cacheu, ao embarcar na carrinha tinha um ar apavorado... e olhava para ele como a querer dizer-lhe algo. "Também falou-me que recebia ameaças e depois pediu-me ajuda para ir para Ziguinchor. Depois disso, perdi-lhe o rasto" - contou o sobrinho.
Se porventura o Roberto Cacheu estiver vivo - e eu espero que esteja vivo! - seria bom por, várias razões e caso queira colaborar com a justiça, que apareça. Talvez, assim, muita coisa se possa esclarecer. Ao Procurador-Geral Abdú Mané, que chame o Fernando Vaz e o 'governo de transição' para fazer luz sobre este caso o mais rápido possível, com vista a descansar os corações da sua família e dos seus amigos. Que Fernando Vaz diga onde é que está, afinal, a 'testemunha' que disse "ter recusado identificar o local onde Roberto foi enterrado'. Basta de mentiras! Roberto Cacheu merece mais dignidade! AAS
Guiné-Conacry desmarca-se da CEDEAO
"Não estamos de acordo com a solução tomada pela CEDEAO"
Na altura da investidura do presidente Macky Sall no mês de maio 2012 em Dakar, o presidente Alpha Condé foi designado pelos seus pares como o mediador da crise politico-militar que sacudia a Guiné Bissau. Uma mediação que, relembre-se, suscitou vivas contestações da parte de certos protagonistas desta crise, nomeadamente o antigo presidente Koumba Yala. Este politico acusa o mediador encarregue dessa crise, de proximidade com os seus adversarios politicos do PAIGC, partido cujo candidato se destacou largamente à frente no rescaldo da primeira volta das eleições presidenciais.
Tendo-se campado numa dupla recusa sistematica e intransigente, sobre a pessoa do mediador e sobre os resultados saido das urnas, Koumba Yala incitaria de seguida, os militares à confiscarem a ordem constitucional. Desde essa altura, Conakry, que desejaria ver rapidamente realizado a segunda volta das presidenciais, marcou passo, senão auto-suspendou-se do dossier em sinal de desacordo com as posições da CEDEAO a qual, esse pais julga condescente face a junta militar que tomou conta do poder através de um golpe de estado.
Eis o que, o Ministro Fall explicou à imprensa para justificar a posição da Guiné-Conakry sobre este dossier da Guiné-Bissau:
«No que concerne a Guiné-Bissau, voçês dão-me ocasião de falar claramente da posição do nosso pais. E evidente que nos previmos e sentimos a crise em Bissau e não foi minimamente uma surpresa para nôs. A Guiné-Bissau estava em pleno processo eleitoral. A primeira volta das eleições decorreu da melhor forma, a comunidade internacional caucionou os resultados dessa primeira volta das eleições presidenciais. Porém, os derrotados nessa primeira volta, não aceitaram a vitoria do outro campo e começamos a comprender que em Bissau, os homens politicos estavam em vias de instigar os militares a tomarem o poder. Como havia um acordo entre o governo da Guiné-Bissau e Angola para a instalação de uma presença militar, eles começaram a solicitar a saida das forças militares angolanas do pais.
O presidente da Republica, Alpha Condé, apos ter contactado com o Representante Especial das Nações Unidas em Bissau, enviou-me junto ao presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara que é o presidente em exercicio da CEDEAO para que uma posição seja tomada rapidamente a fim de proteger o processo eleitoral, manter a ordem constitucional e organizar a segunda volta das eleições. Este cenario deveria passar pela manutenção nesse pais das forças militares angolanas até que, a CEDEAO enviasse tropas para securizar o processo eleitoral e as instituições da transição. Foi apos essa missão de Abidjan que as coisas se precipitaram em Bissau. O que tinhamos previsto acabou por acontecer, pois houve um golpe de estado.
Porém, a posição da Guiné-Conakry sobre a Guiné-Bissau, é diferente do tratamento que lhe foi dado. Nos não estamos minimamente de acordo com a solução encontrada e imposta pela CEDEAO à crise guineense. Nos pertencemos à CEDEAO, nos somos um membro activo mas, a CEDEAO no que concerne à governação politica, ha regras bem estabelecidas e ela possui uma longa e rica experiência no que toca a gestão de crises. Ela ja resolveu problemas na Costa do Marfim, no Niger, na Guiné-Conakry, na Libéria, na Serra Leoa e em muitos outros paises. Contudo para o caso da Guiné-Bissau, a solução que foi determinada não responde aos critérios que nos aceitamos e subscrevemos conjuntamente.
Nós não podemos aceitar que na opinião internacional haja a impressão hoje de que nôs avalizamos um golpe de estado em Bissau, actos que sempre condenamos. E claro que são os derrotados nas eleições presidenciais, os que iniciaram e incitaram o golpe de estado que foram postos no poder hoje em Bissau e são eles que estão la postos para asseguar uma nova transição. Porém, não se deve proceder dessa maneira errada. E essa a razão pela qual, nos não partilhamos o ponto de vista do que passou em Bissau. Ao nivel da União Africana (UA), das Nações Unidas (NU), o governo actual não é reconhecido, é o antigo governo de transição que é reconhecido. A CEDEAO não pode assim se posicionar à margem da situação internacional, tomar uma posição que necessita de ser corrigida.
É essa a razão pela qual, a comunidade internacional solicitou uma reunião urgente entre a CEDEAO, a UA, a CPLP, a UE e as NU para, que uma solução normal seja encontrada. E esta a posição que a Guiné-Conakry defende na crise de Bissau. Nós estimamos que é essa, a solução da razão, da justiça, do direito e também dos principios que regulam a tomada de poder pelos metodos constitucionais. E por isso, que a nossa mediação em Bissau não foi activa, apesar do presidente Condé continuar a ser o mediador dessa crise. Contudo a mediação que o presidente Alpha Condé faz e continuara a fazer, é de que se revenha aos valores que sempre guiaram a nossa organização sub-regional em matéria de crises ocorridos nos paises membros. Eu estou certo de que essa situação sera corrigida em Bissau de um momento à outro.»
Amara Moro Camara
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terça-feira, 15 de janeiro de 2013
PCA dos Portos espancado por militares
O pasmalu diz que o PCA dos Portos, Armando Correia Dias, levou uma sova medonha dos militares, que se gabam dizendo que ACD “fika ku rostu suma mutur di gil…“. Foi esta personagem que enviou uma pessoa a casa do Cadogo, com uma catana, para o matar, tendo ele escapado por milimetros. Foi ele quem organizou espancamentos selvagens de pessoas da oposição ou simples cidadãos com quem ele tinha contas a ajustar. Hoje, sabe como outros virão a saber, que quem com ferro mata com ferro morre. Teve a infeliz ideia de dizer: “estou farto dos balantas”… PASMALU
Narcotráfico pode vir a estar ameaçado na Guiné-Bissau
Com a intervenção da França no Mali, afigura-se como possivel que seja cortada uma das vias de maior trafego de droga que começa no nosso país e acaba na europa. Colocando esta hipótese, os chefes militares começam temer pelo seu futuro e a desenhar um novo cenário de “adaptação” à democracia, pois deixarão de ter acesso ao dinheiro fácil da droga. Ultimamente baixaram o tom da linguagem violenta, e a procura de um plano que não os encurrale contra as cordas, faz com que os militares estejam a promover um novo governo que não ponha em causa os seus postos e as suas mordomias. Isto é, que eles o controlem com corda curta. Pasmalu
Brasil destaca situação na Guiné Bissau durante cimeira do Atlântico Sul
Em discurso pronunciado na cimeira ministerial da Zopacas, cuja presidência pass de Angola para o Uruguai, o ministro das Relações Exteriores do Brasil dedicou especial atenção à situação na Guiné Bissau, estado membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, defendeu, terça-feira (15), em Montevidéu, que os 23 países, latino-americanos e africanos, que integram a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas) busquem o fortalecimento interno na tentativa de dirimir conflitos.
Em discurso pronunciado na cimeira ministerial da Zopacas, cuja presidência passa de Angola para o Uruguai, o ministro brasileiro dedicou especial atenção à situação na Guiné Bissau, estado membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O país oeste-africano vive profunda crise política e econômica agravada pela interrupção do processo eleitoral constitucional, na sequência do golpe militar de 12 de abril do ano passado, que conduziu à instalação de um governo de transição, não reconhecido até ao momento pela ONU e pela União Africana. "A crise vivida hoje por esse país sul-atlântico [Guiné Bissau], e ademais muito próximo do Brasil, pelos laços da história e da cultura, é exemplo de uma situação com implicações sérias sobre o espaço do Atlântico Sul e à qual não podemos ficar indiferentes", disse Patriota.
O tema vem sendo tratado pelo Conselho de Segurança da ONU e, na África Ocidental, a CEDEAO desempenha o papel de liderança que lhe é natural, em coordenação com a União Africana. "Como membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e Presidente da Configuração para a Guiné-Bissau do Conselho de Construção da Paz da ONU, o Brasil tem procurado trabalhar para a superação da crise", disse o ministro brasileiro. "Temos que reconhecer que, até o momento, a coordenação entre os atores internacionais não tem conseguido construir caminho satisfatório e consensual para o encaminhamento da questão, e que isso prejudica a própria Guiné-Bissau", afirmou o responsável pela diplomacia brasileira.
De acordo com Antonio Patriota, "é essencial que, nesse esforço de coordenação, todos os atores internacionais tomem por parâmetro as decisões do Conselho de Segurança". "No âmbito da CPLP, em especial, acreditamos que os países africanos de língua portuguesa podem dar contribuição à busca de uma convergência sobre como chegar ao objetivo que, afinal de contas, todos defendem: o de que a Guiné-Bissau reencontre sua trajetória de paz, democracia e estabilidade. Espero que, num futuro não tão distante, a Guiné-Bissau possa somar-se aos trabalhos de nossa Zona de Paz e Cooperação", afirmou o ministro das Relações Exteriores do Brasil. Na sua intervenção, Patriota enfatizou ainda as possibilidades de reforçar a cooperação econômica e comercial na região do Atlântico Sul.
Novo ‘Afeganistão’ no Norte de África
Começou a grossa bernarda: todo o “corredor” do Sahel vai inflamar-se, desde a Guiné-Bissau até à Somália… Bem como o Sahará. Tudo aqui à porta de casa, ou melhor, dois andares abaixo. Pelo meio, fica Marrocos, onde os EUA já têm no terreno algumas “instalações” de contra-terrorismo. No meio de tudo isto, Portugal está ‘a leste’, encontra-se exposto e sem qualquer tipo de meios para fazer valer posições ou interesses…
Notícias do início do novo ‘Afeganistão’ no norte de África, com a operação francesa ‘Serval’, iniciada este fim de semana, para “conter a ameaça terrorista”. O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, explica ser “a resposta da França a um pedido urgente do Mali, apoiado pelos chefes de Estado dos países vizinhos”. O ministro francês garantiu ainda ter recebido o “apoio total” do seu homólogo americano, Leon Panetta.
É já amanhã
A 1ª conferência intitulada Guiné-Bissau: a vigente ordenação política: entre o desafio da construção do estado de direito e as recorrentes rupturas constitucionais, terá lugar amanhã, 16 de Janeiro, pelas 18h00, no Auditório do CIUL, Picoas Plaza.
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